O País Político *
O país político afia as facas para os despiques eleitorais que se avizinham.
Lisboa - a cidade falida e ingovernável, assiste malogradamente à luta dos interesses que populam os diferentes quadrantes partidários: uns, poucos, mais nobres, os outros, a maioria, nem por isso. Apenas a conquista do poder importa.
A OTA, cuja construção definirá o rumo da nação em prol do desenvolvimento do rectângulo pátrio, passou a ser o novo desígnio nacional. Se no passado foi o Mar, no Futuro porque não o Ar? Razão? Prioridades? Estudos? Sim, claro. Todos têm um projecto e um conceito (que popularmente se chama - Ideia!) a apresentar. E de um momento para o outro são todos engenheiros e projectistas. Pudera!
A Região vive distante das notícias que abrem os telejornais (e felizmente que assim é, pois quando somos notícia, ou foi declarada uma guerra ou morreu alguém), sem no entanto descurar a politiquice interna sujeita à intrínseca luta partidária.
Recentemente, o líder da oposição foi constituído arguido no processo Portucale, um caso que envolve suspeita de tráfico de influências para a aprovação de uma unidade hoteleira do Grupo Espírito Santo em Benavente, na altura em que foi ministro da Agricultura do governo de Santana Lopes.
Neste, como em outros casos, em política, convém não utilizar armas de arremesso quando existem tantos telhados de vidro. Ninguém é culpado ou inocente até prova em contrário e essa decisão cabe aos tribunais tomar.
No entanto, os políticos em exercício deviam retirar desta e de outras situações ensinamentos para a sua conduta política, de forma a devolverem à Política e aos Políticos a credibilidade perdida e contra a qual são desferidas, quase diariamente, (in)justas críticas populares.
O discurso e o debate públicos têm de ser nivelados em alta - a bem da Democracia!
* publicado na edição de 12/06/07 do AO
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*** Foto O Grande Estuário
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