por hoje...
alguns problemas técnicos, algum cansaço, a maratona infindável da leitura de moções, o abandono a que os restantes bloggers me votaram, bem como o surf de amanhã obrigam-me a abandonar, por hoje, as "hostilidades". Amanhã há mais. Não posso no entanto deixar de agradecer a enorme amabilidade do PSD-A em nos convidar e a forma extremamente cordata como fomos tratados por todo o povo social-democrata. Até amanhã "camaradas".
sexta-feira, novembro 30
Incontinências
Cheguei atrasado, filmei pouco e não jantei. Miudas giras foi coisa que também não me pareceu. É difícil passar despercebido... Amanhã passamos à acção.
prólogo
Nas suas escassas palavras de abertura, Manuel Arruda, lançou o mote para tudo o que aqui se vai passar nas próximas 48 horas, "fazer melhor do que aqueles que estão no poder", sendo que a sílaba tónica é a conjugação do verbo estar e onde todos os que aqui estão querem estar é no poder. Bem, todos não, eu preferia estar em casa a ver uns episódios seguidos do Heroes, deitar cedo e amanhã de manhã ir surfar, mas adiante. Este PSD é notoriamente um órfão de 12 anos seguidos de oposição e o que aqui se respira é sede de poder. Infelizmente para Costa Neves, como antes para Vitor Cruz, essa sede transforma-se em desconfiança, em apreensão dos militantes em relação ao líder. Continuando com as metáforas futebolísticas, esta angústia do militante é um pouco como a do guarda-redes antes do pénalti, a maior probabilidade é sofrer um golo mas algo o faz acreditar que pode defender e atira-se às cegas para um dos lados. Da mesma maneira, o partido atira-se para Costa Neves com a angústia de quem acha que vai sofrer um golo. A chegada de Costa Neves à sala é anti apoteótica, e o seu discurso começa com uma mini ovação em que de braço levantado no v costumeiro os congressistas gritam PSD durante menos de 30 segundos. Aliás, de acordo com o meu aplaudómetro, todo o discurso de Costa Neves foi recebido com manifesto desentusiasmo. Uma hora e apenas dezoito rondas de parcos aplausos, sendo que duas delas foram a pedido. Fica a sensação de que o líder não conquista o congresso. Isto apesar da tentativa de pacificação interna, feita nos primeiros vinte minutos de discurso, com um apelo enfático à união das hostes, o estender de mão a Natalino (que de forma insólita chegou atrasado e obrigou Costa Neves a repetir o pedido de aplauso ao candidato derrotado), as listas unitárias e o apresentar, mais ou menos espúrio, de medidas de organização interna, como um Núcleo de Autarcas Social Democratas e um Gabinete de Estudos, liderados, respectivamente, pelos "pesos pesados" Francisco Alvarez e Luis Bastos. Mas depois dos 20 minutos de discurso sobre o partido Costa Neves atira-se ao PS com esta frase bombástica: "com os socialistas não saímos da cepa torta". Eu por mim temo que esta frase tenha um vago pendor premonitório, quase uma profecia, e que o próprio Costa Neves tenha consciência de que enquanto o PS tiver Carlos Cesar o PSD não vai sair da cepa torta. Mas, é claro que o líder do PSD se estava a referir aos Açores em geral e aqui está também, julgo eu, o seu maior erro. 40 minutos de discurso zurzindo no estado da região, lançando todos os petardos a Carlos Cesar, transmitindo uma imagem fatalista e desiludida do que são os Açores e, por maioria de razão, do que são os açorianos é um enorme erro. É que, por mais que doa a Costa Neves e ao PSD-A, foram os açorianos que elegeram livremente Carlos Cesar para lhes dar o que têm hoje. Por mais que, por entre o seu discurso de catástrofe e de critica generalizada, Costa Neves tente afirmar que os açorianos estão fartos do PS e que corre por aí uma revolta surda o facto é que o âmago do seu discurso apenas reflecte a enorme ressaca em que o PSD ainda está mergulhado, ansiando, este sim, mais ou menos silenciosamente, por um tropeção no PS que possa dar a estes militantes a vaga esperança de, um dia, estar no poder. No final Costa Neves lá fez o que se lhe pedia, anunciou que este tinha sido o seu último discurso de oposição. Ainda bem, porque uma coisa é certa o PSD precisa urgentemente de mudar de discurso, sob pena de nunca mais sair da dita cepa torta. Depois lá se seguiu para as moções e o jantar, que isso sim é bom porque traz dinheiro para a economia dos restaurantes aqui ao lado do hotel. São dez e meia e os militantes lá vão regressando, um desgraçado toca em vão umas musiquinhas aqui mesmo ao meu lado numa guitarra que soa a 4 instrumentos diferentes, ninguém lhe liga nenhuma, lá ao fundo Pedro Gomes conversa animadamente com a jornalista Berta Tavares. Vou tomar uma cerveja ao bar e socializar com os sociais-democratas.
futebol sem golos
Esgotada a azáfama inicial de cumprimentos e creditações, Manuel Arruda arranca com o XVII congresso regional do PSD-A, sendo que as suas primeiras palavras foram para assumir um certo sentimento de anti clímax que perpassa por toda a sala – o líder já está eleito e assim o congresso não serve para nada, ou serve para muito pouco. Congresso sem eleições é como um jogo de futebol sem golos, muita correria, um ou outro tackle mais violento, mas no fim vai tudo para casa com uma sensação triste de vazio. Costa Neves discursou durante uma hora, da qual mais de 40 minutos foram para carpir do desastre da governação socialista e das culpas desse Adamastor moderno que dá pelo nome de Carlos Cesar. Na sala respirava-se, a custo, o pouco oxigénio que o Governo Regional libertou para o Royal Garden nestes dois dias. Agora vou ali comer um bife à Favorita e já volto com a análise completa ao discurso do "líder".
congresso
Num gesto que tem tanto de arrojado como de desesperado o PPD/PSD-A convida os escribas do :ILHAS a estarem presentes no seu XVII congresso regional. O colectivo, honrado, aceita o convite, mas o que ninguém esperava é que apenas a esquerda e a esquerda da esquerda deste blogue exageradamente plural pode realmente estar presente. Veremos o que vai sair daqui…
Mr. Peace ?
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Ao arrepio da imagem de Mr. Danger, que é apregoada pelo sacripanta de Caracas, a prestigiada Economist benze George Bush como Mr. Peace. Recorde-se que a Economist não é uma subsidiária do estilo punchline da Mad Magazine e não costuma fazer humor com assuntos que merecem toda a seriedade. Em suma: para uma das mais importantes publicações do mundo - capitalista e imperialista - Mr. Bush é o grande pacificador! Nele são depositadas elevadas expectativas diplomáticas no "processo de paz" do médio oriente...no qual apenas os néscios acreditam. Pessoalmente, como bom sionista que sou, não creio que haja paz enquanto Israel não for uma Nação reconhecida e respeitada pelas tribos Árabes que circundam a "terra prometida". Acredito até que nunca haverá paz no médio oriente enquanto a chusma árabe e muçulmana não seguir o exemplo de Israel, ou seja, o modelo de um Estado de Direito moderno, democrático, com eleições livres e Tribunais soberanos, e claro está, com total independência dos ditames e dogmas da religião e reconhecimento do primado da igualdade. Enquanto essa utopia não for uma realidade não há Bush que valha ao estafado "processo de paz".
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Ao arrepio da imagem de Mr. Danger, que é apregoada pelo sacripanta de Caracas, a prestigiada Economist benze George Bush como Mr. Peace. Recorde-se que a Economist não é uma subsidiária do estilo punchline da Mad Magazine e não costuma fazer humor com assuntos que merecem toda a seriedade. Em suma: para uma das mais importantes publicações do mundo - capitalista e imperialista - Mr. Bush é o grande pacificador! Nele são depositadas elevadas expectativas diplomáticas no "processo de paz" do médio oriente...no qual apenas os néscios acreditam. Pessoalmente, como bom sionista que sou, não creio que haja paz enquanto Israel não for uma Nação reconhecida e respeitada pelas tribos Árabes que circundam a "terra prometida". Acredito até que nunca haverá paz no médio oriente enquanto a chusma árabe e muçulmana não seguir o exemplo de Israel, ou seja, o modelo de um Estado de Direito moderno, democrático, com eleições livres e Tribunais soberanos, e claro está, com total independência dos ditames e dogmas da religião e reconhecimento do primado da igualdade. Enquanto essa utopia não for uma realidade não há Bush que valha ao estafado "processo de paz".
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quinta-feira, novembro 29
Feira do Livro
A Feira do Livro da Tabacaria Açoriana decorre até 22 de Dezembro e está entalada num edifício situado entre a Av. Marginal e a Rua dos Mercadores. Muitos livros, de facto. Muito refugo, também. Os livros infantis (e acessórios) ocupam quase 50% do espaço expositivo, há muitas novidades a preços de livraria e uma secção dedicada aos autores açorianos - com uma reposição quase integral do catálogo das edições Salamandra. E, claro, algumas curiosidades, preciosidades e pechinchas. Tempos houve em que a abertura, desta feira, era um momento cultural aguardado com muita expectativa. Actualmente, e tendo em linha de conta a melhoria substancial da oferta livreira em Ponta Delgada, isto para não falar da importância cada vez maior da internet e das compras online, o seu grau de importância tem vindo a esmorecer. Mas, e apesar disso, este não deixa de constituir-se como um momento de romaria para muitos, em particular aqueles que gostam de olhar e folhear o papel da escrita.
quarta-feira, novembro 28
“Escândalos”
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Fez furor, pelas razões erradas, a "escandalosa" 1ª página do Diário de Notícias na qual se denunciavam os faustosos vencimentos dos gestores públicos Açorianos. Uma auditoria do Tribunal de Contas, qualificada como "arrasadora", concluíra que o ganha-pão dos gestores das empresas públicas Açorianas era "milionário". Tudo de acordo com a habitual visão perdulária da nossa Autonomia. Com efeito, mesmo sem auditorias, o preconceito instalado no continente ajuda a edificar uma visão dos Açores como o eldorado das novas oportunidades; visão que remonta à submersão das restantes províncias ultramarinas, e que só por si justifica notícias sensacionalistas como a que elaborou o DN. O certo é que os Açores - (e a Madeira idem) - oferecem aos quadros superiores da Nação, públicos ou privados, regalias e "alcavalas" sem singela comparação com outras parvónias deste País. A ser assim, como efectivamente é, muitos concidadãos migram para estas paragens em demanda de melhores oportunidades pecuniárias. Das duas uma: ou por cá estanciam, cuspindo no prato que lhes servem, sempre amaldiçoando o triste fado de para cá terem sido desterrados, ou então, fundam uma nova vida e casos há em que a sua alma é mais Açoriana do que a de muitos autóctones que apenas são Açorianos pelo acidente biológico de terem cá nascido. Voltando à vil pecunia, o dito estadão remuneratório dos gestores públicos, incluindo o vencimento base e pagamentos em espécie, cifra-se num valor próximo dos 5.ooo €. Pessoalmente o que me repugna, e que reputo de absoluta indigência mental "de vão de escada", não é a suposta cifra anafada do recibo de vencimento dos visados. O que me repugna e escandaliza é que o Tribunal de Contas e o DN tenham tomado por comparação o referencial de "rendimento médio" de 600 euros mensais por cada Açoriano. Não sei se para a média contribuíram os valores "milionários" dos gestores públicos, mas o cômputo geral deixa na sombra as cifras negras da realidade de muitos Açorianos. Apesar da retórica de progresso e paridade social dúvidas não restam que na nossa sociedade são muitos os cidadãos que não auferem os medianos 600 € mensais. Com efeito, no campeonato nacional do rendimento mínimo o nosso ranking é que nos deveria escandalizar. Na verdade, nos Açores do novo milénio as fileiras de licenciados qualificados, muitos deles com variadas especializações complementares, no desemprego ou a realizarem tarefas inadequadas à sua formação, remuneradas abaixo dos ditos 600 €, é que deveria escandalizar as nossas consciências públicas. Essa triste realidade, da qual ninguém tem inveja, é que não pode deixar de nos indignar e escandalizar. Mas, a avaliar pelas reacções, a pauperização do rendimento médio dos Açorianos e a hipoteca do seu rédito de polichinelo, designadamente, para custear a gestão pública de investimentos faraónicos, que têm por paradigma a matriz e o modelo das Scut´s, é uma realidade que não escandaliza ninguém e até parece reunir o consenso do arco do poder! Que não revolte ou escandalize ilustres tribunos da metrópole, como por exemplo sucedeu com a erupção de indignação do Dr. José Miguel Júdice, neófito porta-voz dos Socialistas da capital, é perfeitamente natural. O que me espanta é que ninguém se escandalize com a falácia do rendimento mediano, convencional, e nominal, dos Açorianos quando a realidade do seu rendimento efectivo é o reverso de uma realidade que para outros é cor-de-rosa.
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João Nuno Almeida e Sousa amanhã nas crónicas digitais do jornaldiario.com
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Fez furor, pelas razões erradas, a "escandalosa" 1ª página do Diário de Notícias na qual se denunciavam os faustosos vencimentos dos gestores públicos Açorianos. Uma auditoria do Tribunal de Contas, qualificada como "arrasadora", concluíra que o ganha-pão dos gestores das empresas públicas Açorianas era "milionário". Tudo de acordo com a habitual visão perdulária da nossa Autonomia. Com efeito, mesmo sem auditorias, o preconceito instalado no continente ajuda a edificar uma visão dos Açores como o eldorado das novas oportunidades; visão que remonta à submersão das restantes províncias ultramarinas, e que só por si justifica notícias sensacionalistas como a que elaborou o DN. O certo é que os Açores - (e a Madeira idem) - oferecem aos quadros superiores da Nação, públicos ou privados, regalias e "alcavalas" sem singela comparação com outras parvónias deste País. A ser assim, como efectivamente é, muitos concidadãos migram para estas paragens em demanda de melhores oportunidades pecuniárias. Das duas uma: ou por cá estanciam, cuspindo no prato que lhes servem, sempre amaldiçoando o triste fado de para cá terem sido desterrados, ou então, fundam uma nova vida e casos há em que a sua alma é mais Açoriana do que a de muitos autóctones que apenas são Açorianos pelo acidente biológico de terem cá nascido. Voltando à vil pecunia, o dito estadão remuneratório dos gestores públicos, incluindo o vencimento base e pagamentos em espécie, cifra-se num valor próximo dos 5.ooo €. Pessoalmente o que me repugna, e que reputo de absoluta indigência mental "de vão de escada", não é a suposta cifra anafada do recibo de vencimento dos visados. O que me repugna e escandaliza é que o Tribunal de Contas e o DN tenham tomado por comparação o referencial de "rendimento médio" de 600 euros mensais por cada Açoriano. Não sei se para a média contribuíram os valores "milionários" dos gestores públicos, mas o cômputo geral deixa na sombra as cifras negras da realidade de muitos Açorianos. Apesar da retórica de progresso e paridade social dúvidas não restam que na nossa sociedade são muitos os cidadãos que não auferem os medianos 600 € mensais. Com efeito, no campeonato nacional do rendimento mínimo o nosso ranking é que nos deveria escandalizar. Na verdade, nos Açores do novo milénio as fileiras de licenciados qualificados, muitos deles com variadas especializações complementares, no desemprego ou a realizarem tarefas inadequadas à sua formação, remuneradas abaixo dos ditos 600 €, é que deveria escandalizar as nossas consciências públicas. Essa triste realidade, da qual ninguém tem inveja, é que não pode deixar de nos indignar e escandalizar. Mas, a avaliar pelas reacções, a pauperização do rendimento médio dos Açorianos e a hipoteca do seu rédito de polichinelo, designadamente, para custear a gestão pública de investimentos faraónicos, que têm por paradigma a matriz e o modelo das Scut´s, é uma realidade que não escandaliza ninguém e até parece reunir o consenso do arco do poder! Que não revolte ou escandalize ilustres tribunos da metrópole, como por exemplo sucedeu com a erupção de indignação do Dr. José Miguel Júdice, neófito porta-voz dos Socialistas da capital, é perfeitamente natural. O que me espanta é que ninguém se escandalize com a falácia do rendimento mediano, convencional, e nominal, dos Açorianos quando a realidade do seu rendimento efectivo é o reverso de uma realidade que para outros é cor-de-rosa.
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João Nuno Almeida e Sousa amanhã nas crónicas digitais do jornaldiario.com
Reporter X
Mobilidade Sustentável *
O Direito à Mobilidade em Ponta Delgada esteve em discussão no passado fim-de-semana. O debate, promovido pelo Bloco de Esquerda como forma de marcar os dois anos de presença na Assembleia Municipal de Ponta Delgada, contou com a presença do vereador José Medeiros, com o pelouro do trânsito da Câmara Municipal; do prof. Armindo Rodrigues, da Universidade dos Açores; Luís Cabral, presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara; Heitor Sousa, economista de transportes da Carris (Lisboa); José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa pelas listas do Bloco de Esquerda, e Lúcia Arruda, a deputada municipal do Bloco de Esquerda/Açores.
O colóquio abordou uma temática sensível à qualificação da vida na cidade e na ilha, tendo em conta os problemas diagnosticados: o uso excessivo do transporte individual, com os custos ambientais e de mobilidade que acarreta; o planeamento urbano pouco eficaz e a falta de articulação entre os diversos sistemas de transportes, que pela sua inexistência retira a este mesmo planeamento qualquer eficácia que ele pudesse conter. A ausência de uma rede integrada de transportes inviabiliza a possibilidade de uma célere mobilidade, sobretudo para quem dela necessita diariamente, sendo que são aqueles que menos podem os que mais sofrem no orçamento familiar e na sua produtividade e, exponencialmente, no seu modo de vida.
A plateia ficou a saber que Ponta Delgada foi seleccionada para o Projecto Mobilidade Sustentável, paralelamente com outros 40 municípios nacionais. Convém salvaguardar que este é um projecto ambicioso e que irá produzir um documento contendo a indicação de práticas a desenvolver e cuja implementação se antevê arrojada, na medida em que carece da introdução de soluções impopulares e com as quais a câmara terá de lidar (de modo a que não encolha eternamente os ombros e faça da vontade alheia a sua). Espero sinceramente que este não seja um projecto de cosmética e não acabe no fundo da gaveta.
Ponta Delgada e a ilha (Scuts incluídas) necessitam urgentemente de um plano de transportes eficaz, sob pena de nos arriscarmos a perdermo-nos numa imobilidade caótica e de resolução cada vez mais difícil. Caso não se tomem medidas capazes de ultrapassar o crescente fluxo automóvel ao centro (e ao perímetro) urbano, de nada valerá a campanha publicitária que “vende” os Açores, as suas belezas naturais e a “recauchutada” qualidade de vida.
Habitar, neste momento, em Ponta Delgada, é “insustentável”.
* edição de 27/11/07 do AO
** Email Reporter X
*** Fotografia X PBase.com
O Direito à Mobilidade em Ponta Delgada esteve em discussão no passado fim-de-semana. O debate, promovido pelo Bloco de Esquerda como forma de marcar os dois anos de presença na Assembleia Municipal de Ponta Delgada, contou com a presença do vereador José Medeiros, com o pelouro do trânsito da Câmara Municipal; do prof. Armindo Rodrigues, da Universidade dos Açores; Luís Cabral, presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara; Heitor Sousa, economista de transportes da Carris (Lisboa); José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa pelas listas do Bloco de Esquerda, e Lúcia Arruda, a deputada municipal do Bloco de Esquerda/Açores.
O colóquio abordou uma temática sensível à qualificação da vida na cidade e na ilha, tendo em conta os problemas diagnosticados: o uso excessivo do transporte individual, com os custos ambientais e de mobilidade que acarreta; o planeamento urbano pouco eficaz e a falta de articulação entre os diversos sistemas de transportes, que pela sua inexistência retira a este mesmo planeamento qualquer eficácia que ele pudesse conter. A ausência de uma rede integrada de transportes inviabiliza a possibilidade de uma célere mobilidade, sobretudo para quem dela necessita diariamente, sendo que são aqueles que menos podem os que mais sofrem no orçamento familiar e na sua produtividade e, exponencialmente, no seu modo de vida.
A plateia ficou a saber que Ponta Delgada foi seleccionada para o Projecto Mobilidade Sustentável, paralelamente com outros 40 municípios nacionais. Convém salvaguardar que este é um projecto ambicioso e que irá produzir um documento contendo a indicação de práticas a desenvolver e cuja implementação se antevê arrojada, na medida em que carece da introdução de soluções impopulares e com as quais a câmara terá de lidar (de modo a que não encolha eternamente os ombros e faça da vontade alheia a sua). Espero sinceramente que este não seja um projecto de cosmética e não acabe no fundo da gaveta.
Ponta Delgada e a ilha (Scuts incluídas) necessitam urgentemente de um plano de transportes eficaz, sob pena de nos arriscarmos a perdermo-nos numa imobilidade caótica e de resolução cada vez mais difícil. Caso não se tomem medidas capazes de ultrapassar o crescente fluxo automóvel ao centro (e ao perímetro) urbano, de nada valerá a campanha publicitária que “vende” os Açores, as suas belezas naturais e a “recauchutada” qualidade de vida.
Habitar, neste momento, em Ponta Delgada, é “insustentável”.
* edição de 27/11/07 do AO
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*** Fotografia X PBase.com
terça-feira, novembro 27
segunda-feira, novembro 26
República das Bananas
Alta Fidelidade
Ouvi em repeat o 1º disco de Norah Jones. O 2ºe 3º já nem por isso. Este soft/jazz/rock inebria e pode, eventualmente, converter-se num aditivo transgressor. Na inevitabilidade, a solução será ouvir com moderação - situação para a qual já desenvolvi um filtro. Apesar de guilty o prazer é atenuado pela feminilidade (ausente das propostas corny dos 2 playlisters anteriores). O que muito me satisfaz. Segue para a mestra de cerimónia…
domingo, novembro 25
Reporter X
Largo da Matriz. Ponta Delgada. Novembro 2007. Qual dos Cultos será mais privilegiado - o religioso ou o automóvel?!
sexta-feira, novembro 23
Porque Debater é Preciso
O BE organiza um Colóquio Autárquico, sob o tema Pelo Direito à Mobilidade. Esta iniciativa acontece amanhã, sábado, no Hotel Camões, a partir das 14h30.
nem só de nostalgia se faz a vida
Nada contra os enormes Joy Division, mas para mostrar que ainda hoje se vai fazendo excelente música por esse UK a dentro, deixo-vos com os recentíssimos The Wombats e o seu divertidíssimo tema Let's Dance to Joy Division, and celebrate the irony...
Bom Fim-de-Semana, blogoarquipélago, acho que estamos todos a precisar.
Bom Fim-de-Semana, blogoarquipélago, acho que estamos todos a precisar.
O Museu em sua Casa
No próximo domingo dia 25 de Novembro começam a ser publicadas no Jornal Açoriano Oriental as fichas do projecto O MUSEU EM SUA CASA. Trabalho do MUSEU CARLOS MACHADO com o apoio dos AMIGOS DO MUSEU e com o patrocínio de várias entidades públicas e privadas. Logo com a primeira ficha serão aindas disponibilizadas as caixas que permitirão a sua colecção e arquivo.
quinta-feira, novembro 22
...Eu hoje deitei-me assim
...When routine bites hard,
And ambitions are low,(...)
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...hoje mais cedo do que o habitual! Bem sei que como lullaby este "Love will tear us apart" é pouco eficaz. Mas, dos Joy Division, não se esperam canções de embalar. Contudo, a sua canção mais famosa está gravada na pedra tumular de Ian Curtis, porventura, como derradeiro ajuste de contas póstumo pela mão da viúva Deborah. "Love will tear us apart" foi lançado em Junho de 1980, um mês após o suicídio de Ian Curtis, e foi o único hit da Joy Division ficando-se pelo infortunado 13º lugar do Top Britânico. Seja como for permanece eternizada no original e em mais de uma dúzia de cover/versions que vão desde o untuoso Paul Young até às vozes magnetizantes das meninas Nouvelle Vague. Hoje, com a pressão barométrica a subir, encerra a trilogia dos Joy Division...amanhã há nova ordem com a alvorada às 7 da matina.
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And ambitions are low,(...)
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...hoje mais cedo do que o habitual! Bem sei que como lullaby este "Love will tear us apart" é pouco eficaz. Mas, dos Joy Division, não se esperam canções de embalar. Contudo, a sua canção mais famosa está gravada na pedra tumular de Ian Curtis, porventura, como derradeiro ajuste de contas póstumo pela mão da viúva Deborah. "Love will tear us apart" foi lançado em Junho de 1980, um mês após o suicídio de Ian Curtis, e foi o único hit da Joy Division ficando-se pelo infortunado 13º lugar do Top Britânico. Seja como for permanece eternizada no original e em mais de uma dúzia de cover/versions que vão desde o untuoso Paul Young até às vozes magnetizantes das meninas Nouvelle Vague. Hoje, com a pressão barométrica a subir, encerra a trilogia dos Joy Division...amanhã há nova ordem com a alvorada às 7 da matina.
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ainda os anos 80's
cantem comigo:
Ê vô pra baxe
Na rua do alfabet
Ê vô curoá a primera fema quê conhecê
Ê vô falá tã sexy
Quéla vá me querê da cabeça ós pés
yeah, yeah, yeah
yeah, éla vá
yeah
scolari
A grande verdade, que ninguém quer assumir, é que com o regresso de Scolari ao banco da selecção nacional, a equipa das quinas voltou a não ganhar. Quer-me parecer que em vez de uma petição a pedir o regresso de Figo deviam era fazer uma petição para por o felipão nas bancadas e pedir o regresso deste senhor ao banco. É que, bem ou mal, com ele a equipa ganha. Quer dizer, é só a minha opinião, obrigado.
Parábolas
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Depois das directas do PSD Açores o Dr. Carlos Costa Neves recebeu um balão de oxigénio e Natalino Viveiros inscreveu-se na lista de "disponíveis" pois não é crível que se afaste em definitivo da vida política activa. Quanto ao líder reeleito já havia prometido "vida nova", pelo que, insuflado com os ares da vitória emerge com novo fôlego ostentando saúde e humor q.b. Sinal dessa vitalidade está na retoma das suas farpas no Açoriano Oriental com a ilustrativa parábola do aquário onde coabitam, no mesmo habitat, um "polvo insaciável", uma "moreia de bom tamanho", e um "cavaco" cuja qualidade se presume residir numa neutralidade dissuasora! Se a ilustração é poderosa não deixa de sugerir o imobilismo do actual viveiro político da nossa Região sem se vislumbrar, no futuro próximo, qualquer "moreia" capaz de contrariar o equilíbrio actual. Ademais, a metáfora extraída da biologia marinha esbarra com a infeliz realidade de que os pesos e contrapesos do actual cenário político na Região deixam tudo na mesma. Logo, nem sequer há lugar para a habitual citação do "Leopardo" de Giuseppe Tomasi de Lampedusa : "É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma", porquanto, até à data, nada mudou e tudo ficou na mesma. Quase tudo, na verdade. Com efeito, apesar de um acto eleitoral com escassa participação dos militantes do PSD-Açores, Costa Neves fez o pleno nestas directas, excepto na Ilha de São Miguel, porventura, por força da secundarização política dos militantes de São Miguel. A causa poderá ser outra, mas o sinal de descontentamento dos militantes de São Miguel é incontornável, mesmo para a mais esguia das "moreias". Seja como for, está nas mãos do líder ler os sinais. No resto, esperamos que olhe para o futuro pois o passado, recente e longínquo, já lá vai, e até Mota Amaral já assumiu os erros de transição na liderança do PSD/Açores, apesar do mota-amaralismo ser ainda uma referência geracional no PSD. Assim, no actual líder depositamos a esperança de que retempere o espírito "predatório" que se exige a quem está na oposição, nem que seja, para dar "caça" aos camaleões que por aí andam e que, como se sabe, é o nome comum a vários répteis da subordem dos sáurios, da família dos camaleonídeos, capazes de mudar de cor conforme o ambiente. Importa contrariar esta tendência antes que a situação assuma contornos de "partido único" onde o poder se resume ao Partido Socialista cujas directas, por certo em formato plebiscitário, estão também para breve. Para tal não bastam parábolas oxigenadas e povoadas alegoricamente pela fauna da nossa praça. Na realidade, é preciso povoar o nosso habitat político com novas espécies e, sobretudo, com novas ideias para o futuro que não será um tempo de parábolas mas de acção.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiario.com
Depois das directas do PSD Açores o Dr. Carlos Costa Neves recebeu um balão de oxigénio e Natalino Viveiros inscreveu-se na lista de "disponíveis" pois não é crível que se afaste em definitivo da vida política activa. Quanto ao líder reeleito já havia prometido "vida nova", pelo que, insuflado com os ares da vitória emerge com novo fôlego ostentando saúde e humor q.b. Sinal dessa vitalidade está na retoma das suas farpas no Açoriano Oriental com a ilustrativa parábola do aquário onde coabitam, no mesmo habitat, um "polvo insaciável", uma "moreia de bom tamanho", e um "cavaco" cuja qualidade se presume residir numa neutralidade dissuasora! Se a ilustração é poderosa não deixa de sugerir o imobilismo do actual viveiro político da nossa Região sem se vislumbrar, no futuro próximo, qualquer "moreia" capaz de contrariar o equilíbrio actual. Ademais, a metáfora extraída da biologia marinha esbarra com a infeliz realidade de que os pesos e contrapesos do actual cenário político na Região deixam tudo na mesma. Logo, nem sequer há lugar para a habitual citação do "Leopardo" de Giuseppe Tomasi de Lampedusa : "É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma", porquanto, até à data, nada mudou e tudo ficou na mesma. Quase tudo, na verdade. Com efeito, apesar de um acto eleitoral com escassa participação dos militantes do PSD-Açores, Costa Neves fez o pleno nestas directas, excepto na Ilha de São Miguel, porventura, por força da secundarização política dos militantes de São Miguel. A causa poderá ser outra, mas o sinal de descontentamento dos militantes de São Miguel é incontornável, mesmo para a mais esguia das "moreias". Seja como for, está nas mãos do líder ler os sinais. No resto, esperamos que olhe para o futuro pois o passado, recente e longínquo, já lá vai, e até Mota Amaral já assumiu os erros de transição na liderança do PSD/Açores, apesar do mota-amaralismo ser ainda uma referência geracional no PSD. Assim, no actual líder depositamos a esperança de que retempere o espírito "predatório" que se exige a quem está na oposição, nem que seja, para dar "caça" aos camaleões que por aí andam e que, como se sabe, é o nome comum a vários répteis da subordem dos sáurios, da família dos camaleonídeos, capazes de mudar de cor conforme o ambiente. Importa contrariar esta tendência antes que a situação assuma contornos de "partido único" onde o poder se resume ao Partido Socialista cujas directas, por certo em formato plebiscitário, estão também para breve. Para tal não bastam parábolas oxigenadas e povoadas alegoricamente pela fauna da nossa praça. Na realidade, é preciso povoar o nosso habitat político com novas espécies e, sobretudo, com novas ideias para o futuro que não será um tempo de parábolas mas de acção.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiario.com
quarta-feira, novembro 21
Agente Provocador
Antena 1 - Açores. 22h10-23h00. Emissão #3 substancialmente nostálgica para os provocadores de serviço. Quanto ao Agente Provocador himself perdeu as tardes (mas sobretudo as noites!) a ouvir o vídeo em epígrafe... Passados 20 vinte anos, ainda não conseguiu recompor-se ao trauma auto-infligido. Logo terá a medicação adequada para uma recuperação progressiva.
...Eu hoje deitei-me assim
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Na habitual atmosfera rarefeita de optimismo dos Joy Division é inevitável o transe claustrofóbico à beira do precipício . Este Atmosphere - que não escapa à regra - emerge da colectânea "Permanent" - editada em 1995 - envolto na inevitável névoa de negrume existencial assombrado por Ian Curtis que, dos confins do além, continuou a lançar discos !
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Na habitual atmosfera rarefeita de optimismo dos Joy Division é inevitável o transe claustrofóbico à beira do precipício . Este Atmosphere - que não escapa à regra - emerge da colectânea "Permanent" - editada em 1995 - envolto na inevitável névoa de negrume existencial assombrado por Ian Curtis que, dos confins do além, continuou a lançar discos !
terça-feira, novembro 20
Da hipérbole no discurso político
"o maior jardim em construção, em Ponta Delgada, desde o Jardim António Borges." "uma obra histórica" "dimensão ambiental, estética, funcional e educativa," "dimensão única e impar" "De tal modo que se pode afirmar que desde o século XIX que não se constrói um parque de grandes dimensões em Ponta Delgada" "nada será comparável a um parque desta dimensão, cujo projecto enriquecerá a poética da cidade" "este é o maior investimento de iniciativa municipal realizado, desde sempre, no Concelho de Ponta Delgada"
"o novo "pulmão verde" "É o maior investimento de iniciativa municipal realizado no concelho de Ponta Delgada, sendo este um dia histórico", afirmou Berta Cabral, lembrando que desde o século XIX que "não se constrói um parque de grandes dimensões" na cidade." "nada comparável à dimensão do futuro Parque" "Mais do que um pulmão verde, integrado numa estratégia de desenvolvimento sustentável, será uma área de lazer e de convívio entre gerações, conjugando edifícios, praças e alamedas", indicou Berta Cabral."
Se o exagero pagasse imposto não havia deficit. Ou, nada como eleições para por a mexer os milhões. Ou ainda, a vaca da vizinha não é maior do que a minha...
P.S. Cara Luísa, este post é obviamente um ataque gratuito à tua chefe e não a ti, :)
...Eu hoje deitei-me assim
Here are the young men, the weight on their shoulders,
Here are the young men, well where have they been?
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Mais pungente dO que o Adágio para cordas de Samuel Barber ; muito mais espectral do que Albinoni, mesclado com a voz de Jim Morrisson, em "An American Prayer" ; mais angustiante do que o celebérrimo Adagietto de Gustav Mahler em "Morte em Veneza"...para o efeito tragam os Joy Division. Há décadas que não os ouvia esquecendo que "Decades" era o meu tema favorito da banda de Ian Curtis.
"Decades" é a última faixa do último álbum de originais dos Joy Division e tresanda a requiem pela voz fantasmagórica de Ian Curtis. A consumir com moderação e em caso de sobredosagem recomenda-se um antídoto dos New Order da estirpe de Blue Monday.
Here are the young men, well where have they been?
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Mais pungente dO que o Adágio para cordas de Samuel Barber ; muito mais espectral do que Albinoni, mesclado com a voz de Jim Morrisson, em "An American Prayer" ; mais angustiante do que o celebérrimo Adagietto de Gustav Mahler em "Morte em Veneza"...para o efeito tragam os Joy Division. Há décadas que não os ouvia esquecendo que "Decades" era o meu tema favorito da banda de Ian Curtis.
"Decades" é a última faixa do último álbum de originais dos Joy Division e tresanda a requiem pela voz fantasmagórica de Ian Curtis. A consumir com moderação e em caso de sobredosagem recomenda-se um antídoto dos New Order da estirpe de Blue Monday.
segunda-feira, novembro 19
A CIMA - Associação Cultural pretende contractar ao abrigo do Programa Estagiar T dois estagiários de acordo com o seguinte:
1 Técnico (a) de Secretariado
1 Técnico (a) de Multimédia
Os interessados deverão contactar a CIMA - Associação Cultural, até ao dia 26 de Novembro para o nº 917 512 170 ou enviar, devidamente preenchida, a Ficha de Inscrição de Candidato a Estágio para o email cima.ac@sapo.
LINKS:
Programa Estagiar T
Ficha de Inscrição
moral, essa rameira
Falemos de notícias, de notícias que importam e não de giros de carro em torno do edifício Solmar para mostrar que chove. Ontem nesse mesmo telejornal da RTP-A a Teresa Nóbrega Filipa Simas, mais uma vez, fez serviço público. De acordo com dados do Hospital do Divino Espírito Santo a maioria das utentes que se dirigem ao Serviço de Obstetrícia do hospital para a consulta de IVG tem entre 14 e 16 anos. Repito, 14 e 16 anos. Como os digníssimos especialistas desse hospital são todos objectores de consciência, estas adolescentes são encaminhadas para o Faial e para Lisboa. Perdoem-me a franqueza mas isto não passa de uma pulhice dos Srs. Drs. Ui, Ui, grandes problemas morais com a IVG. Mas mandar estas miúdas, uma semana para fora de casa, desacompanhadas e desprotegidas, para praticar um acto médico sensível e psicologicamente perturbador, isso já não lhes faz confusão nenhuma. Pois é, a moral tem destas ambiguidades. Santíssima para umas coisas, selvática para outras. Feitos Pilatos da sexualidade alheia os Srs. Drs. marimbam-se para quem mais precisa e lavam as pudicas mãos do sofrimento destas raparigas. As que tiverem posses, lá irão, acompanhadas pela mãe ou pelo pai, para o apartamento de Benfica e à Clínica dos Arcos. O resto, bem o resto, ou amarga com a gravidez e a criança, ou paga para fazer clandestino, ou vai sem nada para uma pensão rasca para que na Alfredo da Costa lhe permitam, por fim, o exercício de um direito. Schopenhaur dizia que a compaixão era a base de toda a moral, mas quer me parecer que a filosofia dos Drs. do hospital do divino é mais nietszcheiana que dizia, e bem, que o homem é o mais cruel de todos os animais.
P.S. se os Srs. Drs. se sentirem ofendidos com este post, façam o favor de se dirigir à ERC.
Act: a reportagem em causa é da autoria da Filipa Simas a quem deixo desde já os meus parabéns pelo trabalho bem feito, por erro meu dei os créditos de autoria á Teresa Nóbrega.
P.S. se os Srs. Drs. se sentirem ofendidos com este post, façam o favor de se dirigir à ERC.
Act: a reportagem em causa é da autoria da Filipa Simas a quem deixo desde já os meus parabéns pelo trabalho bem feito, por erro meu dei os créditos de autoria á Teresa Nóbrega.
domingo, novembro 18
:agenda (para Angra)
LOOP A mais recente criação da Amiga Paula Mota em exposição no Museu de Angra. Para ver até Janeiro de 2008.
sábado, novembro 17
a:termita
Beco do Jardim António Borges. Ponta Delgada. Novembro 2007. Património edificado em ruínas. Mais do que um mero exemplo, o retrato de um centro histórico condenado a desaparecer. Soluções?! Haverá com certeza. Interesse (que não o da feroz especulação imobiliária)?! Isso já não sei.
sexta-feira, novembro 16
quinta-feira, novembro 15
Alta Fidelidade
Reporter X
A Cultura que nos Assiste *
A produção cultural nos Açores está condicionada pelo seu carácter disperso, pela idiossincrasia da sua cultura, pela formação dos seus executantes, pelo confronto com outras influências e, sobretudo, pelo isolamento, cada vez menor, a que estão sujeitos os criadores insulares. O confronto com novas linguagens, abordagens e um público esclarecido definem, em muito, a evolução operada no sector. Público e artistas/criadores partilham, actualmente, um palco comum. Assistimos a toda uma aprendizagem, difícil, a que estão sujeitos os diversos agentes culturais nas diversas áreas. A mutação de valores e de práticas alterou substancialmente as formas de ver e de olhar a cultura. A abertura de novos espaços e a renovação e reabilitação de outros possibilitou uma maior fruição e a programação regular de múltiplas formas artísticas, bem como o encontro regular de forma mais ou menos informal com artistas, jornalistas e críticos e tem permitido a difusão de capital informativo fundamental na prossecução de uma maior disseminação cultural. No entanto - e não obstante todas as alterações operadas no sector cultural público, privado, associativo e mesmo recreativo -, persiste um carácter amador intrínseco à actividade.
Existe uma série de condicionantes que interferem com uma actividade criativa regular, o que delimita a evolução em termos de dinâmica e mesmo de programação atempada, sendo que esta continua a ser, a par com uma articulação em rede de várias instituições, uma das lacunas a melhorar a curto prazo na região. Obviamente que a actividade cultural não gera per si rendimentos que a façam subsistir por si mesma. Toda e qualquer actividade cultural, seja ela de cariz associativo, de intercâmbio ou a itinerância, carece de um apoio institucional, municipal ou governamental. Contudo, acredito que, no conjunto das entidades envolvidas em torno da questão cultural, os números gerados pela dinâmica económica local são significativos, muito embora não haja dados que o comprovem, pelo menos, em termos oficiais.
Um desafio que se coloca.
* edição de 13/11/07 do AO
** Email Reporter X
*** Fotografia X Fernando Resendes
A produção cultural nos Açores está condicionada pelo seu carácter disperso, pela idiossincrasia da sua cultura, pela formação dos seus executantes, pelo confronto com outras influências e, sobretudo, pelo isolamento, cada vez menor, a que estão sujeitos os criadores insulares. O confronto com novas linguagens, abordagens e um público esclarecido definem, em muito, a evolução operada no sector. Público e artistas/criadores partilham, actualmente, um palco comum. Assistimos a toda uma aprendizagem, difícil, a que estão sujeitos os diversos agentes culturais nas diversas áreas. A mutação de valores e de práticas alterou substancialmente as formas de ver e de olhar a cultura. A abertura de novos espaços e a renovação e reabilitação de outros possibilitou uma maior fruição e a programação regular de múltiplas formas artísticas, bem como o encontro regular de forma mais ou menos informal com artistas, jornalistas e críticos e tem permitido a difusão de capital informativo fundamental na prossecução de uma maior disseminação cultural. No entanto - e não obstante todas as alterações operadas no sector cultural público, privado, associativo e mesmo recreativo -, persiste um carácter amador intrínseco à actividade.
Existe uma série de condicionantes que interferem com uma actividade criativa regular, o que delimita a evolução em termos de dinâmica e mesmo de programação atempada, sendo que esta continua a ser, a par com uma articulação em rede de várias instituições, uma das lacunas a melhorar a curto prazo na região. Obviamente que a actividade cultural não gera per si rendimentos que a façam subsistir por si mesma. Toda e qualquer actividade cultural, seja ela de cariz associativo, de intercâmbio ou a itinerância, carece de um apoio institucional, municipal ou governamental. Contudo, acredito que, no conjunto das entidades envolvidas em torno da questão cultural, os números gerados pela dinâmica económica local são significativos, muito embora não haja dados que o comprovem, pelo menos, em termos oficiais.
Um desafio que se coloca.
* edição de 13/11/07 do AO
** Email Reporter X
*** Fotografia X Fernando Resendes
p. 161, 5ª frase completa
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De regresso a casa passo pela casa dos outros e dou conta desta provocação. Mesmo à mão, ainda por arrumar algures na estante, está o "The Real Bettie Page" uma biografia notável da Rainha das Pinups, escrita por Richard Foster, numa Edição Birch Lane Press. Vou à pag. 161 ( de 214 ) e na 5ª frase completa leio . "Some of the bad feelings started early on"...Hum ! Será um mau presságio ?
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De regresso a casa passo pela casa dos outros e dou conta desta provocação. Mesmo à mão, ainda por arrumar algures na estante, está o "The Real Bettie Page" uma biografia notável da Rainha das Pinups, escrita por Richard Foster, numa Edição Birch Lane Press. Vou à pag. 161 ( de 214 ) e na 5ª frase completa leio . "Some of the bad feelings started early on"...Hum ! Será um mau presságio ?
Um repórter do Século Americano
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foto de Timothy Greenfield-Sanders
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Se há escritor que, na literatura moderna, ocupa o merecido lugar de repórter do Sec. XX Americano, o seu nome é Norman Mailer. Admirável pelo seu registo pop da América contemporânea foi também um polemista notável que se definia como um "conservador de esquerda". Morreu no passado Sábado com 84 anos de idade vividos com aguerrida paixão pela vida. Não só deixou uma vasta e heterogénea obra literária como em sinal da chispa que o consumia casou seis vezes e a sua paternidade conta-se em vários descendentes. Vencedor por duas vezes do prémio Pulitzer, Norman Mailer, assina em "O Canto do Carrasco" um dos retratos mais fiéis e desapiedados da pena de morte nos Estados Unidos, exumando a vida e o processo de execução de Gary Gilmore. Norman Mailer teve a mestria de relatar o caminho para o cadafalso de Gilmore, que ficou na história por assinalar o triste regresso à pena de morte nos Estados Unidos em 1976, após uma moratória do Supreme Court, sem resvalar para o cliché e sem fazer do leitor um militante abolicionista. O livro serviu de acendalha para um aceso debate na sociedade Americana sobre as causas da criminalidade e sobre a pena capital. Nada de extravagante em Norman Mailer que sempre foi adepto de causas fracturantes e do politicamente incorrecto. Serve de exemplo o profundo desprezo que nos anos 60 exibiu contra o movimento feminista, designadamente nas páginas da Playboy da qual era cronista regular. Sem pejo chegou a afirmar numa emissão da NBC que estava profundamente consternado pois temia que as mulheres iriam dominar o mundo. Outro exemplo da sua paradoxal veia de polemista estava na recusa da sociedade da informação, pois rotulava a internet como a suprema inutilidade, o que não o impedia, contudo, de ser regular colaborador do blog The Huffington Post ! Numa América em efervescência, na transição da década de 60 para os anos 70, Norman Mailer era um ícone que vivia no estilo boémio de Greenwich Village em Nova York e que, paradoxalmente, alternava os bacanais nocturnos com o treino obsessivo de Boxe que idolatrava como se fosse uma arte. O resultado foram escaramuças que ganharam notoriedade e um ou outro registo criminal. Mailer não só registou o seu tempo com biografias notáveis, como por exemplo a de Picasso ou a de Lee Harvey Oswald, mas também, sem modéstia, recriou o passado indo à suprema ousadia de ficcionar uma espécie de autobiografia de Jesus Cristo com o livro "The Gospel According To The Son". O último livro deste judeu, nado e criado em New Jersey, foi lançado ainda este ano. "O Castelo na Floresta" assume-se como uma fantasia em que o Diabo desencaminha um infante que mais tarde seria o mefistofélico Adolf Hitler. Suprema ironia ou derradeira vingança de um judeu militante ? Talvez mereça que se comece por aqui a espreitar a sua obra que é geralmente desprezada pela intelectualidade reinante.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com
foto de Timothy Greenfield-Sanders
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Se há escritor que, na literatura moderna, ocupa o merecido lugar de repórter do Sec. XX Americano, o seu nome é Norman Mailer. Admirável pelo seu registo pop da América contemporânea foi também um polemista notável que se definia como um "conservador de esquerda". Morreu no passado Sábado com 84 anos de idade vividos com aguerrida paixão pela vida. Não só deixou uma vasta e heterogénea obra literária como em sinal da chispa que o consumia casou seis vezes e a sua paternidade conta-se em vários descendentes. Vencedor por duas vezes do prémio Pulitzer, Norman Mailer, assina em "O Canto do Carrasco" um dos retratos mais fiéis e desapiedados da pena de morte nos Estados Unidos, exumando a vida e o processo de execução de Gary Gilmore. Norman Mailer teve a mestria de relatar o caminho para o cadafalso de Gilmore, que ficou na história por assinalar o triste regresso à pena de morte nos Estados Unidos em 1976, após uma moratória do Supreme Court, sem resvalar para o cliché e sem fazer do leitor um militante abolicionista. O livro serviu de acendalha para um aceso debate na sociedade Americana sobre as causas da criminalidade e sobre a pena capital. Nada de extravagante em Norman Mailer que sempre foi adepto de causas fracturantes e do politicamente incorrecto. Serve de exemplo o profundo desprezo que nos anos 60 exibiu contra o movimento feminista, designadamente nas páginas da Playboy da qual era cronista regular. Sem pejo chegou a afirmar numa emissão da NBC que estava profundamente consternado pois temia que as mulheres iriam dominar o mundo. Outro exemplo da sua paradoxal veia de polemista estava na recusa da sociedade da informação, pois rotulava a internet como a suprema inutilidade, o que não o impedia, contudo, de ser regular colaborador do blog The Huffington Post ! Numa América em efervescência, na transição da década de 60 para os anos 70, Norman Mailer era um ícone que vivia no estilo boémio de Greenwich Village em Nova York e que, paradoxalmente, alternava os bacanais nocturnos com o treino obsessivo de Boxe que idolatrava como se fosse uma arte. O resultado foram escaramuças que ganharam notoriedade e um ou outro registo criminal. Mailer não só registou o seu tempo com biografias notáveis, como por exemplo a de Picasso ou a de Lee Harvey Oswald, mas também, sem modéstia, recriou o passado indo à suprema ousadia de ficcionar uma espécie de autobiografia de Jesus Cristo com o livro "The Gospel According To The Son". O último livro deste judeu, nado e criado em New Jersey, foi lançado ainda este ano. "O Castelo na Floresta" assume-se como uma fantasia em que o Diabo desencaminha um infante que mais tarde seria o mefistofélico Adolf Hitler. Suprema ironia ou derradeira vingança de um judeu militante ? Talvez mereça que se comece por aqui a espreitar a sua obra que é geralmente desprezada pela intelectualidade reinante.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com
quarta-feira, novembro 14
Ilhas #3
Das Ilhas como território
Nos princípios da década de 90 travei conhecimento com uma francesa encantadora no Hotel Monte Palace. Chamava-se Anne Meisterscheim, nome de sonoridade germânica que denunciava o seu pays natal, a Alsácia-Lorena. Era socióloga, casara com um corso, divorciara-se do corso, apaixonar-se pela Córsega e fizera uma tese de doutoramento sobre a relação dos ilhéus com o espaço insular. Viera aos Açores participar num Colóquio sobre “Ilhas e Desenvolvimento Sustentado”, organizado pelo Carlos Santos, e apresentou uma palestra que de imediato cativou a minha atenção – as ilhas como espaço de utopia. Foi ela que me ensinou porque é que os ilhéus traçam estradas e caminhos sinuosos, independentemente da orografia do terreno. Por outras palavras, a Anne deu-me um fundamento intelectual decisivo para achar o projecto da SCUT para o Nordeste um verdadeiro disparate. Mas estou-lhe também agradecido por outras razões, sendo uma delas o ter passado a olhar para o espaço de uma forma diferente daquela a História e Geografia me haviam habituado, já que a Anne valorizava muito na sua abordagem ao espaço insular uma vertente quase que etológica do território, e daí o seu entusiasmo pela Córsega e pelas ilhas, que se lhe apresentavam como case studies perfeitos dessa relação umbilical e orgânica das sociedades insulares com o seu home turf. Suponho que a melhor tradução literária do seu objecto de estudo, seja aquela célebre passagem das Ilhas Desconhecidas onde Raul Brandão descreve os beijos e lágrimas com que uma corvina cobria as pedras da sua ilha antes de embarcar para a América. Ora, se quem parte tem um gesto destes, qual será o gesto daqueles que ficam?
Nos princípios da década de 90 travei conhecimento com uma francesa encantadora no Hotel Monte Palace. Chamava-se Anne Meisterscheim, nome de sonoridade germânica que denunciava o seu pays natal, a Alsácia-Lorena. Era socióloga, casara com um corso, divorciara-se do corso, apaixonar-se pela Córsega e fizera uma tese de doutoramento sobre a relação dos ilhéus com o espaço insular. Viera aos Açores participar num Colóquio sobre “Ilhas e Desenvolvimento Sustentado”, organizado pelo Carlos Santos, e apresentou uma palestra que de imediato cativou a minha atenção – as ilhas como espaço de utopia. Foi ela que me ensinou porque é que os ilhéus traçam estradas e caminhos sinuosos, independentemente da orografia do terreno. Por outras palavras, a Anne deu-me um fundamento intelectual decisivo para achar o projecto da SCUT para o Nordeste um verdadeiro disparate. Mas estou-lhe também agradecido por outras razões, sendo uma delas o ter passado a olhar para o espaço de uma forma diferente daquela a História e Geografia me haviam habituado, já que a Anne valorizava muito na sua abordagem ao espaço insular uma vertente quase que etológica do território, e daí o seu entusiasmo pela Córsega e pelas ilhas, que se lhe apresentavam como case studies perfeitos dessa relação umbilical e orgânica das sociedades insulares com o seu home turf. Suponho que a melhor tradução literária do seu objecto de estudo, seja aquela célebre passagem das Ilhas Desconhecidas onde Raul Brandão descreve os beijos e lágrimas com que uma corvina cobria as pedras da sua ilha antes de embarcar para a América. Ora, se quem parte tem um gesto destes, qual será o gesto daqueles que ficam?
terça-feira, novembro 13
Alta Fidelidade
O YouTube revela-se-me um imenso exercício nostálgico. E apesar de, numa primeira reacção a quente, dar-me ganas para corromper esta nova playlist vou manter a linha agridoce por mão de Superstar, numa justa homenagem dos Sonic Youth aos The Carpenters, contida no álbum If I Were a Carpenter.
segunda-feira, novembro 12
contas de mercearia
Peço desculpa por discordar do aparente consenso no blogoarquipélago sobre os 5 milhões de euros da Câmara de Angra para investir na Cultura em 2008. Parece-me um pouco sinistro que se levantem uma série de posts [link, link] aparentemente chocados com o montante avultado. Meus caros, é precisamente o contrário. O dinheiro é pouco. Comparativamente, a cultura é sempre o parente pobre de todos os orçamentos e neste caso não é excepção. O investimento na cultura, ainda para mais nos Açores, tem que ser substancialmente maior. Sem muito dinheiro posto na cultura é impossível haver produção e oferta cultural. A cultura não se auto-financia, nem se paga a si própria. E se os públicos querem usufruir de eventos culturais de qualidade a preços acessíveis, e têm esse direito, alguém tem que pagar os custos, os cachets dos artistas, as deslocações, a logística e a produção. Aliás, o problema recorrente na região são os eventos feitos de pelintrice e manigância em que não se põe o dinheiro necessário e se engana o público. Se querem discutir cultura vamos partir de duas premissas principais – os montantes recorrentemente insuficientes que são postos nos orçamentos para a Cultura e a inexistência de uma politica estruturada e de visões programáticas para o sector. O resto são contas de mercearia e demagogia fácil.
p. 161, 5ª frase completa
(...) Nunca casou, embora tenha partilhado certa vez uma casa com duas mulheres solteiras, e acabado por se zangar com ambas.Paul Johnson in Criadores, pág. 161, Cap. 7 sobre Jane Austen, ed. Alêtheia. Siga para Chá, antes que esfrie.
CineClube
"Planeta Terror" é a parte realizada por Robert Rodriguez do projecto "Grindhouse", co-assinado por Quentin Tarantino de quem já estreou "à Prova de Morte". É uma homenagem aos filmes de série Z e às salas de cinema que os exibiam e em que na versão original trailers de filmes imaginários uniam os dois filmes. E, tal como no filme de Tarantino, voltam os riscos na cópia, as falhas de som e tudo o que um filme série Z tem direito. E para além disso, zombies ao ataque e um mulher voluptuosa com uma arma em vez de uma das pernas (in Cinecartaz). Na sala 1 do Solmar.
domingo, novembro 11
Reporter X
'Largo de São João'. Ponta Delgada. 11.11.07. O absurdo inacabado. E, no entanto, avança-se para outras frentes sem que algo verdadeiramente coordenado prevaleça.
sábado, novembro 10
Alta Fidelidade
sexta-feira, novembro 9
quinta-feira, novembro 8
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(...) "No fundo, é a história de um homem assombrado pelo passado, incapaz de aceitar o presente, que regressa ironicamente ao passado para tentar mudar o seu futuro." ... é assim a sinopse do serão televisivo de hoje na RTP-Açores ! Imperdoável e Imperdível !
A transfusão
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orange segment by Justin Clayton
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Alea Jacta Est…que é como quem diz os dados estão lançados na roda da sorte do PSD-Açores. Amanhã os militantes, votantes, simpatizantes, e também os detractores do PSD-Açores, saberão se na liderança do maior partido da oposição permanecerá o status quo da continuidade ou se teremos uma espécie de regresso ao futuro liderado pelo voluntarismo de Natalino Viveiros. Curiosamente, não deixa de ser paradoxal o temor que Natalino Viveiros causa em ambos os campos do xadrez político. Para alguns correligionários do PSD-Açores a vitória de Natalino Viveiros é um retrocesso e uma revisitação do mota-amaralismo. Contudo, se assim é, não se percebe porque não elevaram antes as suas vozes contra tal "perigosidade" quando, como se sabe, uma das causas de fossilização do PSD-Açores é o fosso geracional que foi cavado pela então jovem guarda avançada de Mota Amaral. Por outro lado, no PS-Açores e nos círculos de oportunidade que gravitam em torno do mesmo, o chiste e o remoque ao estado actual do PSD-Açores é de tal ordem que até parece ensaiado para irradiar, do escasso pluralismo da nossa sociedade, o PSD-Açores e, do mesmo passo, reformar uma personagem como Natalino Viveiros que se pretende arrumar definitivamente no passado. Nesta encruzilhada ficam, por enquanto, duas perguntas sem resposta óbvia: quem tem medo do PSD-Açores e quem tem medo de Natalino Viveiros? Porém, perante o aluimento do PSD-Açores, creio que apesar do gáudio reinante entre a corte Socialista, o tempo demonstrará em casa própria o equívoco de subestimarem o PSD-Açores. Este é muito mais do que um Partido de líderes pois é, intrinsecamente, um partido de bases e de quadros disponíveis para servirem o projecto fundacional do PSD sempre que para tal forem convocados. Contudo, com ou sem Natalino Viveiros, o PSD-Açores, mais cedo ou mais tarde, terá que operar uma reforma profunda na sua linha de orientação política. Desde logo, a curto prazo, é necessário sopesar com rigor a dimensão regional do Partido sem escamotear que nunca poderá resvalar para a secundarização desproporcional do peso político dos militantes de São Miguel. Depois, a médio prazo, há trabalho a realizar na demarcação ideológica do Partido no domínio das opções estratégicas e económicas da Região. Finalmente, a longo prazo, é necessário ambicionar um Partido que não seja hostil à renovação geracional, que saiba internamente ser solidário com a formação de novas gerações capazes de receber o testemunho do passado, retomando o lugar que o Partido merece na sociedade Açoriana. Não é pouco o que se espera do PSD-Açores mas, do futuro líder, apenas se espera a presciência de imprimir um novo fôlego ao partido, sendo certo que a sua revitalização não se faz apenas à conta de balões de oxigénio, mas sim de uma radical transfusão de sangue novo…sem retrovírus !
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com (*)
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orange # 4 by Justin Clayton
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(*)a.k.a. "projecto publicitário do Eduardo Brum" ... no dizer do meu estimado primo Nuno Barata Almeida e Sousa
orange segment by Justin Clayton
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Alea Jacta Est…que é como quem diz os dados estão lançados na roda da sorte do PSD-Açores. Amanhã os militantes, votantes, simpatizantes, e também os detractores do PSD-Açores, saberão se na liderança do maior partido da oposição permanecerá o status quo da continuidade ou se teremos uma espécie de regresso ao futuro liderado pelo voluntarismo de Natalino Viveiros. Curiosamente, não deixa de ser paradoxal o temor que Natalino Viveiros causa em ambos os campos do xadrez político. Para alguns correligionários do PSD-Açores a vitória de Natalino Viveiros é um retrocesso e uma revisitação do mota-amaralismo. Contudo, se assim é, não se percebe porque não elevaram antes as suas vozes contra tal "perigosidade" quando, como se sabe, uma das causas de fossilização do PSD-Açores é o fosso geracional que foi cavado pela então jovem guarda avançada de Mota Amaral. Por outro lado, no PS-Açores e nos círculos de oportunidade que gravitam em torno do mesmo, o chiste e o remoque ao estado actual do PSD-Açores é de tal ordem que até parece ensaiado para irradiar, do escasso pluralismo da nossa sociedade, o PSD-Açores e, do mesmo passo, reformar uma personagem como Natalino Viveiros que se pretende arrumar definitivamente no passado. Nesta encruzilhada ficam, por enquanto, duas perguntas sem resposta óbvia: quem tem medo do PSD-Açores e quem tem medo de Natalino Viveiros? Porém, perante o aluimento do PSD-Açores, creio que apesar do gáudio reinante entre a corte Socialista, o tempo demonstrará em casa própria o equívoco de subestimarem o PSD-Açores. Este é muito mais do que um Partido de líderes pois é, intrinsecamente, um partido de bases e de quadros disponíveis para servirem o projecto fundacional do PSD sempre que para tal forem convocados. Contudo, com ou sem Natalino Viveiros, o PSD-Açores, mais cedo ou mais tarde, terá que operar uma reforma profunda na sua linha de orientação política. Desde logo, a curto prazo, é necessário sopesar com rigor a dimensão regional do Partido sem escamotear que nunca poderá resvalar para a secundarização desproporcional do peso político dos militantes de São Miguel. Depois, a médio prazo, há trabalho a realizar na demarcação ideológica do Partido no domínio das opções estratégicas e económicas da Região. Finalmente, a longo prazo, é necessário ambicionar um Partido que não seja hostil à renovação geracional, que saiba internamente ser solidário com a formação de novas gerações capazes de receber o testemunho do passado, retomando o lugar que o Partido merece na sociedade Açoriana. Não é pouco o que se espera do PSD-Açores mas, do futuro líder, apenas se espera a presciência de imprimir um novo fôlego ao partido, sendo certo que a sua revitalização não se faz apenas à conta de balões de oxigénio, mas sim de uma radical transfusão de sangue novo…sem retrovírus !
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com (*)
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(*)a.k.a. "projecto publicitário do Eduardo Brum" ... no dizer do meu estimado primo Nuno Barata Almeida e Sousa
Incontinências
Ontem à noite uma balança tinha dado jeito para averiguarmos o peso político dos 2 candidatos. Quanto ao Peso, propriamente dito, ao invés de oxigénio recomenda-se moderação, nada de excessos e, sobretudo, evitar frituras...
quarta-feira, novembro 7
Agente Provocador
O novo programa de Herberto Quaresma conta às quartas-feiras, na primeira hora, com as colaborações de João Nuno Almeida e Sousa, Alexandre Pascoal e 1 convidado semanal - hoje o chosen one é Paulo Andrade. Discos, livros, artes várias e a análise da actualidade em formato "film noir" (ou lá o que isso é!). Para ouvir + logo pelas 22h10 na Antena1.
terça-feira, novembro 6
Vox Populi
"auscultar o vox populi, essa entidade sagrada de cujos pronunciamentos
- sempre inteligentes e informados - dependem os deuses."
Miguel Castelo Branco - Combustões
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Paul Gauguin - Snow at Vaugirard II, 1879
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"Quarenta anos depois de ser subversivo, estou outra vez subversivo."
Pacheco Pereira no Abrupto
"Apesar de um amigo e mestre meu dizer sempre "uma vez jornalista, sempre jornalista", creio não ter condições deontológicas e morais para voltar a ser jornalista."
André Bradford na caixa de comentários do Fôguetabraze
"O semanário O Diabo, afirma hoje na primeira página que "está em condições de afirmar que o "pai afectivo" do acrescento ao nº 3 do artº 30º do Código Penal, que viabiliza a atenuação de pena no caso de abusos sexuais reiterados contra a mesma vítima, é o deputado socialista açoriano Ricardo Rodrigues, embora este atribua a paternidade à Unidade de Missão criada pelo governo para redigir o CP." Rui Pereira já negou a paternidade(...)É caso para comentar: este deputado Rodrigues tem um poder do caraças, não tem? Assim, legislador avulso e singular, em nome da Nação, não será demasiada responsabilidade para um indivíduo só? E isto vai ficar assim, também?"
Grande Loja do Queijo Limiano
"Numa sequela empobrecida da versão de 2005 a novela pela liderança do PSD continua. Os militantes assistem atónitos. (...) E desconfio que se os apertam muito ainda anunciam o voto em branco.".
Cláudia Cardoso no Açoriano Oriental
"That is not a drug. It's a leaf,"
Arnold Schwarzenegger comentando a divulgação do doc. "Pumping Iron" no qual o descomunal Arnold, no intervalo dos alteres, dá umas passas num "cigarro de marijuana"
Miguel Castelo Branco - Combustões
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Paul Gauguin - Snow at Vaugirard II, 1879
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"Quarenta anos depois de ser subversivo, estou outra vez subversivo."
Pacheco Pereira no Abrupto
"Apesar de um amigo e mestre meu dizer sempre "uma vez jornalista, sempre jornalista", creio não ter condições deontológicas e morais para voltar a ser jornalista."
André Bradford na caixa de comentários do Fôguetabraze
"O semanário O Diabo, afirma hoje na primeira página que "está em condições de afirmar que o "pai afectivo" do acrescento ao nº 3 do artº 30º do Código Penal, que viabiliza a atenuação de pena no caso de abusos sexuais reiterados contra a mesma vítima, é o deputado socialista açoriano Ricardo Rodrigues, embora este atribua a paternidade à Unidade de Missão criada pelo governo para redigir o CP." Rui Pereira já negou a paternidade(...)É caso para comentar: este deputado Rodrigues tem um poder do caraças, não tem? Assim, legislador avulso e singular, em nome da Nação, não será demasiada responsabilidade para um indivíduo só? E isto vai ficar assim, também?"
Grande Loja do Queijo Limiano
"Numa sequela empobrecida da versão de 2005 a novela pela liderança do PSD continua. Os militantes assistem atónitos. (...) E desconfio que se os apertam muito ainda anunciam o voto em branco.".
Cláudia Cardoso no Açoriano Oriental
"That is not a drug. It's a leaf,"
Arnold Schwarzenegger comentando a divulgação do doc. "Pumping Iron" no qual o descomunal Arnold, no intervalo dos alteres, dá umas passas num "cigarro de marijuana"
com o passar do tempo
esta "coisa" chamada blogue :ILHAS completou hoje 4 anos. Foram mais de 3900 posts, cerca de 443000 visitas, mais de 217000 visitantes e um número infindável de links e contra-links. O tempo do blogue é o imediato, mas é sempre bom ter arquivos para relembrar. Dizem que quatro anos em anos de blogue é uma quase velhice. Venham mais posts.
segunda-feira, novembro 5
Alta Fidelidade
domingo, novembro 4
:jornais
O presidente da Câmara de Lisboa defendeu anteontem que a autarquia deve constituir uma "comissão de estética", formada por técnicos com a incumbência de pronunciar-se sobre propostas de ocupação do espaço público, para evitar a profusão de "mamarrachos" na cidade. (Público de 02/11/07)Uma iniciativa a implementar em Ponta Delgada (e nas restantes cidades e Vilas dos Açores)?!
sábado, novembro 3
VENDER PAPEL?
Que fiabilidade terá o suplemento Ranking - Exames do ensino básico e secundário, inserido no Público de ontem, quando coloca as escolas Antero de Quental e Domingos Rebelo em Santa Cruz da Graciosa (erro que já vem de idêntico suplemento publicado em 2006) e não contabiliza os, que eu tenha conhecimento e num deles orgulho de pai babado, 3 vintes obtidos por alunos da Antero de Quental nos exames do 11º ano a Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Geometria Descritiva e Física e Química A?
sexta-feira, novembro 2
Alta Fidelidade
A proposta é semi-recente mas neste caso não perde actualidade: Primal Scream Some Velvet Morning (feat. Kate Moss). O lust é convosco...
:jornais
Algumas notas sobre o IX Festival de Jazz de Ponta Delgada_
A primeira noite foi da responsabilidade do sexteto In Loko de Carlos Barretto. O histórico contrabaixista, ladeado por um conjunto all-star do jazz nacional, apresentou uma revisão da sua música em versão electrificada. Evocando as experiências eléctricas dos grupos de Miles Davis na transição para a década de 1970, o grupo português investiu na transformação das composições, injectando-lhes groove e muita energia, sobrando reminiscências de rock psicadélico. (...) Utilizando a comunicação do jazz, esta música vai para além da classificação fechada no género - Copper-Moore afirmou isso mesmo, cantando: Jazz ain"t got a mamma, jazz ain"t nothing but a word. A originalidade da música, a boa disposição e atitude de Cooper-Moore conquistaram o público, que correspondeu com longos aplausos. Para a noite de encerramento ficou guardada a actuação do trio de Henry Grimes. Acompanhado por Andrew Lamb (saxofone tenor e clarinete) e Newman Taylor Baker (bateria), o mítico contrabaixista que voltou a tocar depois de ter sido dado como morto há mais de trinta anos, mostrou uma energia impressionante. Alternando entre o contrabaixo e o violino, Grimes mostrou muita garra e conduziu uma actuação que chegou aos limites do conceito de "incendiário". Inscrevendo-se nas noções do mais clássico free jazz, a música do trio alcançou uma intensidade pouco comum, para isso muito contribuindo o saxofone de Lamb. Um dos momentos da noite pertenceu ao baterista, que fez um solo servindo-se do seu próprio corpo como instrumento de percussão. Enérgico e vibrante, foi um grande final para um festival que merece o aplauso pelo o arrojo das suas propostas.na edição de 30/10/07 do Público A nota pós-evento - ausente da comunicação regional - e que importa repensar.
Nuno Catarino
quinta-feira, novembro 1
Homenagem ao Centro Desportivo de Fátima
VIDEOTECA
Porque não vou à bola com os filmes do Michael Moore este é o meu DVD da semana.
Manufacturing Dissent: Uncovering Michael Moore [MD]
de Rick Caine e Debbie Melnyk
74´Canadá/Austrália 2007
Rick Caine e Debbie Melnyk viram o feitiço contra o feiticeiro e transformam o polémico Michael Moore no tema deste documentário. Acompanhando-o após a estreia de "Fahrenheit 9/11" e durante a campanha presidencial americana de 2004, os realizadores que eram autênticos fãs do mais célebre documentarista do planeta, não conseguem chegar a ter uma entrevista com ele. Entrevistam então com antigos colegas e protagonistas dos filmes de Moore para tentar compreender os processos de trabalho de um autor que afinal se mostra tão fugidio como as personagens dos seus filmes. "Manufacturing Dissent" é uma obra desmistificadora e cheia de surpresas sobre o autor de alguns dos documentários mais mediáticos e mais controversos dos últimos anos.
Sinopse do programa do DocLisboa 2007
Sinopse do programa do DocLisboa 2007
Desculpe, importa-se de repetir?!
Wonderful place. Built environment in good shape. Locals are very sophisticated as most have lived overseas.Apesar da relativa inexactidão um bálsamo para o Ego das Ilhas.
CineClube
Sicko é a estreia da semana em Portugal. Em breve (espero!) em algumas ilhas dos Açores.
Elizabeth: The Golden Age Depois do sucesso de "Elizabeth", Cate Blanchett regressa no papel da implacável "Rainha Virgem" que sobe ao trono depois da morte da irmã. A meio do seu reinado, a rainha terá de enfrentar o poder da religião e a traição. O rei de Espanha está determinado a desafiar o seu poder com o objectivo de restabelecer o catolicismo em Inglaterra e Elizabeth prepara-se para a guerra. Mas ao mesmo tempo tem de equilibrar os seus deveres reais com uma paixão proibida, sir Walter Raleigh (Clive Owen). Além disso, depressa se apercebe que os seus inimigos não residem apenas no exterior. Internamente, a rainha terá de lidar com as tentativas de traição das pessoas que lhe estão mais próximas. Em exibição na Castello Lopes.
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