segunda-feira, dezembro 31
08' Jantares & Blogues
O blogger à mesa
Pâté de aves acompanhado com Verdelho do Pico
Bacalhau com penca e grão, crosta de broa e azeitona
Gratinado de arroz Basmati sobre estufado de novilho IGP
Sobremesa - Pudim de Feijão & Gelado
Custou mas foi. Foi possível juntar à mesa Amigos para tornar o blogue assunto de conversa. O jantar decorreu no passado dia 19 de Dezembro, no Hotel do Colégio, e de forma civilizada. A cozinha esteve à altura da ocasião mas o mesmo não se poderá dizer dos primos... E já que o final de ano irá ser consumido à volta dos pratos, e de alguns copos, achei por bem retirar as fotos de estágio e celebrar as 2 ocasiões. Até já... e que 2008 nos traga + blogues e melhor escrita (escribas!).
auf wiedersing...2007
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"Uma das coisas de que nos damos conta quando envelhecemos é que nem toda a gente vai envelhecer connosco"(*). Com o peso nos ombros de mais um ano prestes a terminar é inevitável que se olhe para trás, in memoriam, daqueles que não viveram o nosso tempo. É tempo também de desejos sobre a saúde alheia. De cura para quem à nossa volta não se resigna a K.O. antecipado e regressa ao ringue para o combate das suas vidas. Dizemos pois adeus a 2007 na infantil esperança que a vida vença o maior número possível de assaltos nesta luta quotidiana pela sobrevivência. Mas a vida também é um Cabaret como bem nos recorda o fabuloso filme pontuado pela voz de Liza Minelli. É pois com este cenário de festa decadente que me despeço de um ano de 2007 com mais perdas e danos do que motivos para celebrações de ocasião. Fica a Esperança de que 2008 será melhor…à bientôt !
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"Uma das coisas de que nos damos conta quando envelhecemos é que nem toda a gente vai envelhecer connosco"(*). Com o peso nos ombros de mais um ano prestes a terminar é inevitável que se olhe para trás, in memoriam, daqueles que não viveram o nosso tempo. É tempo também de desejos sobre a saúde alheia. De cura para quem à nossa volta não se resigna a K.O. antecipado e regressa ao ringue para o combate das suas vidas. Dizemos pois adeus a 2007 na infantil esperança que a vida vença o maior número possível de assaltos nesta luta quotidiana pela sobrevivência. Mas a vida também é um Cabaret como bem nos recorda o fabuloso filme pontuado pela voz de Liza Minelli. É pois com este cenário de festa decadente que me despeço de um ano de 2007 com mais perdas e danos do que motivos para celebrações de ocasião. Fica a Esperança de que 2008 será melhor…à bientôt !
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(*) Cormac McCarthy – "Este País não é para velhos" – Ed. de 2007 da Relógio d' Água.
(*) Cormac McCarthy – "Este País não é para velhos" – Ed. de 2007 da Relógio d' Água.
domingo, dezembro 30
VideoClube
Broken Flowers perdido no cinema recuperado em DVD. Apesar das 6 salas disponíveis em Ponta Delgada são muitos os filmes que não passam na ilha. Opinião corroborada aqui (+ listas de muitas e boas sugestões).
Best Of ' 2007
Os melhores discos de 2007 nas seguintes redacções:
Allmusic
BillBoard
IndieLondon
Inrocks
Magnet
Paste
Pitchfork
Popmatters
Q
Stylus
E podem começar a fazer contas...
Allmusic
BillBoard
IndieLondon
Inrocks
Magnet
Paste
Pitchfork
Popmatters
Q
Stylus
E podem começar a fazer contas...
Alta Fidelidade
[Best Of'07] 3 miúdas de NY que recentemente asseguraram a 1ª parte da tour dos Air pela Europa. Pop sintética e íntima, como convém. Para ouvir Sad Song do álbum “The Bird Of Music” das Au Revoir Simone.
sábado, dezembro 29
:jornais
«(...) a política portuguesa tornou-se um espaço de ficção onde nada acontece e no qual é difícil acreditar. Ainda pensamos coisas diferentes e queremos coisas diferentes? Ainda acreditamos que o poder justifica o nosso esforço e capacidade para correr riscos?»A lucidez de Pedro Lomba na integra aqui.
sexta-feira, dezembro 28
Alta Fidelidade
[Best Of'07] Les Reines Prochaines revistos pela dupla francesa D*I*R*T*Y* Soundsystem – que depois de editarem e reeditarem alguns temas, apenas em formato vinil, resolveu compilar em CD alguns dos melhores momentos dessas edições. Em escuta a versão lynchiana de Wicked Game naquela que é uma compilações mais interessantes deste ano.
quinta-feira, dezembro 27
Reporter X
Natal e outras coisas mais... *
Apesar dos apelos optimistas, a convir desejos e solidariedade de espontaneidade momentânea, nesta época de “paz entre os homens”, perpassa-me um sentimento antagónico, num misto de perplexidade e descrença, por algo que de tanto “vender” amor e solidariedade escapa-se-me pelo carácter simbólico material e pelo excesso da “época”, com o qual somos confrontados e temos de coexistir, sob pena de sermos apelidados de insensíveis, hipócritas ou simplesmente arrogantes - o Natal.
À medida que o tempo flui sinto que alguma da nostalgia, em relação ao período natalício, faz cada vez menos sentido. Sentido fará o encontro ou a proximidade familiar. A forma pouco importa.
E nesta coluna, que mais não é do que um balancete revanchista de final de ano, preocupa-me a distância do discurso politizado perante a realidade que nos assiste. Persiste uma crise económica latente (a que nem o Bacalhau escapa!), fruto de outras “crises” porventura mais profundas e imperceptíveis à carteira mas que se manifestam no roteiro quotidiano, e que mantém refém uma população descrente quanto ao futuro, pouco motivada e sobretudo mal paga. Contra isso, infelizmente, poucas conquistas se antevêem. O cenário mundial também não é melhor, com a continua subida do petróleo e a asfixia das economias ocidentais sob o manto dos lobbies das petrolíferas. Não obstante, o infortúnio desta inconstância global, em 2008 espera-se uma mudança na gestão daquele que afirma ser a maior democracia do Mundo por via da eleição de um(a) presidente democrata. Pior será difícil. Por cá a re-eleição de Carlos César consagrará o Político. Afirmar que é uma inevitabilidade e que “não existe mais ninguém” parece-me redutor e falacioso. Governar constitui uma incumbência a que supostamente não faltam “candidatos”... Contudo, o tempo aconselha previdência. A “espera” conduz à constância. E os hipotéticos políticos candidatos acenam e aguardam pela oportunidade anunciada sem que, por algum momento que seja, exista sequer a hipótese, e por mais remota que ela possa ser, de chamuscar o penteado... nem mesmo em dias de festa.
* edição de 25/12/07 do AO
** Email Reporter X
*** Fotografia X Andy Warhol - Dollar Sign, 1981
Apesar dos apelos optimistas, a convir desejos e solidariedade de espontaneidade momentânea, nesta época de “paz entre os homens”, perpassa-me um sentimento antagónico, num misto de perplexidade e descrença, por algo que de tanto “vender” amor e solidariedade escapa-se-me pelo carácter simbólico material e pelo excesso da “época”, com o qual somos confrontados e temos de coexistir, sob pena de sermos apelidados de insensíveis, hipócritas ou simplesmente arrogantes - o Natal.
À medida que o tempo flui sinto que alguma da nostalgia, em relação ao período natalício, faz cada vez menos sentido. Sentido fará o encontro ou a proximidade familiar. A forma pouco importa.
E nesta coluna, que mais não é do que um balancete revanchista de final de ano, preocupa-me a distância do discurso politizado perante a realidade que nos assiste. Persiste uma crise económica latente (a que nem o Bacalhau escapa!), fruto de outras “crises” porventura mais profundas e imperceptíveis à carteira mas que se manifestam no roteiro quotidiano, e que mantém refém uma população descrente quanto ao futuro, pouco motivada e sobretudo mal paga. Contra isso, infelizmente, poucas conquistas se antevêem. O cenário mundial também não é melhor, com a continua subida do petróleo e a asfixia das economias ocidentais sob o manto dos lobbies das petrolíferas. Não obstante, o infortúnio desta inconstância global, em 2008 espera-se uma mudança na gestão daquele que afirma ser a maior democracia do Mundo por via da eleição de um(a) presidente democrata. Pior será difícil. Por cá a re-eleição de Carlos César consagrará o Político. Afirmar que é uma inevitabilidade e que “não existe mais ninguém” parece-me redutor e falacioso. Governar constitui uma incumbência a que supostamente não faltam “candidatos”... Contudo, o tempo aconselha previdência. A “espera” conduz à constância. E os hipotéticos políticos candidatos acenam e aguardam pela oportunidade anunciada sem que, por algum momento que seja, exista sequer a hipótese, e por mais remota que ela possa ser, de chamuscar o penteado... nem mesmo em dias de festa.
* edição de 25/12/07 do AO
** Email Reporter X
*** Fotografia X Andy Warhol - Dollar Sign, 1981
quarta-feira, dezembro 26
terça-feira, dezembro 25
Desculpe, importa-se de repetir?!
Hoje, desiludido, acho-a demasiada azeda e politiqueiraChateia-me ter de linkar o NB e contribuir com mais uns hits... mas esta passagem é simplesmente deliciosa.
Alta Fidelidade
[Best Of'07] Objecto recomendado por Ricardo Saló em 2007 - o contágio do groove por via deste If This Aint Love (Don't Know What Is) de Nicole Willis and The Soul Investigators. Altamente recomendável. Segue aqui...
segunda-feira, dezembro 24
Incontinências
Munições a postos para a batalha que se avizinha (com a preciosa colaboração do Paulo).
domingo, dezembro 23
sábado, dezembro 22
# 1
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Cruzamento perfeito entre a pop e o jazz. "Days Without Rain" de Patrick Cleandenim é a minha canção favorita do ano de 2007. Vem embrulhada em nostalgia q.b. e é também uma súplica por dias radiosos...como este que agora começa.
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Cruzamento perfeito entre a pop e o jazz. "Days Without Rain" de Patrick Cleandenim é a minha canção favorita do ano de 2007. Vem embrulhada em nostalgia q.b. e é também uma súplica por dias radiosos...como este que agora começa.
sexta-feira, dezembro 21
Xmas Greetings
Amanhã vou contribuir uma niquita para o aquecimento global do planeta quando subir as escadas do Airbus da SATA. Para arrefecer os ânimos dos mais exaltados, Let it Snow pelo Jamie Cullum. Merry Xmas, blogosfera, e é dar-lhe vergas em 2008.
# 2
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Nas perdas e danos do balanço que antecede as resoluções de ano novo é inevitável guardarmos lugar para "someone great that has gone". In memoriam de um dos melhores álbuns do ano, Sound of Silver by LCD Soundsystem, aqui fica "Someone Great".
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Nas perdas e danos do balanço que antecede as resoluções de ano novo é inevitável guardarmos lugar para "someone great that has gone". In memoriam de um dos melhores álbuns do ano, Sound of Silver by LCD Soundsystem, aqui fica "Someone Great".
quinta-feira, dezembro 20
Feios, Porcos e Maus *
Person of the year, o humor agridoce do Irmão Lúcia vs Time
* o Lado B do Vox Populi
"Passou este tempo todo e Menezes não existe. Ao princípio, houve quem pensasse que era por manha. Depois, que talvez fosse por prudência. Agora, tristemente, já se percebeu que Menezes vai continuar a ser o presidente da Câmara Municipal de Gaia, ou seja, nada. Ou menos que nada. Em Gaia, à distância, e protegido pelo benefício da irresponsabilidade, sempre se ia dando ares de grande demagogo. Na presidência do PSD, sucumbiu ao velho vício do político português: é respeitável ou tenta que o achem respeitável. Perdeu a graça e a função. (...) Menezes chama a esta tristeza sem alívio "a fase de desmascarar o Governo" e anuncia que chegou ou não tardará que chegue "o momento de viragem". Em Janeiro, promete que irá mostrar a enorme "diferença" entre o PSD e o PS (que se esqueceu até agora de mostrar) na economia, no ensino, na saúde e até na descentralização do Estado. E, aí sim, o Governo entrará "em crise". Entretanto, e como é preciso fazer qualquer coisa, Menezes reclama que Sócrates peça desculpa por causa de um assassinato no Porto. Exige o despedimento de António Vitorino da RTP. E decidiu, certamente com a ajuda de Ribau Esteves (um cavalheiro que se declara muito apaixonado por si próprio), vender a sede da S. Caetano e gerir o partido como quem gere uma empresa: presumivelmente para empregar amigos. Valeu a pena a troca?"Vasco Pulido Valente, in Público 14.12.2007
"Este preço mínimo tem dois efeitos muito claros no mercado de trabalho: impedir de trabalhar quem estiver disponível para trabalhar por valor inferior a esse preço"Juventude Popular sobre a fixação de um valor para o Salário Mínimo Nacional (SMN) pelo Estado, via Lusa a 17.12.07
"Sei quem são as pessoas, não as vou divulgar obviamente, mas o senhor presidente do Governo sabe muito melhor quem elas são"Costa Neves sobre o manifesto à recandidatura de Carlos César, in Açoriano Oriental de 19.12.07
"(...) O autarca foi Rui Melo que colocou a Vila acima da sua carreira".Carlos Melo Bento na sua eleição dos Dez mais 2007 in Açoriano Oriental de 19.12.07
* o Lado B do Vox Populi
# 3
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Numa casa com vista para o mar conheci a riot-girl band Cansei de Ser Sexy. Electro-pop vibrante num CD excelente cepa da primeira à última faixa. "Lets Make Love and Listen to Death from above" é a selecção dessa colheita de excepção
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Numa casa com vista para o mar conheci a riot-girl band Cansei de Ser Sexy. Electro-pop vibrante num CD excelente cepa da primeira à última faixa. "Lets Make Love and Listen to Death from above" é a selecção dessa colheita de excepção
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Segundo as estatísticas do blogger.com, no período entre as 19h00 de ontem e as 04h00 de hoje foi atingido o mais baixo número de posts na blogosfera açórica.
Todos os blogs de referência estiveram completamente inactivos durante este período.
Todos os blogs de referência estiveram completamente inactivos durante este período.
quarta-feira, dezembro 19
Jantar:Blogger
Jantar Blogger 4ª feira 19.12.07 20h00
Com o apoio do Hotel do Colégio - A Colmeia e do Pote dos Desejos
Menu Consoada Degustação
Couvert
Pâté de aves acompanhado com Verdelho do Pico
Bacalhau com penca e grão, crosta de broa e azeitona
Gratinado de arroz Basmati sobre estufado de novilho IGP
Sobremesa
Vinhos
Branco Couteiro-Mor (Alentejo)
Tinto Herdade de S. Miguel - Aragonês (Alentejo)
Les Jeux sont faits...
Com o apoio do Hotel do Colégio - A Colmeia e do Pote dos Desejos
Menu Consoada Degustação
Couvert
Pâté de aves acompanhado com Verdelho do Pico
Bacalhau com penca e grão, crosta de broa e azeitona
Gratinado de arroz Basmati sobre estufado de novilho IGP
Sobremesa
Vinhos
Branco Couteiro-Mor (Alentejo)
Tinto Herdade de S. Miguel - Aragonês (Alentejo)
Les Jeux sont faits...
terça-feira, dezembro 18
# 5
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Rufus Wainwright e Going to a Town é a escolha emblemática do poderoso Release the Stars. Fica a dúvida de saber porque raio este Canadiano está cansado dos vizinhos Norte-Americanos !
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Rufus Wainwright e Going to a Town é a escolha emblemática do poderoso Release the Stars. Fica a dúvida de saber porque raio este Canadiano está cansado dos vizinhos Norte-Americanos !
:jornais
Bizantinas lutas de secretaria. No final, e por maiores que sejam os subterfúgios concebidos, o Património ficou a perder.
coisas realmente...
"...temos políticos da caca, porque é isso que nós temos, é políticos da caca."
participante do Forum TSF
segunda-feira, dezembro 17
# 6
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Peter Bjorn and John, com "Young Folks", são os Suecos indie-pop responsáveis pelo assobio oficial do ano. Nestes dias de frio recordam-nos o Verão e as desperdiçadas possibilidades de miscigenação dos autóctones com as Suecas...a bem da Região !
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Peter Bjorn and John, com "Young Folks", são os Suecos indie-pop responsáveis pelo assobio oficial do ano. Nestes dias de frio recordam-nos o Verão e as desperdiçadas possibilidades de miscigenação dos autóctones com as Suecas...a bem da Região !
Alta Fidelidade
Na senda da revelação do melhor, que se ouve e ouviu, em 2007, deixo aqui uma descoberta Marissa Nadler com o 3º álgum Songs III: Bird On The Water e este Bird on your grave. A banda sonora ideal para a tempestade que passa.
domingo, dezembro 16
# 7
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3 linhas de texto e uma canção por dia para o meu top de 2007 ; Hoje respira-se com SIA Furler que com esta canção assinava o final de "Six Feet Under". Uma das melhores séries de sempre que, entre nós, fez a sua despedida em 2007.
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3 linhas de texto e uma canção por dia para o meu top de 2007 ; Hoje respira-se com SIA Furler que com esta canção assinava o final de "Six Feet Under". Uma das melhores séries de sempre que, entre nós, fez a sua despedida em 2007.
Two Hands
Nos finais dos pirosos anos setenta inícios dos oitenta, grande parte dos automóveis, preferencial e maioritariamente vermelhos, que circulavam nas estradas continentais ostentavam, para além dos bancos forrados a carpélio, aventosada no vidro traseiro uma mãozinha plástica que com o andamento da viatura ía acenando um incessante, incansável e irritante adeus.
Na onda dos recentes revivalismos que grassam por aí, acho que vou entrar na onda e mandar pintar o meu carro num invicto azul e aventosar, para já, duas das tais mãozinhas.
Não sei é se lá para 11 de Maio terei vidro que chegue...
Na onda dos recentes revivalismos que grassam por aí, acho que vou entrar na onda e mandar pintar o meu carro num invicto azul e aventosar, para já, duas das tais mãozinhas.
Não sei é se lá para 11 de Maio terei vidro que chegue...
sábado, dezembro 15
Weekend Postcards
Praia do Pópulo. São Miguel. Açores. 15.12.07. O mar e o sol estiveram convidativos... mas, e apesar disso, o Jordão levou a melhor.
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O melhor dos Da Weasel é a Barbie entubada e com look de modelo da Fátima Lopes a pedir "tratamento"...infelizmente, creio que nem a dita Barbie, nem as discípulas da riot-girl do Portugal fashion, vão estar por cá. Restam os Da Weasel + logo no Coliseu
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O melhor dos Da Weasel é a Barbie entubada e com look de modelo da Fátima Lopes a pedir "tratamento"...infelizmente, creio que nem a dita Barbie, nem as discípulas da riot-girl do Portugal fashion, vão estar por cá. Restam os Da Weasel + logo no Coliseu
Top of the Pops
Ike Turner (1931-2007)
O Ike Turner morreu no passado dia 12 de Dezembro. Para mim não vai passar à história como o marido da Tina Turner, que dava porrada na mulher. Recordo-o como grande músico, cujo contributo para o rock'n'roll e rhytmn'n'blues merece um crédito muito maior do que aquele que lhe é habitualmente atribuido. Esta gravação de um afro-american tv show dos anos 60, o Soul Tan, deixa duas coisas evidentes a respeito do Ike: excelente músico, péssimo relações publicas. Tina takes it all, bonita como nunca a vi, podre de charme, voz no pico da sua expansão imperial. Das pernas, famosas, nem se fala. Da violência doméstica também não. Prefiro recordar a música.
sexta-feira, dezembro 14
quinta-feira, dezembro 13
:agenda
Uma videogravação da performance ROTURA, de Ana Hatherly, realizada em 1977 na galeria Quadrum, em Lisboa, vai ser projectada hoje quinta-feira, pelas 21h30, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. A iniciativa engloba, também, uma conferência da Curadora de Arte Contemporânea Isabel Carlos, agendada para depois da exibição da videogravação, que contará com a presença da artista Ana Hatherly. O evento faz parte do programa da exposição “SINAIS”, uma mostra que reúne peças da colecção da FLAD e que está patente ao público desde 16 de Novembro, no Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado.
Mata e esfola
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via BLOG : NO SMOKING
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via BLOG : NO SMOKING
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"What are you gonna do. Arrest me for smoking?"
(Sharon Stone na pele de Catherine Tramell em "Instinto Fatal").
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Se a partir do próximo ano a celebérrima cena de Sharon Stone em Basic Instinct fosse replicada em Portugal ainda assim não saberíamos se a infractora seria ou não, pelo menos, acoimada. Com efeito, a partir de 1 de Janeiro de 2008, entra em vigor o novo regime jurídico para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco, aprovado pela Lei 37/2007 de 14 de Agosto. Mas, ninguém duvida que a eficácia desta legislação ficará na dependência de bons hábitos de cidadania, pois não se antevê uma task force das forças de policiamento a vigiar e a autuar os infractores. Seja como for as autoridades institucionais devem dar o exemplo, na medida em que, o âmbito da proibição de fumar em determinados locais é alargado, em geral, para todos os locais de trabalho e, em particular, para aqueles onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública.
Nem a restauração escapa à flamejante sanha irradiadora das normas contra o tabagismo. Assim, por força da lei, passa a ser proibido fumar nos restaurantes, excepto se os mesmos criarem áreas devidamente sinalizadas, expressamente previstas para o consumo de cigarros e, desde que, sejam separadas fisicamente das restantes instalações ou disponham de mecanismo de ventilação autónomo que evite que o fumo se espalhe às áreas contíguas. Mesmo no caso dos "tascos" com área destinada ao público inferior a 100 m2 a opção pela permissão de fumar não deverá desrespeitar as condições legais de salubridade, extracção do fumo, mecanismos de ventilação, e demais parafernália que, em suma, tem por finalidade proibir de facto que se fume nos locais públicos.
Assim é porque o tabagismo é um flagelo que se tolera, entre nós, com alguma indulgência, mas a protecção dos fumadores passivos é também hoje uma exigência de tolerância por aqueles que nunca fumaram ou são hoje ex-fumadores. Actualmente, os efeitos colaterais da exposição ao fumo do cigarro já não são toleráveis em locais públicos. Quanto ao tabagismo é hoje pacífico que é uma das causas mais importantes de mortalidade a nível mundial. Esta realidade não se muda só por decreto, mas a intermediação da lei é indispensável para combater o consumo de um produto cuja taxa de adictos ronda os 90 a 95 % e onde os consumos ditos "ocasionais" ou "recreativos" são excepções irrelevantes. Mas, paradoxalmente, o Estado que adverte que "fumar mata" é o mesmo que encaixa receitas astronómicas à conta dos impostos que lança sobre o preço de venda do tabaco, ou seja, se por um lado "mata", por outro lado, "esfola". Ora, não fumar, além de salvaguardar a saúde, ainda trás como bónus privar o Estado de uma receita feita à conta da desgraça alheia.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiario.com
"What are you gonna do. Arrest me for smoking?"
(Sharon Stone na pele de Catherine Tramell em "Instinto Fatal").
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Se a partir do próximo ano a celebérrima cena de Sharon Stone em Basic Instinct fosse replicada em Portugal ainda assim não saberíamos se a infractora seria ou não, pelo menos, acoimada. Com efeito, a partir de 1 de Janeiro de 2008, entra em vigor o novo regime jurídico para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco, aprovado pela Lei 37/2007 de 14 de Agosto. Mas, ninguém duvida que a eficácia desta legislação ficará na dependência de bons hábitos de cidadania, pois não se antevê uma task force das forças de policiamento a vigiar e a autuar os infractores. Seja como for as autoridades institucionais devem dar o exemplo, na medida em que, o âmbito da proibição de fumar em determinados locais é alargado, em geral, para todos os locais de trabalho e, em particular, para aqueles onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública.
Nem a restauração escapa à flamejante sanha irradiadora das normas contra o tabagismo. Assim, por força da lei, passa a ser proibido fumar nos restaurantes, excepto se os mesmos criarem áreas devidamente sinalizadas, expressamente previstas para o consumo de cigarros e, desde que, sejam separadas fisicamente das restantes instalações ou disponham de mecanismo de ventilação autónomo que evite que o fumo se espalhe às áreas contíguas. Mesmo no caso dos "tascos" com área destinada ao público inferior a 100 m2 a opção pela permissão de fumar não deverá desrespeitar as condições legais de salubridade, extracção do fumo, mecanismos de ventilação, e demais parafernália que, em suma, tem por finalidade proibir de facto que se fume nos locais públicos.
Assim é porque o tabagismo é um flagelo que se tolera, entre nós, com alguma indulgência, mas a protecção dos fumadores passivos é também hoje uma exigência de tolerância por aqueles que nunca fumaram ou são hoje ex-fumadores. Actualmente, os efeitos colaterais da exposição ao fumo do cigarro já não são toleráveis em locais públicos. Quanto ao tabagismo é hoje pacífico que é uma das causas mais importantes de mortalidade a nível mundial. Esta realidade não se muda só por decreto, mas a intermediação da lei é indispensável para combater o consumo de um produto cuja taxa de adictos ronda os 90 a 95 % e onde os consumos ditos "ocasionais" ou "recreativos" são excepções irrelevantes. Mas, paradoxalmente, o Estado que adverte que "fumar mata" é o mesmo que encaixa receitas astronómicas à conta dos impostos que lança sobre o preço de venda do tabaco, ou seja, se por um lado "mata", por outro lado, "esfola". Ora, não fumar, além de salvaguardar a saúde, ainda trás como bónus privar o Estado de uma receita feita à conta da desgraça alheia.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiario.com
quarta-feira, dezembro 12
Açores profundos
Rosais, 2004, Pães de Véspera
Em Março de 1839 o jornal portuense Revista Literária, na sua coluna de Belas Artes, noticiava desta forma a descoberta da técnica que mais tarde viria a ficar conhecida pelo nome de fotografia: Desenho obtido pela luz, ou processo pelo qual os objectos se desenham por si mesmos sem a ajuda de um lápis. Por muito que a técnica inventada pelo senhor Daguerre tenha evoluído até aos sortilégios da presente era digital, a sua definição primordial de desenho obtido pela luz conserva ainda hoje toda a actualidade e aplica-se que nem uma luva, creio eu, a este livro de fotografias do Paulo Monteiro, designadamente à forma como ele soube retratar o pão, cuja rugosidade nos é transmitida com a subtileza de um desenho a carvão.
Ao iniciar assim a apresentação da obra do Paulo, destacando a qualidade estética das suas fotografias mais abstractas – os pães de véspera da ilha de S. Jorge, e os pães do Império da ilha do Corvo – estou a desviar-me daquilo que ele próprio considera ser o centro de gravidade deste livro – o seu carácter documental relativamente à antropologia religiosa do povo açoriano – e é nesta perspectiva que os Açores profundos devem ser apreciados. Aliás, por falar em chaves de leitura, julgo útil chamar a atenção para a página 115, onde são feitos os agradecimentos, e os do Paulo vão em primeiro lugar para a Cristina Rodero, pela inspiração. Ora, Cristina Garcia Rodero, é uma fotógrafa espanhola que alcançou notoriedade internacional em 1989 com a publicação da obra España Oculta, trabalho de fotografia assumido como recolha documental e antropológica das tradições festivas e religiosas das gentes dos pueblos espanhóis nas décadas de 1970 e 1980, e que claramente serviu de modelo ao Paulo Monteiro para a realização deste seu projecto sobre os Açores profundos que, é bom recordá-lo, levou 12 anos a concretizar e abrange todas as ilhas do arquipélago, cobrindo as celebrações do Espírito Santo desde o Corvo até Santa Maria, isto para não falar de muitos outros festejos que ao longo do calendário litúrgico marcam o tempo próprio das diferentes freguesias açorianas.
Os apreciadores de fast food cultural, com o seu olhar apressado sobre as coisas, dirão porventura desta obra, encolhendo os ombros – "mais um livro de fotografia sobre procissões e, ainda por cima, a preto e branco". Bem, de facto, estas imagens estão nos antípodas dos Açores coloridos e sexys das campanhas publicitárias, onde as técnicas fotográficas estão ao serviço da ilusão da realidade, enquanto que aqui se procura retratar – não direi a realidade, mas – aquilo que ainda existe de verdade nos Açores profundos. Daí o carácter – e a urgência – documental da presente obra, pois estes Açores a preto e branco que durante séculos pairaram no tempo como uma bola de sabão, estão prestes a rebentar e a desaparecer. Paradoxalmente, o projecto do Paulo que, tal como o de Cristina Rodero, demorou mais de uma década a concretizar, foi feito a uma velocidade de contra-relógio, no sentido em que representou uma corrida contra a roda do tempo, um tempo que nos escorre das mãos como água entre os dedos.
Os Açores do Paulo são, por assim dizer, uma paisagem protegida em papel e película fotográfica. Protegida da crescente e indiscriminada tendência de todos os concelhos açorianos para municipalizar a religiosidade popular, transformando-a num festival; e protegida também da tentação – mesmo que bem intencionada – do poder político governamental transformar o Espírito Santo numa espécie de logo identificador da marca Açores. O património cultural açoriano é um dos mais ricos e íntegros do país, razão pela qual a revista National Geographic, em inquérito realizado no mês passado aos destinos insulares, colocou este arquipélago no topo de um invejável ranking mundial, sem que para isso fosse necessário fazer qualquer campanha promocional nas principais Bolsas e Feiras de Turismo europeias. Parte significativa do activo patrimonial – para usar uma expressão muito do agrado dos economistas – das ilhas dos Açores está directa ou indirectamente ligado à religiosidade popular e, nesse sentido, os documentos fotográficos do Paulo Monteiro, literariamente emoldurados pelo talento e competência da Madalena San Bento e do Álamo de Oliveira, representam um contributo sério e rigoroso para o enriquecimento e preservação do património açoriano.
Mas isto é dizer pouco de um livro de fotografia que se situa num patamar muito diferente de todos os outros – e são muitos – que até agora foram publicados sobre os Açores. Prefiro tomar de empréstimo as palavras de Pedro Miguel Frade: Tempos houve em que a fotografia constituiu, à sua maneira e enquanto não se sabia (…) que o sagrado já estava a sangrar, uma guarda avançada da laicização do mundo …hoje, poderia bem ser que ela estivesse para se tornar num dos únicos modos da sua sagração. Creio que o Paulo Monteiro conseguiu interpretar da melhor forma com os seus Açores profundos este desejo do Pedro Frade que, se estivesse vivo, decerto saudaria entusiasmado a publicação de um livro – e com isto termino – que foi para mim um privilégio apresentar.
Alta Fidelidade
Até ao final do ano um post quase diário com a lista dos melhores discos de 2007 1. To Build a Home The Cinematic Orchestra do álbum Ma Fleur. Entretanto e até lá... a antecipação no Agente... dentro de minutos...
LIVRO + EXPOSIÇÃO
terça-feira, dezembro 11
Contributos para os provocadores
Nesta noite em fortes tons de azul dedico um intervalo na euforia para nomear o meu best of de fimes de 2007.
Porque me será sempre difícil escolher apenas cinco dos muitos filmes vistos ao longo de um ano e porque nem sempre sei em que ano é que os vi, inicio esta lista com 3 filmes produzidos em 2006, mas que por via da data de exibição nacional poderão vir a figurar em muitas listas de 2007.
Taxidermia de György Pálfi
O Labirinto do Fauno de Guillermo del Toro
As Vidas dos Outros de Florian Henckel von Donnersmarck
Dos efectivamente realizados em 2007 a minha escolha, sem qualquer ordem, vai para:
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias de Cristian Mungiu
O Escafandro e a Borboleta de Julian Schnabel
Silent Light de Carlos Reygadas
Syndromes and a Century de Apichatpong Weerasethakul
The Darjeeling Limited de Wes Anderson
Como em 2007 não vi nenhum filme português, pelo menos que me lembre, o que à partida é mau sinal, deixo 2 propostas de animação;
Ratatouille de Brad Bird
Paprika de Satoshi Kon
Mas toda esta selecção poderá ficar totalmente baralhada nos próximos dias com o visionamento de algumas novidades e de outros que sistematicamente vão sendo adiados: Promessas Perigosas de David Cronenberg; Control de Anton Corbijn; O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford de Andrew Dominik; Inland Empire de David Lynch; Paranoid Park de Gus Van Sant; No Country for Old Men de Ethan e Joel Coen; I'm Not There de Todd Haynes ; ... ...
Porque me será sempre difícil escolher apenas cinco dos muitos filmes vistos ao longo de um ano e porque nem sempre sei em que ano é que os vi, inicio esta lista com 3 filmes produzidos em 2006, mas que por via da data de exibição nacional poderão vir a figurar em muitas listas de 2007.
Taxidermia de György Pálfi
O Labirinto do Fauno de Guillermo del Toro
As Vidas dos Outros de Florian Henckel von Donnersmarck
Dos efectivamente realizados em 2007 a minha escolha, sem qualquer ordem, vai para:
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias de Cristian Mungiu
O Escafandro e a Borboleta de Julian Schnabel
Silent Light de Carlos Reygadas
Syndromes and a Century de Apichatpong Weerasethakul
The Darjeeling Limited de Wes Anderson
Como em 2007 não vi nenhum filme português, pelo menos que me lembre, o que à partida é mau sinal, deixo 2 propostas de animação;
Ratatouille de Brad Bird
Paprika de Satoshi Kon
Mas toda esta selecção poderá ficar totalmente baralhada nos próximos dias com o visionamento de algumas novidades e de outros que sistematicamente vão sendo adiados: Promessas Perigosas de David Cronenberg; Control de Anton Corbijn; O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford de Andrew Dominik; Inland Empire de David Lynch; Paranoid Park de Gus Van Sant; No Country for Old Men de Ethan e Joel Coen; I'm Not There de Todd Haynes ; ... ...
Estas são as minhas escolhas no dia em que o mais velho realizador de cinema no activo completa 99 anos.
Parabéns Manoel de Oliveira
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Plasticidade *
Numa correria cada vez mais antecipada, o Natal traz consigo o frio (pouco, este ano) e o frenesim da prenda, celebrado pelas campanhas publicitárias em prol de um consumo homogeneizado. Daí que tenha recebido com agrado a proposta do governo inserida num ante-projecto de Decreto-Lei, que prevê a redução dos sacos de plástico utilizados no comércio alimentar. Mas, para surpresa minha, ao final do dia o governo recuava na sua proposta e remetia para várias alternativas, esclarecendo que essa hipótese já tinha sido «(…) abandonada (…) por já haver uma taxa sobre sacos de plástico e outras embalagens, a taxa da Sociedade Ponto Verde». Contudo, mantinha-se a intenção de reduzir os sacos de plástico nas paisagens – um cenário que, infelizmente, se observa também na região Açores.
A necessidade de implementação de uma medida desta natureza revela-se por demais evidente, para não dizer urgente. Na maioria dos países europeus os sacos são, há muito, disponibilizados por um preço simbólico. São dadas várias hipóteses ao consumidor: um saco de papel, uma caixa cartonada ou um saco de plástico mais resistente e, por isso, reutilizável. Por cá, estas possibilidades de escolha não se colocam, mas há atitudes individuais que podemos tomar.
Não obstante as possibilidades à nossa mercê, caímos na tentação da versão mais fácil, ou seja, o de retirar sem pudor os múltiplos sacos que se nos colocam à disposição no final da passadeira. Algo que faço quando olvido o saco verde (passo a publicidade!) é o de reduzir o número de sacos ao mínimo indispensável, mas, muitas das vezes, tenho que convencer a menina da caixa de que não necessito de mais. Podia comprar outro saco verde, mas o facto é que os esquecimentos são mais que muitos e a coisa torna-se ridícula… Adiante! A culpa não será de quem atende, mas sim do cliente maioritário, que reclama o saco a que tem direito e, não satisfeito com isso, é capaz de pedir mais uns quantos para levar para casa. Esta é, pois, uma questão que passa, sobretudo, pela reconversão de determinadas práticas.
Uma dessas alterações passa pela reciclagem e pela redução substancial do volume de lixo doméstico que produzimos. Ao efectuarmos uma pequena operação de separação de papel, vidro e embalagens (plástico e metal), conseguimos reduzir significativamente as idas ao caixote do lixo e, por acréscimo, do número de sacos que “utilizamos” para o efeito.
A título de exemplo: do enorme desperdício que criamos em Portugal, são, anualmente, utilizadas pelos cidadãos, duas mil toneladas de sacos de plástico, sendo que a grande maioria não é reciclada, embora essa possibilidade de reciclagem exista. Um pequeno grande dado que nos dá muito que pensar nesta época de consumo desenfreado.
* edição de 11/12/07 do AO
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*** Fotografia X Reporter X
Numa correria cada vez mais antecipada, o Natal traz consigo o frio (pouco, este ano) e o frenesim da prenda, celebrado pelas campanhas publicitárias em prol de um consumo homogeneizado. Daí que tenha recebido com agrado a proposta do governo inserida num ante-projecto de Decreto-Lei, que prevê a redução dos sacos de plástico utilizados no comércio alimentar. Mas, para surpresa minha, ao final do dia o governo recuava na sua proposta e remetia para várias alternativas, esclarecendo que essa hipótese já tinha sido «(…) abandonada (…) por já haver uma taxa sobre sacos de plástico e outras embalagens, a taxa da Sociedade Ponto Verde». Contudo, mantinha-se a intenção de reduzir os sacos de plástico nas paisagens – um cenário que, infelizmente, se observa também na região Açores.
A necessidade de implementação de uma medida desta natureza revela-se por demais evidente, para não dizer urgente. Na maioria dos países europeus os sacos são, há muito, disponibilizados por um preço simbólico. São dadas várias hipóteses ao consumidor: um saco de papel, uma caixa cartonada ou um saco de plástico mais resistente e, por isso, reutilizável. Por cá, estas possibilidades de escolha não se colocam, mas há atitudes individuais que podemos tomar.
Não obstante as possibilidades à nossa mercê, caímos na tentação da versão mais fácil, ou seja, o de retirar sem pudor os múltiplos sacos que se nos colocam à disposição no final da passadeira. Algo que faço quando olvido o saco verde (passo a publicidade!) é o de reduzir o número de sacos ao mínimo indispensável, mas, muitas das vezes, tenho que convencer a menina da caixa de que não necessito de mais. Podia comprar outro saco verde, mas o facto é que os esquecimentos são mais que muitos e a coisa torna-se ridícula… Adiante! A culpa não será de quem atende, mas sim do cliente maioritário, que reclama o saco a que tem direito e, não satisfeito com isso, é capaz de pedir mais uns quantos para levar para casa. Esta é, pois, uma questão que passa, sobretudo, pela reconversão de determinadas práticas.
Uma dessas alterações passa pela reciclagem e pela redução substancial do volume de lixo doméstico que produzimos. Ao efectuarmos uma pequena operação de separação de papel, vidro e embalagens (plástico e metal), conseguimos reduzir significativamente as idas ao caixote do lixo e, por acréscimo, do número de sacos que “utilizamos” para o efeito.
A título de exemplo: do enorme desperdício que criamos em Portugal, são, anualmente, utilizadas pelos cidadãos, duas mil toneladas de sacos de plástico, sendo que a grande maioria não é reciclada, embora essa possibilidade de reciclagem exista. Um pequeno grande dado que nos dá muito que pensar nesta época de consumo desenfreado.
* edição de 11/12/07 do AO
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segunda-feira, dezembro 10
disclaimer
Eu não estou aqui para ter um "tacho", nem para ganhar dinheiro, nem para ser conhecido ou reconhecido, não estou aqui para ter um BMW, um barco, uma casa na Caloura e um apartamento em Miami, ou férias na Bahia e voar em executiva. Estou aqui, nesta vida, da qual o blog faz parte, para ser bom com aqueles que amo, justo com os outros e verdadeiro comigo próprio.
É só para informar aqueles que possam ter dúvidas. Para quem anda nesta coisa dos blogues, de tempos a tempos, é bom fazer estes pequenos reclames.
Pedro de Mendoza y Arruda Oliveira Rodrigues
É só para informar aqueles que possam ter dúvidas. Para quem anda nesta coisa dos blogues, de tempos a tempos, é bom fazer estes pequenos reclames.
Pedro de Mendoza y Arruda Oliveira Rodrigues
Best Of
Na próxima emissão do AGENTE PROVOCADOR o tempo será de balanço e de escolhas para os melhores Discos, Livros e Filmes de 2007. O agente instiga os ouvintes a participar nesta "eleição" através do envio das suas listas para o email agente.provocador@programas.rdp.pt. Um Top5 + 1 sugestão nacional. Para ouvir o contraditório, e daí talvez não, na próxima 4ª feira depois do noticiário das 22h00.
equitativo
Só para demonstrar que a "bordoada" quando nasce é para todos, deixo aqui uma sequência de links que servem para desconstruir uma notícia. De viagem ao Brasil, Carlos César, Presidente do Governo Regional da Região Autónoma dos Açores, faz um discurso para uma sala cheia de emigrantes açorianos nas várias diásporas, por ocasião de um encontro de Casas dos Açores. Perante tal plateia anuncia uma redução de 30% nos preços das tarifas da SATA nas viagens com origem nos EUA e Canadá, em 10% dos lugares, em cada voo. Imagino, o som da TSF não é elucidativo quanto a este aspecto, que a sala tenha rejubilado. Depois o Carlos Tomé escrevinha um press release, o Gacs difunde, o Jornal Diário copia, o Açoriano Oriental faz manchete de meia capa, completada com um corta e cola do comunicado numa noticiazinha de página 3 ou 5, já não sei, o povão engole, a deputada Carla Bretão fica obrigada a dizer que acha bem, a campanha de reeleição de César pula e avança e o resto da malta bate palmas. Posto isto, cumpre-me dizer o seguinte: 1º. Eu sou socialista, embora não cesarista, e quero que o PS e Carlos César ganhem as eleições em 2008; 2º. Não sou eu que vou "ensinar" o PPD/PSD-A a fazer oposição, nem a dita Comunicação Social açoriana a fazer o seu trabalho, mas meus amigos, isto que o Carlos César fez chama-se, em português vernáculo, dar milho aos patos, e os patos somos nós todos. Quem queira dar-se ao trabalho de desconstruir isto, facilmente percebe que estamos a falar de um desconto de menos de 100€ em qualquer coisa como 20 lugares por avião, ainda por cima na época baixa. Qualquer agência de viagens de média dimensão consegue fazer muito melhor do que isto.
Assim vão as glórias do mundo açoriano…
Assim vão as glórias do mundo açoriano…
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Hoje vou adormecer assim.
Hoje, vou adormecer com esta curta de Wes Anderson, um prólogo para o seu último filme The Darjeeling Limited, e que é uma das curtas mais vistas dos últimos tempos.
Vejam o filme e saberão porquê.
domingo, dezembro 9
CineClube
A Bússola Dourada Lyra é uma menina órfã, de 12 anos, que parte numa viagem extraordinária para encontrar e salvar o seu melhor amigo Roger. Lyra prometeu encontrá-lo nem que para isso tenha de ir até ao fim do mundo. Mas não é só Roger que está em perigo. Várias crianças desapareceram e corre o boato que estão a ser levadas para uma agência experimental algures no Norte onde serão vítimas de abomináveis experiências. Baseado no galardoado livro de Philip Pullman, "A Bússola Dourada" é uma aventura que decorre num fantástico mundo paralelo. Visualmente interessante, óptimo elenco, no entanto, padece de uma má realização. Espera-se melhor do 2ºcapítulo. Mas e apesar disso estamos perante entretenimento recomendável. Gangster Americano A herança de Francis Ford Coppola é evidente neste «Gangster Americano». Ridley Scott filma um gangster do bairro de Harlem, em Nova Iorque, "imitando" a melhor tradição cinematográfica americana, mas sem nunca conseguir recuperar o seu fulgor. Interpretado por Denzel Washington (o gangster) e por Russell Crowe (o polícia), este é um filme "industrialmente correcto", de execução sofisticada, mas sem alma. João Lopes in Cinema 2000. Ambos em exibição na Castello Lopes de Pdl.
sábado, dezembro 8
sobre aviões, "tostões" e outros populismos
O Rui Gamboa, com o aparente beneplácito do João Nuno, instiga-nos a falar de assuntos que interessam debater. E avança com o transporte aéreo de passageiros. É sem dúvida um tema que tem tanto de interessante como de importante. Mas é também um tema que exige uma abordagem séria e fundamentada. A intervenção apresentada pela deputada Carla Bretão no congresso do PSD-A, apesar de demonstrar grande destreza na utilização das inúmeras potencialidades do Word, comete dois equívocos, se é que assim se podem chamar, fundamentais. Primeiro compara o incomparável, com propósitos puramente demagógicos e populistas. Segundo, lança uma série de objectivos retóricos sem nunca descrever a forma de os atingir. A comparação simplista do preço de uma tarifa Açores–Lisboa com Lisboa–Londres / Bruxelas / Milão e Amesterdão, seria apenas ridícula, não fosse um gesto demagógico grave, o que a torna desonesta e indecente. O preço de uma tarifa aérea é determinado por uma miríade de factores, sendo que o mais importante deles todos é o número de passageiros transportados. Querer comparar as potencialidades dos Açores, enquanto mercado receptor e emissor de passageiros, com Lisboa, Londres, Bruxelas, etc. é uma bizarria abjecta e indesculpável. No resto a deputada Carla Bretão lançou uma série de propostas buriladas em frases de belo efeito mas convenientemente omitiu a forma de atingir esses objectivos. Promover a gradual liberalização, reduzir as tarifas com o continente e inter-ilhas, criar uma tarifa única para os emigrantes, aumentar e criar novas ligações com os EUA, ajustar horários, aumentar as ligações, potenciar as infra-estruturas de Santa Maria e Lajes. Tudo isto são nobres propósitos, mas nem uma única vez é avançada uma explicação sobre como estes objectivos podem ser implementados. Como conseguir uma redução de tarifas com o nível actual de fluxo de passageiros? Como equilibrar a liberalização com a manutenção dos mínimos imprescindíveis para cargas e passageiros? Como é que se potencia o dito "mercado da saudade", em que destinos, com que regularidade de escalas? Os transportes aéreos são, de facto, uma questão fundamental para o futuro dos Açores e para o bem-estar dos açorianos. É por isso mesmo que esta questão merece ser tratada com um pouco mais de seriedade e sensatez, e bastante menos populismo e politiquice. O discurso político do PSD-A, para se constituir verdadeiramente como alternativa, terá que passar por muito mais do que o fogo-fátuo de pretensões avulsas. Compreendo que para os militantes do PSD-A seja doloroso constatar o estado actual da causa social-democrata, mas do congresso do passado fim-de-semana a única coisa que realmente sobressaiu foram fados e fantasmas. Infelizmente para todos.
Jantar:Blogger
Porque o blogger endémico também janta e porque andamos a adiar (a evitar, dirão alguns!) um encontro desta natureza decidiu-se marcar a coisa para dia 19 de Dezembro em hora e local a determinar. Enviem-nos um email para o :ILHAS (o da oninet está desactivado) com o vosso nome (+ guests) + sugestão de hora e local. Até já...
Alta Fidelidade
Propaganda Duel O tema que esteve presente em quase todo o diálogo em off da última emissão do provocador. Foi um guilty pleasure à época, hoje é memorabilia kitsch. Para saudosistas dos idos 80's. Por obséquio, um fast forward da Casa a esta maldita k7...
VISÃO
Segundo o tema de capa da revista Visão desta semana Produtor Cultural Independente é uma das dez profissões que terão mais sucesso no futuro.
As outras são: Engenheiro de novas energias (ufa! que não é engenheiro civil); Jurista especializado em propriedade intelectual; Gestor de relações com clientes (sim, já não chega um sorriso); e-Formador (é, é); Fisiologista de controle de peso; Chef de cozinha (assim mesmo sem é no fim); Engenheiro de redes informáticas (estava a ver que vinha agora o civil); Técnico de gerontologia (descubram rapidamente o elixir); Gestor de I&D na indústria farmacéutica.
Porque será que não acredito nesta Visão?
As outras são: Engenheiro de novas energias (ufa! que não é engenheiro civil); Jurista especializado em propriedade intelectual; Gestor de relações com clientes (sim, já não chega um sorriso); e-Formador (é, é); Fisiologista de controle de peso; Chef de cozinha (assim mesmo sem é no fim); Engenheiro de redes informáticas (estava a ver que vinha agora o civil); Técnico de gerontologia (descubram rapidamente o elixir); Gestor de I&D na indústria farmacéutica.
Porque será que não acredito nesta Visão?
quinta-feira, dezembro 6
Vox Populi
"As coisas são como são
...em virtude de serem assim mesmo."
Gastão Pacheco no Correio dos Açores
...
...
Outono - 1919
José Malhoa
Óleo sobre madeira
Museu do Chiado, Lisboa
...
"O maior risco, quer para as pessoas discriminadas quer para o público, encontra-se nos preconceitos e desinformação."
...em virtude de serem assim mesmo."
Gastão Pacheco no Correio dos Açores
...
...
Outono - 1919
José Malhoa
Óleo sobre madeira
Museu do Chiado, Lisboa
...
"O maior risco, quer para as pessoas discriminadas quer para o público, encontra-se nos preconceitos e desinformação."
Joana Amaral Dias, no Mundo à Sexta
"O que pensar de um Estado que, por um lado, teve a coragem democrática de estabelecer Autonomias Políticas nos seus territórios insulares mas, por outro lado, discricionariamente e sem estar em causa a Unidade Nacional, trava indevidamente a evolução político-administrativa destes territórios, alimentando suspeitas, preconceitos e ódios incultos e invejosos."
Alberto João Jardim, no Diabo.
"O Governo do PS como os anteriores já teve momentos em que esqueceu as regiões autónomas."
Carlos César, no Diabo
"a Costa Neves apenas tem restado dizer, como tem feito, que fará melhor que o PS/A. Não é suficiente nem convence, é a diferença entre alternativa e alternância."
Guilherme Marinho, no Chá Verde
"A política não pode ser o céu das falsas unidades."
Pedro Gomes no Congresso do PSD Açores
"(...)maioria dos venezuelanos, neste caso, parece ter tomado à letra a celebrada pergunta régia de Juan Carlos e referendou-a nas urnas : Por que NO te callas?"
Dionísio Sousa no Vent(ilha)dor
"O que pensar de um Estado que, por um lado, teve a coragem democrática de estabelecer Autonomias Políticas nos seus territórios insulares mas, por outro lado, discricionariamente e sem estar em causa a Unidade Nacional, trava indevidamente a evolução político-administrativa destes territórios, alimentando suspeitas, preconceitos e ódios incultos e invejosos."
Alberto João Jardim, no Diabo.
"O Governo do PS como os anteriores já teve momentos em que esqueceu as regiões autónomas."
Carlos César, no Diabo
"a Costa Neves apenas tem restado dizer, como tem feito, que fará melhor que o PS/A. Não é suficiente nem convence, é a diferença entre alternativa e alternância."
Guilherme Marinho, no Chá Verde
"A política não pode ser o céu das falsas unidades."
Pedro Gomes no Congresso do PSD Açores
"(...)maioria dos venezuelanos, neste caso, parece ter tomado à letra a celebrada pergunta régia de Juan Carlos e referendou-a nas urnas : Por que NO te callas?"
Dionísio Sousa no Vent(ilha)dor
Day Two
É latente o desconforto e a amargura no PSD-Açores - a tal revolta silenciosa de que fala Costa Neves pressente-se sobremaneira nos seus correligionários. Um partido longe da desejável pacificação interna. Frustração, confiança e simultaneamente vingança são sentimentos contraditórios que perpassam pela alma do PSD. O debate democrático necessita da intervenção do maior partido da oposição nos Açores para a fundamentação autonómica. Neste momento, e apesar do que o líder Costa Neves possa dizer, Querer não significa forçosamente acesso ao Poder. Os dados estão lançados…
Quem vê, TV ?
...
...
"Quem vê TV, sofre mais que no WC". Assim era o refrão escatológico de um longínquo êxito da pop Lusitana. Porém, razão tinham os Táxi muito antes do seu tempo e se hoje não permanecem actuais em termos musicais bem poderiam servir de jingle ao estado geral da televisão que nos é onerosamente impingida. Ainda recordo o tempo miserento, a preto e branco, em que televisão era o equivalente a canal 1 da RTP. Ficcionou-se à data que aquilo era um serviço público e que os Portugueses tinham que pagar o frete com uma taxa de radiotelevisão. Depois veio o tempo das sociedades anónimas de comunicação, e hoje já não se paga qualquer tributo ao Estado pela graça de sermos telespectadores. Hoje pagamos uma tarifa diferenciada para termos sinal decente numa powerbox que pertence à TV Cabo. Em contrapartida o pacote base disponibilizado cifra-se em meia dúzia de canais Nacionais e um rol de generalidades pelos restantes canais. Acaso o cidadão comum queira fazer um upgrade para os jogos da bola, ou para o cinema em casa, a "taxa" da TV por cabo é sempre a subir. Contudo, ao invés da subida de preços, a qualidade do produto que é posto no mercado tem vindo a descer na proporção inversa. Sem moralismos de ocasião o certo é que a oferta televisiva é rasteira, primária, e reduz o espectador a um vegetal alimentado pelo ecrã televisivo. Em suma: no mercado todos se esforçaram, com êxito, em nivelar por baixo. Consequentemente, todo e qualquer produto de qualidade é relegado para horas indignas do prime time e truncado com uma xaropada de comerciais que anestesia qualquer telespectador de mediana resistência. Quanto ao resto, salvo honrosas excepções, é lixo infame que conspurca e mistura reality shows com programas de informação. Mas o Povo gosta e cada um tem o que merece. Sem que a razão explique tal fenómeno, e perante a inutilidade dos regulamentos das entidades reguladoras para calibrar a qualidade mínima do produto televisivo, o que resta não é a lei do mercado mas sim a lei da selva. Afinal, razão tinha também César Beccaria quando, há mais de duzentos anos, vaticinou que a "A infâmia não é regulada nem pelas leis, nem pela razão : é sempre a obra da opinião pública". Ora, hoje a deformação da opinião pública faz-se à conta da televisão e da sua infame qualidade. Está para vir o tempo em que a opinião pública "reivindique" a qualidade de um bem que é hoje essencial à aldeia global em que vivemos. Até lá "Quem vê TV" das duas uma : ou gosta de ruminar a manipulada dose diária de imagens ou é masoquista.
...
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com
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"Quem vê TV, sofre mais que no WC". Assim era o refrão escatológico de um longínquo êxito da pop Lusitana. Porém, razão tinham os Táxi muito antes do seu tempo e se hoje não permanecem actuais em termos musicais bem poderiam servir de jingle ao estado geral da televisão que nos é onerosamente impingida. Ainda recordo o tempo miserento, a preto e branco, em que televisão era o equivalente a canal 1 da RTP. Ficcionou-se à data que aquilo era um serviço público e que os Portugueses tinham que pagar o frete com uma taxa de radiotelevisão. Depois veio o tempo das sociedades anónimas de comunicação, e hoje já não se paga qualquer tributo ao Estado pela graça de sermos telespectadores. Hoje pagamos uma tarifa diferenciada para termos sinal decente numa powerbox que pertence à TV Cabo. Em contrapartida o pacote base disponibilizado cifra-se em meia dúzia de canais Nacionais e um rol de generalidades pelos restantes canais. Acaso o cidadão comum queira fazer um upgrade para os jogos da bola, ou para o cinema em casa, a "taxa" da TV por cabo é sempre a subir. Contudo, ao invés da subida de preços, a qualidade do produto que é posto no mercado tem vindo a descer na proporção inversa. Sem moralismos de ocasião o certo é que a oferta televisiva é rasteira, primária, e reduz o espectador a um vegetal alimentado pelo ecrã televisivo. Em suma: no mercado todos se esforçaram, com êxito, em nivelar por baixo. Consequentemente, todo e qualquer produto de qualidade é relegado para horas indignas do prime time e truncado com uma xaropada de comerciais que anestesia qualquer telespectador de mediana resistência. Quanto ao resto, salvo honrosas excepções, é lixo infame que conspurca e mistura reality shows com programas de informação. Mas o Povo gosta e cada um tem o que merece. Sem que a razão explique tal fenómeno, e perante a inutilidade dos regulamentos das entidades reguladoras para calibrar a qualidade mínima do produto televisivo, o que resta não é a lei do mercado mas sim a lei da selva. Afinal, razão tinha também César Beccaria quando, há mais de duzentos anos, vaticinou que a "A infâmia não é regulada nem pelas leis, nem pela razão : é sempre a obra da opinião pública". Ora, hoje a deformação da opinião pública faz-se à conta da televisão e da sua infame qualidade. Está para vir o tempo em que a opinião pública "reivindique" a qualidade de um bem que é hoje essencial à aldeia global em que vivemos. Até lá "Quem vê TV" das duas uma : ou gosta de ruminar a manipulada dose diária de imagens ou é masoquista.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiário.com
quarta-feira, dezembro 5
Agente Provocador # 4
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Agente Provocador com Herberto Quaresma, Alexandre Pascoal e João Nuno Almeida e Sousa convidam Sofia Brito para emissão provocadora e a revelação do lado menos conhecido da artista plástica. Música e conversa imprevisível....previsível mesmo só a playlist que inclui as The 5.6.7.8's + logo pelas 22 horas na RDP-Açores.
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Agente Provocador com Herberto Quaresma, Alexandre Pascoal e João Nuno Almeida e Sousa convidam Sofia Brito para emissão provocadora e a revelação do lado menos conhecido da artista plástica. Música e conversa imprevisível....previsível mesmo só a playlist que inclui as The 5.6.7.8's + logo pelas 22 horas na RDP-Açores.
Top of the Pops
Língua. Caetano Veloso
No passado mês de Novembro ocorreu o 2º centenário da partida de D. João VI para o Brasil. Passou despercebido, claro. Em contrapartida, o comemorativismo oficial prefere sublinhar o 2º centenário das Invasões Francesas, com documentários televisivos e Exposições documentais na Biblioteca Nacional. Cada um olha para a História como quiser. Eu cá gosto de lhe olhar para as pernas e acho de muito bom gosto que o D. João VI tivesse resolvido governar Portugal a partir do Rio de Janeiro. Agostinho da Silva dizia, cheio de razão, que o verdadeiro português é o português à solta. Esta música do Caetano Veloso que, como todos sabem, é brasileiro, faz-me sentir orgulho em ser português; o Tratado de Lisboa, não. Este monismo europeu já começa a cheirar a esturro. Até dá vontade de gritar, como o Caetano na canção, SEJAMOS IMPERIALISTAS.
terça-feira, dezembro 4
Reporter X
Rua do Mercado. Ponta Delgada. 03.12.07. Para além das múltiplas condicionantes a que está sujeita a circulação dos minibus, já nem sequer o espaço reservado ao ponto de recolha para peões escapa à usurpação automóvel. Não obstante essa circunstância, os infractores haviam assegurado o pagamento do estacionamento através da exposição do respectivo ticket de parquímetro. Inventivo.
segunda-feira, dezembro 3
pequena interrupção,
ou talvez não,
na nossa cobertura do congresso do PSD-A, para exultar os Klauzz Kinzzki Collectiva, liderados pelo inadjectívavel (que é em si um novo adjectivo que significa fantástico, extraordinário, muita bom…) Mário Roberto, que ganharam o Prémio Cidadania do Festival de Micro Filmes de Lisboa com a curta Ditadura.
E a coincidência não podia ser melhor porque o prémio foi atribuído este fim-de-semana e o filme é precisamente sobre autarquias, investimentos, convergência, política e partidos…
Parabéns
na nossa cobertura do congresso do PSD-A, para exultar os Klauzz Kinzzki Collectiva, liderados pelo inadjectívavel (que é em si um novo adjectivo que significa fantástico, extraordinário, muita bom…) Mário Roberto, que ganharam o Prémio Cidadania do Festival de Micro Filmes de Lisboa com a curta Ditadura.
E a coincidência não podia ser melhor porque o prémio foi atribuído este fim-de-semana e o filme é precisamente sobre autarquias, investimentos, convergência, política e partidos…
Parabéns
sobre bloggers e congressos
Suspeito que, por alguma inexperiência e manifesta falta de paciência, tenhamos perdido a melhor parte do XVII Congresso do PSD-A. Os discursos da manhã de Sábado, ouvir as bases, sentir o estado de alma dos militantes. Até porque, dizem-nos, o episódio lúdico mais interessante terá sido suscitado exactamente pela presença destes vossos escribas na reunião magna dos sociais-democratas. Mas pronto, são coisas. A verdade é que ser blogger não é ser espião, nem repórter, é, se calhar, um misto das duas coisas mais uma pitada grande de saudável loucura e irresponsabilidade. Já o disse e reafirmo, o convite que o PSD-A nos fez é merecedor de um rasgadíssimo elogio e deixa-me desde logo com a enorme curiosidade de saber se o PS-A será capaz de repetir o gesto. Abrir a porta a bloggers é esperar o inesperado, mas é também aceitar que da pluralidade e da diferença de opiniões pode surgir uma visão nova das coisas, ou então, em última instância, foi só uma maneira de consumar aquela velha máxima que diz que não importa que falem mal de mim, desde que falem. Infelizmente, os Açores ainda são muito pequeninos nestas coisas e os açorianos também ainda não estão totalmente familiarizados com a discussão aberta de opiniões contraditórias. Por várias razões acabei por passar a maior parte do tempo sozinho e eu próprio senti algumas vezes que a minha presença era tão esquisita e incómoda como um cachecol azul no meio da claque do Benfica. Infelizmente, nos Açores não há gente, nem blogues, suficiente para que a creditação de bloggers a um congresso partidário seja feita e vista com naturalidade. Somos ainda poucos por cá o que faz com que praticamente todos os bloggers tenham, para além de uma ideologia e opiniões próprias, um qualquer engajamento político ou partidário, mesmo aqueles que não militam em nada militam no Partido do Não Militar em Nada. Parte dos congressistas olhava para mim com expectativa e afabilidade, inclusive alguns com sincera simpatia e consideração pessoal, facto que eu tenho que referir e agradecer, mas a restante maioria fitava-me com perplexidade misturada com desconfiança, que rapidamente se transformou em hostilidade. O que é que este desavergonhado deste socialista, ou "taliban", nas palavras de um militante, vêm para aqui fazer? Dito de uma forma muito prosaica, estávamos ali para ver e, se possível, escrever uns quantos posts com as nossas visões e opiniões do desenrolar do XVII Congresso do PSD-A. Mas, é claro que a nossa missão não era só observar, nem tão pouco reportar, mas sim opinar e se possível brincar, desconstruindo um pouco o cerimonial e o discurso de um congresso partidário. Infelizmente, mais uma vez, como na maior parte do tempo só lá estava eu, muito do que tínhamos planeado não foi possível fazer. Não que faltasse o oxigénio, que isso nós tínhamos a nossa própria botija, mas porque num circo de um homem só não é possível ser ao mesmo tempo o palhaço e o mestre-de-cerimónias. Resta-me exprimir o meu sentimento de imenso gosto por uma experiência absolutamente entusiasmante e enriquecedora, para além de que, saio deste XVII Congresso do PSD-A com a certeza de que os próximos dez a onze meses vão ser extraordinariamente interessantes politicamente, e, por último, agradecer sinceramente a todo o PSD-A pela oportunidade que nos deram. Os videos seguem dentro de momentos.
domingo, dezembro 2
Day One
Devido a problemas eminentemente técnicos, e alguns contratempos profissionais, aliados ao trânsito caótico do final da tarde de 6ª feira, os vídeos de acompanhamento às primeiras horas do XVII Congresso do PSD não foram uploadados em tempo "útil". Aqui a reposição que se impunha do nosso 1º dia de “trabalhos” - circunscrito à sala Hortência, à acreditação, aos discursos iniciais, aos "colegas" jornalistas, ao post cirúrgico, ao bar, à conversa circunstancial e, claro, à laranjização da decoração natalícia...
Epílogo
Depois das palavras, das moções, das muitas intervenções, depois dos votos, depois da trivela do Quaresma, o encerramento. Manuel Arruda vai chamando pelo microfone os diversos membros dos corpos dirigentes que tomam o seu lugar no cenário. No fim entram os líderes, Luís Filipe Menezes primeiro e Carlos Costa Neves atrás dele. Antes dos discursos, passa num ecrã gigante montado a um canto um slide-show com fotografias de Costa Neves em várias poses artísticas: lavrador, alpinista, numa fábrica, cumprimentando cidadãos, etc. tudo ao som de um tema instrumental que pretende rivalizar com o já clássico Vangelis dos congressos e comícios do PS. A sala assiste em silêncio. Depois vêm os discursos e o primeiro a falar é o vice-presidente do PSD-Madeira. Convêm assinalar que o próprio Alberto João não veio aos Açores porque amanhã inaugura, em Lisboa, uma Casa da Madeira, deve ser para poupar no dinheiro das passagens. Mas pelo estilo e pela retórica ninguém diria que não era o próprio Alberto João Jardim que ali discursava. Num tom manifestamente populista e demagógico, agitando todas as bandeiras do anti socialismo e do anti continental, falando de autonomia como se de um proto separatismo se tratasse, acusando Sócrates de ser um ditador, it takes one to know one, os cerca de trinta minutos de agit prop do social-democrata madeirense foram o momento mais efusivo da noite. A cada atoarda a sala reagia com entusiasmo e aplauso, e a verdade é que estes congressistas estavam bem carenciados de entusiasmo. Mas a propaganda e o estilo madeirenses deviam preocupar tanto Menezes como Costa Neves, é que no registo do aplaudómetro nem um nem outro se conseguiram sequer aproximar dos valores obtidos pelo enviado de Alberto João. Luís Filipe Menezes, que veio a seguir, cumpriu apenas os serviços mínimos, num discurso que para a região deixou apenas a estafada noção da autonomia inacabada, e que para fora bateu novamente na já gasta tecla do passado, dos anos que uns e outros passaram no governo, Santana, as crises e as debilidades ou não do actual Governo do PS. A única nota a salientar foi a confirmação do ónus que o PSD nacional põe nas próximas legislativas regionais, que o partido deseja que sejam o tiro de partida da dinâmica de vitória para uma eventual conquista de poder também a nível nacional. Estamos, obviamente, no campo dos ses e dos talvez e dos supúnhamos, resta saber se os próprios sociais-democratas põem fé neste discurso. Carlos Costa Neves, visivelmente cansado e abatido, veio a seguir para cumprir a promessa do dia anterior de fazer o seu primeiro discurso de campanha e de conquista do poder. Não quero ser drástico, mas pareceu-me que a dinâmica não passou sequer de uma intenção. Carlos Costa Neves simplesmente não galvaniza os seus próprios militantes. Num discurso vago e genérico, aqui e ali até um pouco atabalhoado, Costa Neves só conquista a plateia nos seus momentos mais intimistas, pessoais, diria até populistas, como por exemplo quando fala dos conselhos que a sua mãe lhe dá, que até a mim me enterneceu. Mas, no restante, os congressistas vão assistindo ao discurso com respeitoso enfado. Das propostas de governação fala-se de tudo aquilo a que já estamos acostumados a ouvir, de crescimento económico, de convergência, de investimentos nas ilhas mais pequenas e desfavorecidas, de transportes, de passagens aéreas, etc. Todo o jargão do palavreado político-partidário que tão bem conhecemos, e que até gostávamos de ver resolvido para melhor, mas que ninguém, nem mesmo Costa Neves, explica qual o modos operandi para solucionar a contento esses problemas. Na questão da extinção das sociedades anónimas fica a curiosidade de saber se Costa Neves vai ou não dar instruções aos seus autarcas para que façam o mesmo com o enxame de empresas municipais que nascem como cogumelos em todas as autarquias dos Açores. O discurso lá continuou, penosamente, com Costa Neves esforçando-se para conquistar a plateia. No fundo o que se prova é que não basta ser simpático, bem educado, ter tido uma carreira política de relevo e conhecer os corredores de Lisboa e Bruxelas, para conquistar o poder. E depois acabou, cantaram os hinos, beijos e abraços, palmadinhas nas costas e voltaram todos para casa, á espera das eleições de 2008, de um novo congresso e, muito provavelmente, de 2012.
sábado, dezembro 1
episódio
curtas impressões sobre congressos
Os caminhos da actividade partidária são tão recortados como a estrada para o Nordeste e ainda não houve quem inventasse uma possível SCUT que tornasse mais rectilínea a actividade de gerir um partido. Acrescente-se a isto o facto do partido ser um dos do arco do poder e a dificuldade é ainda maior. O actual PSD e o seu XVII Congresso são a imagem disso. Ser militante do PSD, tal como do PS, é querer ser poder. Ser militante e não ter poder é desesperar. De um congresso como este deveria sair uma mensagem muito forte para o eleitorado açoriano das verdadeiras capacidades do PSD-A, dos seus intentos, da sua vontade, do seu potencial. A alternativa, tão apregoada por Costa Neves, materializada em algo mais do que um casamento arranjado, quais noivos indianos, entre figuras de listas opositoras nas directas. Feliz ou infelizmente não creio que nada disso tenha sido aqui conseguido. E é certamente sintomático que da sessão de encerramento o discurso mais aplaudido tenha sido o do vice-presidente do PSD-Madeira com a sua retórica populista ao melhor estilo da escola Alberto João. A quente e antes de análises mais profundas, e outros momentos de humor, o que este "agente infiltrado" pode dizer é que termina esta experiência de reportblogger com a sensação de que este congresso foi mais um evento social do que político e que, e isto sim é grave, os próprios militantes do partido, silenciosamente, pensam o mesmo.
Os caminhos da actividade partidária são tão recortados como a estrada para o Nordeste e ainda não houve quem inventasse uma possível SCUT que tornasse mais rectilínea a actividade de gerir um partido. Acrescente-se a isto o facto do partido ser um dos do arco do poder e a dificuldade é ainda maior. O actual PSD e o seu XVII Congresso são a imagem disso. Ser militante do PSD, tal como do PS, é querer ser poder. Ser militante e não ter poder é desesperar. De um congresso como este deveria sair uma mensagem muito forte para o eleitorado açoriano das verdadeiras capacidades do PSD-A, dos seus intentos, da sua vontade, do seu potencial. A alternativa, tão apregoada por Costa Neves, materializada em algo mais do que um casamento arranjado, quais noivos indianos, entre figuras de listas opositoras nas directas. Feliz ou infelizmente não creio que nada disso tenha sido aqui conseguido. E é certamente sintomático que da sessão de encerramento o discurso mais aplaudido tenha sido o do vice-presidente do PSD-Madeira com a sua retórica populista ao melhor estilo da escola Alberto João. A quente e antes de análises mais profundas, e outros momentos de humor, o que este "agente infiltrado" pode dizer é que termina esta experiência de reportblogger com a sensação de que este congresso foi mais um evento social do que político e que, e isto sim é grave, os próprios militantes do partido, silenciosamente, pensam o mesmo.
Pausa nos trabalhos
Até ao final da bola. Para descomprimir tempo para um extrato do filme Airport - o "disaster movie" por excelência, num Clássico de 1970 com Dean Martin e Burt Lancaster.
"governo alternativo"
A votação está a decorrer de forma ordeira e, digo eu, até um pouco monótona. Circunstancialismos das listas unitárias. Até este facto, que pretendia ser um gesto demonstrativo de alguma coesão dentro do partido, contribui para o desinteresse de um congresso de parcas lutas e poucas novidades. E falando de novidades o facto mais interessante até ao momento é a nova lista da Comissão Política Regional, composta pelos seguintes nomes e por esta ordem:
Carlos Costa Neves
Berta Cabral
António Marinho
José Manuel Bolieiro
Jorge Macedo
Joaquim Ponte
Duarte Freitas
Aires Reis
Luís Garcia
José Carlos Carreiro
António Menezes
Joaquim Machado
Francisco Pimentel
Rui Menezes
Carla Bretão
Pedro Nascimento Cabral
Robert Câmara
Paulo Ribeiro
Alexandre Gaudêncio
Estas são as personalidades que irão compor aquilo a que Costa Neves chamou ontem de "governo alternativo". É também nestes ombros que irá cair a maior parte do peso do próximo ano de campanha eleitoral. Ora a mim, e assim à partida, surge-me uma questão. Na eventualidade do PSD-A ganhar as próximas legislativas regionais vai a primeira vice-presidente do PSD-A assumir o cargo de vice-presidente do Governo Regional? Tendo em conta que a Dra. Berta Cabral sempre deu como desculpa para a sua não candidatura à liderança do PSD-A o seu compromisso com a cidade de Ponta Delgada que posição irá a ilustre autarca assumir na circunstância do seu partido ganhar as eleições em 2008, objectivo que, julgo, ela também partilha e irá trabalhar para o alcançar, ou não?
Carlos Costa Neves
Berta Cabral
António Marinho
José Manuel Bolieiro
Jorge Macedo
Joaquim Ponte
Duarte Freitas
Aires Reis
Luís Garcia
José Carlos Carreiro
António Menezes
Joaquim Machado
Francisco Pimentel
Rui Menezes
Carla Bretão
Pedro Nascimento Cabral
Robert Câmara
Paulo Ribeiro
Alexandre Gaudêncio
Estas são as personalidades que irão compor aquilo a que Costa Neves chamou ontem de "governo alternativo". É também nestes ombros que irá cair a maior parte do peso do próximo ano de campanha eleitoral. Ora a mim, e assim à partida, surge-me uma questão. Na eventualidade do PSD-A ganhar as próximas legislativas regionais vai a primeira vice-presidente do PSD-A assumir o cargo de vice-presidente do Governo Regional? Tendo em conta que a Dra. Berta Cabral sempre deu como desculpa para a sua não candidatura à liderança do PSD-A o seu compromisso com a cidade de Ponta Delgada que posição irá a ilustre autarca assumir na circunstância do seu partido ganhar as eleições em 2008, objectivo que, julgo, ela também partilha e irá trabalhar para o alcançar, ou não?
Votação
16h00. No regresso dos congressistas após a pausa para almoço acontece a votação dos corpos dirigentes do PSD. Alguns sorrisos de ocasião. A sala vai ficando preenchida... os resultados são, digamos... expectáveis!
* edição live&direct
2º dia
Acabados de regressar ao Royal Garden para a cobertura bloguística do 2º dia do Congresso do PSD-A somos surpreendidos pelo facto de a nossa presença ter sido considerada por um dos militantes "uma pouca vergonha". Felizmente viemos munidos de bastante oxigénio, podemos até fornecer umas garrafas do precioso gaz aos mais necessitados. Ontem tive a oportunidade de agradecer a simpatia do Partido Social Democrata por convidar blogues para acompanhar um congresso de um partido político, uma iniciativa inédita na região e merecedora de elogio, mas aparentemente nem todos os militantes concordam com o líder na sua campanha por mais
sexta-feira, novembro 30
já chega,
por hoje...
alguns problemas técnicos, algum cansaço, a maratona infindável da leitura de moções, o abandono a que os restantes bloggers me votaram, bem como o surf de amanhã obrigam-me a abandonar, por hoje, as "hostilidades". Amanhã há mais. Não posso no entanto deixar de agradecer a enorme amabilidade do PSD-A em nos convidar e a forma extremamente cordata como fomos tratados por todo o povo social-democrata. Até amanhã "camaradas".
alguns problemas técnicos, algum cansaço, a maratona infindável da leitura de moções, o abandono a que os restantes bloggers me votaram, bem como o surf de amanhã obrigam-me a abandonar, por hoje, as "hostilidades". Amanhã há mais. Não posso no entanto deixar de agradecer a enorme amabilidade do PSD-A em nos convidar e a forma extremamente cordata como fomos tratados por todo o povo social-democrata. Até amanhã "camaradas".
Incontinências
Cheguei atrasado, filmei pouco e não jantei. Miudas giras foi coisa que também não me pareceu. É difícil passar despercebido... Amanhã passamos à acção.
prólogo
Nas suas escassas palavras de abertura, Manuel Arruda, lançou o mote para tudo o que aqui se vai passar nas próximas 48 horas, "fazer melhor do que aqueles que estão no poder", sendo que a sílaba tónica é a conjugação do verbo estar e onde todos os que aqui estão querem estar é no poder. Bem, todos não, eu preferia estar em casa a ver uns episódios seguidos do Heroes, deitar cedo e amanhã de manhã ir surfar, mas adiante. Este PSD é notoriamente um órfão de 12 anos seguidos de oposição e o que aqui se respira é sede de poder. Infelizmente para Costa Neves, como antes para Vitor Cruz, essa sede transforma-se em desconfiança, em apreensão dos militantes em relação ao líder. Continuando com as metáforas futebolísticas, esta angústia do militante é um pouco como a do guarda-redes antes do pénalti, a maior probabilidade é sofrer um golo mas algo o faz acreditar que pode defender e atira-se às cegas para um dos lados. Da mesma maneira, o partido atira-se para Costa Neves com a angústia de quem acha que vai sofrer um golo. A chegada de Costa Neves à sala é anti apoteótica, e o seu discurso começa com uma mini ovação em que de braço levantado no v costumeiro os congressistas gritam PSD durante menos de 30 segundos. Aliás, de acordo com o meu aplaudómetro, todo o discurso de Costa Neves foi recebido com manifesto desentusiasmo. Uma hora e apenas dezoito rondas de parcos aplausos, sendo que duas delas foram a pedido. Fica a sensação de que o líder não conquista o congresso. Isto apesar da tentativa de pacificação interna, feita nos primeiros vinte minutos de discurso, com um apelo enfático à união das hostes, o estender de mão a Natalino (que de forma insólita chegou atrasado e obrigou Costa Neves a repetir o pedido de aplauso ao candidato derrotado), as listas unitárias e o apresentar, mais ou menos espúrio, de medidas de organização interna, como um Núcleo de Autarcas Social Democratas e um Gabinete de Estudos, liderados, respectivamente, pelos "pesos pesados" Francisco Alvarez e Luis Bastos. Mas depois dos 20 minutos de discurso sobre o partido Costa Neves atira-se ao PS com esta frase bombástica: "com os socialistas não saímos da cepa torta". Eu por mim temo que esta frase tenha um vago pendor premonitório, quase uma profecia, e que o próprio Costa Neves tenha consciência de que enquanto o PS tiver Carlos Cesar o PSD não vai sair da cepa torta. Mas, é claro que o líder do PSD se estava a referir aos Açores em geral e aqui está também, julgo eu, o seu maior erro. 40 minutos de discurso zurzindo no estado da região, lançando todos os petardos a Carlos Cesar, transmitindo uma imagem fatalista e desiludida do que são os Açores e, por maioria de razão, do que são os açorianos é um enorme erro. É que, por mais que doa a Costa Neves e ao PSD-A, foram os açorianos que elegeram livremente Carlos Cesar para lhes dar o que têm hoje. Por mais que, por entre o seu discurso de catástrofe e de critica generalizada, Costa Neves tente afirmar que os açorianos estão fartos do PS e que corre por aí uma revolta surda o facto é que o âmago do seu discurso apenas reflecte a enorme ressaca em que o PSD ainda está mergulhado, ansiando, este sim, mais ou menos silenciosamente, por um tropeção no PS que possa dar a estes militantes a vaga esperança de, um dia, estar no poder. No final Costa Neves lá fez o que se lhe pedia, anunciou que este tinha sido o seu último discurso de oposição. Ainda bem, porque uma coisa é certa o PSD precisa urgentemente de mudar de discurso, sob pena de nunca mais sair da dita cepa torta. Depois lá se seguiu para as moções e o jantar, que isso sim é bom porque traz dinheiro para a economia dos restaurantes aqui ao lado do hotel. São dez e meia e os militantes lá vão regressando, um desgraçado toca em vão umas musiquinhas aqui mesmo ao meu lado numa guitarra que soa a 4 instrumentos diferentes, ninguém lhe liga nenhuma, lá ao fundo Pedro Gomes conversa animadamente com a jornalista Berta Tavares. Vou tomar uma cerveja ao bar e socializar com os sociais-democratas.
futebol sem golos
Esgotada a azáfama inicial de cumprimentos e creditações, Manuel Arruda arranca com o XVII congresso regional do PSD-A, sendo que as suas primeiras palavras foram para assumir um certo sentimento de anti clímax que perpassa por toda a sala – o líder já está eleito e assim o congresso não serve para nada, ou serve para muito pouco. Congresso sem eleições é como um jogo de futebol sem golos, muita correria, um ou outro tackle mais violento, mas no fim vai tudo para casa com uma sensação triste de vazio. Costa Neves discursou durante uma hora, da qual mais de 40 minutos foram para carpir do desastre da governação socialista e das culpas desse Adamastor moderno que dá pelo nome de Carlos Cesar. Na sala respirava-se, a custo, o pouco oxigénio que o Governo Regional libertou para o Royal Garden nestes dois dias. Agora vou ali comer um bife à Favorita e já volto com a análise completa ao discurso do "líder".
congresso
Num gesto que tem tanto de arrojado como de desesperado o PPD/PSD-A convida os escribas do :ILHAS a estarem presentes no seu XVII congresso regional. O colectivo, honrado, aceita o convite, mas o que ninguém esperava é que apenas a esquerda e a esquerda da esquerda deste blogue exageradamente plural pode realmente estar presente. Veremos o que vai sair daqui…
Mr. Peace ?
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Ao arrepio da imagem de Mr. Danger, que é apregoada pelo sacripanta de Caracas, a prestigiada Economist benze George Bush como Mr. Peace. Recorde-se que a Economist não é uma subsidiária do estilo punchline da Mad Magazine e não costuma fazer humor com assuntos que merecem toda a seriedade. Em suma: para uma das mais importantes publicações do mundo - capitalista e imperialista - Mr. Bush é o grande pacificador! Nele são depositadas elevadas expectativas diplomáticas no "processo de paz" do médio oriente...no qual apenas os néscios acreditam. Pessoalmente, como bom sionista que sou, não creio que haja paz enquanto Israel não for uma Nação reconhecida e respeitada pelas tribos Árabes que circundam a "terra prometida". Acredito até que nunca haverá paz no médio oriente enquanto a chusma árabe e muçulmana não seguir o exemplo de Israel, ou seja, o modelo de um Estado de Direito moderno, democrático, com eleições livres e Tribunais soberanos, e claro está, com total independência dos ditames e dogmas da religião e reconhecimento do primado da igualdade. Enquanto essa utopia não for uma realidade não há Bush que valha ao estafado "processo de paz".
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Ao arrepio da imagem de Mr. Danger, que é apregoada pelo sacripanta de Caracas, a prestigiada Economist benze George Bush como Mr. Peace. Recorde-se que a Economist não é uma subsidiária do estilo punchline da Mad Magazine e não costuma fazer humor com assuntos que merecem toda a seriedade. Em suma: para uma das mais importantes publicações do mundo - capitalista e imperialista - Mr. Bush é o grande pacificador! Nele são depositadas elevadas expectativas diplomáticas no "processo de paz" do médio oriente...no qual apenas os néscios acreditam. Pessoalmente, como bom sionista que sou, não creio que haja paz enquanto Israel não for uma Nação reconhecida e respeitada pelas tribos Árabes que circundam a "terra prometida". Acredito até que nunca haverá paz no médio oriente enquanto a chusma árabe e muçulmana não seguir o exemplo de Israel, ou seja, o modelo de um Estado de Direito moderno, democrático, com eleições livres e Tribunais soberanos, e claro está, com total independência dos ditames e dogmas da religião e reconhecimento do primado da igualdade. Enquanto essa utopia não for uma realidade não há Bush que valha ao estafado "processo de paz".
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quinta-feira, novembro 29
Feira do Livro
A Feira do Livro da Tabacaria Açoriana decorre até 22 de Dezembro e está entalada num edifício situado entre a Av. Marginal e a Rua dos Mercadores. Muitos livros, de facto. Muito refugo, também. Os livros infantis (e acessórios) ocupam quase 50% do espaço expositivo, há muitas novidades a preços de livraria e uma secção dedicada aos autores açorianos - com uma reposição quase integral do catálogo das edições Salamandra. E, claro, algumas curiosidades, preciosidades e pechinchas. Tempos houve em que a abertura, desta feira, era um momento cultural aguardado com muita expectativa. Actualmente, e tendo em linha de conta a melhoria substancial da oferta livreira em Ponta Delgada, isto para não falar da importância cada vez maior da internet e das compras online, o seu grau de importância tem vindo a esmorecer. Mas, e apesar disso, este não deixa de constituir-se como um momento de romaria para muitos, em particular aqueles que gostam de olhar e folhear o papel da escrita.
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