domingo, janeiro 31

e, por falar no passado do futuro,

Aqui fica "une pièce de résistance"


daqui: Mario Roberto Caricaturas Cartoons sucessores Lda, claro, no Facebook

O futuro tem um passado *



As comemorações do Centenário da República começaram hoje, no Porto, com uma série de iniciativas das quais destaco a exposição - Resistência. Da alternativa republicana à luta contra a ditadura (1891-1974) no Centro Português de Fotografia, em cujo sítio podemos ler o seguinte: «A República que se instaurou há cem anos atrás está na origem da democracia em que vivemos. A construção da democracia teve um contributo essencial das lutas dos republicanos contra a Monarquia e, depois de 1910, em defesa da República. (...)».

Esta exposição é organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e comissariada por Tereza Siza e Manuel Loff.

Aguarda-se agora o anúncio do programa regional das comemorações.

* título retirado daqui

sexta-feira, janeiro 29

E porque hoje é 6ªf


Apesar de não vir reproduzido em nenhum dos diários da maior cidade dos Açores actua, hoje, no Teatro Micaelense, a Companhia Nacional de Bailado com o clássico Giselle.

Fica aqui a nota.

quinta-feira, janeiro 28

Inauguração



Em Lisboa da primeira exposição individual de João Decq na Galeria Alecrim 50, hoje, 5ª feira, às 19h00. Para ver de 28 de Janeiro a 27 de Fevereiro'10.

Um @braço da ilha...

quarta-feira, janeiro 27

Wikipedia para sempre



Há coisas que se não existissem, seríamos todos mais pobres e mais burros. Nessa categoria, a taça vai para a Wikipedia, o gigantesco milagre da Web 2.0.

Catorze milhões de artigos em 270 línguas compõem a maior colectânea de Conhecimento que o mundo alguma vez viu.

Tudo com base no mais simples conceito: se sabe, dê a saber e faça-o de graça. E não interessa quem você é. Entre e edite. Sem registo, sem login, sem BI, carta de condução, recomendação da mãezinha ou seja o que for. Uma receita para o caos e a anarquia, portanto. E assim, meio que de repente, eis que os humanos, num mês de Janeiro como este mas do ano 2001 (o conhecimento é um bom legado para contrabalançar o legado do terror), viram-se a braços com um enorme poder de fogo e… pasmem-se as hostes: não lixaram tudo.

Pelo contrário.

Criaram uma obra prima da humanidade abastecida por uma fonte inesgotável – o poder do conhecimento de milhões e milhões de pessoas ao serviço do conhecimento de outros tantos milhões e milhões de pessoas.

É por isso que me alegro por saber que “they did it again”: na já tradicional angariação de fundos de final de ano, a Wikimedia Foundation, a fundação sem fins lucrativos que gere a Wikipedia, conseguiu ultrapassar as expectativas e arrecadou uns fantásticos 7.5 milhões de dólares. Dinheiro integralmente doado pelos tais milhões de pessoas no mundo que todos os dias produzem a Wikipedia, à borla, para que a Wikipedia possa permanecer gratuita e livre de publicidade.

Apetece dizer como uma senhora colombiana, que doou 10 dólares para esta causa maior do conhecimento:

Ojalá todo funcionara como Wikipedia: hecho por la gente, para la gente.

Agente Provocador



O Agente retoma as emissões das 4fs ao som do Sargento Zundapp, o convidado desta semana, também conhecido por Mariachi. Na 2ª hora a actualidade musical, política e mundana assume o comando. Para ouvir depois das 22h10 na Antena1 - Açores.

segunda-feira, janeiro 25

Hoje voltei a gostar de futebol

Convocatória



Convocam-se todos os sócios fundadores do 9500-Cineclube e demais interessados, para a assembleia-geral que se vai realizar hoje, segunda-feira, 25 de Janeiro, pelas 21h30, a ter lugar no Cine Solmar.

Ordem de trabalhos:
1. Aceitação de listas candidatas aos órgãos sociais.
2. Eleição dos órgãos sociais.
3. Propostas e fixação do valor das quotas.
4. Aceitação de novos sócios efectivos.
5. Outros assuntos de interesse do Cineclube.

Via 2010

domingo, janeiro 24

“Governo Sombra” para a rua. Já!

Mas, será que o há?
Se há, deve ser uma daquelas sombras cinzentas que, algumas vezes, quase se mostra para, logo depois, quase se esbater, fruto das indefinições de “transgênicos” personagens.

Mas, será que a malta ainda se lembra do que é Governar?
Se calhar sim e, como tal, não sente necessidade de o evidenciar e, muito menos, de treinar.
Será só chegar, e vencer! E o convencer? Não se sabe mas, espera-se que sim.

E se, na realidade, não há um “Governo Sombra”?
Pois, certamente não haverá “Governo Sombra” se não houver uma ideia concertada do caminho a trilhar; Se não houver uma ideia afinada para os trabalhos de limpeza do trilho; Se não houver planos para a sustentação dos taludes; enfim.

Julgo que nenhum partido, que se considere habilitado a ser alternativa no governo, se pode cingir ao brilhantismo dos seus deputados, por mais habilidosos que sejam, e, muito menos, deixar-se ficar na dependência da sua capacidade retórica.

Os partidos, mediante a sua dimensão e representatividade, mediante os seus recursos e a sua vontade de futuro, deverão criar uma estrutura que lhes permita estudar – periodicamente – os vários dossiers e reunir com interlocutores privilegiados (inseridos activamente nos diversos contextos, à luz dos quais os assuntos deverão ser analisados), para que, sectariamente, sejam encontradas soluções de fundo para os problemas de fundo.

Berta Cabral faz um “discurso-brilhante-e-sem-guião” e deixa empresários embevecidos com a “Sua Visão” para o futuro dos Açores.
E o resto? Onde está a estrutura na qual ela se possa apoiar para que possa “make it happen, instead of make believe”?
Pode parecer um discurso redondo, revisitado e banal mas, precisamos todos de nos capacitar de que isto não é trabalho para uma pessoa só!

Não obstante tudo o que se tem escrito e dito sobre “Governos Sombra”, vejo neles, para além de uma grande oportunidade para se aproximarem verdadeiramente do “país real”, a oportunidade de melhorar o trabalho dos “Governos em Exercício”. Infelizmente na política, este tipo de dialéctica dificilmente se pratica.

quarta-feira, janeiro 20

PSD

...
Os druidas do horóscopo político da TV, e mais uns quantos politólogos do calibre do "zandinga", vaticinam em 2010 o fim do mundo para PSD. Num cenário apocalíptico tivemos até alguns oráculos, veneráveis e também geriátricos, a profetizar o "suicídio colectivo" do partido. Tudo isto e muito mais à conta de uma pretensa "balcanização" do Partido ! Ora, só um partido como o PSD é que consegue congregar em equilíbrio tantas e variadas facções sem se desintegrar. Sabemos nós que há outros partidos que optam por mimetizar, com a máscara da democracia, a praxis de deificação do líder à semelhança dos Césares de outros tempos. Se o PSD é um partido em crise, para fazer uso do léxico destes anos zero, como explicar que sejam cada vez mais os pretensos candidatos a líder ? Na carteira de personalidades disponíveis não falta ao PSD pessoas com perfil para credibilizarem a política e colocar no mercado de valores uma alternativa ao País. De Passos Coelho a Marcelo Rebelo de Sousa, passando pela circunstância de Aguiar Branco, ou até nas escolhas mais radicais de Paulo Rangel ou Rui Rio, logo se percebe que este não é um partido de um homem só. Neste momento é apenas de Manuela Ferreira Leite que vê o seu prazo de validade na liderança encurtado pela possibilidade de um congresso extraordinário a ter lugar pela iniciativa de Santana Lopes. Alberto João Jardim, recorrentemente vilipendiado nos sítios do costume, veio deixar nota de um pressuposto essencial : a realizar-se um congresso extraordinário, mais do que eleger um líder, a reunião magna do PSD deve servir para convocar as bases para os desafios do partido em vez de ser apenas uma reunião de notáveis. As bases são fundamentais para as próximas encruzilhadas do PSD. Não haverá, nem há, uma crise de liderança no PSD, mas sim um caminho a percorrer no eixo ideológico em que o partido se quer posicionar. O PPD/PSD terá que centralizar no líder, seja ele qual for, a sua efectiva opção ideológica sem ser refém das ambiguidades de ora ser "centro esquerda" nos dias pares e "centro direita" nos restantes dias do calendário político. Com a esquerda cada vez mais unida em torno de um projecto social global para a sociedade portuguesa é tempo do PSD se afirmar ideologicamente, até porque, em termos sociológicos, garantem-nos os cientistas sociais que a proveniência da sua base eleitoral é sociologicamente de direita. O país merece um partido que não tenha pruridos de reclamar a dinâmica da "burguesia" e a ambição dos empresários na busca de um investimento no país que não seja especulativo, mas que seja produtivo, honrando o hino "paz, pão, povo e liberdade".

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

Agente Provocador



Hoje o Agente dá espaço ao desporto na Antena1 - Açores. A emissão das 4fs regressa na próxima semana.

terça-feira, janeiro 19

Não existem varinhas mágicas




Pico do Ferro - Furnas, Jan'09

Nunca como agora se investiu tanto na preservação e na valorização ambiental nos Açores. Simultaneamente, nunca como agora a pressão em torno de áreas sensíveis foi tão evidente. Se no passado a sensibilização para o espaço que nos rodeia passava relativamente despercebido, ignorado ou mesmo menosprezado, nunca a atenção em prol da defesa da causa ambiental esteve, como agora, na ordem do dia.

Mesmo e apesar de algumas melhorias, quer no espaço físico, quer nas mentalidades - fruto das inúmeras campanhas institucionais em torno da sensibilização para a necessidade de Reduzir, Reutilizar e Reciclar, sob responsabilidade governamental e de várias entidades privadas, nomeadamente, de associações ambientais, de Ecotecas e das Escolas - assistimos, ininterruptamente, a quem transgrida (in)conscientemente o espaço físico que nos circunda.

Vem isto a propósito da visita que o grupo parlamentar do Partido Socialista efectuou, na semana passada, às obras na Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, na margem da lagoa e nos terrenos, junto ao Pico do Ferro, onde decorre a acção mais significativa de toda esta vasta intervenção – a reflorestação não integral de 300 hectares com cerca de 18000 plantas, de 15 espécies, 9 das quais endémicas. A área de intervencionada é muito significativa, do ponto de vista do território, constituindo, para o Secretário Regional do Ambiente, "(...) a intervenção mais profunda em termos de alteração do uso do solo que já se fez no arquipélago (...)". O investimento global, no final deste processo de médio/longo prazo, é de cerca de 20 milhões de euros.

Neste momento combate-se os malefícios de décadas de sobreexploração agrícola junto à Lagoa das Furnas, desbrava-se terreno nunca dantes explorado, no que respeita a experiências no campo florestal, e estudam-se "alternativas à monocultura da vaca nos Açores, bem como à monocultura florestal da criptoméria", por intermédio do Laboratório de Paisagem gerido pela SPRAçores nos terrenos recentemente adquiridos.

A situação exige rigor e trabalho árduo, não vamos lá com "varinhas mágicas", nem com "milagres", como aferiu, na altura, o responsável pelo Ambiente. O processo de recuperação da Lagoa irá processar-se num tempo próprio e com este conjunto de acções integradas é pretendido "não só mitigar os efeitos de processos poluentes, como reverter a tendência de degradação da qualidade da água". Um trabalho em curso que espero, e esperamos todos, colha bons frutos.

* Publicado na edição de 12/01/10 do AO
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segunda-feira, janeiro 18

Dias Atlânticos


Alra - Horta, Nov'09

Semana de trabalhos parlamentares na Horta.
O tempo está molhado. O vento forte.
Canal, nem vê-lo.

Os dias são de recolhimento.

domingo, janeiro 17

Haiti «Como pode ajudar»



Os Açores já deram o seu contributo. Dê também o seu.

Informação detalhada de como pode e deve direccionar correctamente o seu contributo no Público.

* O apelo dos Arcade Fire

sábado, janeiro 16

sexta-feira, janeiro 15

Best Of 2009


...mais logo o AP vai para o ar com o best of de 2009. Na minha playlist lá está este Legendary Tiger Man em dueto com a também "legendária" Asia Argento.

Agente Provocador



Programa especial do Agente para os melhores discos de 2009: com as escolhas de Herberto Quaresma, João Nuno Almeida e Sousa, Alexandre Pascoal e Pedro Arruda. Votação online a decorrer no site da RDP/A. No ar a partir das 22h10.

quinta-feira, janeiro 14

À atenção da nossa cultura sorumbática

A tese é polémica - e, também por isso mesmo, pertinente.

"Pela estrada fora"...

Título estranho para este post, podem achar os leitores ou, pelo menos, os visitantes.
Na realidade, este era o título do post imediatamente anterior aqui, no blog de Alexandre Pomar.
Curiosamente – achei eu – estava em consonância com a leitura que se pode fazer do percurso de Catarina (que talvez não resulte da mesma forma depois das SCUT’s).
Não sabemos bem a onde nos leva a estrada mas, na verdade, há estradas que sabe bem percorrer.
Há estradas que proporcionam uma viagem sem mal-estar, independentemente das curvas, lombas e dos, agora frequentes, desvios.
Há estradas que, por mais que andemos, não nos levam a lado nenhum. Estas não têm qualquer graça e espera-se que não nos tragam a desgraça, também.
Há estradas que levam muita gente a muitos sítios, onde andamos todo o dia, para frente e para trás.
Mas as estradas que mais me fascinam são as estradas do nevoeiro. Aquelas, nas quais, uma primeira abordagem nada deixa ver mas, à medida que vamos avançando, à medida que nos vamos embrenhando no manto que nos envolve, vamos fazendo grandes descobertas.
Estas são as minhas preferidas e nestas tenho encontrado a Catarina

Serão os "Loucos de Lisboa"?

Ou será a vingança do chinês?

“Comunas”, tomem lá disto!


Dizem que veio do Brasil mas, é tão má, tão má, que me parece encomendada pelo "maderense".

Inauguração



Site Galeria Fonseca Macedo

A tirania dos afectos

...
Nas malhas que a história tece trocam-se bandeiras de acordo com a moda da estação. Paradoxalmente anos de pública manifestação de orgulho gay e lésbico, pela afirmação da diferença e respeito por esse território, foram, por decreto, arquivados. Em sua substituição ergue-se agora a bandeira de um igualitarismo postiço com a consagração do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Nesta sanha de lutar contra o país real a Assembleia da República transformou-se num circo mediático acentuando a "crise conjugal" que mantém com a nação que, infelizmente, há-de terminar em divórcio. Curiosamente, numa época de crise generalizada, incluindo a do casamento como instituição, a Assembleia da República ficciona o assento de casamento como passaporte para a felicidade individual dos nubentes. Mas, também como passo para a nossa felicidade colectiva como se a bênção republicana do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos tivesse retirado das trevas e de anos de atraso civilizacional. O clima de festa foi tal que a jubilação na Assembleia da República evocou nos mais excitados a revolução de Abril que, presuntivamente, também neste capítulo estava por cumprir. O certo é que depois da boda e do copo de água acaba a festa, e a realidade é que também o casamento gay e lésbico entrou em crise nos Países onde foi legalizado. Espanha é disso um bom exemplo estatístico e uma lição de que não é só pela "letra de lei" que se sentencia a tolerância ou se põe termo à discriminação.
Nesta, como noutras realidades da vida, o bom senso deveria prevalecer para a protecção dos direitos que efectivamente carecem da tutela jurídica. Nesse caminho, por exemplo, a proposta do PSD da "união civil registada" permitia uma legítima extensão de direitos tão simples como a possibilidade de declaração conjunta de rendimentos, até aos mais comezinhos direitos no âmbito das relações laborais no que respeita à gestão comum de férias, faltas e licenças. Não excluía direitos de maior densidade patrimonial e obrigacional, nomeadamente, no domínio das sucessões, na protecção social em caso de morte e na garantia da tutela da "casa de morada de família". O Partido Socialista, de costas para o país real, e a reboque do Bloco de Esquerda, preferiu acrescentar mais uma rosca na máquina da sua engenharia social impondo a Portugal, até nos costumes, um Estado "padronizador". Congregou a esquerda "do contra", que faz sindicato quando convém à sua cartilha, e diz que é pelas liberdades e pelos direitos "politicamente correctos", mas decide unilateralmente contra as mesmas liberdades e direitos dos "outros", por exemplo, sentenciando o arquivo de cerca de 100 mil assinaturas, recolhidas por cidadãos no movimento cívico Plataforma Cidadania e Casamento, que reclamavam um amplo debate e até um referendo nacional sobre esta matéria de interesse social. Com efeito, o casamento civil não é apenas um contrato, mas uma instituição secular que não devia ser violentada por mero decreto. Mas, como já se percebeu, por detrás, desta agenda não está apenas a luta por um "direito cívico" mas também uma "causa" contra o modelo de sociedade vigente. Mas, se é esta a via do igualitarismo não tarda, e nada obstará, ao reconhecimento legal da "poligamia", à regulação da "poliandria", praticada ainda em certas latitudes, enquanto união conjugal em que uma mulher tem, legalmente, dois ou mais maridos, ou se quisermos uma aproximação mais moderna o Estado poderá padronizar a "poliamoria" enquanto rede social de uniões plurais sem constrangimentos de género ou de vínculos formais. Num país aberto ao mundo e ao cosmopolitismo também estas "questões fracturantes" merecem tutela jurídica. Reconhecer, por exemplo, as uniões polígamas existentes em determinadas franjas das nossas comunidades afro-emigrantes não seria um acto de justiça e de progresso civilizacional? Claro que sim, mas porventura não estaria em sintonia com os "nossos costumes" e, apesar destes serem cada vez menos uma "fonte de Direito", não será por "decreto" que a sociedade muda ou interioriza como igual outras realidades que são diferentes. Nesta procissão de equívocos já se percebeu também que o passo seguinte, por "escrúpulo democrático", será a invocação do direito à adopção pela comunidade gay e lésbica. Mais um retumbante equívoco na medida simples de que ninguém tem o direito a adoptar. A adopção é um direito exclusivo das crianças que deve ser ponderado no exclusivo e concreto interesse das mesmas, independentemente da orientação sexual e capacidade parental de quem quer recorrer à adopção. E que dizer da exigência destes novos casais de terem direito à procriação medicamente assistida? Terá este Estado omnipresente também uma solução para legislar sobre a actividade filantrópica das "barrigas de aluguer"! Como vivemos numa tirania de afectos tudo é possível em nome do amor.

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

quarta-feira, janeiro 13

Lost



Comprei-o recentemente na Fnac em Madrid e só posso dizer que vale, como se costuma dizer, cada um dos cêntimos que custou (ainda por cima a versão espanhola traz legendas em português, o que ajuda nalgumas distracções). “Let’s Get Lost”, o documentário de Bruce Weber sobre Chet Chaker, é um portento artístico sobre a tragédia humana. O agarrado Chet envelheceu muito nos últimos anos mas parte da sua voz ainda revela, aqui e ali, alguns sinais de juventude – como se os anjos, mesmo os anjos negros, não envelhecessem inteiramente por dentro. Está tudo no filme: os primeiros anos, o deslumbre que causaram, o penteado cool, a relação com as mulheres, de quem nunca pareceu afastar-se e a quem enganava sistematicamente com os seus cantos de sereia com barba, a decadência, a desilusão que deixou na família, a forma como escolhia contar os episódios que lhe aconteceram na sua vida de junkie. Diz-se, na contracapa do DVD, que Chet era alguém que queria ser “livre como um pássaro”. Está bem, abelha. Livre como um pássaro, mas suicida como só um homem consegue ser.

terça-feira, janeiro 12

Melo Antunes homenageado em S. Miguel



Esta é uma homenagem que se impõe ao homem por muitos considerado o ideólogo do MFA e o principal autor do documento «O Movimento das Forças Armadas e a Nação» e do programa do MFA. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros durante os Governos Provisórios e o primeiro subscritor do «Documento dos Nove» no Verão quente de 1975, cuja visibilidade e reconhecimento tem sido, por vezes, minorado.

Inserido no conjunto de iniciativas alusivos aos 10 anos passados sobre a sua morte, e que têm decorrido um pouco por todo o país, está uma edição recente da Tinta da China intitulada: «A Oposição ao Salazarismo em São Miguel e em outras Ilhas Açorianas (1950-1974)», com organização de Mário Mesquita, contendo os testemunhos de inúmeras figuras que com ele privaram, nomeadamente, António Borges Coutinho, Bruno da Ponte, Carlos César, Mota Amaral, José Medeiros Ferreira, Mário Barradas, entre muitos outros.

Na apresentação Mário Mesquita escreve o seguinte: «(...) a sua acção política activa, enquanto opositor ao Estado Novo, inicia-se e desenvolve-se na ilha de São Miguel. Ernesto Melo Antunes bem merece ser designado, pelo papel cívico, político e cultural que desempenhou em São Miguel, cidadão honorário dos Açores».

Registo e aprovo esta sugestão do autor que pode e deve ser acolhida pela Região.

domingo, janeiro 10

Aviso à navegação

O Haloscan - programa onde estão alojados os comentários do :ILHAS - deixou de ser um serviço gratuito, um pequeno constrangimento que nos obrigará a um forçado upgrade. Numa primeira análise tudo indica que é possível efectuar as alterações devidas sem perda de histórico. Assim o esperamos. Pedimos desculpa pelo inconveniente, prometemos ser breves...

sábado, janeiro 9

Alguém ligou o forno convector, e pegou de cabeça antes da auto-lavagem.



Parafraseando o António Cavaco – Confrade-Mor da Confraria Gastronómica Gastrónomos dos Açores -, na caixa de comentário do Lapas, numa altura em que o restaurante A Lota mereceu uma dura crítica por parte do seu autor, a gastronomia açoriana está – finalmente – a desenvolver a massa crítica, há muito tempo desejada.

Independentemente da forma e da frequência, o que é certo e sabido é o facto de que “estas coisas” ajudam o rapaz a aprender a andar de bicicleta e a manter-se em equilíbrio sobre as suas duas rodas, apesar de, de quando em quando, acontecer uma valente estacada.

Não obstante a “dangerous liaison” entre restaurantes, comida e comensais, muitas vezes mediada por “guias” e seus críticos, é certo também que o negócio da restauração percorre, por estes dias, um trilho muito sinuoso. No entanto, para mal dos pecados dos habituais detractores, um significativo número de restaurantes nos Açores apresenta-se como uma alternativa credível, segura e compatível com a aposta feita no sector com maior potencial na nossa economia (digam o que disserem).

E, felizmente, começam a aparecer pessoas que deixaram de ansiar apenas, para passar a lutar por uma restauração capaz e por um produto gastronómico mais evoluído. Fruto das mutações sociais decorrentes da globalização, dirão outros.

sexta-feira, janeiro 8

Baleias? Nada a haver.

Até porque elas não voam.
E não se pode dizer que esta não está engraçada.

Por sua vez, o observatorio está atento.
Bom fim-de-semana a todos.

quinta-feira, janeiro 7

Eco-terrorismo



O trimarã "Ady Gil", dos activistas ambientais Sea Sepherd Conservation Society, abalroado pelo baleeiro japonês "Shonan Maru 2", durante uma acção de protesto nas águas da Antárctida.

O Japão persiste na caça à baleia para "fins científicos". A moratória que impede a caça comercial à baleia foi introduzida pela International Whaling Commission em 1986.
No Pico silenciou-se a estocada dos arpões.
Tão maior a honradez dos nossos baleeiros.

quarta-feira, janeiro 6

Aviso à navegação



Ano novo com novidades :ILHAS. Estão previstos novos escribas e o layout do blog será objecto de um lifting. Para já começam ao serviço a Lisa Garcia e o Nuno Costa Santos. Aos 2 recém-chegados um generoso: Bem-vindos a bordo!

Zuma na Caneca, parte V



O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, casou-se pela quinta vez. Coisa sequencial, agora-uma-e-depois-outra, e simultânea, a-recente-mais-as-anteriores, o leopardo africano vai casando, diz ele, ao ritmo da sua cultura Zulu.

Do palmarés contam neste momento: 3 esposas, um divórcio e um suicídio. Kate Mantsho, a segunda na linha matrimonial, suicidou-se em 2000, após o que descreveu como “24 anos de inferno no casamento”. Zuma prepara já o seu sexto casamento.

Isto da poligamia tem o que se lhe diga. A cultura acolchoa muitos argumentos, a igualdade entre géneros arma muitos outros, a moral, essa então, é sempre pródiga em “razões”.

Em Portugal muitas famílias vivem a realidade da poligamia. Sem argumento cultural que a sustenha no nosso espaço geográfico, existem famílias de outras matrizes culturais que vivem em Portugal esta realidade. O que cada um quer fazer com isso dentro de si próprio, fica com cada um.

Mas num Estado de Direito interessa ponderar: neste momento em que a nação debate a pertinência do casamento homossexual, subsiste esta outra realidade marital que no nosso país nega direitos. É que as segunda, terceira, quarta (…) mulheres dos poligâmicos residentes em Portugal, à luz do nosso quadro jurídico… não o são. Não existem como tal, perante a nossa lei. Não têm direito a reconhecimento oficial, herança, IRS conjunto, entre outros. Não têm direito a tudo aquilo pelo que se bate hoje a comunidade homossexual nesta matéria.

Low Cost

...
Notícia do Dia : "É preciso deixar que as ilhas que têm condições para receber companhias low-cost as possam receber". Quem o diz é Berta Cabral e só é pena que de imediato a líder do PSD-Açores não passe das palavras à acção apenas pela actual circunstância de não ser Presidente do Governo Regional. Uma medida que tarda e que todos querem, menos o protectorado do code share SATA/TAP que, como se sabe, apenas serve os interesses de encaixe financeiro das companhias. Por exemplo : que parceria estratégica é essa que nem permite a um passageiro fazer um simples check in sem bagagem, num voo LX/PDL, num balcão da TAP, no terminal 2 de Lisboa, porque os sistemas de "booking" das companhias não são compatíveis nem há acesso recíproco. Chamem-lhe code share que cá para nós tem outro nome.

terça-feira, janeiro 5

Blogroll



O :ILHAS e mais alguns ilhéus estão linkados no novo blog de Joana Amaral Dias e de José Medeiros Ferreira - Cortex Frontal. Um blogue para os novos tempos. A seguir...

segunda-feira, janeiro 4

...Eu hoje deitei-me assim

...


...
Este é um elixir que se recomenda para os achaques e maleitas de alguns excessos. Como um láudano acalma o nervo e umas gotinhas são mais que suficientes para prevenir alguma incontinência verborreica menos própria. O blend secreto de ervas (legais), e um toque de anis e gengibre, adoçam o bico e afinam as cordas vocais, o que é sempre útil para quem faz da oratória uma ferramenta para a sua vida. As suas propriedades terapêuticas amenizam a azia, os "maus fígados" e evitam o refluxo moendo a má digestão. Um excelente remédio que se recomenda por experiência própria. Bebida que etimologicamente é de "caçadores" também pode ser consumida pela "caça", grossa e fina, mas sempre com moderação e...obrigatoriamente servida muito gelada.
Saludos

Vamos todos "enfiar o Barreto"


Elas, as crónicas, todas juntas, até parecem fazer mais sentido.
Neste país – onde as meretrizes vivem ofendidas e onde até os moralistas, putativamente, e por amor à causa, afogam o, entretanto beatificado, ganso –, devíamos todos(!) enfiar o Barrete.

República das Bananas

É proibido falar de pobreza na Madeira
Há muito tempo, há quase 20 anos, numa ida à Madeira, recordo que existia no Funchal uma carrinha que recolhia os meninos - de Câmara de Lobos - que pediam esmola junto à Catedral. Era vê-los fugir mal avistavam os polícias. Perante estas notícias e a esta distância a minha incredulidade é ainda maior.

Uma entrada lida primeiro no AdS.

Aviso à navegação

IP address 83.240.239.126*
ISP of this IP PT PRIME
Organization MUNICIPIO DE PONTA DELGADA

Este IP* é recorrente na caixa de comentários do :ILHAS. O anonimato é um mal necessário para uns, o estado natural de uns quantos e o sal para outros. Nada particularmente relevante.

Esta entrada sinaliza apenas o facto da cobardia e da maledicência, aqui representados, possuírem um hospedeiro.

Fim de Ano em Ponta Delgada

Ando há dias para fazer uma entrada semelhante mas por razões várias tal não foi possível... Daí que faça minha esta argolada.

R.I.P.



Totalmente inesperado: «Lhasa de Sela deixou-nos, e deixou-nos alguma da tristeza mais bonita dos últimos tempos».

domingo, janeiro 3

Aviso à navegação




Novo header :ILHAS com fotos de João Monjardino do temporal destas últimas semanas nos Açores, nomeadamente, na ilha Terceira: Silveira e 5 Ribeiras (fim da tarde de 27.12.09). A gerência agradece.

Weekend Soundtracks



Enquanto esperamos pelo novo álbum dos Massive Attack - editado a 8 de Fevereiro - ficamos com o statement do video promocional de Splitting The Atom.

JANEIRO 2009

Banda Sonora de 2009 -
o ano em revista no : Ilhas
...


from Arctic Monkeys' 2009 Humbug
...
Em Janeiro de 2009 crescia a onda de participação cívica pela defesa e preservação dos nossos "spots" de surf e bodyboard. A criação da USBA – União de Surfistas e Bodyboarders dos Açores - merece destaque pela audácia da sua instalação numa maré adversa ao associativismo. Pedro Arruda, que liderou a lista que ganhou as eleições, logo no primeiro ano de actividade da sua Direcção conseguiu organizar dois eventos marcantes para a modalidade e para a projecção dos Açores : o Azores Islands Pro e a 3ª Etapa do Campeonato Nacional de Surf.


Pelo arrojo do projecto e pela forma como credibilizou o surf e o bodyboard nos Açores, sinalizando esta região como um destino turístico para a modalidade, a USBA ganha o podium de "efeméride" a destacar no mês de Janeiro.
(...)
No resto do mês assinalávamos o alastramento do lodaçal do "dossier Freeport" e os Lisboetas viam, quiçá pela vez primeira, vacas ao vivo e a cores na bizarra campanha que o Governo Regional apadrinhou. Assim, "no âmbito da BTL colocaram a apascentar meia dúzia de frísias holstein na Praça de Espanha, em Lisboa, para promoverem a imagem dos Açores ! Apre !" Nós por cá tivemos "a promessa" (cumprida) de uma nova oposição ao principado de Carlos César. Em Janeiro o XVIII Congresso do PSD/Açores foi a esperada consagração da liderança de Berta Cabral. Na região assistimos, ainda em Janeiro, a um "remake" da guerra das bandeiras com generais da república em sublevação contra o Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores que, ao longo do ano, serviu de "câmbio" nas trocas políticas entre Cavaco, Sócrates e César. Do outro lado do Atlântico, pouco tempo depois, tomava posse Barack Obama como Presidente dos USA, empossado por "inerência" com o fardo de salvador do mundo. Como se viu apesar de santificado, e "nobilizado" com a palma da paz, Obama ainda não faz milagres e na "terra santa" o caudal do rio de sangue engrossa cada ano que passa. No médio Oriente não há milagres mas há "partidos" a tomar e nesta guerra há muito que milito pela causa de Israel e, talvez motivado pelo fervor ideológico da causa sionista, assinei em Janeiro de 2009 um post "por Israel" que revejo,em 2010, sem vontade de alterar uma linha que seja.

sábado, janeiro 2