Hoje, "Fay Grim" de Hal Hartley
"Hal Hartley veio a Lisboa, inserido no Indie 2007, apresentar o seu filme perante um cinema S. Jorge completamente esgotado. Hartley não podia resumir da melhor maneira «Fay Grim»: "um drama e uma comédia (…) onde as pessoas falam muito rápido mas que tudo faz sentido no final (...)".
«Fay Grim» é também o nome da personagem principal, representada pela bela, sensual e talentosa Parker Posey, que, pouco pretensiosa, desempenha o papel central numa super conspiração internacional. Pelo meio tem de ser mãe de um adolescente a atravessar os problemas naturais desta fase do crescimento.
O tom da trama é sempre muito divertida, mesmo quando não é essa a intenção do autor. Essa é a principal lacuna deste registo, pois o filme nunca é levado a sério pelo público. Visiona-se «Fay Grim» com plena abertura para as ideias e atmosferas de ironia face à política internacional, num mundo marcado pela ameaça do terrorismo e, a certa altura, temos a sensação que o registo ambiciona a tragédia. Quando o desfecho final se deslumbra, estala o verniz e alguma da química desaparece ao cair do pano.
O filme está carregado de boas interpretações. Jeff Goldblum está encantador e como à muito não o víamos. E Hartley é mais um cineasta a converter-se ao digital: «Fay Grim» adquire um estilo próprio, com uma junção de retratos digitais a fazer resultar cada sequência numa pose artística. A narrativa linear e pouco confusa com mirabolantes diálogos, que fazemos questão em escutar e decifrar, e muito humor camuflado são componentes de um filme bem pensado para entreter e envolver o público presente."
JORGE PINTO (Cinema2000)
«Fay Grim» é também o nome da personagem principal, representada pela bela, sensual e talentosa Parker Posey, que, pouco pretensiosa, desempenha o papel central numa super conspiração internacional. Pelo meio tem de ser mãe de um adolescente a atravessar os problemas naturais desta fase do crescimento.
O tom da trama é sempre muito divertida, mesmo quando não é essa a intenção do autor. Essa é a principal lacuna deste registo, pois o filme nunca é levado a sério pelo público. Visiona-se «Fay Grim» com plena abertura para as ideias e atmosferas de ironia face à política internacional, num mundo marcado pela ameaça do terrorismo e, a certa altura, temos a sensação que o registo ambiciona a tragédia. Quando o desfecho final se deslumbra, estala o verniz e alguma da química desaparece ao cair do pano.
O filme está carregado de boas interpretações. Jeff Goldblum está encantador e como à muito não o víamos. E Hartley é mais um cineasta a converter-se ao digital: «Fay Grim» adquire um estilo próprio, com uma junção de retratos digitais a fazer resultar cada sequência numa pose artística. A narrativa linear e pouco confusa com mirabolantes diálogos, que fazemos questão em escutar e decifrar, e muito humor camuflado são componentes de um filme bem pensado para entreter e envolver o público presente."
JORGE PINTO (Cinema2000)
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