segunda-feira, novembro 3

O Nosso Homem na América - Michigan


Da humidade tropical da Florida para o frio seco do Michigan, de um battleground state, onde tudo está por decidir, para um tradicional swing state mas que desta vez está decidido, em favor de Obama. Antes da partida, a feliz coincidência de nos depararmos com um comício improvisado de Hilary Clinton junto a um restaurante porto-riquenho a norte de Miami.
O circo eleitoral não pára e o ritmo do ciclo noticioso que o acompanha torna absolutamente impossível analisar com selectividade e profundidade o que quer seja relacionado com as eleições de terça-feira. As principais estações noticiosas - CNN, Fox News e MSNBC - funcionam em espiral desde as 6 da madrugada, voltando uma e outra vez aos mesmos assuntos com um novo apresentador e um novo comentador. As sondagens são actualizadas duas vezes por dia. Os canais generalistas adaptam toda a sua programação ao ambiente eleitoral. Cada uma das campanhas emite um novo anúncio televisivo de dois em dias, isto sem falar dos grupos e associações não oficiais que também pagam e fazem emitir anúncios de campanha.
Ao ponto de que se chegou, já ninguém parece estar em condições de arriscar qualquer prognóstico porque simplesmente já ninguém consegue ter o necessário afastamento para emitir um juízo minimamente fundamentado. Obama continua à frente nas sondagens e McCain continua a registar um pequeno aumento diário, mas ninguém pode garantir que aquilo que se percepciona tem alguma relação com a realidade, porque já ninguém está habilitado a definir a realidade eleitoral presente.
Eu, pessoalmente, acho que Obama ganhará o voto popular por pouco, mas que a sua vantagem no voto do colégio eleitoral será muito mais pronunciada. Pelo menos, é o que eu acho que acho porque, para ser preciso, já não faço a mínima ideia.

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