Maria Filomena Mónica, talvez por deformação profissional, rotulou Boaventura Sousa Santos de sociólogo-poeta... com a devida vénia, eu diria até mais, é poeta-sociólogo.
No passado Sábado, no Suplemento Mil-Folhas do Público, numa prosa Queirosiana e escorreita, Maria Filomena Mónica virou o dente ao «colega» Boaventura Sousa Santos. Fê-lo não só dissecando o curriculum vitae do académico mas, ainda, autopsiando o poeta de pacotilha que nem sequer se aproxima de um lirismo trolha, cujo paradigma, salvo melhor opinião, é Zeca Soares.
Conhecido por uns como o «sociólogo-mor do reino» e, por outros, como o «sábio de Coimbra», o Prof. Boaventura Sousa Santos é um lustroso Académico, acantonado genealógicamente nas franjas da esquerda conimbricensis, órfã do Maio de 68 e de outros perigosos disparates. Todavia, não se conteve no seu habitat natural das tertúlias do piolho e dos saraus nas Repúblicas que tinham por patrono Che Guevara (e em Coimbra eram muitas!). Ao invés, logrou o estatuto de «consciência crítica» do Estado da Nação sempre que a comunicação Social carecia de emprestar credibilidade «científica» à análise Social do País. No seu estilo gongórico e rendilhado lá foi tecendo loas aos modelos Socialistas e, concomitantemente, fez campanha formalmente descomprometida, por exemplo, contra o Cavaquismo. Para reforçar o seu garbo de areópago pós-moderno era frequente ser instado a analisar os factos a partir de um «Observatório Social», sito em parte pouco certa, mas cujo carácter institucional não deixava de soar reverencialmente.
As erupções poéticas medíocres e abaixo de cão são de tal jaez que me dispenso de aqui as reproduzir. Para quem tiver curiosidade, recomendo uma linkagem ao artigo de opinião de Maria Filomena Mónica que, contém inclusive, excertos de estrofes eróticas do dito Erudito. No resto, nada de novo, pois já se sabia que o homem milita nas cercanias do tijolo de esquerda do qual é ideólogo, adoptou o relativismo cultural como metodologia e abraçou o Movimento Anti-Globalização, sendo ainda hoje uma «vaca-sagrada» da nomenclatura sociológica... e não só!
(Seja como for a não perder a prosa qualificada e hilariante de Maria Filomena Mónica aqui!)
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