Portugal, junto com o resto do mundo, atravessa um momento difícil. E a doença parece que alastrou a todos os órgãos, como se fosse um cancro metastizado na totalidade do corpo. O desconforto que este momento nos provoca é violentíssimo e leva, objectivamente, à renúncia ou à revolta. Renúncia de o enfrentar, desviamos os olhos e abstemo-nos de combater. Revolta contra a realidade, zurzimos indiscriminadamente sobre tudo e todos, não resolvendo com isso os problemas, mas antes aumentando-lhes a gravidade. Depois da euforia dos anos 90, do desenvolvimento económico e político do "mundo ocidental", do sonho da "Europa Unida", da bolha das .com, dos grandes acordos internacionais e das promessas de paz, o mundo parece que mergulhou no "lado negro da força". Bush, o terrorismo, a guerra, Chavez, o aumento do preço do petróleo, o programa nuclear iraniano, o enigma do colosso chinês, o desaceleramento das economias europeias. Uma enorme quantidade de elementos contribui para este tempo de angústia em que vivemos. E estes grandes eventos, todas estas grandes tendências internacionais, repercutem-se muito claramente no nosso dia-a-dia atlântico, aqui na ocidental praia lusitana, ou, mais especificamente para nós açorianos, aqui na praia do Pópulo, no Porto Martins, ou no Peters olhando o Pico. Nos últimos cinco anos tivemos quatro Primeiros-ministros, sendo que dois deles fugiram da responsabilidade de o ser como o diabo foge da cruz, o deficit transformou-se em palavra-chave do pensamento económico, rebentaram escândalos, houve prisões e novelas mediáticas, vaticinou-se o fim da nação. O resultado disto tudo foi que o PSD deu ao país, com Durão Barroso e Santana Lopes, dois dos piores governos dos trinta anos da democracia e o PS, com Sócrates, obteve a sua maior votação de sempre.
E chegamos então ao fim do mandato presidencial de Jorge Sampaio e à necessidade de eleger um novo presidente da República. A Direita desde 1996 que tinha já predestinado o seu candidato e mais ainda quando, após o descalabro dos últimos três anos, se vê atirada para as cordas e sob a ameaça de uma maioriasissíma do PS. Cavaco surge aos olhos da Direita como o salvador do liberalismo. O problema será quando as várias direitas que agora aclamam o Professor de finanças perceberem que o Sr. não é um liberal e lhe descobrirem a verdadeira cara de intervencionista, conservador e moralista. Mas o Professor Cavaco era uma inevitabilidade. Na Esquerda esperava-se uma suave continuação do tronco ideológico de socialistas e humanistas, que começou com Soares continuou com Sampaio e seguiria agora placidamente para Guterres ou Vitorino. Aconteceu que nessa geração os impulsos são de outra natureza que não o serviço público e o bem da nação. Não faço aqui nenhuma reprimenda, principalmente porque acredito que a minha geração, trinta anos mais nova, é ainda mais hedonista e alheada do que a maioria da geração que viveu o 25 de Abril na flor da idade. Mas o facto é que na fasquia dos que agora têm 50 a 60 anos ninguém quis pegar no País.
Surge Mário Soares. Soares é claramente um político de uma geração pré 25 de Abril. A sua formação política foi feita ainda na ditadura num tempo de valores mais afirmativos e transparentes, de valores claros, e em que as lutas se faziam entre a liberdade e a opressão. Esta é uma das suas maiores qualidades e prova-o a forma como eles soube em trinta anos de vida política em democracia, em trinta anos de acção governativa nos mais diversos cargos, a forma como ele soube transpor essa matriz para o bem do País. Os valores que Soares representa são de facto uma das suas maiores mais-valias no momento actual que o Pais atravessa. O Socialismo democrático, o primado das liberdades individuais, o humanismo, a luta pelo estado social. Estes, e são apenas alguns, são valores essenciais ao nosso tempo.
Eu percebo que em face do momento político e em face dos candidatos, tanto à esquerda como à direita, a sensação seja de renúncia e de revolta, mais do que de apoio sincero. Eu próprio baseio muito do meu actual posicionamento político na total recusa de Cavaco Silva, não só por este ter sido o primeiro candidato a aparecer, mas acima de tudo porque muito do meu crescimento e formação política ter sido feito numa luta constante contra os governos do Professor e contra aquilo que a própria figura representa. Percebo, obviamente, que para quem está do outro lado da barricada o sentimento seja o mesmo.
Mas a questão se coloca agora, confrontados que estamos com estes candidatos, é qual deles tem melhor perfil e condições para desempenhar o cargo de Presidente da República? Mário Soares. As funções de Presidente requerem uma personalidade dialogante, por vezes mesmo um certo desprendimento, requerem valores e um absoluto e constante respeito pela constituição e pela democracia. O Presidente é o garante, é o símbolo. O Presidente é também a imagem do País no exterior. É precisamente por este carácter quase iconográfico do cargo de Presidente que Mário Soares é agora, como o foi no passado, o melhor candidato ao cargo. Num momento de inquietação no mundo e de crise no país, num momento em que avidamente se busca por estadistas no plano internacional e por líderes no plano nacional, Mário Soares é precisamente esse estadista, esse líder, que pode representar da melhor forma Portugal. Com humanismo.
quarta-feira, novembro 30
APONTAMENTOS | DESAPONTAMENTO
Porque alguém disse que Ponta Delgada estava muito perto do Porto em eventos culturais, deixo aqui a título de exemplo, a programação para Dezembro de uma só sala, para que se analise o quão perto estamos...
......................................................
QUARTETO BORODIN
Quinta 1 21h00 Sala 2 10euros
CONCERTO PEDAGÓGICO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Joana Carneiro direcção musical
Sexta 2 11h00 Sala 1 2euros
MASTERCLASS DE MÚSICA DE CÂMARA QUARTETO DE CORDAS BORODIN
Sábado 3 17h00 Salas de Ensaio 1, 2 e 10
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Joana Carneiro direcção musical
Sábado 3 21h00 Sala 1 15euros
QUARTETO BORODIN
Domingo 4 18h00 Sala 2 10euros
CARLOS DO CARMO acompanhado pela Sinfonietta de Lisboa
Domingo 4 21h00 Sala 1 25euros
FESTIVAL Best. OFFREEL PEOPLE THE MITCHELL BROTHERS GILLES PETERSON
Quarta 7 23h00 Sala 2 15euros
PHILIP LANGRIDGE tenor David Owen Norris piano
Quinta 8 21h00 Sala 1 15euros
FESTIVAL Best. OFFRADIAN
Quinta 8 23h00 Sala 2 10euros (bilhete conjunto com o dia 9)
REMIX ENSEMBLE Rolf Gupta direcção musical Simon Cowen trombone
Sexta 9 21h00 Sala 2 10euros
FESTIVAL Best. OFFKUBIKHECKER (live) & TINA FRANK (video)
Sexta 9 24h00 Sala 2 10euros
(bilhete conjunto com o dia 8)
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Alexander Briger direcção musical
Sábado 10 21h00 Sala 1 15euros
FESTIVAL Best. OFF
Sábado 10 23h00 - 06h00 15euros (bilhete conjunto para os 3 espectáculos)
SALA 2FELIX KUBIN HK 119 LES GEORGES LENINGRAD MYLO DJ TIGERTAILSFOYER SULTEAM SHADETEK presents HEAVY MECKLEMAX TUNDRA DJ AICORREDOR NASCENTEDJ Lil?John + KALAF & TYPE feat The Zany Dislexic BandSA-RA
CREATIVE PARTNERSCONCURSO ESTADO DA NAÇÃO
STEPHEN KOVACEVICH piano
Domingo 11 21h00 Sala 1 Gratuito
REMIX ORQUESTRA Franck Ollu direcção musical
Quinta 15 21h00 Sala 1 15euros
THE LEGENDARY TIGER MAN
Sexta 16 21h00 Sala 1 15euros
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Marc Tardue direcção musical Reka Szilvay violino
Sexta 16 23h00 Sala 2 10euros
CONCERTO PARA BEBÉS Harpa
Sábado 17 21h00 Sala 1 15euros
CONCERTO DE NATALGABRIELI CONSORT AND PLAYERS Paul McCreesh direcção musical
Domingo 18 16h00 Sala
LANÇAMENTO DO LIVRO:?Antero de Quental sob o olhar de Luiz Freitas Branco
Cristina Gonçalves canto Paula Grimaldi piano
Domingo 18 21h00 Sala 1 25euros
CONCERTO DE NATAL ESTÚDIO DE ÓPERA
Domingo 18 21h00 Sala 1 25euros
JOVENS MÚSICOS DA RDP- MÚSICA DE CÂMARA NÍVEL SUPERIOR 2004 QUARTETO DE CORDAS TACET
Segunda 19 I 18h30 I sala
Quarta 21 19h30 Sala 2 5euros
Canções de Natal O Natal é uma época em que se recuperam as tradições.
O Estúdio deNovos talentos
ESTÚDIO DE ÓPERA19h30 Sala 2 5euros
PRÉMIO JOVENS MÚSICOS DA RDP- MÚSICA DE CÂMARA NÍVEL SUPERIOR 2004
QUARTETO DE CORDAS TACET
Quinta 22 21h00 Sala 2 5euros
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QUARTETO BORODIN
Quinta 1 21h00 Sala 2 10euros
CONCERTO PEDAGÓGICO ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Joana Carneiro direcção musical
Sexta 2 11h00 Sala 1 2euros
MASTERCLASS DE MÚSICA DE CÂMARA QUARTETO DE CORDAS BORODIN
Sábado 3 17h00 Salas de Ensaio 1, 2 e 10
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Joana Carneiro direcção musical
Sábado 3 21h00 Sala 1 15euros
QUARTETO BORODIN
Domingo 4 18h00 Sala 2 10euros
CARLOS DO CARMO acompanhado pela Sinfonietta de Lisboa
Domingo 4 21h00 Sala 1 25euros
FESTIVAL Best. OFFREEL PEOPLE THE MITCHELL BROTHERS GILLES PETERSON
Quarta 7 23h00 Sala 2 15euros
PHILIP LANGRIDGE tenor David Owen Norris piano
Quinta 8 21h00 Sala 1 15euros
FESTIVAL Best. OFFRADIAN
Quinta 8 23h00 Sala 2 10euros (bilhete conjunto com o dia 9)
REMIX ENSEMBLE Rolf Gupta direcção musical Simon Cowen trombone
Sexta 9 21h00 Sala 2 10euros
FESTIVAL Best. OFFKUBIKHECKER (live) & TINA FRANK (video)
Sexta 9 24h00 Sala 2 10euros
(bilhete conjunto com o dia 8)
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Alexander Briger direcção musical
Sábado 10 21h00 Sala 1 15euros
FESTIVAL Best. OFF
Sábado 10 23h00 - 06h00 15euros (bilhete conjunto para os 3 espectáculos)
SALA 2FELIX KUBIN HK 119 LES GEORGES LENINGRAD MYLO DJ TIGERTAILSFOYER SULTEAM SHADETEK presents HEAVY MECKLEMAX TUNDRA DJ AICORREDOR NASCENTEDJ Lil?John + KALAF & TYPE feat The Zany Dislexic BandSA-RA
CREATIVE PARTNERSCONCURSO ESTADO DA NAÇÃO
STEPHEN KOVACEVICH piano
Domingo 11 21h00 Sala 1 Gratuito
REMIX ORQUESTRA Franck Ollu direcção musical
Quinta 15 21h00 Sala 1 15euros
THE LEGENDARY TIGER MAN
Sexta 16 21h00 Sala 1 15euros
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO Marc Tardue direcção musical Reka Szilvay violino
Sexta 16 23h00 Sala 2 10euros
CONCERTO PARA BEBÉS Harpa
Sábado 17 21h00 Sala 1 15euros
CONCERTO DE NATALGABRIELI CONSORT AND PLAYERS Paul McCreesh direcção musical
Domingo 18 16h00 Sala
LANÇAMENTO DO LIVRO:?Antero de Quental sob o olhar de Luiz Freitas Branco
Cristina Gonçalves canto Paula Grimaldi piano
Domingo 18 21h00 Sala 1 25euros
CONCERTO DE NATAL ESTÚDIO DE ÓPERA
Domingo 18 21h00 Sala 1 25euros
JOVENS MÚSICOS DA RDP- MÚSICA DE CÂMARA NÍVEL SUPERIOR 2004 QUARTETO DE CORDAS TACET
Segunda 19 I 18h30 I sala
Quarta 21 19h30 Sala 2 5euros
Canções de Natal O Natal é uma época em que se recuperam as tradições.
O Estúdio deNovos talentos
ESTÚDIO DE ÓPERA19h30 Sala 2 5euros
PRÉMIO JOVENS MÚSICOS DA RDP- MÚSICA DE CÂMARA NÍVEL SUPERIOR 2004
QUARTETO DE CORDAS TACET
Quinta 22 21h00 Sala 2 5euros
EPITÁFIOS #1
Manuel de Brito (1928-2005)
Nasceu no Rio de Janeiro e quando desembarcou em Lisboa com três anos de idade, na Gare Marítima de Alcântara, achou a cidade triste. Foi paquete, moço de recados e boletineiro antes de começar a trabalhar na Livraria Escolar, à Rua da Escola Politécnica, onde conviveu com as tertúlias literárias e artísticas que aí se reuniam. O gosto pelas artes gráficas levou-o a estabelecer-se por conta própria como Livreiro e Editor. Na década de 60, quando a apagada e vil tristeza ainda dominava o país, Manuel de Brito abre no Campo Grande a Livraria 111, um dos sinais primaveris (que não marcelistas) dos novos tempos que acabariam por chegar a Portugal. Aos poucos, o eixo da cultura lisboeta deslocava-se do Chiado para as Avenidas Novas, entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Cidade Universitária. Nessa cartografia da modernidade possível, a Livraria de Manuel de Brito adquire uma dinâmica de Centro Cultural que leva o seu proprietário a abrir, em 1964, a Galeria 111, por onde passou o que de melhor e mais genuíno tinha a pintura portuguesa da altura.
Salazar a vomitar a Pátria. Paula Rego, óleo sobre tela (1960), Col. F.C.Gulbenkian
Com o tempo e as crescentes exigências da sua actividade como galerista, Manuel de Brito largou a Livraria e dedicou-se a fundo ao coleccionismo e às artes plásticas. Apanhei-o nessa fase de transição, em finais da década de 70, quando todos os dias passava a pé pela sua Livraria/Galeria a caminho da Faculdade de Letras. Grande parte da minha cultura universitária deve-se mais à 111 do que ás aulas propriamente ditas. Foi lá que conheci a Paula Rego e era lá que encontrava todas as edições dos nouveaux historiens ainda não traduzidas para português. Tenho-me na conta de bom pagador, mas hei-de estar sempre em dívida para com ele.
terça-feira, novembro 29
Publicidade, essa marota.
A TV Cabo, no seu novo anúncio, deseja a todos um bacanal, quem sou eu para discordar...
VOX POPULI
...
...
PAULA MOTA
Homem Som,
2002-2003
acrílico s/ tela 162x146 cm
Via Galeria Fonseca e Macedo
TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS DIZER SOBRE OS COMENTADORES ANÓNIMOS
«Sempre encarei a blogosfera como um espaço de debate e confrontação de ideias, de crítica, com ou sem ironia, e também de puro divertimento. De tudo isto poderia resultar uma aprendizagem saudável, uma convivência agradável e até o estabelecimento de pontes de tolerância e proximidade entre pessoas mais ou menos conhecidas, ou até completamente estranhas. Como em tudo na vida há um «mas».A saudável democratização fez emergir uns seres funestos e pernósticos, de fenótipo humano, mas com genótipo indefinido, totalmente desprovidos de ideias, ignorando as mais elementares regras de convivência, mas a quem, infelizmente, foi dado o dom da fala. A sua presença não nos assusta. É simplesmente repulsiva! Seria desejável confrontá-los, mas não é possível. Tudo aquilo que define um ser humano ? as ideias, o carácter e a elevação ? não existe. Confrontar o quê?»
Carlos Falcão Afonso, Domingo 4 de Dezembro na nossa caixa de comments ao post «Política Cultural».
AINDA OS CARTÕES AMIGOS DO PS
«A constatação é a de que o PS-Açores continua a ser um partido «sem bases», de «funcionários públicos» arregimentados e simpatizantes de ocasião, agora com direito a «cartão de simpatizante». Uma espécie de «cartão de crédito» : o «Rosa» para os simpatizantes singulares e o «Gold» para os simpatizantes colectivos. Neste contexto, ai daqueles que apresentarem o cartão de antipatizante, o «Classic». Não têm «crédito político».
António Lagarto, Domingo, 27 de Novembro no Açoriano Oriental
O FÁCIES PRESIDENCIAL
«O Presidente da República é o rosto do país, tanto para a nação, internamente, como para o estrangeiro, externamente. E qual o rosto que queremos para Portugal.».
Maria do Céu Patrão Neves, «filha e esposa e mãe, estudante e professora» e mandatária regional de Cavaco Silva, quinta-feira 1 de Dezembro no Açoriano Oriental.
SOB ESCUTA IDEM
«Eu, por exemplo, parto do princípio, hoje como no tempo da PIDE, de que o meu telefone está sob escuta. As escutas tornaram-se também um instrumento político nas mãos das corporações judiciais.».
Miguel Sousa Tavares, sexta-feira 2 de Dezembro no Público.
MITO COMUNISTA OU EXEMPLO DE DIGNIDADE HUMANA ?
«(Catarina Eufémia) não estava grávida de gente, mas de justiça. É essa a sua herança, simples na sua imensa dignidade.».
Nuno Pacheco, sexta-feira 2 de Dezembro no Público.
KAMIKAZE BELGA
«Tinha-se tornado mais muçulmana que um muçulmano.».
Liliane Degauque, mãe de Murielle Degauque a cidadã Belga que foi a primeira kamikaze europeia a implodir-se no Iraque, Sábado 3 de Dezembro, no Público.
CRUZES CREDO !
«Joana Amaral Dias recorda que, de acordo com a Constituição de 76 e suas várias revisões, «o ensino público não será confessional». A presença da cruz nas escolas determina a confessionalidade? Se assim fosse, o retrato do Presidente da República, em inúmeros edifícios públicos, ofenderia também os monárquicos, que têm tanto direito a sê-lo como qualquer português a ser politicamente o que lhe apeteça. Como a presença da coroa (por exemplo no Teatro Nacional de São Carlos) ofenderia os republicanos, diariamente agredidos por armas reais e brasões ou outras insígnias semelhantes, patentes na maior parte dos palácios nos chamados monumentos nacionais.».
João Bénard da Costa, Domingo 4 de Dezembro no Público.
...E SEMPRE A VIL PECUNIA
«falta, para arrematar e ao arrepio do bloqueio dos aumentos na função pública, salientar a mão larga dos cofres públicos para acrescentar mais de 1000 euros por mês às algibeiras dos responsáveis dos Conselhos Directivos das Escolas dos Açores. Os professores andam arredios mas a política educativa do governo regional é para cumprir, nem que seja comprada.».
Mário Abrantes, sexta-feira 2 de Dezembro, no Jornal dos Açores
...
PAULA MOTA
Homem Som,
2002-2003
acrílico s/ tela 162x146 cm
Via Galeria Fonseca e Macedo
TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS DIZER SOBRE OS COMENTADORES ANÓNIMOS
«Sempre encarei a blogosfera como um espaço de debate e confrontação de ideias, de crítica, com ou sem ironia, e também de puro divertimento. De tudo isto poderia resultar uma aprendizagem saudável, uma convivência agradável e até o estabelecimento de pontes de tolerância e proximidade entre pessoas mais ou menos conhecidas, ou até completamente estranhas. Como em tudo na vida há um «mas».A saudável democratização fez emergir uns seres funestos e pernósticos, de fenótipo humano, mas com genótipo indefinido, totalmente desprovidos de ideias, ignorando as mais elementares regras de convivência, mas a quem, infelizmente, foi dado o dom da fala. A sua presença não nos assusta. É simplesmente repulsiva! Seria desejável confrontá-los, mas não é possível. Tudo aquilo que define um ser humano ? as ideias, o carácter e a elevação ? não existe. Confrontar o quê?»
Carlos Falcão Afonso, Domingo 4 de Dezembro na nossa caixa de comments ao post «Política Cultural».
AINDA OS CARTÕES AMIGOS DO PS
«A constatação é a de que o PS-Açores continua a ser um partido «sem bases», de «funcionários públicos» arregimentados e simpatizantes de ocasião, agora com direito a «cartão de simpatizante». Uma espécie de «cartão de crédito» : o «Rosa» para os simpatizantes singulares e o «Gold» para os simpatizantes colectivos. Neste contexto, ai daqueles que apresentarem o cartão de antipatizante, o «Classic». Não têm «crédito político».
António Lagarto, Domingo, 27 de Novembro no Açoriano Oriental
O FÁCIES PRESIDENCIAL
«O Presidente da República é o rosto do país, tanto para a nação, internamente, como para o estrangeiro, externamente. E qual o rosto que queremos para Portugal.».
Maria do Céu Patrão Neves, «filha e esposa e mãe, estudante e professora» e mandatária regional de Cavaco Silva, quinta-feira 1 de Dezembro no Açoriano Oriental.
SOB ESCUTA IDEM
«Eu, por exemplo, parto do princípio, hoje como no tempo da PIDE, de que o meu telefone está sob escuta. As escutas tornaram-se também um instrumento político nas mãos das corporações judiciais.».
Miguel Sousa Tavares, sexta-feira 2 de Dezembro no Público.
MITO COMUNISTA OU EXEMPLO DE DIGNIDADE HUMANA ?
«(Catarina Eufémia) não estava grávida de gente, mas de justiça. É essa a sua herança, simples na sua imensa dignidade.».
Nuno Pacheco, sexta-feira 2 de Dezembro no Público.
KAMIKAZE BELGA
«Tinha-se tornado mais muçulmana que um muçulmano.».
Liliane Degauque, mãe de Murielle Degauque a cidadã Belga que foi a primeira kamikaze europeia a implodir-se no Iraque, Sábado 3 de Dezembro, no Público.
CRUZES CREDO !
«Joana Amaral Dias recorda que, de acordo com a Constituição de 76 e suas várias revisões, «o ensino público não será confessional». A presença da cruz nas escolas determina a confessionalidade? Se assim fosse, o retrato do Presidente da República, em inúmeros edifícios públicos, ofenderia também os monárquicos, que têm tanto direito a sê-lo como qualquer português a ser politicamente o que lhe apeteça. Como a presença da coroa (por exemplo no Teatro Nacional de São Carlos) ofenderia os republicanos, diariamente agredidos por armas reais e brasões ou outras insígnias semelhantes, patentes na maior parte dos palácios nos chamados monumentos nacionais.».
João Bénard da Costa, Domingo 4 de Dezembro no Público.
...E SEMPRE A VIL PECUNIA
«falta, para arrematar e ao arrepio do bloqueio dos aumentos na função pública, salientar a mão larga dos cofres públicos para acrescentar mais de 1000 euros por mês às algibeiras dos responsáveis dos Conselhos Directivos das Escolas dos Açores. Os professores andam arredios mas a política educativa do governo regional é para cumprir, nem que seja comprada.».
Mário Abrantes, sexta-feira 2 de Dezembro, no Jornal dos Açores
UM ROBOCOP DE PAPELÃO !
...
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Porventura seguindo a inspiração da mais recente moda na estatutária insular, cujo ícone vigilante é o «action man» de pedra, em versão comando do ultramar, que nos observa às portas do Hospital do Divino Espírito Santo, temos agora nas nossas estradas um Robocop de papelão! Efectivamente, numa iniciativa piloto o comando da PSP, em parceria com Prevenção Rodoviária Açoriana, tem agora ao seu serviço uma maravilha da tecnologia moderna que recebeu o nome de código de Agente Melo. Com menoscabo para esta arrojada iniciativa, com o ambicioso timbre de «Operação Observação Permanente», há até quem veja o Agente Melo, literalmente, como um boneco. A tal circunstância não será alheia a realidade de que na retaguarda do Agente Melo estão agentes de carne e osso que, muito apropriadamente, se dirá estarem a trabalhar «pró boneco».
Na verdade, o boneco é um vulgar engodo, pois fazendo o «back-up» do polícia de papel estão verdadeiros agentes da PSP trabalhando neste «projecto-piloto» para ulterior «análise sociológica dos dados». Ora, numa análise sociológica preliminar damos todos por assente que seriam de maior préstimo se estivessem afectos a outras tarefas.
À margem da ironia o facto é que esta iniciativa não dignifica a Polícia de Segurança Pública. Quando temos um corpo policial que muito faz com os escassos meios que possui, em vez de se honrar o seu indispensável ofício, coloca-se ao serviço da corporação um boneco! Dirão as luminárias responsáveis por este projecto que o mesmo tem em vista monitorizar a conduta dos condutores, privilegiando assim a prevenção rodoviária primária, e como legitimação do mesmo lá irão invocar um documento de natureza comunitária, como por exemplo, a Carta Europeia da Segurança Rodoviária.
Seja como for, a iniciativa é infeliz, e esta espécie de «big brother» terceiro-mundista ridiculariza, desde logo, a política de policiamento de proximidade. A origem de projectos deste jaez deriva de uma desventurada mentalidade habituada a colocar no topo das prioridades a sociologia, e só depois a lei e a ordem, ou até mesmo o modelo do policiamento de proximidade já experimentado noutros «laboratórios sociais» com comprovado êxito. Porém, mesmo sem cuidar de discutir o mérito ou demérito do Agente Melo, o certo é que este não é o parceiro que os homens e mulheres da PSP precisam para dignificar o seu trabalho tantas e recorrentes vezes menosprezado pela comunidade. Nestas, como noutras matérias, o pioneirismo estrangeirado ou nacional não passa de papel, dando assim razão ao bom senso que recomenda o conservadorismo das medidas da «velha guarda».
JNAS na Edição de 29 de Novembro no Jornal dos Açores
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Porventura seguindo a inspiração da mais recente moda na estatutária insular, cujo ícone vigilante é o «action man» de pedra, em versão comando do ultramar, que nos observa às portas do Hospital do Divino Espírito Santo, temos agora nas nossas estradas um Robocop de papelão! Efectivamente, numa iniciativa piloto o comando da PSP, em parceria com Prevenção Rodoviária Açoriana, tem agora ao seu serviço uma maravilha da tecnologia moderna que recebeu o nome de código de Agente Melo. Com menoscabo para esta arrojada iniciativa, com o ambicioso timbre de «Operação Observação Permanente», há até quem veja o Agente Melo, literalmente, como um boneco. A tal circunstância não será alheia a realidade de que na retaguarda do Agente Melo estão agentes de carne e osso que, muito apropriadamente, se dirá estarem a trabalhar «pró boneco».
Na verdade, o boneco é um vulgar engodo, pois fazendo o «back-up» do polícia de papel estão verdadeiros agentes da PSP trabalhando neste «projecto-piloto» para ulterior «análise sociológica dos dados». Ora, numa análise sociológica preliminar damos todos por assente que seriam de maior préstimo se estivessem afectos a outras tarefas.
À margem da ironia o facto é que esta iniciativa não dignifica a Polícia de Segurança Pública. Quando temos um corpo policial que muito faz com os escassos meios que possui, em vez de se honrar o seu indispensável ofício, coloca-se ao serviço da corporação um boneco! Dirão as luminárias responsáveis por este projecto que o mesmo tem em vista monitorizar a conduta dos condutores, privilegiando assim a prevenção rodoviária primária, e como legitimação do mesmo lá irão invocar um documento de natureza comunitária, como por exemplo, a Carta Europeia da Segurança Rodoviária.
Seja como for, a iniciativa é infeliz, e esta espécie de «big brother» terceiro-mundista ridiculariza, desde logo, a política de policiamento de proximidade. A origem de projectos deste jaez deriva de uma desventurada mentalidade habituada a colocar no topo das prioridades a sociologia, e só depois a lei e a ordem, ou até mesmo o modelo do policiamento de proximidade já experimentado noutros «laboratórios sociais» com comprovado êxito. Porém, mesmo sem cuidar de discutir o mérito ou demérito do Agente Melo, o certo é que este não é o parceiro que os homens e mulheres da PSP precisam para dignificar o seu trabalho tantas e recorrentes vezes menosprezado pela comunidade. Nestas, como noutras matérias, o pioneirismo estrangeirado ou nacional não passa de papel, dando assim razão ao bom senso que recomenda o conservadorismo das medidas da «velha guarda».
JNAS na Edição de 29 de Novembro no Jornal dos Açores
Ilhas # 1
Corvo: a ilha Farol
Fui hoje ao aeroporto esperar um amigo que vinha de Lisboa. Encontrei lá o dux veteranorum da blogosfera açoriana e o Tomás, velho colega dos tempos do Pedro Nunes, que estava de passagem por Ponta Delgada a caminho da Turquia. Devo esclarecer que o Tomás reside em Angra do Heroísmo. Adiante. Tivemos um cofee break muito agradável e aproveitámos para recordar o trabalho que desenvolvemos juntos para o Plano Director Municipal do Corvo, quando ainda não havia carreiras aéreas regulares para essa ilha e a actuação do Palhaço Pézinho no Largo do Outeiro era a coisa mais próxima que então existia do actual Festival dos Moinhos que, salvo erro, já vai na sua segunda edição. Hei-de estar sempre eternamente grato ao Tomás, que até nem é de cá, o ter-me desinquietado para o estudo do Corvo, porque foi a micro-história corvina que me fez compreender a essência da insularidade açoriana. A insularidade, ensinam os geógrafos, é uma simbiose de isolamento e vida de relação. E o Corvo representa, melhor que qualquer outra ilha, a forma exagerada dessa condição esquizofrénica. Quando eram o vento e as correntes marítimas a determinar as rotas na estrada atlântica, o Corvo era conhecido na gíria náutica pelo nome de ilha do Marco. Dá para perceber porquê. O minúsculo ilhéu era sempre o primeiro a ser avistado pelos marinheiros nas suas viagens de regresso à Europa, quando os barcos vinham com o bandulho cheio de especiarias e metais preciosos. O Corvo era uma espécie de navio-farol que assinalava a entrada na barra açoriana e Angra, onde estava fundeada a Armada das Ilhas, era o vestíbulo de acolhimento e refresco para a última etapa da travessia atlântica de regresso a casa, fosse ela Lisboa, Sevilha, Londres ou Antuérpia.
Os corsários, que não estavam para fatigas e apanhavam as presas a meio caminho, adoravam o Corvo. É frequente toparmos na documentação quinhentista e seiscentista com expressões deste tipo: lavrar os mares nas paragens do Corvo. Por regra os corsários deixavam os corvinos em paz e, se exceptuarmos os ataques dos Condes de Cumberland e Essex no período da dominação filipina, as relações até eram bastante cordiais, quando não cúmplices. A água doce e os frescos em abundância faziam do ilhéu uma loja de conveniência para os routiers do Atlântico norte. À sua maneira, o Corvo também conheceu o cheiro da centralidade. Quando veio o tempo da navegação a vapor transformou-se num apeadeiro ferroviário abandonado. Quase que o conheci assim, no seu isolamento romântico e comunitário. Ainda deu para me sentir adamita ao tomar banho nú na Lagoa do Caldeirão. Obrigado, Tomás.
segunda-feira, novembro 28
o blogger tem direito a senha?
Ando aqui reunido com o meu teclado e juntos deliberamos que aceitamos uma senha de presença - quase diária. Não me responsabilizo pelos restantes membros:ILHAS nem pelos teclados que representam. Apenas sei que o meu reclama os seus direitos dia após dia. O esforço dispendido é enorme e a ansiedade tem os seus momentos de angústia - antes e após o pénalti. E a senha "remuneratória"!? Ahhh, pode ser liquída...de preferência Tinto!
delicioso
São destas pérolas que é feito o jornalismo local. Não encontrei em nenhum outro concorrente qualquer referência ao fenómeno. A capa é assustadoramente deliciosa...
Quando os Citroen eram «AMI» !
Há uma Pátria sentimental cuja estrada de origem não tem regresso. Nesse país distante e passado, sempre solarengo e inocente, até os carros serviam para afirmar a joie de vivre. Nas estradas, ora extintas, circulavam bizarrias como o Ami da Citroen, cuja griffe do double chevron era sinónimo de arrojo futurista, nem que fosse nas formas. Da banda sonora desses dias ainda ecoam as gravações, em formato de cartucho magnético, de veneráveis vanguardas como os Blondie, Kinks, ou os The Tubes. Todos eles, como se sabe, extintos, ou pior ainda obscenamente regressados num invólucro celulítico.
No cândido imaginário desses dias tudo estava aparentemente arrumado numa doce simplicidade garrida. Assim, Laranjina C era o refrigerante que nos retemperava a goela em dia de festa. O deo que nos iniciava na higiene da puberdade era o Lander Deo Stick, disponível numa variedade de arco íris que só rivalizava com o Shampoo Foz. Os ténis eram invariavelmente de fabrico nacional e de marca Sanjo ou Ritex Sport. Enfim, o mundo era previsível e as suas fronteiras eram trespassadas em irreverentes sublevações pedalando as populares e desdobráveis Auto-Minis.
Mas, na estrada das nossas vidas seguimos destinos divergentes e não há fio de ariadne que nos leve de volta ao tempo em que os Ami da Citroen refulgiam sob o sol da nossa infância.
Há coisas que são como o Champagne
Se há coisas que são como o vinho do Porto, outras há que são como o mais fino Champagne e mais valiosas do que uma caixa de D.Ruinart ! Flamboyant, viçosa, e mais borbulhante do que nunca, Madonna está de volta com um excelente CD. A consumir com excesso...com ou sem um Champagne !
foto via : Homem Máquina
foto via : Homem Máquina
sábado, novembro 26
APONTAMENTOS
Na feira do livro
O Homem do Caribe, publicada em 1979, em cores, 60 páginas,
Texto de Decio Canzio, desenhos e capa de Hugo Pratt. Cores de Anna Pratt
Não é uma grande obra de Pratt mas por 1, 95 euros....
a insularidade
e a descontinuidade territorial são por vezes um tremendo tormento principalmente x 3.
last night
Uma noite muuito agradável. As línguas mantiveram-se afiadas apenas e somente para o óptimo jantar. Para repetir +++ vezes.
sexta-feira, novembro 25
GERAÇÃO de 70 #4
GEORGE BEST
Pelo que diz a primeira página do Independent de hoje, a vida deste homem está por um fio. O fígado rebentou de vez. O que é natural num irlandês que nasceu em Belfast e foi a primeira pop star do futebol mundial. O seu ano de glória foi 1968, com a camisola do Manchester United, que era vermelha. Tudo muito ton sur ton, naquele ano de 68. Enquanto os young at heart se agitavam nas ruas de Paris, este homem fazia coreografias espantosas pelas alas do relvado de Old Trafford, o meu querido Benfica que o diga. Além de bom de bola, George Best era um rapaz bem apessoado e teso para as discotecas, no que se distinguia de Pelé e Eusébio, seus contemporâneos. Para o Georgie a vida ia muito para além do futebol e também há que respeitar um homem por isso. Paz à sua alma
quinta-feira, novembro 24
outras:ondas
Uma recomendação pop inspirada via Subpop - são os Rogue Wave. A crítica diz que são obrigatórios - vamos ouví-los! Esta é uma recomendação interna para o menino ONDA (não me responsabilizo por eventuais efeitos secundários).
quarta-feira, novembro 23
APONTAMENTOS
Como além de eterno adolescente por vezes também sou infantil aqui vai mais uma sugestão para o Natal que se aproxima.
"Um dos maiores clássicos da literatura infantil universal e é também uma das personagens que mais influenciou o mundo de Paula Rego. Escrito em 1911 por J. M. Barrie, este romance tornou-se rapidamente num dos mais famosos livros de literatura infantil de todos os tempos, fonte de inspiração de centenas de representações teatrais e várias dezenas de filmes desde a sua publicação."
"Um dos maiores clássicos da literatura infantil universal e é também uma das personagens que mais influenciou o mundo de Paula Rego. Escrito em 1911 por J. M. Barrie, este romance tornou-se rapidamente num dos mais famosos livros de literatura infantil de todos os tempos, fonte de inspiração de centenas de representações teatrais e várias dezenas de filmes desde a sua publicação."
Peter Pan
J. M. Barrie com Ilustrações de Paula Rego
Edição: Cavalo de Ferro
Edição: Cavalo de Ferro
VOX POPULI
A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória
...
...
Constantin Brancusi, Princess X 1916
BLOGGER ABSOLVIDO
«Há uma vitória da cidadania e da blogoesfera, contra o abuso do poder. Trata-se de um abuso de poder, uma vez que sou acusado de ter desobedecido a uma ordem que não conhecia.».
António Caldeira, Blogger Do Portugal Profundo, após o julgamento que o absolveu da prática de crime de desobediência simples na divulgação blogoesférica de peças processuais do processo Casa Pia, terça-feira 15 de Novembro no Público.
PEACE AND LOVE
«A Cristandade não é sinónimo de vigilância mas antes uma palavra que nos revela AMOR, até mesmo por aqueles que tomam a pílula do dia seguinte ou que decidem abortar.».
Claudia Batista, quarta-feira, 16 de Novembro, na caixa de comments do Pari Passu
UM SOCIALISTA DISSIDENTE
«Sou socialista, mas não sou tolo. Não tenho que dizer amén a decisões com as quais não concordo.».
Sá Couto, sexta-feira, 18 de Novembro, no Jornal dos Açores.
O GRANDE EDUCADOR REVOLUCIONÁRIO
«Álamo Meneses revolucionou para melhor o sector da educação.».
Carlos César, Domingo, 20 de Novembro, no XII Congresso do PS Açores.
ECLIPSES
«Este eclipsar da direita açoriana é preocupante e devia ser motivo de reflexão para todos aqueles que se preparam, no próximo Congresso do PSD Açores, para espetar mais três ou quatro pregos no caixão do seu definhamento.».
Nuno Mendes, segunda-feira, 21 de Novembro, no Jornal dos Açores.
A ALEIVOSIA DA SEMANA
«O soldado morto no Afeganistão, um jovem de trinta anos, estava a construir uma moradia no Alandroal, com dinheiro sujo de sangue. Quanto se ganha agora de pré nas Forças Armadas ao serviço dos interesses criminosos de expansão Imperialista?»
Xatoo, terça-feira, 22 de Novembro no Xatoo.
...
posted by JNAS
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Constantin Brancusi, Princess X 1916
BLOGGER ABSOLVIDO
«Há uma vitória da cidadania e da blogoesfera, contra o abuso do poder. Trata-se de um abuso de poder, uma vez que sou acusado de ter desobedecido a uma ordem que não conhecia.».
António Caldeira, Blogger Do Portugal Profundo, após o julgamento que o absolveu da prática de crime de desobediência simples na divulgação blogoesférica de peças processuais do processo Casa Pia, terça-feira 15 de Novembro no Público.
PEACE AND LOVE
«A Cristandade não é sinónimo de vigilância mas antes uma palavra que nos revela AMOR, até mesmo por aqueles que tomam a pílula do dia seguinte ou que decidem abortar.».
Claudia Batista, quarta-feira, 16 de Novembro, na caixa de comments do Pari Passu
UM SOCIALISTA DISSIDENTE
«Sou socialista, mas não sou tolo. Não tenho que dizer amén a decisões com as quais não concordo.».
Sá Couto, sexta-feira, 18 de Novembro, no Jornal dos Açores.
O GRANDE EDUCADOR REVOLUCIONÁRIO
«Álamo Meneses revolucionou para melhor o sector da educação.».
Carlos César, Domingo, 20 de Novembro, no XII Congresso do PS Açores.
ECLIPSES
«Este eclipsar da direita açoriana é preocupante e devia ser motivo de reflexão para todos aqueles que se preparam, no próximo Congresso do PSD Açores, para espetar mais três ou quatro pregos no caixão do seu definhamento.».
Nuno Mendes, segunda-feira, 21 de Novembro, no Jornal dos Açores.
A ALEIVOSIA DA SEMANA
«O soldado morto no Afeganistão, um jovem de trinta anos, estava a construir uma moradia no Alandroal, com dinheiro sujo de sangue. Quanto se ganha agora de pré nas Forças Armadas ao serviço dos interesses criminosos de expansão Imperialista?»
Xatoo, terça-feira, 22 de Novembro no Xatoo.
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posted by JNAS
O
afinador de pianos. 2 amigos. Um grande concerto. E 1 ou + discos a caminho depois de 3 dias de intenso trabalho de gravação. Um abraço e até breve!
terça-feira, novembro 22
Tudo bem...
...com o Carnival of Light, de que gosto muito, mas os meus discos preferidos dos RIDE são, por ordem:
Nowhere, Originally released on 15th October 1990
e
Tarantula, Originally released on 11th March 1996
Nowhere, Originally released on 15th October 1990
e
Tarantula, Originally released on 11th March 1996
Anos 90
esta é para todos os que adolescentaram nos "grandes" anos 90
what Creation Records band are you? (complete with text and images)
You Are... Ride.
You are young at heart and full of energy. You are talented but very modest. You are happy go lucky and care free. You have learned to take the good with the bad and you just accept life for being what it is. People tend to be envious of you, That's only because they don't understand you and they just want some of what you have. There's no task too hard for you and you excel at pretty much everything you try to do. You have a playful personallity and a beautiful inner soul.
brought to you by Quizilla
via A Praia
what Creation Records band are you? (complete with text and images)
You Are... Ride.
You are young at heart and full of energy. You are talented but very modest. You are happy go lucky and care free. You have learned to take the good with the bad and you just accept life for being what it is. People tend to be envious of you, That's only because they don't understand you and they just want some of what you have. There's no task too hard for you and you excel at pretty much everything you try to do. You have a playful personallity and a beautiful inner soul.
brought to you by Quizilla
via A Praia
APONTAMENTOS
segunda-feira, novembro 21
A ONDA DO PS
Sob o signo de uma gigantesca onda o PS Açores realizou o Congresso que se esperava ser o da entronização de César mas, como simbolicamente sugeria a vasta massa de água que emoldurava o palco do Teatro Faialense, a ambição deste PS Açores transcende a figura de Carlos César e espraia-se num desejo de hegemonia Socialista em todos os quadrantes da vida Açoriana.
O certo é que, cumprindo o calendário estatutário, muitos congressistas rumaram à Horta num transe próprio de uma peregrinação, orando à recandidatura do líder, como se o Partido e os Açores fossem submergidos por um caos diluviano após a saída de Carlos César da Presidência do Governo Regional dos Açores. Terá por certo contribuído para tal «onda de fundo» a circunstância de o próprio Carlos César ter assegurado que este seria o seu último mandato como Presidente do Governo Regional dos Açores. Ora, como bem o disse Carlos Riley, na última edição da «Conversa a Quatro» na TSF, «o trajecto de um político não pode estar preso às suas palavras.». Assim, na crista da onda do Partido Socialista, Carlos César vai gerindo o tabu do «timing» da sua sucessão que, curiosamente, é também uma obsessão para os militantes Socialistas.
À margem desta personalização da política Regional o Congresso do Partido Socialista Açoriano, consciente da actual fragilidade ou inexistência de oposição, reforçou a sua dinâmica de infiltração na gestão quotidiana da vida Açoriana. O desejo de omnipresença do aparelho do Partido e do Governo ficou patente em duas emblemáticas linhas de força do novo modelo de «inter acção social» que foram levadas a Congresso, a saber: o reforço da proximidade com o poder local(!) e o estatuto do simpatizante(duplo !!).
Para lá dos rendilhados do costume, Vasco Cordeiro resumiu a dita política de proximidade com as autarquias à seguinte doutrina: «acima do poder local está o regional.». Daqui resulta, sem qualquer ambiguidade, a confissão de que o Partido Socialista e o Governo Regional dos Açores perspectivam o poder local como um poder que está abaixo do poder regional, quando na realidade deveria ser visto como um poder que está ao lado de outros com os quais concorre para a prossecução do interesse público. Esta visão redutora de um poder local, em submissa genuflexão ao Poder Regional, não só demonstra a falta de apreço pela autonomia do poder autárquico, como deixa ainda antever a continuidade da política discricionária na distribuição do quinhão do tesouro regional para o qual as Câmaras Municipais também contribuem.
Na sanha de tudo querer para o Partido Socialista este foi ainda mais longe na institucionalização do «Estatuto do Simpatizante», sintomático de uma política de Partido único, que a ser levado até às últimas consequências resulta numa divisão engendrada entre aqueles que estão com o PS, incluindo os seus «simpatizantes» devidamente identificados, e os outros que, por exclusão de partes, «antipatizam» com o PS-Açores. Com este «estatuto do simpatizante» cria-se uma nova «casta» de Socialistas que nada mais são do que militantes de segunda. Ou será que este novo cartão de «simpatizante» também dá pontos nas prebendas e sinecuras da primeira liga dos Socialistas Açorianos ?
Quanto ao resto, a onda de mudança passou ao largo preservando uma espécie de Atlântida reinventada pelo PS onde este reina para felicidade de todos...desde que todos sejam «simpatizantes». A pretexto do Congresso e por «simpatia» com o líder insular, veio até ao reino do milagre económico do superavit, o líder Nacional do PS que cruzou o Atlântico para vir à Horta desejar boa sorte à Governação Socialista, e levar de souvenir um coro de insatisfação pelo garrote que tem aplicado às Finanças Regionais. Ironicamente, é com um torniquete de igual calibre que o PS Açores se prepara por cá para «inter agir socialmente»...a começar pelas autarquias.
...
JNAS na Edição de 22 de Novembro do Jornal dos Açores
O certo é que, cumprindo o calendário estatutário, muitos congressistas rumaram à Horta num transe próprio de uma peregrinação, orando à recandidatura do líder, como se o Partido e os Açores fossem submergidos por um caos diluviano após a saída de Carlos César da Presidência do Governo Regional dos Açores. Terá por certo contribuído para tal «onda de fundo» a circunstância de o próprio Carlos César ter assegurado que este seria o seu último mandato como Presidente do Governo Regional dos Açores. Ora, como bem o disse Carlos Riley, na última edição da «Conversa a Quatro» na TSF, «o trajecto de um político não pode estar preso às suas palavras.». Assim, na crista da onda do Partido Socialista, Carlos César vai gerindo o tabu do «timing» da sua sucessão que, curiosamente, é também uma obsessão para os militantes Socialistas.
À margem desta personalização da política Regional o Congresso do Partido Socialista Açoriano, consciente da actual fragilidade ou inexistência de oposição, reforçou a sua dinâmica de infiltração na gestão quotidiana da vida Açoriana. O desejo de omnipresença do aparelho do Partido e do Governo ficou patente em duas emblemáticas linhas de força do novo modelo de «inter acção social» que foram levadas a Congresso, a saber: o reforço da proximidade com o poder local(!) e o estatuto do simpatizante(duplo !!).
Para lá dos rendilhados do costume, Vasco Cordeiro resumiu a dita política de proximidade com as autarquias à seguinte doutrina: «acima do poder local está o regional.». Daqui resulta, sem qualquer ambiguidade, a confissão de que o Partido Socialista e o Governo Regional dos Açores perspectivam o poder local como um poder que está abaixo do poder regional, quando na realidade deveria ser visto como um poder que está ao lado de outros com os quais concorre para a prossecução do interesse público. Esta visão redutora de um poder local, em submissa genuflexão ao Poder Regional, não só demonstra a falta de apreço pela autonomia do poder autárquico, como deixa ainda antever a continuidade da política discricionária na distribuição do quinhão do tesouro regional para o qual as Câmaras Municipais também contribuem.
Na sanha de tudo querer para o Partido Socialista este foi ainda mais longe na institucionalização do «Estatuto do Simpatizante», sintomático de uma política de Partido único, que a ser levado até às últimas consequências resulta numa divisão engendrada entre aqueles que estão com o PS, incluindo os seus «simpatizantes» devidamente identificados, e os outros que, por exclusão de partes, «antipatizam» com o PS-Açores. Com este «estatuto do simpatizante» cria-se uma nova «casta» de Socialistas que nada mais são do que militantes de segunda. Ou será que este novo cartão de «simpatizante» também dá pontos nas prebendas e sinecuras da primeira liga dos Socialistas Açorianos ?
Quanto ao resto, a onda de mudança passou ao largo preservando uma espécie de Atlântida reinventada pelo PS onde este reina para felicidade de todos...desde que todos sejam «simpatizantes». A pretexto do Congresso e por «simpatia» com o líder insular, veio até ao reino do milagre económico do superavit, o líder Nacional do PS que cruzou o Atlântico para vir à Horta desejar boa sorte à Governação Socialista, e levar de souvenir um coro de insatisfação pelo garrote que tem aplicado às Finanças Regionais. Ironicamente, é com um torniquete de igual calibre que o PS Açores se prepara por cá para «inter agir socialmente»...a começar pelas autarquias.
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JNAS na Edição de 22 de Novembro do Jornal dos Açores
e no regresso a casa
a rádio debitava o último disco de Eric Clapton. Sorri ironicamente a ouvir a este sooooo tiireddd pois a memória recorrente apontava neste sentido.
domingo, novembro 20
Contrariamente ao que aqui foi dito temos - finalmente - esta semana, em horário diurmo, a possibilidade de assistir ao último capítulo das aventuras de Wallace & Gromit. Combatam a crise - ide ao Cinema.
JANTAR:ILHAS
Caldo Rico de Peixe
Magret de Pato
Pudim de Feijão
Ementa seleccionada para o 2º aniversário do:ILHAS na Colmeia - 6ª feira [25.11.05 - 20h00]. Inscrições abertas.
Magret de Pato
Pudim de Feijão
Ementa seleccionada para o 2º aniversário do:ILHAS na Colmeia - 6ª feira [25.11.05 - 20h00]. Inscrições abertas.
sábado, novembro 19
CURVO-ME
Acabo de saber online que morreu o Sr. José Azevedo, a alma do Café Peter. Resumia, na sua humildade, finura de trato e cosmopolitismo, aquilo que há de melhor nos açorianos. Espero que o Faial e todas as outras ilhas dos Açores lhe rendam a homenagem merecida procurando estar, como ele esteve, à altua do mar que nos rodeia.
CHOQUE DE GERAÇÕES
Eu vou ao TM ouver o Maria do Mar e o Bernardo Sassetti, a minha filha mais velha vai ao CM ouvir o Boss AC e as minhas filhas mais novas ficam com a avó a ver o Polar Express.
filme-concerto
Hoje à noite - grande momento no Teatro Micaelense com a exibição de Maria do Mar, de Leitão de Barros com música composta e tocada por Bernardo Sassetti, ao piano, Mário Marques no sax alto e uma Orquestra (composta por músicos dos Conservatórios Regionais, da Orquestra de Câmara de Ponta Delgada e da Banda de Música da Zona Militar dos Açores) sob a direcção do maestro Vasco Pearce de Azevedo e a voz de Filipa Pais.
sexta-feira, novembro 18
aviso à nação:ilhas
até segunda
É mais tarde do que devia, tenho que me levantar às seis e cinquenta da manhã amanhã de manhã, vou já para a cama. Vou para o Fayal no voo das oito e cinquenta por razões pessoais. Vou estar três dias sem PC. Deixo-vos com uma nova foto de cabeçalho, novas sugestões de discos e livros e com a precisão intelectual dos meus camaradas e colegas de :ILHAS. Se se der o caso, postarei do canal, em laptops emprestados, nos intervalos, bebericando gins improváveis. Se não, até Segunda. Para quem fica duas recomendações: No PDL-Bar, na noite de hoje dia 18 às 22 horas, a projecção de um dos mais belos e impressionantes filmes de surf alguma vez feitos Riding Giants, no Teatro Micaelense, no dia seguinte, sábado, o piano absoluto de Bernardo Sasseti. O post sobre o Soares fica para o meu regresso, embevecido com a vista, se o tempo o permitir, do Faial para o Pico. Hasta.
quinta-feira, novembro 17
«EGO SUM, EGO EXISTO» DIEM
...
«Se bem que em matérias de especulação profunda a multidão deva deixar-se guiar pelos filósofos, no entanto, nas coisas que estão ao alcance do entendimento de todos, e que dominam a conduta, os filósofos devem seguir a multidão, sob pena de se tornarem ridículos.»
THOMAS REID (1710-1796)
In. Os Poderes activos do Homem.
«Se bem que em matérias de especulação profunda a multidão deva deixar-se guiar pelos filósofos, no entanto, nas coisas que estão ao alcance do entendimento de todos, e que dominam a conduta, os filósofos devem seguir a multidão, sob pena de se tornarem ridículos.»
THOMAS REID (1710-1796)
In. Os Poderes activos do Homem.
VOX POPULI
A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória
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Galerie / Banlieues en flammes via Courrier International
...
«há um pormenor destes delírios quotidianos que me escapa: porque será que este tipo de «lumpen», ao ser possuído de furores tumultuários, desata logo a incendiar os próprios bairros e os carros dos vizinhos? É bizarro, porra...ainda se fossem fazer estrilho para o Boulevard Haussman, os Champs Elysées ou assim...Claro que nesse caso a coisa piava mais fino.».
Kzar, Domingo 4 de Novembro no Tapornumporco.
«Em Paris, já se vê o fogo. Mas no resto da Europa, há um fogo que arde sem se ver.».
Domingos Amaral, quarta-feira 9 de Novembro no Diário Económico.
«No plano social, a radicalização da violência só pode trazer um acréscimo de sentimentos racistas e xenófobos em França. Politicamente, a revolta só pode favorecer as políticas securitárias e as forças de direita que normalmente costumam erigi-las em solução para a delinquência ou a agitação social.Seria estultícia pensar que estamos perante um «mal francês», que só aos franceses deve preocupar. Longe disso, infelizmente. O fogo que subitamente deflagrou nas banlieues de Paris e outras cidades francesas pode bem vir a incendiar outras paragens por esta Europa fora, onde as mesmas condições de segregação urbana, desemprego, delinquência e desenraizamento social se reproduzem. ».
Vital Moreira, terça-feira, 8 de Novembro no Público e ainda na Aba da Causa.
«Os «jovens» são de facto os filhos dos imigrantes, cuja demografia salva e condena a Europa ao mesmo tempo, salva-a da extinção demográfica e condena-a a ser uma Europa em cujo espelho a antiga Europa greco-latina e judaico-cristã, a única que há, não se reconhece.Estamos velhos e com medo, este é o estado da Europa.»
Pacheco Pereira, quinta-feira 10 de Novembro no Público e tb. no Abrupto.
«A França que proibiu o véu islâmico vê agora as chamas. O véu tinha, apesar de tudo, melhor aspecto. O que está em debate na Europa é só isto: aceitamos a diferença e damos-lhe todos os direitos ou só a suportamos se ela for tão envergonhada que não se dê por ela.».
Daniel Oliveira Barnabé, Sábado 13 de Novembro no Expresso.
«A Europa está ameaçada de fora e arde por dentro, parecendo em risco de implodir.».
Editorial do Expresso, Sábado 13 de Novembro.
«Os carros queimados são, infelizmente, um grande clássico. Desde as revoltas em Minguettes (nos subúrbios de Lyon), os jovens sabem que são imagens que passam muito bem em televisão. Para eles, é: «Queimo um carro, portanto existo.». sabem que um carro a arder atrai as câmaras. Isto tornou-se mais grave, e estou a moderar as minhas palavras, porque, desde então, há jornalistas que pagam aos miúdos para porem fogo aos carros em frente deles e conseguirem as imagens.».
Adil Jazouly, Sociólogo francês em entrevista ao Público de Sábado 13 de Novembro.
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Galerie / Banlieues en flammes via Courrier International
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«há um pormenor destes delírios quotidianos que me escapa: porque será que este tipo de «lumpen», ao ser possuído de furores tumultuários, desata logo a incendiar os próprios bairros e os carros dos vizinhos? É bizarro, porra...ainda se fossem fazer estrilho para o Boulevard Haussman, os Champs Elysées ou assim...Claro que nesse caso a coisa piava mais fino.».
Kzar, Domingo 4 de Novembro no Tapornumporco.
«Em Paris, já se vê o fogo. Mas no resto da Europa, há um fogo que arde sem se ver.».
Domingos Amaral, quarta-feira 9 de Novembro no Diário Económico.
«No plano social, a radicalização da violência só pode trazer um acréscimo de sentimentos racistas e xenófobos em França. Politicamente, a revolta só pode favorecer as políticas securitárias e as forças de direita que normalmente costumam erigi-las em solução para a delinquência ou a agitação social.Seria estultícia pensar que estamos perante um «mal francês», que só aos franceses deve preocupar. Longe disso, infelizmente. O fogo que subitamente deflagrou nas banlieues de Paris e outras cidades francesas pode bem vir a incendiar outras paragens por esta Europa fora, onde as mesmas condições de segregação urbana, desemprego, delinquência e desenraizamento social se reproduzem. ».
Vital Moreira, terça-feira, 8 de Novembro no Público e ainda na Aba da Causa.
«Os «jovens» são de facto os filhos dos imigrantes, cuja demografia salva e condena a Europa ao mesmo tempo, salva-a da extinção demográfica e condena-a a ser uma Europa em cujo espelho a antiga Europa greco-latina e judaico-cristã, a única que há, não se reconhece.Estamos velhos e com medo, este é o estado da Europa.»
Pacheco Pereira, quinta-feira 10 de Novembro no Público e tb. no Abrupto.
«A França que proibiu o véu islâmico vê agora as chamas. O véu tinha, apesar de tudo, melhor aspecto. O que está em debate na Europa é só isto: aceitamos a diferença e damos-lhe todos os direitos ou só a suportamos se ela for tão envergonhada que não se dê por ela.».
Daniel Oliveira Barnabé, Sábado 13 de Novembro no Expresso.
«A Europa está ameaçada de fora e arde por dentro, parecendo em risco de implodir.».
Editorial do Expresso, Sábado 13 de Novembro.
«Os carros queimados são, infelizmente, um grande clássico. Desde as revoltas em Minguettes (nos subúrbios de Lyon), os jovens sabem que são imagens que passam muito bem em televisão. Para eles, é: «Queimo um carro, portanto existo.». sabem que um carro a arder atrai as câmaras. Isto tornou-se mais grave, e estou a moderar as minhas palavras, porque, desde então, há jornalistas que pagam aos miúdos para porem fogo aos carros em frente deles e conseguirem as imagens.».
Adil Jazouly, Sociólogo francês em entrevista ao Público de Sábado 13 de Novembro.
terça-feira, novembro 15
O Professor Silva
Saindo, por breves momentos, do simples retrato caricatural. Permitam-me mais umas quantas notas sobre o que é o Professor Cavaco hoje. (É que o texto do meu colega [não camarada para não o ofender] João Nuno derivou os comentários para o drama das desigualdades...) Quem escutasse com atenção, a atenção possível em tais circunstâncias, perante tal orador, a entrevista de ontem a Constança Cunha e Sá na TVI do inefável Professor, não pode ter deixado de ser invadido por uma angustiante sensação de horror. Eu pelo menos fui. A nota dominante de todo o discurso do Professor foi a sua absoluta e pretensa inevitabilidade. O Professor Silva, Cavaco Silva, julga-se imperioso para o País. Ele e só ele, pela sua sapiência académica, pela sua aversão às minudências do diálogo político, pela sua imensa, incomensurável, seriedade e autoridade, ele e só ELE pode restituir a este ignoto e carecido povo, que somos todos nós, os Portugueses, só ele pode restituir a Confiança. A Confiança, senhores. Esse etéreo e intangível sentimento que por obra e graça do Professor Cavaco fará o País, ao fim de longos anos, atingir o futuro, atingir quiçá o V Império. Oxalá (palavra de origem árabe) o bom senso e o bom gosto (conceito explanado por Antero de Quental) dos portugueses possa travar esta patranha (termo caro ao João Nuno) do abominável Cavaco Silva. Oxalá.
PS: em breve as minhas razões para votar Mário Soares.
PS: em breve as minhas razões para votar Mário Soares.
DORMINDO COM O INIMIGO
En haut: liberté, égalité, fraternité
En bas: pauvreté, chômage, discrimination
...
A mítica patranha do Universalismo Francês é uma léria tão frágil que soçobra diariamente pelas mãos de pirómanos adolescentes, verdadeiros «enfants terribles», numa República que serviu de matriz ao modelo Europeu. Mas, esta «Intifada Francesa» só causa espanto para os mais desatentos ou para os crentes da estafada fábula rousseauniana do «Bom Selvagem».
Na realidade, o actual cenário de sublevação suburbana ocorre num dos Países mais xenófobos e racistas da Europa, cujos pergaminhos da intolerância remontam por exemplo, no Sec. XIX, ao celebérrimo caso do Capitão Dreyfus e, no Sec. XX, à política colaboracionista com a solução global da vizinha Alemanha. Paradoxalmente, é nesta mesma França, pátria dos mosqueteiros da liberdade, igualdade e fraternidade, que a retórica da lamechice da solidariedade, do humanismo e da discriminação negativa é novamente convocada para explicar ao mundo as causas da guerrilha étnica e urbana contra o modo de vida Europeu.
A propósito recordo que no mapa actual desta onda de violência na «Cidade Luz» está, por exemplo, Poissy, um «banlieue» como outro qualquer nas cercanias da Paris do Postal Ilustrado onde, há largos anos, pernoitei numas águas furtadas por impossibilidade de alojamento decente no centro da cidade. Dessa longínqua experiência pessoal retive a convicção de que aquele lugarejo, igual a tantos outros nos arredores da capital francesa, arrumava uma outra França que ficava à margem de Paris. Essa outra França era o lugar para onde se remetiam os árabes, os negros, e claro está os portugueses.
Nesses guetos infestados de párias da República Francesa a francofonia era e é uma anedota, a economia é paralela, e a lei republicana dá lugar a um perigoso equilíbrio de auto regulamentação comunitária. Perante esta realidade a França moderna foi incapaz de fazer a integração que se impunha, desde logo, porque 10% da população Francesa tem origem numa plêiade de imigrantes muçulmanos, especialmente provenientes das antigas colónias do norte de África e também das zonas subsarianas. Ao invés da indispensável integração uma política de emigração laxista, mancomunada com o desastroso tratado de Schengen, encarregou-se de sobrelotar a França em particular, e a Europa em geral, com pessoas que ficaram à margem dos direitos e deveres de cidadania e que não geraram sequer algo de similar ao saudável melting pot dos Estados Unidos!
Logo, a joie de vivre francesa deu lugar a um mal de vivre que tem hoje inúmeras chagas que ardem a olhos vistos. Estas feridas flamejantes assinalam a falência do modelo social francês que quis fazer a integração à força de uma política caritativa e assistencialista. Com recurso à massificação do subsídio às minorias e suas colectividades o Estado Francês apenas branqueou a consciência da classe média servida por uma população de imigrantes que não cessa de crescer. Contudo, os efeitos perversos de anos de subsídios públicos resultaram no isolamento social e político de uma franja de imigrantes cada vez maior. À bondade néscia desta política da subvenção Estadual, com reforço prometido pelo Primeiro Ministro Francês durante os motins (!), juntam-se agora as metásteses do radicalismo que silenciosa e implacavelmente vai vandalizando a República Francesa.
Resta apenas saber até quando resistirá esta Gália que ainda não se deu conta que está dormindo com o inimigo!
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JNAS, na Edição de 14 de Novembro do Jornal dos Açores.
O Harry Potter de Boliqueime
Já se percebeu que, mais uma vez, a próxima campanha eleitoral vai ser preenchida principalmente com ataques e insinuações pessoais do que propriamente com discussão de questões de conteúdo. Talvez seja apropriado que assim seja, pois não há cargo mais representativo do que o de Presidente da República e para o exercer o carácter e a personalidade dos candidatos são elementos fundamentais. Mas, e só por se acaso quiséssemos discutir o pensamento político dos candidatos, e se para isso analisássemos a entrevista de ontem de Cavaco na TVI ficamos com uma impressionante sensação de praia deserta em manhã de nevoeiro. O Professor vê-se no seu próprio espelho como a encarnação do mais básico dos sebastianismos, julga-se a salvação do País, que está moribundo, atolado na mais pérfida das crises, e pela sua existência de profissional/académico/tecnocrata, ao ser eleito para o mais alto cargo da nação, um novo e perfumado ar de optimismo e confiança vai inundar a mente fatalista do povo português. Sinceramente, não sei o que chamar a isto. Quem é que Cavaco julga que é? Que poderes mágicos terá o Professor para com um toque de varinha fazer o País resplandecer? Uma coisa sei que não tem, o Professor Cavaco Silva não tem nem a inteligência nem o carácter para perceber que não se muda um País apenas por vontade (boas intenções têm todos os candidatos), nem por palavra, nem mesmo por um aceno de pozinhos de perlim-pim-pim qual Harry Potter de Boliqueime. De facto cavaco continua igual a si próprio, rígido, cinzento, mesquinho, triste, o verdadeiro "homem da Regisconta", só que desta vez não vem de Citroên e pasta com dossiers, vem de Nimbus 2000 e varinha de condão.
segunda-feira, novembro 14
aviso à navegação
[2º Aniversário:ILHAS] Por razões de ordem estritamente profissional o JANTAR:ILHAS passa para 6ª feira, 25/11/05, à mesma hora e no mesmo local - 20h00 n' A Colmeia. A Ementa segue dentro de momentos...
APONTAMENTOS
Movimento de cidadãos quer colecção de Joe Berardo no quartel da Cavalaria
"O movimento cívico Santarém 21 reclamou hoje a utilização para fins culturais dos espaços da Escola Prática de Cavalaria (EPC), que será transferida para Abrantes, propondo que ali seja exposta a colecção de arte de Joe Berardo."
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"A instalação da Colecção Berardo poderia "dotar Santarém com mais argumentos para determinar uma eventual candidatura a Capital Europeia da Cultura, em 2012, ano em que Portugal terá a oportunidade de acolher tal evento", acrescentou o movimento."
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POIS!
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"A instalação da Colecção Berardo poderia "dotar Santarém com mais argumentos para determinar uma eventual candidatura a Capital Europeia da Cultura, em 2012, ano em que Portugal terá a oportunidade de acolher tal evento", acrescentou o movimento."
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POIS!
serviço Público
Agradava-me, sobretudo, a ideia de representar um amor fetichista. Um homem quer dormir com uma ladra porque é precisamente uma ladra, tal como existem outros homens que desejam dormir com uma chinesa ou uma mulher negra. Alfred HitchcockRecta final para a colecção Hitchcock@Público. Ontem revi o genial Marnie.
CURTAS E RÁPIDAS # 3
A caldeira das Sete Cidades vista do Space Shuttle
Acabo de ler na primeira página do Correio dos Açores que o famigerado Hotel Monte Palace, nas Sete Cidades, poderá vir a ser adquirido por um grupo de empresários micaelenses que, cito de memória, aí deseja instalar um centro de apoio ao turismo. Ora aqui temos um eufemismo digno de rivalizar com o dos centros de interpretação ambiental. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Não é por nada, mas acho que fazia algum sentido o Governo adquirir o edifício. Quanto mais não seja porque é um excelente ponto de vista sobre as lagoas eutrofizadas.
APONTAMENTOS
Uma visita privilegiada à montagem da feira do livro da Tabacaria Açoriana, permitiu constatar que a feira, que se inicia a 25 deste mês, apresentará alguns motivos de interesse acrescentado. Para além dos habituais fundos de catálogo das editoras nacionais, juntamente com algumas novidades, a feira terá a preços muito apetecíveis - abaixo dos 5 euros -, uma enorme diversidade de livros de arquitectura, cinema, arte e design gráfico das editoras Phaidon e Pro graphics, entre muitas outras, provenientes do catálogo da Destart.
Esta visita permitiu-me também, em primeiríssima mão, ter acesso a alguns exemplares raríssimos de edições antigas da Marvel Comics. A BD é a grande ausente desta feira do livro, não por defeito mas sim por excesso, e por isso será alvo de uma outra feira dedicada exclusivamente a este género a acontecer lá para Fevereiro/Março, onde estarão à venda raridades de BD espanhola, francesa, japonesa e claro americana, com uma grande diversidade, cerca de 30%, de BD erótica.
APONTAMENTOS
A partir de Janeiro, estarão disponíveis em Ponta Delgada as edições da mimesis, uma editora que tem como fim tornar significante a arte contemporânea. Arte Contemporânea, Arquitectura, Escritos, Novos Média, Fotografia, Cinema, Infantis e Arte e Património são as apostas desta editora também responsável pela edição da w-art magazine uma das mais interessantes revista de cultura contemporânea.
domingo, novembro 13
leituras enviesadas
Uma pequenez e desfaçatez tamanhas que ficam com quem profere alarves barbaridades. Mas, infelizmente, isso é costumeiro da ilha que apregoa, sem razão, ser a capital da cultura das Ilhas. A Cultura, contrariamente àquilo que é dito, não assenta num carácter privado, possessivo e unitário pertença de uma determinada ilha (local, população,...) - não reside esta posição numa visão totalitária à qual os terceirenses dizem estar contra (os São Migueis)!!!? A Cultura deve antes constituir-se como capital de cada um e construído por todos nós. Detesto bairristas de esquina e lideres que, para satisfazer os seus ímpetos egocêntricos, socorrem-se dos mais vis argumentos de tendência perigosamente populista. Vão acabar sozinhos e agarrados a fantasmas centralistas de um tempo que já não lhes pertence. A Terceira (leia-se alguns e determinados supostos terceirenses) continua fechada sob o seu umbiguismo e, provavelmente, continuará feliz, assim.
APONTAMENTOS
Edição da DINALIVRO ainda disponível (por muito pouco tempo), numa livraria perto de si, o guia fundamental da história do cinema "1001 Filmes para ver antes de morrer". - segunda edição, revista e actualizada.
Com direcção e coordenação de Stevan Jay Schneider - Professor de Estudos Cinematográficos e de Filosofia - nesta obra, ao longo de 960 páginas, critérios de pesquisa tão diversos como géneros, realizadores ou simplesmente títulos de filmes permitem-nos confrontar a nossa própria memória cinéfila e, levar-nos a descobrir obras que desconhecemos. Além de informações essenciais como a ficha técnica de cada filme, ano de produção e origem é ainda associada informação diversa, como a de prémios arrecadados nos principais festivais internacionais de cinema.
Definitivamente a não perder.
sábado, novembro 12
APONTAMENTOS
A conferir dentro de dias no site da Ordem dos Arquitectos o Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal (IPAXX).
Entretanto, ficam aqui as palavras do Arqº João Maia Macedo, coordenador da região Açores, que reconheceu ao Público a inexistência, no arquipélago, de um grande acervo de obras eruditas ou qualificadas. E adianta " A maior parte das obras de qualidade não são de arquitectos locais, porque há uma matriz conservadora muito acentuada nos Açores"
Eu concordo com as suas palavras.
Entretanto, ficam aqui as palavras do Arqº João Maia Macedo, coordenador da região Açores, que reconheceu ao Público a inexistência, no arquipélago, de um grande acervo de obras eruditas ou qualificadas. E adianta " A maior parte das obras de qualidade não são de arquitectos locais, porque há uma matriz conservadora muito acentuada nos Açores"
Eu concordo com as suas palavras.
sexta-feira, novembro 11
Rui Melo
não sei o que é pior em Rui Melo (para quem não sabe, é o mui estimável Sr Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo) se a sua actuação política ou a sua escolha de gravatas!!
quinta-feira, novembro 10
SIBDP
Como os $$$ para a cultura estão curtos, o Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto (SIBDP) decidiu assinalar os 20 anos com a realização de um salão ...virtual.
Assim, desde o dia 5 e até 26 deste mês, a página da net será actualizada diariamente e ficará no ciberespaço até final do ano.
Neste XII SIBDP estarão disponíveis diversas galerias virtuais com obras da maior parte dos autores que passaram pelo salão, sendo o seu conteúdo sido préviamente seleccionado pelos respectivos autores.
De salientar que apesar de virtual, esta iniciativa foi e está a ser divulgada como se tratasse de um salão "real" com a normal afixação de cartazes e notícias nos média e culminará com a edição de um livro a lançar no primeiros meses de 2006 com o historial dos diversos salões.
Neste XII SIBDP estarão disponíveis diversas galerias virtuais com obras da maior parte dos autores que passaram pelo salão, sendo o seu conteúdo sido préviamente seleccionado pelos respectivos autores.
De salientar que apesar de virtual, esta iniciativa foi e está a ser divulgada como se tratasse de um salão "real" com a normal afixação de cartazes e notícias nos média e culminará com a edição de um livro a lançar no primeiros meses de 2006 com o historial dos diversos salões.
CARLOS CARREIRO, São Miguel, obviamente !
Tentativa de Entrada na Pintura Portuguesa.
(Acr. 80 X 60, ano : 2002)
Raras são as vezes em que perante uma tela a primeira reacção visceral é de desbragado riso. Ora, essa saudável relação opera-se involuntária e recorrentemente com a pintura de Carlos Carreiro. O assomo de espanto que a sua obra causa resulta de um apurado sentido de humor, que roça o surrealismo, sem contudo se afundar no mesmo.
O humor cáustico de Carlos Carreiro não é imune à crítica de costumes e talvez por isso mesmo tenha cometido o devaneio iconoclasta de pintar Ponta Delgada submergida, tendo como sobreviventes alguns raros exemplares bovinos da raça frísia-holstein !
É em sintonia com este desconcertante sentido de humor que Rui Reininho,- (outro iconoclasta)-, sublinha no Catálogo da Exposição que o acervo artístico de Carlos Carreiro encerra uma demolidora crítica social «à fachada retro-quinhentista, ao novo-riquismo ilhéu tropicalista, à inutilidade do jeep urbano ou aos arrogantes submarinos de um Vasco da Gama que nem sabia nadar.YO.». Efectivamente, todas estas personagens e fantasmas habitam as telas de Carlos Carreiro, cujos espécimens mais recentes incluem a Barbie nas Cavalhadas, um amestrado monstro de Loch Ness nas Sete Cidades, pianos de cauda flutuantes em torno do Teatro Micaelense, e até a malta dos jogos de vídeo cirandando à volta do ícone de São Miguel Arcanjo. Em suma : um delírio.
Este festim dos sentidos é servido numa intensidade de cores e tons que se destacam do preconceito artístico insular amarfanhado por um culto da bruma e dos seus trovadores.
Carlos Carreiro está obviamente de regresso a São Miguel. A partir do dia 11 deste mês, o Centro Municipal de Cultura tem a honra de receber mais uma exposição deste notável artista Micaelense. Desta vez o acervo artístico exposto no Centro Municipal de Cultura tem o mérito de exibir obras recentes, e ainda algumas telas que estão fora do circuito comercial do artista já que pertencem a colecções particulares. Quanto à nota biográfica, não cabendo neste espaço, remeto-a para o catálogo da exposição, ou para www.oseculoprodigioso.blogspot.com, o blog sobre Arte no Sec. XX.
ENIGMA
Poderá ser ilusão de óptica mas até parece que o nariz do PM cresce a olhos vistos...ou será que não ???
Descubra as 7 diferenças
* A troca do vinho pela água parece ter tirado algum "virtuosismo" aos intervenientes.
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Quero...
como todos os portugueses, poder ver um canal nacional na casa de banho, outro na cozinha e até ter um outro na casota do cão.
quarta-feira, novembro 9
MIDAS TOUCH
Não sei se já repararam, mas o nosso Template Man fez o favor de disponibilizar à vossa direita nesta página, onde quer que se encontrem e mesmo que sejam canhotos, alguns links para blogs presidenciais. Estive agora a visitá-los. Recomendo a todos que façam o mesmo. No mínimo, lê-se bom português. Pode ser que me engane, pois estou longe de ser Cavaco,mas daqui a dois meses e meio a blogosfera portuguesa já não será a mesma; estará certamente muito mais mainstream. Pessoalmente, nem vou muito à bola com o mainstream, pelo que estou longe de exultar, como blogger, com essa perspectiva, mas se ela porventura vier a traduzir-se em melhor qualidade de cidadania, de res publica em si mesma, desde já declaro aqui o meu orgulho em ser deputado constituinte dessa transformação.
terça-feira, novembro 8
Reporter X [em versão scanada]
Mais um folheto promocional na caixa do correio. Mais um Ovo de Colombo do dito turismo de qualidade - o regresso à gastronomia rural/tradicional ou o desenterrar da receita da avózinha em versão pastiche, pré-frita e ultracongelada. Saí um menu infantil, Sff!...
Insularidade [via satélite]
Incursão à BOX. Será que a liberalização em sinal aberto de - livros, jornais, revistas e até da internet, levaria o açoriano (e o micaelense por arrasto) a este estado de insatisfação colectiva!?...
segunda-feira, novembro 7
PARA QUE SERVE A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA?
Qual o préstimo de um Presidente nesta actual República Portuguesa? A resposta não será por certo encontrada nos manifestos que até à data foram apresentados pelos presidenciáveis. No rol de lugares comuns, que são debitados pelas candidaturas de Cavaco e Soares, aparentemente tudo se reduz ao partido daqueles que não se resignam ao status quo da República, por oposição à outra banda que está na corrida pelas mesmas razões de sempre, ou seja, a hegemonia Socialista em Portugal.
Lamentavelmente, na encenação mediática de ambos os candidatos não há lugar para o debate sério de temas que a todos interessam, designadamente, política externa, atlantismo ou aprofundamento da integração Europeia, possível extensão desta à Turquia, reforma da Justiça e dignificação dos seus agentes, política de imigração e integração comunitária das minorias, agendamento da regionalização, etc...
Ao invés da dissecação destes temas, o show off das candidaturas de Soares e Cavaco poupa as meninges dos Portugueses esgotando o tempo de antena com as banalidades do costume. Porém, no meio da adjectivação barata e dos chavões habituais destaca-se a candidatura de Mário Soares que ambiciona pintar de cor-de-rosa um distante e extemporâneo sonho de um Presidente, um Governo e uma Maioria. Mas, acaso Mário Soares seja eleito o mesmo representará ainda o salvo conduto para os delírios megalómanos da OTA, TVG, SCUT´s e demais siglas despesistas.
Efectivamente, é de consciência pesada pelo passado recente que os Socialistas olham para Cavaco com temor pela «guerra fria» que se aproxima, agravada com a possibilidade de Cavaco vir a fazer uso das prerrogativas de dissolução da Assembleia da República! Assim, temos hoje os costumeiros homens de mão do PS a tecer loas à estabilidade, ao mesmo tempo que anunciam a «deriva» presidencialista de Cavaco. No melhor estilo dos adeptos da teoria da conspiração sugere-se que Cavaco Silva, uma vez eleito Presidente da República, daria «corda» a Sócrates para prosseguir a sua demanda de restrições económicas para, em tempo oportuno, retirar-lhe o «tapete» no final do mandato ou, pior ainda, com recurso à doutrina Sampaio para eleições antecipadas, avançar de seguida com a sua trupe neo-cavaquista para uma presidência «musculada»!
Esta tese surge até apadrinhada pelo próprio Mário Soares que afirmou peremptoriamente estar «a surgir à direita, batida nas urnas, um certo messianismo revanchista e vozes, com peso político, que reclama abertamente a subversão do regime constitucional, utilizando para isso a eleição presidencial». Com isto os Soaristas vão pregando contra os males da candidatura de Cavaco, idolatrando de permeio o sacrossanto semi-presidencialismo. Contudo, com esta falta de ambição para o cargo de Presidente da República reforçam a pertinência da dúvida sobre a utilidade do mesmo. Afinal, se descontarmos a arma da dissolução do Parlamento o restante arsenal político do Presidente da República é bastante convencional e ineficaz. Os seus poderes como Chefe de Estado estão mitigados num sistema semi-presidencialista, e a sua «magistratura de influência» é quase simbólica.
Em suma, no actual figurino Constitucional a Presidência da República é a cátedra da Democracia Portuguesa que todos os seus «Senadores» ambicionam para fim de carreira. Não admira pois que Mário Soares, enquanto político profissional, veja como justa a sua reforma «honoris causa» como Presidente da República. Por outro lado, também não causa espanto que o professoral Cavaco seja investido «magna cum laude» na Presidência da República.
...
JNAS na Edição de 8 de Novembro do Jornal dos Açores.
Lamentavelmente, na encenação mediática de ambos os candidatos não há lugar para o debate sério de temas que a todos interessam, designadamente, política externa, atlantismo ou aprofundamento da integração Europeia, possível extensão desta à Turquia, reforma da Justiça e dignificação dos seus agentes, política de imigração e integração comunitária das minorias, agendamento da regionalização, etc...
Ao invés da dissecação destes temas, o show off das candidaturas de Soares e Cavaco poupa as meninges dos Portugueses esgotando o tempo de antena com as banalidades do costume. Porém, no meio da adjectivação barata e dos chavões habituais destaca-se a candidatura de Mário Soares que ambiciona pintar de cor-de-rosa um distante e extemporâneo sonho de um Presidente, um Governo e uma Maioria. Mas, acaso Mário Soares seja eleito o mesmo representará ainda o salvo conduto para os delírios megalómanos da OTA, TVG, SCUT´s e demais siglas despesistas.
Efectivamente, é de consciência pesada pelo passado recente que os Socialistas olham para Cavaco com temor pela «guerra fria» que se aproxima, agravada com a possibilidade de Cavaco vir a fazer uso das prerrogativas de dissolução da Assembleia da República! Assim, temos hoje os costumeiros homens de mão do PS a tecer loas à estabilidade, ao mesmo tempo que anunciam a «deriva» presidencialista de Cavaco. No melhor estilo dos adeptos da teoria da conspiração sugere-se que Cavaco Silva, uma vez eleito Presidente da República, daria «corda» a Sócrates para prosseguir a sua demanda de restrições económicas para, em tempo oportuno, retirar-lhe o «tapete» no final do mandato ou, pior ainda, com recurso à doutrina Sampaio para eleições antecipadas, avançar de seguida com a sua trupe neo-cavaquista para uma presidência «musculada»!
Esta tese surge até apadrinhada pelo próprio Mário Soares que afirmou peremptoriamente estar «a surgir à direita, batida nas urnas, um certo messianismo revanchista e vozes, com peso político, que reclama abertamente a subversão do regime constitucional, utilizando para isso a eleição presidencial». Com isto os Soaristas vão pregando contra os males da candidatura de Cavaco, idolatrando de permeio o sacrossanto semi-presidencialismo. Contudo, com esta falta de ambição para o cargo de Presidente da República reforçam a pertinência da dúvida sobre a utilidade do mesmo. Afinal, se descontarmos a arma da dissolução do Parlamento o restante arsenal político do Presidente da República é bastante convencional e ineficaz. Os seus poderes como Chefe de Estado estão mitigados num sistema semi-presidencialista, e a sua «magistratura de influência» é quase simbólica.
Em suma, no actual figurino Constitucional a Presidência da República é a cátedra da Democracia Portuguesa que todos os seus «Senadores» ambicionam para fim de carreira. Não admira pois que Mário Soares, enquanto político profissional, veja como justa a sua reforma «honoris causa» como Presidente da República. Por outro lado, também não causa espanto que o professoral Cavaco seja investido «magna cum laude» na Presidência da República.
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JNAS na Edição de 8 de Novembro do Jornal dos Açores.
GERAÇÃO DE 70 #2
Palácio Fronteira. S. Domingos de Benfica. Lisboa
Bom Senso e Bom Gosto
O Governo português devia fazer diligências junto da UNESCO para candidatar o bom senso e bom gosto a património imaterial da Humanidade. Disparate, dirão alguns, e o que é que o bom senso e bom gosto tem a ver com Portugal? O mesmo que o senso comum tem a ver com Inglaterra, respondo eu, pois por alguma razão o pronunciamos na língua usada por Thomas Paine para escrever Common Sense, o panfleto incendiário que está na base da Revolução Americana de 1776. Goste-se ou não, o common sense é um património anglo-saxónico. Basta dar uma vista de olhos pela Magna Carta inglesa ou pela Constituição norte-americana.
Bem, mas daí até considerar o bom senso e bom gosto património português, vai uma distância maior que a légua da Póvoa. Não há dúvida que vai mas, por outro lado, há uma estimável tradição nacional a sustentar a candidatura, pois foi sob a epígrafe Bom Senso e Bom Gosto que decorreu a grande querela entre Antigos e Modernos no Portugal oitocentista. A epístola dirigida por Antero de Quental a António Feliciano de Castilho, datada de Coimbra, 2 de Novembro 1865, é a carta de alforria da Geração de 70 e, por assim dizer, representa o manifesto da sua modernidade contra um Portugal piegas e burocrata. Mais de cem anos passados sobre sucessivas e caducas modernidades, que é feito hoje do bom senso e bom gosto? Pessoalmente, fui encontrá-lo num Sermão de D. Fernando Mascarenhas ao seu sobrinho António, feito, quem diria, já no século XXI. Fiquei contente com o achado e pelo facto de ter ocorrido em Portugal, porque para mim isto é bem melhor do que o murro do João Vieira Pinto ao árbitro no Mundial da Coreia, ou até do que o próprio futebol em si, mesmo nos seus melhores momentos.
Onde é que estão as bandeiras à janela, passado que está o Euro 2004? E tudo o vento levou? Tudo, estou em crer que não, apenas aquelas que estavam à janela. A minha não, obrigado, que a tenho sempre bem arrecadada dentro da boca. A minha pátria é a língua portuguesa, aquela que também - e tão bem - usamos para nos insultarmos a nós próprios. Eu, se fosse ao Ministro da Educação, distribuía em todas as escolas do 3º ciclo um DVD do Mário Viegas a recitar a Cena do Ódio do Almada Negreiros, que era amulatado e nasceu em S. Tomé e Príncipe. É por estas e por outras que gosto de ser português e luso-tropicalista, para variar um pouco do desconsolo europeu.
Chateia-me que o Pacto de Estabilidade seja uma espada de Damocles sobre a cabeça de todos nós e que as finanças públicas se tenham tornado o alfa e o ómega deste deserto de ideias à beira mar plantado. Eufemística e literalmente, Portugal está a viver uma seca e os vendedores de chuva já andam por aí nas suas danças. Qual deles terá a chave do problema? Se é que algum deles a tem. O Eliot, que cito de memória, dizia que thinking of a key / each one of us confirm a prison.
Se calhar devíamos era considerar o bom senso e bom gosto o verdadeiro desígnio nacional e assumir que, aí sim, o nosso deficit é tragicamente preocupante.
"António, diz-se muitas vezes que "no meio está a virtude", e diz-se bem. Só que esse meio não é o meio insípido do exacto lugar geométrico entre um e outro extremo, é um lugar intermédio entre o meio e cada um dos extremos, extremos que ao meio e entre si se opõem. Este meio insípido e os extremos acabam, contrariamente ao que parece, por fundir-se na sua invariabilidade. O meio de que falo é um lugar muito mais rico de alternativas e cambiantes, é um lugar de harmonias e de harmonias quantas vezes feitas das próprias dissonâncias.
Os excessos que se julgam o último "grito" e a grande novidade têm a ilusão de ser os verdadeiros representantes do seu próprio momento. Assim não é, porém, pois o verdadeiro "bom senso" e o verdadeiro "bom gosto" é que efectivamente vivem no seu tempo, porque não o negam tentando desesperadamente centrar-se, nem o negam tentando desesperadamente extremar-se; são verdadeiramente do seu tempo, porque não procuram nem viver nele nem viver fora dele, são do seu tempo porque têm a consciência das raízes do passado e a consciência da esperança no futuro."
Fernando Mascarenhas (Marquês de Fronteira), Sermão ao meu sucessor, Lisboa, D. Quixote, 2003, p. 67
Este post é dedicado a um fumador, que reputo de sensato e com bom gosto.
VOX POPULI
A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória
...MADONNA(*) por Steven Meisel, afortunado fotógrafo de «Sex», pecaminoso livro da Diva pop que esta semana brilhou nos MTV Awards 2005 em Lisboa.
...
PRESIDENCIAIS
«Eu sei que tenho um laço afectivo com o povo Português.»
Mário Soares, terça-feira 25 de Outubro, no seu «manifesto».
«Que autoridade têm os socialistas para invocarem o perigo das dissoluções do Parlamento ou para manifestarem hoje um amor acrisolado à estabilidade? O que realmente deverá preocupar a esquerda, imagino, é a possibilidade muito concreta de deixarem de ver um membro do PS a residir em Belém.»
Manuel Queiró, quarta-feira 26 de Outubro,no Público.
«As presidenciais tornaram-se para o PS a 2ª volta das autárquicas.»
José António Saraiva, Sábado 29 de Outubro, no Expresso.
«Não há lugar mais político do que a Presidência da República. É um lugar destinado exclusivamente a fazer política, não a governar ou a fazer obra.»
Miguel Sousa Tavares, sexta-feira 4 de Novembro no Público.
SEBASTIANISMOS
«é preciso sermos muito ingratos para ansiarmos por um garoto parvo que só fez asneiras, como D. Sebastião, quando já tivemos um chefe a sério. Nas manhãs de nevoeiro devíamos era sonhar com a chegada de outro marquês de Pombal.»
Ferreira Fernandes, segunda-feira, 31 de Outubro, no Correio da Manhã.
BLOGUES
«é importante sublinhar que quase nenhum blogue é um órgão de informação jornalística. Mesmo os blogues de jornalistas, e há muitos, não são jornalísticos. Pelo contrário, muitos servem amiúde para libertar rancores e difundir rumores, servem para expandir egos em comentários sem fim, servem para indivíduos sem escrúpulos se esconderem no anonimato para insultar todos os que damos a cara. Mas, no geral, o blogue repete a explosão da imprensa no Sec. XIX, quando surgiram por todo o mundo ocidental milhões de novos jornais e jornalinhos, muitos feitos por uma ou duas pessoas e de que só saíram um ou dois números.»
Eduardo Cintra Torres, terça-feira 1 de Novembro, no Público.
...PARIS A ARDER.
«Durante décadas, a Europa deleitou-se com os relatos sobre o racismo nos EUA. Por ironia do destino , na mesma semana em que os norte-americanos prestavam, as maiores homenagens a Rosa Parks, Paris, a cidade da diferença europeia, era posta a ferro e fogo por bandos que se identificam como imigrantes.»
Helena Matos, Sábado 5 de Novembro, no Público.
...e AINDA A LIMITAÇÃO DOS MANDATOS
«contrariamente ao que acontece com os autarcas e com outros titulares de cargos políticos electivos, os presidentes dos Governos Regionais são os únicos que não têm uma limitação de mandatos.»
Carmo Rodeia, na Edição de Novembro da Saber Açores.
...
(*)Bem gostaria de aqui ler pela pena luminosa do Carlos Riley um especial do «Cherchez la Femme - Madonna»
...MADONNA(*) por Steven Meisel, afortunado fotógrafo de «Sex», pecaminoso livro da Diva pop que esta semana brilhou nos MTV Awards 2005 em Lisboa.
...
PRESIDENCIAIS
«Eu sei que tenho um laço afectivo com o povo Português.»
Mário Soares, terça-feira 25 de Outubro, no seu «manifesto».
«Que autoridade têm os socialistas para invocarem o perigo das dissoluções do Parlamento ou para manifestarem hoje um amor acrisolado à estabilidade? O que realmente deverá preocupar a esquerda, imagino, é a possibilidade muito concreta de deixarem de ver um membro do PS a residir em Belém.»
Manuel Queiró, quarta-feira 26 de Outubro,no Público.
«As presidenciais tornaram-se para o PS a 2ª volta das autárquicas.»
José António Saraiva, Sábado 29 de Outubro, no Expresso.
«Não há lugar mais político do que a Presidência da República. É um lugar destinado exclusivamente a fazer política, não a governar ou a fazer obra.»
Miguel Sousa Tavares, sexta-feira 4 de Novembro no Público.
SEBASTIANISMOS
«é preciso sermos muito ingratos para ansiarmos por um garoto parvo que só fez asneiras, como D. Sebastião, quando já tivemos um chefe a sério. Nas manhãs de nevoeiro devíamos era sonhar com a chegada de outro marquês de Pombal.»
Ferreira Fernandes, segunda-feira, 31 de Outubro, no Correio da Manhã.
BLOGUES
«é importante sublinhar que quase nenhum blogue é um órgão de informação jornalística. Mesmo os blogues de jornalistas, e há muitos, não são jornalísticos. Pelo contrário, muitos servem amiúde para libertar rancores e difundir rumores, servem para expandir egos em comentários sem fim, servem para indivíduos sem escrúpulos se esconderem no anonimato para insultar todos os que damos a cara. Mas, no geral, o blogue repete a explosão da imprensa no Sec. XIX, quando surgiram por todo o mundo ocidental milhões de novos jornais e jornalinhos, muitos feitos por uma ou duas pessoas e de que só saíram um ou dois números.»
Eduardo Cintra Torres, terça-feira 1 de Novembro, no Público.
...PARIS A ARDER.
«Durante décadas, a Europa deleitou-se com os relatos sobre o racismo nos EUA. Por ironia do destino , na mesma semana em que os norte-americanos prestavam, as maiores homenagens a Rosa Parks, Paris, a cidade da diferença europeia, era posta a ferro e fogo por bandos que se identificam como imigrantes.»
Helena Matos, Sábado 5 de Novembro, no Público.
...e AINDA A LIMITAÇÃO DOS MANDATOS
«contrariamente ao que acontece com os autarcas e com outros titulares de cargos políticos electivos, os presidentes dos Governos Regionais são os únicos que não têm uma limitação de mandatos.»
Carmo Rodeia, na Edição de Novembro da Saber Açores.
...
(*)Bem gostaria de aqui ler pela pena luminosa do Carlos Riley um especial do «Cherchez la Femme - Madonna»
domingo, novembro 6
2 anos
este blogue faz hoje dois anos, a festa é no dia 26, sábado, no Restaurante A Colmeia (e como sei que houve algumas preocupações quanto à música posso vos informar que o repasto é no mesmo espaço do ano passado, portanto a única música que vamos ter será da esclusiva responsabilidade dos nossos convidados, se alguém quiser cantar um faducho está à vontade...) contamos com a vossa presença, parabéns a nós.
BD NEWS
Já disponível numa livraria perto de si, editada pela Marginália Editora, um dos principais marcos da banda desenhada erótica História de O, de Guido Crepax, adaptação para Bd de um dos livros mais famosos da literatura francesa, da autoria de Pauline Réage.
"Guido Crepax é um dos grandes nomes da b.d. italiana, juntamente com Hugo Pratt e Milo Manara. Senhor de um traço único e de uma capacidade inigualável para retratar cenas e personagens do universo literário, o autor milanês assinou ainda outras adaptações, como as de Emmanuellee da Vénus das Peles. Foi também criador da aclamada Valentina. O seu amigo Umberto Eco reconheceu-lhe o valor artístico e o poder criativo da sua intertextualidade."
Ps: Já cá está Pedro
PACKS NEWS
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Ora aqui está uma boa prenda para este natal.
Para assinalar o 10º aniversário da morte de Pratt, a Lusomundo lança no próximo dia 14, esta que será uma grande prenda para os fãs das aventuras de Corto Maltese. Este Pack de 5 dvd`s tem as seguintes características:
DISCO 1 ? Corto Maltese A Balada do Mar Salgado
Episódios: O Grande Pacífico, Escondida, Ao Teo Roa, A Honra de Slutter
Duração: 92 Minutos
DISCO 2 ? Corto Maltese Sob o Signo do Capricórnio
Episódios: O Segredo de Tristan Bantan, Samba com Tiro Certeiro, Encontro na Baía, Voltamos a Falar dos Cavaleiros da Fortuna
Duração: 85 Minutos
DISCO 3 ? Corto Maltese As Célticas
Episódios: O Anjo da Janela do Oriente, Sob a Bandeira do Ouro, Sonho de uma Manhã de Meados de Inverno, Côte de Nuits e Rosas da Picardia
Duração: 82 Minutos
DISCO 4 ? Corto Maltese Outras Histórias
Episódios: Cabeças e Cogumelos, A Conga das Bananas, Concerto em o Menor para Harpa e Nitroglicerina, O Golpe de Misericórdia, De Ourtros Romeus e Outras Julietas, Os Homens Leopardo
Duração: 124 Minutos
DISCO 5 ? Corto Maltese A Casa Dourada de Samarcanda
Episódios: Cassandra, Mariana, Venexiana, Sevan
Duração: 82 Minutos
Para assinalar o 10º aniversário da morte de Pratt, a Lusomundo lança no próximo dia 14, esta que será uma grande prenda para os fãs das aventuras de Corto Maltese. Este Pack de 5 dvd`s tem as seguintes características:
DISCO 1 ? Corto Maltese A Balada do Mar Salgado
Episódios: O Grande Pacífico, Escondida, Ao Teo Roa, A Honra de Slutter
Duração: 92 Minutos
DISCO 2 ? Corto Maltese Sob o Signo do Capricórnio
Episódios: O Segredo de Tristan Bantan, Samba com Tiro Certeiro, Encontro na Baía, Voltamos a Falar dos Cavaleiros da Fortuna
Duração: 85 Minutos
DISCO 3 ? Corto Maltese As Célticas
Episódios: O Anjo da Janela do Oriente, Sob a Bandeira do Ouro, Sonho de uma Manhã de Meados de Inverno, Côte de Nuits e Rosas da Picardia
Duração: 82 Minutos
DISCO 4 ? Corto Maltese Outras Histórias
Episódios: Cabeças e Cogumelos, A Conga das Bananas, Concerto em o Menor para Harpa e Nitroglicerina, O Golpe de Misericórdia, De Ourtros Romeus e Outras Julietas, Os Homens Leopardo
Duração: 124 Minutos
DISCO 5 ? Corto Maltese A Casa Dourada de Samarcanda
Episódios: Cassandra, Mariana, Venexiana, Sevan
Duração: 82 Minutos
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Com a Sábado, de 11 de Novembro a 23 de Dezembro, uma colecção imprescindível, por apenas mais 8,90 ? *.
7 filmes, 7 obras primas
Laranja Mecânica + Shining + Barry Lyndon + 2001: Odisseia no Espaço + Nascido Para Matar + Lolita + Eyes Wide Shut: De Olhos bem Fechados
preço total da colecção - 62,30?
* Para quem não quiser esperar até 23 de Dezembro e tiver cash disponível poderá encomendar na fnac o mesmo pack por 64,95? e receber de bónus o excelente Dvd extra
Stanley Kubrick - Uma Vida em Filmes
7 filmes, 7 obras primas
Laranja Mecânica + Shining + Barry Lyndon + 2001: Odisseia no Espaço + Nascido Para Matar + Lolita + Eyes Wide Shut: De Olhos bem Fechados
preço total da colecção - 62,30?
* Para quem não quiser esperar até 23 de Dezembro e tiver cash disponível poderá encomendar na fnac o mesmo pack por 64,95? e receber de bónus o excelente Dvd extra
Stanley Kubrick - Uma Vida em Filmes
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