Portugal sempre viveu com o complexo de inferioridade de não ser uma "república dos catedráticos". Vai daí, no reino do "chico-espertismo", não falta quem ambicione ser "doutô" ou "ingenheiro", esquecendo a divisa de que o hábito não faz o monge. Sobre essa fobia, e muitas outras de igual jaez, já discorria o grande Eça nesse inolvidável livro que é o "Conde de Abranhos". Recorda-nos hoje José Adelino Maltez que igual pena impenitente era usada pela mão de Ramalho Ortigão. No derradeiro estertor do Sec. XIX já então Ramalho Ortigão observava que "a mocidade vive nas antecâmaras do governo como os antigos poetas do século passado nas salas de jantar dos fidalgos ricos. Os velhos são agiotas ou servidores do estado. Os moços são bacharéis e querem bacharelar acerca da coisa pública e à custa da mesma coisa acerca da qual bacharelam.".
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Daqui em diante o tom fatalista e apocalíptico da farpa desce ao fundo da indiferente alma lusitana. Após citar Ramalho Ortigão conclui o distinto escriba do tempo que passa, fazendo uso do inevitável e prudente "benefício da dúvida", que o Eng. Sócrates foi vítima das circunstâncias. Logo, assim remata : "Espero que, amanhã, José Sócrates tenha a grandeza de ser humilde e que nos ajude a libertar deste ambiente poluído que confunde o poder com o saber e com o qual não poderemos enfrentar os desafios da democracia e da sociedade do conhecimento. Que ele seja um político exemplar que, para isso, tem os suficientes títulos de legitimidade. Porque se voltássemos às manias da "república dos catedráticos", o único líder oposicionista que tem uma vida universitária de grande mérito é o Professor Doutor Francisco Louçã e não me parece que, por isso, o tenhamos que sufragar em termos de opções políticas." APRE !
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(a ler detalhadamente e na íntegra no blog : Sobre o tempo que passa infelizmente com link indisponível no : Ilhas)
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Daqui em diante o tom fatalista e apocalíptico da farpa desce ao fundo da indiferente alma lusitana. Após citar Ramalho Ortigão conclui o distinto escriba do tempo que passa, fazendo uso do inevitável e prudente "benefício da dúvida", que o Eng. Sócrates foi vítima das circunstâncias. Logo, assim remata : "Espero que, amanhã, José Sócrates tenha a grandeza de ser humilde e que nos ajude a libertar deste ambiente poluído que confunde o poder com o saber e com o qual não poderemos enfrentar os desafios da democracia e da sociedade do conhecimento. Que ele seja um político exemplar que, para isso, tem os suficientes títulos de legitimidade. Porque se voltássemos às manias da "república dos catedráticos", o único líder oposicionista que tem uma vida universitária de grande mérito é o Professor Doutor Francisco Louçã e não me parece que, por isso, o tenhamos que sufragar em termos de opções políticas." APRE !
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(a ler detalhadamente e na íntegra no blog : Sobre o tempo que passa infelizmente com link indisponível no : Ilhas)
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posted by João Nuno Almeida e Sousa
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