Estrangeiros
Ainda me lembro do Almir Salazar ser campeão nacional, para mim ele não era brasileiro era surfista. Um surfista experiente que não deu hipótese para ninguém e pôs toda a gente a surfar melhor no ano a seguir. No surf não existem emigrantes, existem viajantes. Se Duke Kahanamoku não tivesse feito de embaixador do espírito Aloha nós hoje éramos todos pescadores e esta revista era sobre caça submarina. Que venham os Justin e os Nuande, que haja mais Dapins e Sacas querendo ir para fora, só correndo riscos é que se ganha, só procurando é que se pode encontrar. Nacionalidade no surf é pura burocracia. Abram os campeonatos a quem quiser competir e deixem as ondas escolher os seus habitantes. Se o Marlon Lipke ganha lá fora é alemão ou português? O Eric Rebiere é brasileiro ou europeu? A única nacionalidade de um surfista é o mar, o resto é papelada.ONFIRE
Post publicado na revista
PA
quinta-feira, agosto 26
nacionalidade é pura papelada
A propósito desta já estafada discussão sobre nacionalidade, nacionalismo e nação que tanto bruá vai dando em tantos blogues e que nasceu por obra e graça e esforço da medalha do Sr. Obikwelo (espero que ganhe hoje mais uma, não por mim que sou benfiquista mas por ele que parece ser boa pessoa) pareceu-me indicado trazer ao :ILHAS um outro texto de um Sr. Arruda que publica noutro blog e que dizem é açoriano, seja lá o que isso for, e que apesar de ser sobre ondas diz alguma coisa sobre este assunto...
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