sábado, junho 30
Incontinências
sexta-feira, junho 29
MA 2007
Boas vozes, bons arranjos e um bom e transversal alinhamento (da clásssica, ao jazz, à pop) garantiram o sucesso de um concerto ideal para abertura do festival MusicAtlântico.
Apesar disto, a minha maior aposta neste festival vai para os regressantes "L`Arpeggiata", no próximo dia 3, de quem guardo excelentes memórias do concerto de 2004.
quinta-feira, junho 28
Desporto para todos
Na verdade, apesar de o futebol ser rotulado como o "desporto rei" não é menos verdade que esse dogma "classista" actualmente apenas se presta a perpetuar um tratamento de desfavor em relação às demais actividades desportivas. A realidade quotidiana demonstra que a actividade desportiva, competitiva ou de lazer, não se esgota nas quatro linhas e numa bola de futebol. Nesse sentido basta evocar a realidade Açoriana com 20.000 atletas federados dispersos por 45 Associações e 322 Clubes. Assim, nos Açores, o índice de prática desportiva federada ronda os 8%, ao passo que na Madeira é de 6% e no Continente queda-se por meros 3%. Esta demografia desportiva é preponderantemente alimentada por jovens pois 75% dos atletas federados têm menos de 18 anos. Contudo, o desporto é para todos, dos 7 aos 77 anos, justificando a nível da Direcção Regional do Desporto um investimento anual de aproximadamente 13 milhões de Euros. Trilhando o mesmo caminho as Autarquias Locais são também parceiros privilegiados dos agentes desportivos. Serve de exemplo a maior Câmara da Região pois Ponta Delgada, apenas no último quadriénio, investiu neste sector cerca de 12 milhões de Euros. O que se espera é que tais valores sejam equitativamente distribuídos pois o potencial desportivo desta região não se esgota em promissoras revelações da "bola" e em futuros craques feitos à imagem e semelhança de Pauleta. O que muitos ambicionam é que o desporto seja muito mais do que competição e jornada futebolística e seja, para todos, um estilo de vida.
joaonuno@jornaldiario.com
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JNAS na edição de hoje das crónicas digitais do jornaldiario.com
:agenda
quarta-feira, junho 27
Reporter X
A publicação literária nos Açores, nos últimos 20 anos, passou, de forma incontornável, pela chancela da editorial Salamandra e pelo empenho do seu editor Bruno da Ponte. Desde que a Salamandra suspendeu o capítulo da edição, temos assistido ao decréscimo de publicação de obras de escritores açorianos ou, pelo menos, de uma parte significativa dos chamados “escritores açorianos”. Esta é uma denominação que transporta em si mesma inúmeros anticorpos e é, eventualmente, ambígua, mas esse é um factor que quero relevar, dando mais ênfase ao carácter criativo associado à publicação da obra escrita e menos à análise do produto final ou à origem do criador-criativo.
Neste sentido, e por via do contacto sistemático com quem publica e edita cultura em São Miguel e nos Açores em geral, os proprietários da Livraria Solmar, José Carlos Frias e Helena Frias assumiram, eles próprios, a tarefa de editar a literatura que cá se faz. Os objectivos primeiros prendem-se com a divulgação da obra literária Made in Azores, estando igualmente implícita a sua difusão e sedimentação no mercado nacional, por via de uma sólida distribuição, bem como uma edição cuidada e que pretende ser sensível aos critérios editoriais e do design.
No passado dia 21 de Junho, a Editora Artes e Letras efectuou a sua apresentação pública na Livraria SolMar. Como forma de marcar esse momento, a estreia juntou-se ao lançamento do romance da autoria do jornalista e escritor Carlos Tomé, intitulado "Morreremos Amanhã". A obra evoca os fantasmas dos antigos combatentes do ultramar, os quais, parafraseando Daniel de Sá, “continuam na memória dos sobreviventes, muitos deles suportando uma estranha espécie de remorso por estarem vivos. Com o espírito atormentado depois da tortura dos combates”.
Num tempo difícil para o mercado do livro (apesar das estatísticas apresentarem um aumento significativo do número de leitores em Portugal!), e em que, devido à acentuada crise económica, o consumo de produtos culturais tende a ser menor e a ser uma das áreas de actividade que mais sofrem com o corte no orçamento familiar, a proposta da Solmar - que tem paralelismo com algumas pequenas editoras nacionais, em termos de definição de um nicho de mercado específico - é, a todos os níveis, uma iniciativa arrojada e merecedora de incentivo.
* publicado na edição de 26/06/07 do AO
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*** Foto Livraria Solmar
terça-feira, junho 26
a:termita
segunda-feira, junho 25
Alta Fidelidade
Novidade pela fresquinha e altamente recomendada a todos os camaradas-blogueiros-obtusos-comentaristas-belicosos...P(e)ace!
parabéns, pá.
domingo, junho 24
incontinências
CineClube
quinta-feira, junho 21
quarta-feira, junho 20
coisas realmente importantes
PARTE I - Direitos e deveres fundamentais
TÍTULO III - Direitos e deveres económicos, sociais e culturais
CAPÍTULO II
Direitos e deveres sociais
(...)
Artigo 64.º
(Saúde)
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos;
d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;
e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;
f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.
GRANDE ÉCRAN
Hoje, "Fay Grim" de Hal Hartley
«Fay Grim» é também o nome da personagem principal, representada pela bela, sensual e talentosa Parker Posey, que, pouco pretensiosa, desempenha o papel central numa super conspiração internacional. Pelo meio tem de ser mãe de um adolescente a atravessar os problemas naturais desta fase do crescimento.
O tom da trama é sempre muito divertida, mesmo quando não é essa a intenção do autor. Essa é a principal lacuna deste registo, pois o filme nunca é levado a sério pelo público. Visiona-se «Fay Grim» com plena abertura para as ideias e atmosferas de ironia face à política internacional, num mundo marcado pela ameaça do terrorismo e, a certa altura, temos a sensação que o registo ambiciona a tragédia. Quando o desfecho final se deslumbra, estala o verniz e alguma da química desaparece ao cair do pano.
O filme está carregado de boas interpretações. Jeff Goldblum está encantador e como à muito não o víamos. E Hartley é mais um cineasta a converter-se ao digital: «Fay Grim» adquire um estilo próprio, com uma junção de retratos digitais a fazer resultar cada sequência numa pose artística. A narrativa linear e pouco confusa com mirabolantes diálogos, que fazemos questão em escutar e decifrar, e muito humor camuflado são componentes de um filme bem pensado para entreter e envolver o público presente."
JORGE PINTO (Cinema2000)
Os liberticidas e a IVG obrigatória !
Paradoxalmente, mas sem surpresa, a inteligentzia bem pensante da capital já se indignou com o corpo clínico do colégio de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Ponta Delgada que, no exercício de um direito fundamental à sua liberdade de consciência, objectou em bloco à realização do aborto a pedido. Curiosamente, a "turba" que durante a campanha para a despenalização da IVG a pedido invocava, em defesa do "Sim", a liberdade de consciência das mulheres é agora a mesma que se indigna com a objecção de consciência expressa pelos médicos que se recusam a executar um feto até às 10 semanas ! Mais do que activistas a favor do aborto a pedido, ou de qualquer outra "causa fracturante", esta intelectualidade de esquerda é, e sempre foi, visceralmente liberticida.
Por princípio são fervorosos paladinos dos Direitos, Liberdades e Garantias…desde que se trate dos "seus" direitos e daqueles que professam a mesma fé ! Quando toca aos Direitos Fundamentais dos outros, e no domínio da consciência alheia, o verniz estala e o autoritarismo da cartilha Socialista emerge. Quem lê por esta cartilha, não só se indigna no caso em questão com o uso do estatuto do objector de consciência, como ainda se presta ao habitual remoque daqueles que, em consciência, têm opinião dissidente, retratando-os como seres atavicamente retrógrados. Assim, a bem do aborto a pedido, enxolhava-se sem piedade o Direito Fundamental da liberdade de consciência demandando a prostração dos médicos objectores a um suposto dever de colaborar com a exequibilidade da nova lei da IVG! É a mentalidade colaboracionista no seu pior.
Com zelosa devoção ideológica à causa do aborto a pedido estes torcionários da liberdade de consciência exigem que o Estado recrute para os serviços de obstetrícia e ginecologia do "Hospital do Divino Espírito Santo", e outros similares, "médicos não objectores", organizando os serviços e o quadro clínico em conformidade com a IVG a pedido. Pouco importa que tal engenharia social seja contrariada pela Constituição que, expressamente, prevê que ninguém pode ser privilegiado ou beneficiado em função das suas convicções políticas ou ideológicas. Pouco importa que a organização e recrutamento não se faça em função do mérito clínico, mas sim a reboque de uma mentalidade que pouco preza a liberdade de consciência. O que importa é, a todo o custo, organizar uma "milícia" de "médicos não objectores" que façam cumprir, mesmo à custa da Constituição, a nova lei da IVG. Por este caminho não tarda vão pugnar pela IVG Obrigatória!
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicas digitais do jornaldiario.
segunda-feira, junho 18
Jukebox
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Peek a Boo é um excelente título para um blog melómano. Rui Gamboa registou a patente e com a nostalgia dos idos da década de 80, promete construir um blog com muitas e boas recordações musicais. Com engenho, e irreprimível bom gosto, faz uso das ferramentas do youtube e das playlists da net. O blog já está na minha lista de favoritos e prevejo que será de visita recorrente. Quanto ao hit "Peek a Boo" foi um dos mais meteóricos e bizarros êxitos de uma banda "fantabulástica" que rolava com o nome, não menos peculiar, de Siouxsie and the Banshees ! Formada em 1976, nos tumultosos anos do movimento Punk, extinguir-se-ia em 1996. Mas ficou a memória indelével da voz e carisma de Siouxsie Sioux, princesa gótica habitualmente embrulhada em látex ou em sugestivos trapos de cabedal em descarada pose fetichista. O clip de "Peek a Boo" não deixa de ser um exemplo desse universo bizarro em que se movia a pestanuda Siouxsie Sioux e o seu insubstituível look de Louise Brooks ! Resta-nos esperar que Rui Gamboa, mais a sua Jukebox, saiba prestar a devida veneração e o merecido tributo a um ícone mítico da música dos anos 80.
posted by João Nuno Almeida e Sousa
domingo, junho 17
CineClube
sábado, junho 16
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sexta-feira, junho 15
Galeria de Vaidades
Mel Ramos (1935- )
Virnaburger, 1965. Óleo sobre tela, 152x127 cm
Se calhar não tem nada a ver, pois Virna é nome razoavelmente comum nos Estados Unidos da América, mas sempre imaginei o título desta pintura como uma homenagem à perturbante Virna Lisi que, depois dos seus cinco minutos de fama em Hollywood contracenando com Jack Lemon e Tony Curtis nos anos de 1965 e 1966, foi escolhida para interpretar o leading role no filme Barbarella. Saudosa da pátria, Virna Lisi declinou o convite e voltou para Roma, deixando assim caminho aberto a Jane Fonda para se tornar o primeiro sex symbol da geração pop. Quem já viu o Barbarella sabe perfeitamente do que estou a falar. E assim procuro, caro Alexandre, penitenciar-me do meu deficit de Cherchez la Femme, mas, para te ser sincero, este post é mais uma expressão de benfiquismo. É que o proprietário do Virnaburger chama-se Joe Berardo. Abriu os noticiários da noite com a sua OPA sobre o Benfica e, como se já não fosse pouco, com o seu co-financiamento do estudo alternativo à Ota. Há um certo Portugal bem pensante que se arrepia com os erros de sintaxe do Sr. Berardo, eu não. Há um certo Portugal bem pensante que se inquieta com o protagonismo financeiro, cultural e, agora, social, do Sr. Berardo, eu não. Desejo-lhe as maiores venturas, sobretudo depois de o ter ouvido hoje no Jornal das 9. E daqui lhe lanço um apelo: leve o Virnaburger para o Estádio da Luz. Lá quanto a contratações de pontas de lança não arrisco palpites, mas de uma coisa estou certo: o Benfica é um clube popular e a pop art, como o nome indica, também. Organize pequenas mostras da sua colecção no Estádio da Luz, Sr. Berardo, e faça assim aquilo que nenhum ministro da Cultura até hoje conseguiu: aproxime a Arte Moderna do Portugal mal pensante. Viva o Benfica.
Desculpe, importa-se de repetir!?.
quarta-feira, junho 13
Centralismo e Poder Local
No ano em que se comemoram 30 anos de Poder Local Democrático a Associação Nacional de Municípios Portugueses vai realizar, nos dias 15 e 16 de Junho, em Ponta Delgada, o seu XVII Congresso Nacional. Sobre o poder local recai o paradoxo de, por um lado, ser subsidiariamente o elo mais forte para a execução de determinadas atribuições Estaduais e, por outro lado, ser o elo mais fraco do Estado na transferência dos correspondentes meios financeiros, materiais e humanos.
Como se sabe, o Estado tem vindo a descentralizar atribuições e competências para as Autarquias Locais sem as guarnecer dos respectivos meios financeiros e adequados recursos humanos. Como se tal não bastasse o actual Governo da República cuidou de aprovar uma nova Lei das Finanças Locais com nefastos efeitos na quebra dos valores reais das receitas municipais. As consequências a longo prazo são as perversas clivagens no agravamento das assimetrias regionais minando a coesão territorial e social. Contudo, apesar do retrocesso Constitucional, designadamente, na dignificação do principio da descentralização e da autonomia do poder local, o Estado do "terreiro do paço" continua a sua sanha de transferência de competências, desta feita em domínios estruturais como a Acção Social a Educação e até a Saúde ! Contudo, o Estado do "centralismo" não quer de todo perder a força centrípeta do seu poder.
Logo, de modo algo bipolar, do mesmo passo que transfere responsabilidades, encargos, atribuições e competências para os municípios cuida de manietar a autonomia financeira dos mesmos. Dito de outro modo, dá com uma mão aquilo que de soslaio retira com a outra. A sintomatologia dessa mania é vasta mas, para o que importa, basta recordar, por exemplo, a diminuição nominal e real imposta pela Lei das Finanças Locais; a alteração anual e enviesada da mesma por via das sucessivas Leis do Orçamento de Estado; a proibição de consolidação de dívidas municipais de curto prazo; a dilação do prazo de transferência de receitas fiscais para os Municípios que, sendo destes, são cobradas pelos serviços centrais do Estado; os limites com as despesas com pessoal, apesar dos recursos humanos serem indispensáveis para a exequibilidade do novo "pacote" de transferência de atribuições e competências.
Porém, as disfunções do Poder Central não se quedam pela lenta asfixia do poder local. Vão ainda mais longe emparelhando com a tendência da saison cujo tom geral é a desqualificação e a indignidade do trabalho dos eleitos locais. Nesse sentido, não poderia estar mais na moda a recente colecção justicialista do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local que já anunciou para a próxima estação uma nova Lei da Tutela Administrativa, designadamente, "para que seja imposta a suspensão de mandatos a autarcas que sejam constituídos arguidos". À semelhança do garrote financeiro também aqui o Governo do Partido Socialista faz tábua rasa da Constituição da República Portuguesa. Com efeito, de uma só penada violam as garantias Constitucionais da presunção de inocência, o primado da separação de poderes e ainda o direito fundamental à igualdade pois a regra a ser criada é dirigida unicamente aos autarcas !
Com estes dados o XVII Congresso Nacional da ANMP será de afirmação do princípio Constitucional da Autonomia do Poder Local e da libertação das peias centralistas que, em última instância, penalizam a prossecução dos interesses próprios das respectivas populações. Ponta Delgada, com o simbolismo da sua tradição Autonomista, é assim a natural anfitriã da Magna Reunião do Poder Local.
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João Nuno Almeida e Sousa in crónicas digitais do jornaldiário....
terça-feira, junho 12
VideoClube
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O país político afia as facas para os despiques eleitorais que se avizinham.
Lisboa - a cidade falida e ingovernável, assiste malogradamente à luta dos interesses que populam os diferentes quadrantes partidários: uns, poucos, mais nobres, os outros, a maioria, nem por isso. Apenas a conquista do poder importa.
A OTA, cuja construção definirá o rumo da nação em prol do desenvolvimento do rectângulo pátrio, passou a ser o novo desígnio nacional. Se no passado foi o Mar, no Futuro porque não o Ar? Razão? Prioridades? Estudos? Sim, claro. Todos têm um projecto e um conceito (que popularmente se chama - Ideia!) a apresentar. E de um momento para o outro são todos engenheiros e projectistas. Pudera!
A Região vive distante das notícias que abrem os telejornais (e felizmente que assim é, pois quando somos notícia, ou foi declarada uma guerra ou morreu alguém), sem no entanto descurar a politiquice interna sujeita à intrínseca luta partidária.
Recentemente, o líder da oposição foi constituído arguido no processo Portucale, um caso que envolve suspeita de tráfico de influências para a aprovação de uma unidade hoteleira do Grupo Espírito Santo em Benavente, na altura em que foi ministro da Agricultura do governo de Santana Lopes.
Neste, como em outros casos, em política, convém não utilizar armas de arremesso quando existem tantos telhados de vidro. Ninguém é culpado ou inocente até prova em contrário e essa decisão cabe aos tribunais tomar.
No entanto, os políticos em exercício deviam retirar desta e de outras situações ensinamentos para a sua conduta política, de forma a devolverem à Política e aos Políticos a credibilidade perdida e contra a qual são desferidas, quase diariamente, (in)justas críticas populares.
O discurso e o debate públicos têm de ser nivelados em alta - a bem da Democracia!
* publicado na edição de 12/06/07 do AO
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*** Foto O Grande Estuário
segunda-feira, junho 11
CineClube
a:termita
Monday(s) not so Happy
domingo, junho 10
sábado, junho 9
sexta-feira, junho 8
O Dia Internacional dos Oceanos celebra-se hoje para que não se esqueça a preservação daquele que é um dos recursos mais importantes para o equílibrio Global (extracto video de Le Grand Bleu).
quinta-feira, junho 7
:agenda
quarta-feira, junho 6
Para memória futura
…
No dia 6 de Junho de 1975 milhares de pessoas encheram as ruas de Ponta Delgada. Sob o grito "Lisboa escuta, os Açores estão em luta" acabaram por reclamar a independência dos Açores. Hoje, temo que o 6 de Junho de 1975 seja esquecido. Não creio que algum dia se faça Justiça ao movimento separatista Açoriano e ao episódio da manifestação de protesto da lavoura Micaelense que acelerou o "processo autonómico". Não é sequer de esperar que se condene institucionalmente a deriva totalitária que, nos idos do verão quente do PREC, reintroduziu por cá o encarceramento por delito ideológico. Lastimo, na verdade, que o 6 de Junho de 1975, seja arredado para as sombras dos prosemas de ocasião em laudatórios hinos à "açorianidade", na companhia de Vitorino Nemésio, ou de outro qualquer ilustre paladino da utopia radical da Liberdade destas ilhas. Ora, num tempo em que se trocam "medalhas" de mérito insular, elevando a comendadores da "pátria" Açoriana "arqui-inimigos" de outrora, não era já tempo de institucionalmente a Autonomia prestar homenagem ao movimento do 6 de Junho de 1975?
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in crónicas digitais do jornaldiario
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posted by João Nuno Almeida e Sousa
Bela Fema *
* o lado Y do Cherchez la Femme
segunda-feira, junho 4
Vox Populi
Pascal Hausermann
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Coronel Tapioca
"Seria mais fácil que o império português voltasse a se instalar no Brasil do que o governo da Venezuela devolver a concessão, que já terminou, a uma emissora da oligarquia".
Hugo Chávez, presidente da Venezuela, ídolo da esquerda lupanar, em resposta à moção do Congresso Brasileiro rogando a renovação da concessão da Rádio Caracas Televisión.
Excelentíssima alimária
"A Directora, ou melhor a Excelentíssima Senhora Directora (não vá ela levantar outro processo) , parece saída de um Portugal que julgávamos passado : o país das paredes com ouvidos, do respeitinho é muito bonito e daquilo que Alexandre O´Neill chamou "o modo funcionário de viver"."
Carlos Fiolhais, no Público.
"Coltura"
"Nunca se gastou tanto em “cultura” e nunca a cultura foi tão universalmente desprezada."
Vasco Pulido Valente, no Público.
Forças de bloqueio ?
"70 a 80 % dos ginecologistas e obstetras são objectores de consciência para a IVG"
Público, capa da edição de Sábado 2 de Junho.
Caritas versus Lenine !
"Uma esmola dada a um pobre é mais um dia de atraso na revolução", terá dito Lenine ou um dos seus amigos. A esquerda viveu sempre em combate contra a caridade."
António Barreto, no Público.
Scary indeed.
"Leio jornais de Portugal, sabe Deus ou Freud a razão. E assusto-me, assusto-me a ler que em Portugal um professor do ensino secundário é, em 2007, perseguido e suspenso por ter dito uma piada sobre o patético e vergonhoso curso de engenharia de Sócrates, Primeiro-ministro de Portugal. E quase todos se calam? E ninguém está incomodado? Sem revolta? Explico melhor: assusto-me com um povo ignorante, de cócoras, cheio de medo, sem liberdade, honra ou dignidade."
António João Correia, no Resistir.
...Há coisas fantásticas !
"Ilhas (www.ilhas.blogspot.com) em blogue, porque é divertido, elucidativo e raramente confrangedor."
Zuraida Soares, nos marinheiros na net do expresso das nove
...não há ?
"Berta Cabral tem na verdade, critique-se ou não a forma de exercício de poder, um poder executivo que os Açorianos valorizam. Cada vez mais. Tem trabalho feito, bom ou mau, não interessa, mas tem um poder executivo que pode demonstrar a capacidade de liderança e de condução de um projecto seja ele qual for"
Nuno Tomé, no Açoriano Oriental.
Reporter X
Os Açores estão em fase de mutação acentuada. O crescimento, principalmente o relacionado com a construção civil, tende a modificar invariavelmente a morfologia e a tipologia da construção dos aglomerados urbanos e rurais das ilhas.
Em São Miguel assistimos ao anúncio prolífico de múltiplos investimentos na área do turismo e das acessibilidades, sempre com uma receptividade entusiástica (!?). No entanto, e em Ponta Delgada, enquanto se constrói uma malha suburbana pouco qualificada e descaracterizada urge olhar um centro histórico que asfixia por via do excesso do tráfego automóvel e das dezenas de imóveis decadentes, em ruínas e à mercê da pouca escrupulosa especulação imobiliária. Assistimos ao êxodo das populações rurais à cidade e das outras ilhas para São Miguel. As Scuts, em vias de efectivação, vão apenas multiplicar os casos de abandono dos locais de origem e não aproximar os concelhos longínquos. O desenvolvimento nunca será igual a todas ilhas e a todos os concelhos. Esse é um equívoco autonómico que ninguém assume. Obviamente que o investimento público deve pautar-se pela melhoria qualitativa das condições de vida das populações das zonas mais isoladas, onde a insularidade nos toca a pele, mas nunca assumir-se como um coeficiente desculpabilizante.
O ambiente constitui uma riqueza finita cuja preservação é urgente. No entanto, quando se tenta implementar (felizmente há cada vez mais sensibilidade e consciencialização governamental) medidas que promovem a guarda dos bens públicos e privados associados ao meio ambiente não faltam o inevitável rol de críticas primárias (ler edição de 27/05/07 do Açoriano Oriental sobre as recomendações do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) da costa sul de São Miguel).
A riqueza dos Açores reside na identidade idiossincrática que popula estas ilhas. Há que preservar a todo custo as diferenças que nos aproximam, de modo a que hegemonização imposta pela capitalização global não anule aquilo que tanto valorizamos mas tendemos a negligenciar.
* publicado na edição de 28/05/07 do AO
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domingo, junho 3
weekend postcards
sábado, junho 2
Top of the Pops
Go your own way, dos Fleetwood Mac, foi a música que saiu dos amplificadores quando Bill Clinton e Al Gore subiram ao palco para celebrar a sua primeira vitória nas Presidenciais americanas de 1992. Vira o disco e toca o mesmo?