quinta-feira, agosto 26

nacionalidade é pura papelada

A propósito desta já estafada discussão sobre nacionalidade, nacionalismo e nação que tanto bruá vai dando em tantos blogues e que nasceu por obra e graça e esforço da medalha do Sr. Obikwelo (espero que ganhe hoje mais uma, não por mim que sou benfiquista mas por ele que parece ser boa pessoa) pareceu-me indicado trazer ao :ILHAS um outro texto de um Sr. Arruda que publica noutro blog e que dizem é açoriano, seja lá o que isso for, e que apesar de ser sobre ondas diz alguma coisa sobre este assunto...

Estrangeiros


Ainda me lembro do Almir Salazar ser campeão nacional, para mim ele não era brasileiro era surfista. Um surfista experiente que não deu hipótese para ninguém e pôs toda a gente a surfar melhor no ano a seguir. No surf não existem emigrantes, existem viajantes. Se Duke Kahanamoku não tivesse feito de embaixador do espírito Aloha nós hoje éramos todos pescadores e esta revista era sobre caça submarina. Que venham os Justin e os Nuande, que haja mais Dapins e Sacas querendo ir para fora, só correndo riscos é que se ganha, só procurando é que se pode encontrar. Nacionalidade no surf é pura burocracia. Abram os campeonatos a quem quiser competir e deixem as ondas escolher os seus habitantes. Se o Marlon Lipke ganha lá fora é alemão ou português? O Eric Rebiere é brasileiro ou europeu? A única nacionalidade de um surfista é o mar, o resto é papelada.


Post publicado na revista
ONFIRE


PA


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