Jantar de Blogues
Sábado, 21 de Agosto.
Estamos abertos a sugestões para o local onde realizar o repasto ( e, por favor, sem comissões...)
sábado, julho 31
sexta-feira, julho 30
Jantarada
Proposta de data para encontro de bloguistas açoricos. Dias 20 ou 21 de Agosto, sexta ou sábado.
:ILHAS
Não sei se me posso considerar editor de uma revista. Bem lá no fundo julgo que não, mas se o Pedro Rolo Duarte edita uma coisa chamada DNA e não tem vergonha disso, então eu também posso chamar a mim o epíteto de editor. Nos últimos tempos tenho tido, junto com os meus camaradas de MUU, o privilégio de compilar e coordenar textos e imagens naquilo a que chamamos Revista :ILHAS. Essa tem sido uma das tarefas mais aliciantes e estimulantes que alguma vez tive, mesmo quando as coisas parecem correr todas mal. Este n.º 14 foi um desses em que uma catastrófica sucessão de eventos contribuiu para atrasos na entrega de trabalhos, erros na paginação, reimpressões, colagens e um brutal atraso de dois meses no prazo de lançamento. Mas, de qualquer modo, aqui está ela, luminosa, como alguém dizia ontem no lançamento, de novo viva passando pelas mãos e pelos olhos das pessoas. O nosso principal intuito na :ILHAS é fazer algo que nos orgulhe e de que as pessoas gostem. O próximo é para final de Setembro início de Outubro e é sobre política...
quinta-feira, julho 29
O código da vida
Morreu Francis Crick, uma das metades da estrutura do ADN.
Imagens obtidas: Estrella Mountain Community College
Imagens obtidas: Estrella Mountain Community College
LET THE GOOD TIMES ROLL
A blogoesfera local ou foi a banhos ou entrou em fase de «silly season» ! Aproveitando a maré aqui vai um post light já a pensar nos prazeres do «dolce fare niente». As férias estão para breve e antecipando-as entro na onda de projectos e ambições para o tempo livre. No Verão fico sempre em São Miguel ( com algumas passagens por Santa Maria ) e não concebo razões ou paixões que demandem outras paragens em época estival ! Assim, porventura a maior viagem que farei nestas férias será um «tour» ao Nordeste seguindo pelo Norte e regressando pelo Sul.
Claro que um «cruzeiro» desta natureza apenas vale a pena em dia solarengo e com várias paragens para banhos. Não abdico desta volta à Ilha a bordo da minha «Kawa» e de preferência sem a companhia de outros «motards»...A banda sonora para este filme trilharia seguramente «New Sensations» de «Lou Reed»...aqui fica a letra e quanto ao resto como anuncia a publicidade da KawasaKi : «Let the Good Times Roll»
I don't like guilt be it stoned or stupid
drunk and disorderly I ain't no cupid
Two years ago today I was arrested on Christmas Eve
I don't want pain, I want to walk not be carried
I don't want to give it up, I want to stay married
I ain't no dog tied to a parked car
Ooohhh, new sensations
Ooohhh, new sensations
Talkin' 'bout some new sensations
Talkin' 'bout some new sensations
I want the principles of a timeless muse
I want to eradicate my negative views
And get rid of those people who are always on a down
It's easy enough to tell what is wrong
but that's not what I want to hear all night long
Some people are like human toulinols
Ooohhh, new sensations
Ooohhh, ooohhh, new sensations
Talkin' 'bout some new sensations
Talkin' a new sensations
I took my GPZ out for a ride
the engine felt good between my thighs
The air felt cool, it's was forty degrees outside
I rode to Pennsylvania near the Delaware Gap
sometimes I got lost and had to check the map
I stopped at a roadside diner for a burger and a coke
There were some country folk and some hunters inside
somebody got themselves married and somebody died
I went to the juke box and played a hillbilly song
They was arguing about football as I waved and went outside
and I headed for the mountains feeling warm inside
I love that GPZ so much, you know that I could kiss her
Ooohhh, new sensations
Ooohhh, ooohhh, new sensations
Talkin' 'bout your new sensations
Talkin' new sensations
Ooohhh, new sensations
...
Porque virámos a cara?
Sudan: Why We Look The Other Way
..."the crisis in the Darfur region of Western Sudan, where an Arab campaign of terror has taken an estimated 30,000 lives and displaced a million black Africans. There could be worse to come because the rainy season is about to spread waterborne disease among the refugees and make trucking in food aid a nightmare.
Some call what is happening in western Sudan "ethnic cleansing." Others (but not the United Nations because it would then be obliged to take forceful action) use the term "genocide".
...
For a number of reasons, chances are slim that the Bush Administration will get tough with the Sudanese government.
...
The Darfur crisis in western Sudan, however, is not a war of religion. The rebellious black African farmers who are being driven from their lands by the Arab Janjaweed militia are also Muslims. Their rebellion was inspired by the concessions made to Christians in the south.
There are other factors at work in Washington?s reluctance to lean too hard on the Sudanese government, no matter how many of its subjects face displacement or death at its hands. For better or for worse, President General Umar Hassan Ahmad al-Bashir is an Arab dictator who is now seen as an ally in the war against terror. Sudan expelled Osama Bin Laden in the 1990s and has been quietly helpful in other ways since September 11. That cuts a lot of ice in Washington.
And of course there is oil.
The United States has been trying to diversify its supplies and decrease its dependence on Middle East oil. Africa is the new horizon in the oil game."...
(CBS) Tom Fenton, in his fourth decade with CBS News, has been the network's Senior European Correspondent since 1979. He comments on international events from his "Listening Post" in London, and other parts of the world as well. cbsnews.com
Imagens obtidas:
World Health Organization (WHO)
Univ. of Texas Library Online
USAid Sudan, Radio Nederland
..."the crisis in the Darfur region of Western Sudan, where an Arab campaign of terror has taken an estimated 30,000 lives and displaced a million black Africans. There could be worse to come because the rainy season is about to spread waterborne disease among the refugees and make trucking in food aid a nightmare.
Some call what is happening in western Sudan "ethnic cleansing." Others (but not the United Nations because it would then be obliged to take forceful action) use the term "genocide".
...
For a number of reasons, chances are slim that the Bush Administration will get tough with the Sudanese government.
...
The Darfur crisis in western Sudan, however, is not a war of religion. The rebellious black African farmers who are being driven from their lands by the Arab Janjaweed militia are also Muslims. Their rebellion was inspired by the concessions made to Christians in the south.
There are other factors at work in Washington?s reluctance to lean too hard on the Sudanese government, no matter how many of its subjects face displacement or death at its hands. For better or for worse, President General Umar Hassan Ahmad al-Bashir is an Arab dictator who is now seen as an ally in the war against terror. Sudan expelled Osama Bin Laden in the 1990s and has been quietly helpful in other ways since September 11. That cuts a lot of ice in Washington.
And of course there is oil.
The United States has been trying to diversify its supplies and decrease its dependence on Middle East oil. Africa is the new horizon in the oil game."...
(CBS) Tom Fenton, in his fourth decade with CBS News, has been the network's Senior European Correspondent since 1979. He comments on international events from his "Listening Post" in London, and other parts of the world as well. cbsnews.com
Imagens obtidas:
World Health Organization (WHO)
Univ. of Texas Library Online
USAid Sudan, Radio Nederland
[muu:online]
Ainda não está a 100% mas para lá caminha. A MUU está finalmente online. A :ILHAS já circula por aí...logo há lançamento oficial no ROTAS.
quarta-feira, julho 28
JUST DO IT
Sem cair nas disfunções comportamentais da vigorexia o desporto faz bem à saúde ! Na verdade é o melhor remédio contra o sedentarismo e um poderoso elixir da juventude. Assim é, não tanto porque serve a projecção da imagem preconcebida dos «corpos danone», mas, porque pode e deve servir para nos mantermos em convívio com a juventude.
Sociologicamente julgo que o «boom» dos ginásios e das artes acrobáticas alternativas, como por exemplo o Yoga, o Tai Chi e a Capoeira, tem também conexão com a necessidade de afirmação de um sentimento de pertença a uma determinada comunidade. Junta-se a isto a aceitação generalizada de que a «malhação» é uma forma de convívio social sem o anátema de qualquer sentimento de culpa, sendo até influenciada por poderosos out-puts, nomeadamente, os modelos padronizados de cultura (ou sub-cultura) e estética.
No «milieu» é também frequente a afirmação da dimensão espiritual do desporto evocando-se para o efeito, ad nauseam, a máxima «anima sana in corpore sano» que até serviu de acrónimo para uma marca de «running shoes» ( diga-se em abono da verdade que os asics até são os melhores do Mundo ) !
Tirando os lugares comuns do equilíbrio entre o Yin e o Yang até acredito na dimensão espiritual do desporto, até porque se nada se sacrifica nada de obtém. É nessa dimensão penitencial e sacrificial do desporto que reside a sua espiritualidade pois, é ela que conforma e disciplina o carácter. Apesar de não ser um acólito do estilo de vida zen basta-me a experiência comum e pessoal para, em jeito de dogma, acreditar nos valores morais e espirituais do desporto. Eles aí estão na comunhão com a natureza, na perseverança de quebramos os nossos limites, na utopia de vencermos a entropia, na humildade de não ambicionarmos atingir certas metas, na honra de um desafio com fair play, no respeito pelo outro que é nosso adversário mas também é o amigo com quem se treina, na modéstia de saber ganhar e saber perder, na busca da nossa identidade e .... no prazer de viver em comunhão com o Mundo.
Para mim o desporto não se reduz ao circo do Euro 2004 ou ao negócio de Atenas 2004, é mais vasto do que essa realidade e da sua prática também transpira amizade, respeito e modéstia...
Nesse templo em que o culto é o corpo deve imbricar-se uma dimensão espiritual que sintetize o que o Homem tem de melhor e que o superioriza perante a bestialidade...afinal a longevidade não advém apenas da prática milagrosa de determinados exercícios físicos, mas da comunhão com a paz de espírito que provem de estarmos bem com a vida.
Acredite que o desporto ajuda. Se ainda aí está sentado não perca tempo e creia-me que nunca é tarde ... como diz o outro que nunca foi estrela ou craque : « just do it » !
Este post era para sair em letra de forma na # 14 da : Ilhas (versão uncut) e acabou saindo digitalizado no Blog...no hard feelings aconselha o fair play. Quanto à revista está cada vez melhor e talvez para alguns ainda melhor sem a minha presença...de qualquer modo vão ter que me gramar no lançamento!
E isto não é um artigo de opinião é um editorial !
Graças ao Olho de milhafre cheguei ao editorial do José Manuel Fernandes no Público de hoje.
..."na Assembleia, depois de ler o seu discurso, quando começou a ser confrontado pelos deputados das bancadas da oposição com questões concretas, logo se percebeu a vacuidade que mora na cabeça do novo titular de São Bento. O pouco que sabe sobre alguns dos grandes problemas que vai encontrar. O nada que já terá lido dos "dossiers" que deve ter na secretária."...
..."na Assembleia, depois de ler o seu discurso, quando começou a ser confrontado pelos deputados das bancadas da oposição com questões concretas, logo se percebeu a vacuidade que mora na cabeça do novo titular de São Bento. O pouco que sabe sobre alguns dos grandes problemas que vai encontrar. O nada que já terá lido dos "dossiers" que deve ter na secretária."...
discutir o nacionalismo açoriano, sem quaisquer constrangimentos
Apareceu, como comentário anónimo ao post "Chegou a hora de mudar" do Alexandre, um anúncio de um novo blog de endereço http://acoreslivres.blogspot.com. Apesar de anónimo, mas com um nome tão bonito, fiquei curioso e entusiasmado e de imediato pus-me a caminho dos "açores livres". Seja para o condenar ou para o construir, acho absolutamente necessário, "discutir o nacionalismo açoriano, sem quaisquer constrangimentos" sendo imprescindível que se o faça com inteligência e com dignidade. Para minha grande surpresa deparei-me com blog feio e pobre, que é da responsabilidade de um anónimo e que só permite a participação de não anónimos.
O tema sobre o direito e a possibilidade dos Açorianos, como povo consagrado na constituição portuguesa, escolherem emancipar-se como nação independente, é um tema sério demais para ser discutido num forúm anónimo, mal pensado e sem a dignidade. Não contém, portanto, comigo.
Estou disposto a dar o nome e a participar num blog que queira discutir este tema de uma forma aberta, corajosa, digna e sem restrições aos prós e aos contra.
O tema sobre o direito e a possibilidade dos Açorianos, como povo consagrado na constituição portuguesa, escolherem emancipar-se como nação independente, é um tema sério demais para ser discutido num forúm anónimo, mal pensado e sem a dignidade. Não contém, portanto, comigo.
Estou disposto a dar o nome e a participar num blog que queira discutir este tema de uma forma aberta, corajosa, digna e sem restrições aos prós e aos contra.
[teoria da conspiração 2]
A verdadeira teoria da conspiração é que Santana Lopes utilizou, hoje no Parlamento, o provérbio - Querer Sol na Eira e Chuva no Nabal, ao referir-se à governação PS. E esta!?...
terça-feira, julho 27
14:ILHAS
Lançamento da 14:ILHAS na próxima 5ªfeira no ROTAS, Rua do Pedro Homem, a partir das 21h30. Apareçam...
onde [está] a Manuela Ferreira Leite!?
A ex-salvadora da pátria, a "nossa" mais que tudo, parece ter encontrado a Felicidade aqui. Estava-se mesmo a ver.
O ano que passou foi o que foi. Este ano a coisa parece não ser melhor promete, até, ser pior. E não digam que ninguém estava avisado. A culpa!? É dos ambientalistas, pois claro!...
Só para lembrar...
...que este convite continua de pé. É só uma questão de combinar dia, hora e local.
Convite
Então é assim, não é necessário mas de qualquer modo aqui fica, mais uma vez, o obrigado e os parabéns para o Nuno cujo Foguetabraze faz hoje um ano e que muito amavelmente escolheu premiar o :ILHAS com nada mais nada menos que dois (três com o do João Nuno) prémios. Muito nos honra tal escolha vinda do mais antigo bloguista dos Açores. Ora em face de tal homenagem e por sugestão do próprio João Nuno surgiu a ideia de organizar o primeiro (não é bem o primeiro porque já fizemos um com o Mário), mas o primeiro grande encontro de bloguistas nos Açores. Em forma de jantarada juntávamos a malta toda em torno de um bife ou um chicharrino e trocávamos lamentações, ideias e outros elogios. Gostávamos de juntar o maior número de pessoas possível e aproveitando o tempo de férias se calhar juntávamos também alguns leitores e bloguistas amantes das ilhas mas residentes em "Portugal". Estamos abertos a sugestões de local e data. Espero que adiram.
:ILHAS postado por Pedro às 16:06 em ponto, hora dos Açores.
I am soooooo scared !!!!!!
...
"Os «Verdes», pela voz da deputada Isabel de Castro, insistiram na ligação do Governo a grupos económicos e voltaram a criticar a escolha de Luís Nobre Guedes para o Ambiente, recordando que o partido a que pertence, o CDS-PP, foi o único a votar contra a lei de Bases do sector, em 1986."
foto obtida da página www.subvertise.org
"Os «Verdes», pela voz da deputada Isabel de Castro, insistiram na ligação do Governo a grupos económicos e voltaram a criticar a escolha de Luís Nobre Guedes para o Ambiente, recordando que o partido a que pertence, o CDS-PP, foi o único a votar contra a lei de Bases do sector, em 1986."
foto obtida da página www.subvertise.org
Há padres pedófilos, cineastas, travestis, assassinos, mas é falsear tudo querer distinguir vítimas de carrascos. Todos eles, num momento ou noutro, estão de um lado ou de outro, entregues à paixão - isso une-os. Em "La Mala Educación" todos (quase todos, sem abrir demasiado o jogo...) têm um olhar que pode denunciar culpa, mas onde ganha com vantagem (e produzindo efeitos nefastos) a lei do desejo. "Má Educação" é o novo filme de Pedro Almodóvar e foi o filme de abertura do Festival de Cannes de 2004. Disponível, esta semana, nos cinemas de Ponta Delgada. A não perder.
segunda-feira, julho 26
[uma surpresa]
Gosto de "música antiga". E na última edição do MusicAtlântico tive a oportunidade de conhecer um dos grupos - da actualidade - que lutam pela recuperação da música de outros tempos - L'Arpeggiata. Aqui fica o registo através da jornalista Teresa Cascudo/Público que acompanhou o Festival. Ah, vita bella...
sexta-feira, julho 23
[a Universidade do Povo]
"o PP é uma escola de serviço público" por Paulo Portas na Grande Reportagem de 22/07/04.
Chegou a hora de mudar...
de máquina de lavar; de pneus; de protector solar; de escova de dentes; de clube; de after-shave; de drogas; de país; de ilha...e principalmente este "discurso"!
quinta-feira, julho 22
A cara no outro lado do espelho
Se soubesse como, punha a acompanhar este fotografia, como banda sonora, o tema "Ridi, pagliaccio" da ária de Canio, da ópera "Pagliacci" de Ruggero Leoncavallo (1857-1919).
Já agora, será que quando Victor Cruz se olha no espelho, é um qualquer primeiro-ministro de Portugal que lhe sorri do outro lado???
(Dados sobre a fotografia:
World Press Photo 2003
Primeiro prémio na categoria "Retratos"
"Uma fotografia do Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, tirada pelo fotógrafo britânico Nick Danziger, para a revista 'Saturday Times'"
Fotografia obtida através da sic Online na noticia sobre "World Press Photo de volta ao CCB")
quarta-feira, julho 21
uma notícia...
vazia de conteúdo. E com que objectivo!? E em que "jornais"!? Será por solidariedade!? A fome grassa!? A época de caça já abriu!? Será um insulto (à inteligência)!? É uma palhaçada!? Não. É, infelizmente, verdade. E segundo a "fonte" - está para breve mas sem data definida (!?). Andam a gozar connosco!? Provavelmente...
eu não sei mas, no entanto, escrevo...
A prova - escrita - da imbecilidade perpetrada pelo jornalismo "local". A (in)cultura escrita do "ouvi dizer", do boato, da mesquinhez, da boçal incivilidade rural vigente. Uma discussão urgente sobre o jornalismo regional - PRECISA-SE.
terça-feira, julho 20
É biiiiiiibá España !
Éme! Péra aí!
Se os portugueses tem um presidente da comissão, a gente qué tê o presidente do parlamento.
Isso é pegá ou largá!
Se os portugueses tem um presidente da comissão, a gente qué tê o presidente do parlamento.
Isso é pegá ou largá!
domingo, julho 18
Egon Schiele
...
"The writer Arthur Roessler, one of his staunchest defenders and promoters, described him thus:
Even in the presence of well known men of imposing appearance, Schiele's unusual looks stood out ... He had a tall, slim, supple figure with narrow shoulders, long arms and long-fingered bony hands. His face was sunburned, beardless, and surrounded by long, dark, unruly hair. His broad, angular forehead was furrowed by horizontal lines. The features of his face were usually fixed in an earnest, almost sad expression, as though caused by pains which made him weep inwardly. ... His laconic, aphoristic way of speaking created, in keeping with the way he looked, the impression of an inner nobility that seemed the more convincing because it was obviously natural and in no way feigned."
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"The writer Arthur Roessler, one of his staunchest defenders and promoters, described him thus:
Even in the presence of well known men of imposing appearance, Schiele's unusual looks stood out ... He had a tall, slim, supple figure with narrow shoulders, long arms and long-fingered bony hands. His face was sunburned, beardless, and surrounded by long, dark, unruly hair. His broad, angular forehead was furrowed by horizontal lines. The features of his face were usually fixed in an earnest, almost sad expression, as though caused by pains which made him weep inwardly. ... His laconic, aphoristic way of speaking created, in keeping with the way he looked, the impression of an inner nobility that seemed the more convincing because it was obviously natural and in no way feigned."
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E o vencedor é......?!?!?!?!?!........
Vocês não acham estranho, quase psicadélico, que se entreviste os familiares do novo primeiro-ministro, logo a seguir à tomada de posse, ainda decorria a cerimónia dos cumprimentos? Vocês não acham estranho, quase psicadélico, que a frase comum a todos os familiares, de pai a filhos, era de que estavam todos, como ele, muito felizes pois ele finalmente era aquilo que sempre desejara ser, primeiro-ministro? Vocês não acham estranho, quase psicadélico, que se trate a tomada de posse de um primeiro-ministro como se trata da apresentação do vencedor do Big Brother?
sábado, julho 17
Desesperada Esperança
A 30 de Junho perguntei-nos se "numa democracia votam-se ideais ou indivíduos???". Hoje descobri este texto.
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"Numa democracia representativa como a nossa, é suposto que a luta pelo poder político se processe através de eleições, realizadas num determinado intervalo de tempo. E o que é suposto estar em causa nesses actos eleitorais é o confronto entre dois ou mais conjuntos de propostas, que devem ser julgadas pelos eleitores, que escolherão os seus representantes consoante estes defendam ou não as propostas que julgam mais adequadas.
Ao escolherem alguém pela sua "competência", "independentemente das suas ideias", relativizando aliás a importância destas ("cada um tem as suas"), os eleitores estão a menosprezar o elemento central da democracia, a competição pelo poder através do debate de diferentes propostas políticas. E ao fazê-lo, estão a eliminar a política. Ao eliminar da equação que conduz à sua escolha de um seu representante político o elemento "político", as ideias que ele defende, o eleitor está-se a colocar numa posição perigosa. Está-se a colocar à mercê daquilo a que Tocqueville chamou de "despotismo democrático", a entrega progressiva das liberdades dos cidadãos a um demagogo, a alguém que se apresenta como capaz de as conduzir. Como alguém "competente". E como as ideias não entram na equação que conduz o processo de escolha ("cada um tem as suas"), pouco ou nada interessa a impraticabilidade do que esse hipotético demagogo defende, ou sequer o carácter eventualmente iliberal e anti-democrático dessas mesmas ideias. "
...
Segunda-feira, Julho 12, 2004
Rei Morto, Rei por Pôr
de Bruno Alves
Desesperada Esperança
...
"Numa democracia representativa como a nossa, é suposto que a luta pelo poder político se processe através de eleições, realizadas num determinado intervalo de tempo. E o que é suposto estar em causa nesses actos eleitorais é o confronto entre dois ou mais conjuntos de propostas, que devem ser julgadas pelos eleitores, que escolherão os seus representantes consoante estes defendam ou não as propostas que julgam mais adequadas.
Ao escolherem alguém pela sua "competência", "independentemente das suas ideias", relativizando aliás a importância destas ("cada um tem as suas"), os eleitores estão a menosprezar o elemento central da democracia, a competição pelo poder através do debate de diferentes propostas políticas. E ao fazê-lo, estão a eliminar a política. Ao eliminar da equação que conduz à sua escolha de um seu representante político o elemento "político", as ideias que ele defende, o eleitor está-se a colocar numa posição perigosa. Está-se a colocar à mercê daquilo a que Tocqueville chamou de "despotismo democrático", a entrega progressiva das liberdades dos cidadãos a um demagogo, a alguém que se apresenta como capaz de as conduzir. Como alguém "competente". E como as ideias não entram na equação que conduz o processo de escolha ("cada um tem as suas"), pouco ou nada interessa a impraticabilidade do que esse hipotético demagogo defende, ou sequer o carácter eventualmente iliberal e anti-democrático dessas mesmas ideias. "
...
Segunda-feira, Julho 12, 2004
Rei Morto, Rei por Pôr
de Bruno Alves
Desesperada Esperança
sexta-feira, julho 16
CALDEIRADA À PORTUGUESA
A política à Portuguesa é uma grande caldeirada ! Apesar da saída de um «cherne» substituído por um «carapau de corrida» quem ficou como «peixe fora de água» foi o PS Nacional...que é como quem diz o PS alfacinha e do Largo do Rato !
Factos são factos : o PPD/PSD e PSL têm concretizado os sinais de estabilidade e serenidade que o oráculo de Jorge Sampaio certamente prenunciou e, com peso e medida, lá se vai reconstruindo o Governo de Portugal. Afinal, Jorge Sampaio acertou no que tecnicamente poderíamos designar por «juízo de prognose favorável». Num tom mais vulgar dir-se-ia que o Presidente da República teve um «ganda paio» ! Porém, como se sabe Jorge Sampaio num tique policial disse que o Governo seria vigiado na execução do seu programa. Ora, nestas coisas de vigilância o «nó górdio» está sempre em saber quem vigia os vigilantes !
Pelo caminho não deixa de ser irónica a manifestação de justiça poética resultante desta crise envenenada por algumas facções do PS que a toque de marcha do Bloco de Esquerda foram instadas a desbragadas intervenções a favor das eleições antecipadas. Estas falanges radicais, no seu fervor militante com laivos revolucionários, esqueceram duas coisas essenciais, por um lado, deixaram de ter presente que o Presidente da República é um órgão de soberania que decidiria em conformidade com o poder Constitucional e nunca com o poder que estava nas ruas convocado por SMS e, por outro lado, andavam esquecidos e julgavam que o Presidente da República era só deles ! Moral da história : ...apesar do já gasto cliché o Presidente da República é de todos os Portugueses. Se decidiu bem ou mal aí a história diverge consoante o ponto de partida. Agora, não deixa de ser irónica a revelação de que o argumento da instabilidade afinal era uma falácia, na qual se enredou o PS Nacional, este sim em profunda crise de instabilidade e liderança. O colapso do mandato de Ferro Rodrigues teve como banda sonora pimba o fragor daqueles que como Ana Gomes publicitaram o seu profundo arrependimento na profissão de fé que realizaram quando votaram em Sampaio. Aliás, a andrógina secretária nacional do PS para as Relações Internacionais, numa birra de mau perder, atingiu o cúmulo de subliminarmente afirmar que Jorge Sampaio encarnava o sonho da Direita sendo urgente o retorno da democracia Portuguesa ao espírito de 25 de Abril...Esta «arrependida» seguramente que estaria a pensar nos saudosos tempos do PREC que felizmente já não voltam mais.
Quem não volta mais é seguramente Ferro Rodrigues cuja táctica, segundo alguns analistas, foi a da retirada estratégica para não queimar uma possível candidatura ao lugar de Presidente da República ! Apre !
Só neste clima de absoluto «non sense» se explicam estas análises e outras de igual jaez, como por exemplo, a de Boaventura Sousa Santos que com ar enlutado até deixou sugerido que o decesso de Maria de Lurdes Pintasilgo era o culminar de uma grande comoção em tempos de risco para o espírito de Abril !
Infelizmente, esta esquerda irresponsável ainda domina o PS de Lisboa e deixa-se dominar pelos parentes do Bloco de Esquerda. Factos são Factos : Afinal a crise não estava no PSD e no Governo, mas sim no PS e na Oposição, até porque a vacatura aberta por Ferro Rodrigues não se afigura assaz apetecível aos tubarões socialistas. É sabido que o D. Sebastião do PS dá pelo nome de António Vitorino. Ora, até este salvífico militante do PS, que seguramente elevaria o nível da política Portuguesa, acabou por se perder nas brumas de Bruxelas e por lá ficará. Por cá no PS Nacional parece que fica tudo em águas de bacalhau ... que é como se sabe um caldo sem préstimo sequer para uma grande caldeirada à Portuguesa.
Factos são factos : o PPD/PSD e PSL têm concretizado os sinais de estabilidade e serenidade que o oráculo de Jorge Sampaio certamente prenunciou e, com peso e medida, lá se vai reconstruindo o Governo de Portugal. Afinal, Jorge Sampaio acertou no que tecnicamente poderíamos designar por «juízo de prognose favorável». Num tom mais vulgar dir-se-ia que o Presidente da República teve um «ganda paio» ! Porém, como se sabe Jorge Sampaio num tique policial disse que o Governo seria vigiado na execução do seu programa. Ora, nestas coisas de vigilância o «nó górdio» está sempre em saber quem vigia os vigilantes !
Pelo caminho não deixa de ser irónica a manifestação de justiça poética resultante desta crise envenenada por algumas facções do PS que a toque de marcha do Bloco de Esquerda foram instadas a desbragadas intervenções a favor das eleições antecipadas. Estas falanges radicais, no seu fervor militante com laivos revolucionários, esqueceram duas coisas essenciais, por um lado, deixaram de ter presente que o Presidente da República é um órgão de soberania que decidiria em conformidade com o poder Constitucional e nunca com o poder que estava nas ruas convocado por SMS e, por outro lado, andavam esquecidos e julgavam que o Presidente da República era só deles ! Moral da história : ...apesar do já gasto cliché o Presidente da República é de todos os Portugueses. Se decidiu bem ou mal aí a história diverge consoante o ponto de partida. Agora, não deixa de ser irónica a revelação de que o argumento da instabilidade afinal era uma falácia, na qual se enredou o PS Nacional, este sim em profunda crise de instabilidade e liderança. O colapso do mandato de Ferro Rodrigues teve como banda sonora pimba o fragor daqueles que como Ana Gomes publicitaram o seu profundo arrependimento na profissão de fé que realizaram quando votaram em Sampaio. Aliás, a andrógina secretária nacional do PS para as Relações Internacionais, numa birra de mau perder, atingiu o cúmulo de subliminarmente afirmar que Jorge Sampaio encarnava o sonho da Direita sendo urgente o retorno da democracia Portuguesa ao espírito de 25 de Abril...Esta «arrependida» seguramente que estaria a pensar nos saudosos tempos do PREC que felizmente já não voltam mais.
Quem não volta mais é seguramente Ferro Rodrigues cuja táctica, segundo alguns analistas, foi a da retirada estratégica para não queimar uma possível candidatura ao lugar de Presidente da República ! Apre !
Só neste clima de absoluto «non sense» se explicam estas análises e outras de igual jaez, como por exemplo, a de Boaventura Sousa Santos que com ar enlutado até deixou sugerido que o decesso de Maria de Lurdes Pintasilgo era o culminar de uma grande comoção em tempos de risco para o espírito de Abril !
Infelizmente, esta esquerda irresponsável ainda domina o PS de Lisboa e deixa-se dominar pelos parentes do Bloco de Esquerda. Factos são Factos : Afinal a crise não estava no PSD e no Governo, mas sim no PS e na Oposição, até porque a vacatura aberta por Ferro Rodrigues não se afigura assaz apetecível aos tubarões socialistas. É sabido que o D. Sebastião do PS dá pelo nome de António Vitorino. Ora, até este salvífico militante do PS, que seguramente elevaria o nível da política Portuguesa, acabou por se perder nas brumas de Bruxelas e por lá ficará. Por cá no PS Nacional parece que fica tudo em águas de bacalhau ... que é como se sabe um caldo sem préstimo sequer para uma grande caldeirada à Portuguesa.
quinta-feira, julho 15
desamparem-me a loja
Transcrevo parte de um comentário trágico/cómico ao post "Gostou uma ova..."
"...Sampaio limitou-se a dizer na sua linguagem peculiar: "vocês arranjem lá a casa. Chamem um PM credível estilo Vitorino ou Sócrates e desamparem-me a loja". Sampaio limitou-se a resolver a crise em que o PS mergulhou desde a fuga guterriana."
nuno | solnaeira | 07.13.04 - 4:06 PM
"...Sampaio limitou-se a dizer na sua linguagem peculiar: "vocês arranjem lá a casa. Chamem um PM credível estilo Vitorino ou Sócrates e desamparem-me a loja". Sampaio limitou-se a resolver a crise em que o PS mergulhou desde a fuga guterriana."
nuno | solnaeira | 07.13.04 - 4:06 PM
[Santa Clara]
Alguém viu a entrevista/reportagem - hoje - de Luciano Melo (gestor do Clube Desportivo Santa Clara) na RTP-A!? Pré-campanha à presidência do Santa Clara em prime time regional!? Para quando o prime time para a Cultura!?
terça-feira, julho 13
Intervalo
Em face dos tristes acontecimentos na história recente do país interrompo a actividade bloguistica nos próximos dez dias. O João Nuno tem assim uma opurtunidade para alaranjar totalmente o :ILHAS. :)
Brincadeira, vou para as ilhas do centro em trabalho e não sei se vou ter tempo para postar. Fiquem bem.
Brincadeira, vou para as ilhas do centro em trabalho e não sei se vou ter tempo para postar. Fiquem bem.
segunda-feira, julho 12
Gostou uma ova...
"Sampaio não disse mas deixou subentendido que gostou da actuação do anterior Governo em matéria financeira, económica e europeia, e que preferia a continuação do anterior Governo a uma qualquer solução alternativa que não seguisse o mesmo rumo político, incluindo uma que passasse por uma maioria absoluta do PS de Ferro Rodrigues."
A verdade é que não tenho intimidade nenhuma com o André, para além desta intimidade criada através dos blogs, cimentada por uma óbvia admiração, da minha parte, pela forma simples e "limpa" como expõe os seus pontos de vista. No entanto, e apesar de, através destas pseudo relações bloguistas, vamos criando um esqueleto sobre a pessoa que cada um dos outros é. Ás vezes, de repente, um qualquer de nós escreve qualquer coisa que ofende essa imagem que vamos, peça a peça, qual difícil puzzle, construindo.
Isto para dizer que o facto de o André escrever que, "Sampaio não disse mas deixou subentendido que gostou da actuação do anterior Governo em matéria financeira, económica e europeia", é ofensivo para o Presidente da República, é ofensivo para a inteligência do André, se aquilo que escreveu é aquilo que realmente acredita e, finalmente, ofensivo para mim e qualquer outro leitor se não é o que ele acredita mas é o que ele cria que nós acreditássemos.
Nada do que o Presidente da República disse, deixou subentendido, ou deixou transparecer por expressões faciais involuntárias deu a entender que gostou ou apoia toda, ou qualquer, actuação do defunto governo em nenhuma, ou outra, matéria referida. Disto não tenho a menor dúvida. Acredito que possa haver diversas interpretações do que foi dito e sub-dito pelo Presidente da República, mas a sub-apresentada pelo André não é, de certeza absoluta, uma delas.
A verdade é que não tenho intimidade nenhuma com o André, para além desta intimidade criada através dos blogs, cimentada por uma óbvia admiração, da minha parte, pela forma simples e "limpa" como expõe os seus pontos de vista. No entanto, e apesar de, através destas pseudo relações bloguistas, vamos criando um esqueleto sobre a pessoa que cada um dos outros é. Ás vezes, de repente, um qualquer de nós escreve qualquer coisa que ofende essa imagem que vamos, peça a peça, qual difícil puzzle, construindo.
Isto para dizer que o facto de o André escrever que, "Sampaio não disse mas deixou subentendido que gostou da actuação do anterior Governo em matéria financeira, económica e europeia", é ofensivo para o Presidente da República, é ofensivo para a inteligência do André, se aquilo que escreveu é aquilo que realmente acredita e, finalmente, ofensivo para mim e qualquer outro leitor se não é o que ele acredita mas é o que ele cria que nós acreditássemos.
Nada do que o Presidente da República disse, deixou subentendido, ou deixou transparecer por expressões faciais involuntárias deu a entender que gostou ou apoia toda, ou qualquer, actuação do defunto governo em nenhuma, ou outra, matéria referida. Disto não tenho a menor dúvida. Acredito que possa haver diversas interpretações do que foi dito e sub-dito pelo Presidente da República, mas a sub-apresentada pelo André não é, de certeza absoluta, uma delas.
domingo, julho 11
[politiquices]
E agora algo para azedar a "laranjada". Não sei se alguém já reparou, o AO na secção de flagrantes - já, mas os cartazes do Freitas andam a "tostar". No entretanto, a "campanha" de Verão continua. Desta feita à custa das actividades lúdico-recreativas dos concelhos Orange. Hoje os títulos/capas - do AO e CA - são um bom exemplo de jornalismo "insento" (pf consultem-nos!). Peço desculpa mas já que nos acusam de "andarmos", sempre, em campanha - achei, por bem, referenciar estes exemplos da politiquice regional, caseira e insular. E, por falar nisso, a Laranjada já viu melhores dias! Mas, quanto a isso conto com a "certificação" do camarada Tozé...
Sampaio
Em minha casa, tal como no país ao longo destas duas semanas, houve tendências e opiniões que se dividiram. Embora a maioria dos meus fosse favorável a eleições antecipadas. O ponto de partida principal de todas as discussões não foi o da luta entre a esquerda e a direita, que também é um aspecto importante, mas o da escolha dos cidadãos. O que esteve em causa em toda esta trapalhada provocada pelo Sr. José Manuel Barroso e alimentada pelo Sr. Sampaio foi a negação de democracia em prol de valores tão voláteis e esotéricos como o da estabilidade. A única estabilidade que interessava ao Sr. Barroso e ao Sr. Lopes e ao Sr. Portas era e é a continuidade no poder. Algo que o Sr. Sampaio, por manifesta falta de coragem política, legitimou. No seu ridículo discurso de desculpas ao país o Sr. Sampaio passou um atestado de estupidez aos cidadãos de Portugal. O Sr. Sampaio esquece que numa democracia adulta o maior garante da estabilidade não é o Presidente da República mas o povo que em eleições toma a decisão de escolher os seus governantes. Numa democracia a sério as eleições nunca são contrárias à estabilidade. Mais do que isso, o Sr. Sampaio pretende ter mais influência do que pode ou deve ter, condicionando a liberdade do PSD e do Sr. Lopes de apresentarem o governo que acharem melhor. Não compete ao Presidente da Republica definir politicas económicas, de defesa ou de diplomacia. Fazer finca-pé na continuidade das politicas é não só ilegítimo como idiota porque é algo que o Sr. Sampaio sabe que nunca será capaz de controlar. O mesmo desaforo que o Sr. José Manuel Barroso cometeu ao condicionar o Presidente da República na sua decisão exigindo a não convocação de eleições comete agora o Sr. Sampaio ao condicionar o Primeiro-ministro. Toda esta frustrante crise, que em jeito de telenovela foi esticada para duas semanas quando podia ter durado dois dias, apenas deixou mais evidente a miserável plêiade de personagens que da direita à esquerda, da oposição ao poder, comanda os destinos deste país. Por último deixem que diga uma coisa. Quando no calor da emoção ridicularizo o Sr. Sampaio estou a referir-me ao homem e ao político não à instituição de Presidente da República, mesmo que o Sr. Sampaio tenha manifestamente desconsiderado essa mesma instituição.
Merecíamos Políticos Melhores.
Merecíamos Políticos Melhores.
[romantismo divino]
A inédita passagem de Julio Iglesias por Ponta Delgada assinalou a abertura oficial das Festas do Divino Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada (por Carla Dias in AO de 11/07/04). Confuso!?...
sábado, julho 10
Desculpas...
O José Barroso arranjou uma desculpa e fugiu.
O Santana Lopes arranjou uma desculpa e açambarcou o comando.
O Sampaio não arranjou desculpas e amarrou-se ao mastro.
O Ferro Rodrigues arranjou uma desculpa e fugiu
O Santana Lopes arranjou uma desculpa e açambarcou o comando.
O Sampaio não arranjou desculpas e amarrou-se ao mastro.
O Ferro Rodrigues arranjou uma desculpa e fugiu
Waking Life
Com 3 anos de atraso vi finalmente o filme numa pobre edição da LNK que, apesar de custar o dobro do preço da edição disponível na amazon.fr, não inclui nenhum dos indispensáveis extras, nem mesmos as curtas "Snack and Drink" e "Willy Wiggins Test".
Eleito pela crítica como ?A obra prima da pós-geração X? Walking Life é do realizador RICHARD LINKLATER conhecido pelo seu espírito de fazer cinema independente e por descobrir alguns dos actores mais talentosos de hoje.
1991 - SLACKER,narrativa experimental sobre 24h na vida de 100 personagens.
1993 - DAZED AND CONFUSED, sobre a louca década de 70.
1995 - BEFORE THE SUNRISE, Urso de Prata Melhor Realizador, Festival de Berlim.
1997 - SUBURBIA
1998 - THE NEWTON BOYS, um western /gangster, passado em 1920.
2001 - TAPE, filme de baixo orçamento em tempo real
2003 - LIVE FROM SHIVA'S DANCE FLOOR
2004 - BEFORE SUNSET, 7 anos depois a sequência de BEFORE THE SUNRISE, sem data prevista para exibição em Portugal.
Aqui fica a critica que me fez comprar o filme.
"Imagine-se um filme que mistura as piores alucinações filosóficas de Woody Allen e os ambientes de David Lynch, os estranhos mundos animados de Tim Burton ou a técnica inovadora (para a época) de Yellow Submarine, o filme de George Dunning com música dos Beatles, e está-se perto do que é Waking Life ? mas a distância continua a ser muito grande e quase apetece dizer: ?não tem nada a ver?...
As questões existenciais são o fio condutor do filme, alimentadas pela eterna dúvida se sonhamos enquanto vivemos, ou podemos viver enquanto sonhamos. Não se sabe se a personagem principal está adormecida e a sonhar, ou morta e a relembrar, mas também não é importante.
Em plena crise metafísica, a personagem principal interage com diferentes indivíduos-estereótipos, que lhe fornecem teorias para o sentido da vida, retiradas dos filósofos Aristóteles, Jean-Paul Sarte ou Nietzsche, gentes do cinema como André Bazin ou François Truffaut, ou ainda escritores como Philip K. Dick e Garcia Lorca.
No entanto, é na técnica criadora deste filme que o olhar tantas vezes se fixa e se questiona como foi possível alguém avançar para concretizar uma obra destas. Trabalho heróico ou uma bem sucedida loucura, o filme persegue o que, logo no início, uma jovem diz ao seu companheiro de brincadeiras: ?o sonho é o destino?.
Waking Life foi filmado como um filme tradicional independente, com uma reduzida equipa e com câmaras de vídeo digital. De seguida, foi ainda montado de forma tradicional e estaria assim pronto para ser projectado nas salas de cinema, não se desse o facto de o realizador, Richard Linklater, o ter feito passar pelas mãos de animadores e pelo software especial de rotoscoping RotoShop (desenvolvido pelo director de arte do filme Bob Sabiston), que transformou a obra em algo parecido com cinema de animação.
Como numa galeria de arte, vamos passando por diferentes estilos pessoais, derivados de cada um dos 30 animadores ter trabalhado sobre um mesmo actor. Com excepção das paisagens de fundo, nada é estático no filme, tudo se move, onduleia, por vezes de forma extrema, as personagens aumentam, para logo diminuirem para formas infantis, os edifícios comprimem-se e alargam-se.
Autobiográfico ou não, a verdade é que o próprio Linklater surge quase no final do filme como um jogador de máquinas de flippers, atirando com a máxima de que ?existe apenas um instante e é agora e é eternidade?. Talvez, entretanto, tenha mudado de opinião, dado que um dos momentos pessoais que o podia ter registado para a posterioridade lhe foi negado em Março: na corrida para o Oscar de melhor filme animado, a sua obra foi preterida em relação a Jimmy Neutron: Boy Genius. Outros concorrentes, como Shrek ou Monsters, Inc., arrecadaram mais de 200 milhões de dólares no ano passado, enquanto Waking Life conseguiu um por cento desse valor, mas obteve críticas favoráveis e o Chicago Sun-Times considerou-o mesmo ?o marco técnico mais importante do ano?.
Estreado no festival de cinema independente de Sundance, em Janeiro de 2001, teve o percurso conhecido das obras experimentais, longe do circuito de distribuição comercial (em Portugal, passou no evento Cinegrafias, realizado no início de Julho). E, no entanto, é um filme pró-cultura, com o que de genuíno e interessante isso significa. De uma ideia bastante aperfeiçoada e escrita por Linklater, aos diálogos concisos, passando por uma técnica inovadora que não se impõe desnecessariamente ? à semelhança do tempo de exposição da maioria dos actores ?, Waking Life é uma experiência imperdível, cuja visão devia ser obrigatória no currículo das escolas secundárias (com ou sem disciplina de filosofia)."
o sr. Sampaio
Passados trinta anos temos um Presidente que não acredita em si mesmo. Passados trinta anos temos um Presidente que não quer ser Presidente. Passados trinta anos temos um Presidente que foge do acto de ser Presidente. Passados trinta anos temos um presidente que não sabe ser Presidente.
sexta-feira, julho 9
...
agora quero ver a continuidade das políticas e a garantia da estabilidade política, esse mito que tanto agrada ao nosso PR.
do the right thing
estou aqui sentado à espera que o senhor presidente tome a decisão correcta e depois Portugal que decida...
O QUINTO IMPÉRIO
Fernando Pessoa viveu na esperança do Quinto Império...Seguindo a nossa matriz cultural da Grécia provinha o Primeiro Império. O Segundo é o de Roma que sucumbiu ao Terceiro Império da Cristandade. Este evoluiu materialmente para o Império da Europa...o Quinto Império « nós o atribuímos a Portugal, para quem o esperamos ». Esta nova «era de confraternização Universal» seria, necessariamente, um Império do Espírito. Dele disse o poeta e filósofo Português que « Todo o Império que não é baseado no Império Espiritual é uma Morte de pé, um Cadáver mandando. Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena (...) ». Logo, o Quinto Império seria Português.
Contudo, este esoterismo não está desgarrado duma dimensão popular que exulta a Idade do Espírito Santo, nomeadamente, em folclóricas manifestações de fé em honra do Divino. Fluindo da raiz filosófica de Fernando Pessoa para a dimensão festiva da terceira pessoa da Santíssima Trindade perguntar-se-á afinal porque razão atavicamente se honra a «Pombinha» do Espírito Santo ? A resposta, aparentemente intrincada, afinal é simbolicamente de uma singela simplicidade ! O trinitarismo da Santíssima Trindade não é apenas a amalgama de três divindades é, também, a representação de três Idades. A Primeira do Pai cuja genealogia abre-se com Moisés em pleno domínio Judaico. A Segunda decorreu sob o signo de Roma e é a Idade do Filho. A Terceira Idade, porventura anunciada por uma língua de fogo precedida de uma pomba branca, seria a Idade do Espírito Santo...a era da confraternização universal e a instauração do reino dos céus na terra de acordo com o espírito do evangelho.
Assim visto o culto do Divino Espírito Santo, não adulterado por meros rituais báquicos, é fácil de perceber porque razão esta festa é essencialmente popular. Sem que seja ostensivo ela transporta uma contestação aos poderes instituídos, às relações de domínio e de propriedade, à estratificação social e...finalmente mas, seguramente, não menos relevante afronta a Igreja de Roma.
A génese deste culto é Medieval havendo registo de irmandades já na Baixa Idade Média. Todavia, presumo que a exultação da «era da confraternização universal» não agradou a Igreja de Roma que, durante séculos, depreciou o culto do Divino. Curiosamente, este mesmo culto nestas Ilhas encontrou condições ideais de preservação mas, ainda assim, só muito recente e timidamente a hierarquia da Igreja tem vindo a aproximar-se dos rituais dos Impérios do Divino Espírito Santo...À margem não deixa de ser curioso que os «Impérios», «Altares» ou «Teatros» estão bem demarcados geograficamente dos «Templos de Roma» não ficando sequer nas suas cercanias.
Mas, o que importa é que todo o envolvimento comunitário simboliza a esperança no advento de uma Era de Igualdade, Partilha e Solidariedade que, por isso mesmo, mereceu durante séculos o menoscabo de uma Igreja de linhagem e organização aristocrática que, mais não era do que o reflexo de uma sociedade estratificada onde seria impensável, por exemplo, comermos todos à mesma mesa partilhando a mesma refeição. Esse ideal é celebrizado no momento das sopas do Espírito Santo e é essa Grande Festa Comunitária que começando por unir os homens à divindade une igualmente os homens entre si !
A Câmara Municipal de Ponta Delgada não quis ficar indiferente à maior manifestação da religiosidade popular açoriana. Assim de 9 a 11 de Julho temos as Grandes Festas do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada. Nesta Grande Festa Comunitária muitos deram o melhor de si em honra do Divino e estou certo de que esse Espírito abençoará uma festa para a qual estamos todos convidados...cá por mim se não falho no Império da minha Freguesia da Fajã de Baixo não deixarei de estar presente na Coroação e nas Sopas na nossa cidade...A Bem do Divino Espírito Santo.
quinta-feira, julho 8
O Santana é uma tartaruga num poste...
Enquanto suturava uma laceração na mão de um velho lavrador (ferido por um caco de vidro indevidamente deitado na terra), o médico e o doente começaram a conversar sobre o Santana Lopes. E o velhinho disse:
Bom, o senhor sabe...o Santana é uma tartaruga num poste...
Sem saber o que o camponês quer dizer, o médico perguntou o que era uma tartaruga num poste. A resposta foi:
É quando o senhor vai por uma estradinha e vê um poste da vedação de arame farpado com uma tartaruga equilibrando-se em cima dele. Isto é uma tartaruga num poste...
O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:
* Você não entende como ela chegou lá;
* Você não acredita que ela esteja lá;
* Você sabe que ela não subiu lá sozinha;
* Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
* Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
* Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!
Carlos F. Afonso
(Espero que o Dr. Carlos F. Afonso não se importe que eu evidencie este comentário, retirado de uma destas "conversas" que temos tido sobre a "crise")
Bom, o senhor sabe...o Santana é uma tartaruga num poste...
Sem saber o que o camponês quer dizer, o médico perguntou o que era uma tartaruga num poste. A resposta foi:
É quando o senhor vai por uma estradinha e vê um poste da vedação de arame farpado com uma tartaruga equilibrando-se em cima dele. Isto é uma tartaruga num poste...
O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:
* Você não entende como ela chegou lá;
* Você não acredita que ela esteja lá;
* Você sabe que ela não subiu lá sozinha;
* Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
* Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
* Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!
Carlos F. Afonso
(Espero que o Dr. Carlos F. Afonso não se importe que eu evidencie este comentário, retirado de uma destas "conversas" que temos tido sobre a "crise")
quarta-feira, julho 7
Se o Povo é que manda
O Presidente da República deveria fazer um referendo sobre a questão das "eleições antecipadas".
Até aqui tudo bem!
Carvalhas considerou que "há toda a legitimidade constitucional e política para a dissolver a Assembleia da República".
Até aqui tudo bem!
Agora imaginenos o oposto. Terá a maioria parlamentar legitimidade constitucional para formar novo governo? Parece que toda a gente concorda que sim. Mas terá legitimidade política? Aí já existem dúvidas.
Mas a minha dúvida é, que outros parâmetros, para além do constitucional, deverá um presidente "medir", e com que peso.
O da estabilidade política? Porquê? Será esse mais importante e mais querido do que o da estabilidade económica?
Até aqui tudo bem!
Agora imaginenos o oposto. Terá a maioria parlamentar legitimidade constitucional para formar novo governo? Parece que toda a gente concorda que sim. Mas terá legitimidade política? Aí já existem dúvidas.
Mas a minha dúvida é, que outros parâmetros, para além do constitucional, deverá um presidente "medir", e com que peso.
O da estabilidade política? Porquê? Será esse mais importante e mais querido do que o da estabilidade económica?
Aos proto "ofendidos"
Não percebo a "ofensa" política de algumas pessoas em relação ao facto de o PSD se ter apressado a apresentar de "imediato" um proto primeiro-ministro, uma proto filosofia de governo, com um proto programa de continuidade. Era obrigação moral do PSD apresentar uma solução para a saída de José Barroso que, dentro do possível, diminuísse a crise, e garantisse a estabilidade, política do país.
Não é chantagem política sobre o Presidente da República. É política, e a escolha de uma solução, pelo Presidente, para a resolução deste momento político não dependerá da falta, da parte do PSD, da apresentação de uma solução que permite uma continuidade de um governo que novamente terá uma base parlamentar e não uma base popular (foram esses os resultados das últimas eleições).
Cabe ao PS e às outras forças políticas apresentarem razões que fortaleçam as suas soluções políticas apresentadas. Para minha tristeza essas razões apresentadas têm-se concentrado, por demais, numa crítica pessoal e política a um proto primeiro-ministro.
Não é chantagem política sobre o Presidente da República. É política, e a escolha de uma solução, pelo Presidente, para a resolução deste momento político não dependerá da falta, da parte do PSD, da apresentação de uma solução que permite uma continuidade de um governo que novamente terá uma base parlamentar e não uma base popular (foram esses os resultados das últimas eleições).
Cabe ao PS e às outras forças políticas apresentarem razões que fortaleçam as suas soluções políticas apresentadas. Para minha tristeza essas razões apresentadas têm-se concentrado, por demais, numa crítica pessoal e política a um proto primeiro-ministro.
terça-feira, julho 6
Socialistas prometem reforçar solidariedade para os Açores
Estou farto desta palavra guterriana, prenha de moral cristã. É pedante, é colonizante. Já o disse várias vezes, um governo não é, nem pode ser, solidário,no sentido guterriano da palavra. Assim como Deus (salvo seja!), um governo não pode ser hoje, caridoso, amanhã, vingativo, hoje, justo. Um governo é!
Enfiem a solidariedade num sítio bem longe e, quando chegar a vossa vez, governem.
Enfiem a solidariedade num sítio bem longe e, quando chegar a vossa vez, governem.
Ontem... Hoje...
Ontem era,
POR-TU-GAL !
POR-TU-GAL !
POR-TU-GAL !
Hoje volta a ser,
CON-TI-NENTE !
CON-TI-NENTE !
CON-TI-NENTE !
POR-TU-GAL !
POR-TU-GAL !
POR-TU-GAL !
Hoje volta a ser,
CON-TI-NENTE !
CON-TI-NENTE !
CON-TI-NENTE !
E já não pachorra...
para este "choradinho" - perdemos mas não faz mal - somos e fomos Grandes! Até o Presidente alinhou no discurso. O País ressaca! E na ressaca do jogo festejou a festa que tinha preparada não fosse o tuga estar prevenido para o "bem e para o mal". Pior!? Já há quem fale do Mundial...e aí seremos - novamente - Campeões, que somos, claro!
segunda-feira, julho 5
1924 - 2004
Marlon ... de Brando apenas possuía o apelido. No resto foi um belíssimo animal cinematográfico e uma fera inadaptada no nosso Mundo. Dele disse Bernardo Bertolucci que « foi um anjo enquanto homem, um monstro enquanto actor. Agora, com lágrimas nos olhos, penso que, ao morrer ele se tornou imortal ». Daqui em diante permanecerá no limbo do celulóide ou ressuscitará em clássicos do cinema reeditados em DVD. Ficará para sempre na retina a imagem de the wild one associada à tragédia de uma vida pessoal mergulhada na solidão e numa bulimia auto-destrutiva. Do «chocante» Kowalski de « Um Eléctrico Chamado Desejo » ao apocalíptico coronel Kurtz que, no limite do horror, prenuncia que tudo se dissolve e tudo se consome pela natureza evoco, entretanto, a personagem de « Revolta na Bounty ». Deste filme, menos agraciado pela crítica, guardamos não só o duelo de consciência entre Liberdade e Autoridade mas, também, uma imagem naif do Éden povoada de belíssimas vahinées num crepuscular registo em technicolor...certamente bigger than life já que o cinema já não se faz assim e a vida pouco tem de cinematográfico.
4 OF JULY
« Os príncipes, por assim dizer, materializaram a violência ; as repúblicas democráticas dos nossos dias tornaram-na tão intelectual como a vontade humana que quer obrigar. Sob o governo absoluto de um só, o despotismo, para chegar à alma, atingia grosseiramente o corpo ; e a alma escapando a estes golpes, elevava-se gloriosa acima dele ; mas , nas repúblicas democráticas, já não é assim que procede a tirania ; ela deixa o corpo e vai direita à alma. Aí o senhor já não diz : pensareis como eu ou morrereis ; diz : sois livres de não pensar como eu ; a vossa vida, os vossos bens, tudo vos fica ; mas a partir desse dia sois um estrangeiro entre nós ». Alexis de Tocqueville in « De la Democratie en Amérique ».
Apesar de tudo que Deus abençoe a América enquanto horizonte longínquo onde a dimensão personalista vale mais do que o Estado. Deus abençoe a América do radicalismo individualista que desconfia do Estado e das intromissões dos poderes públicos na esfera dos privados. Deus abençoe a América do New Deal de Roosevelt à Nova Fronteira Kennedyana. Deus abençoe a América do realismo bíblico de Steinbeck à desmistificação do sonho Americano operada por Norman Mailer. Deus abençoe a América das planícies de John Wayne e das últimas horas de Edward Norton. Deus abençoe a América de Miles Davis e de Cassius Clay. Deus abençoe a América de Citizen Kane e de Dirty Harry.Deus abençoe a América do radicalismo livre de Henry Thoreau e da justiça igualitária de John Rawls. Deus abençoe a América da Declaração de Independência de 4 de Julho de 1776 e do Plano Marshall de 1947. Deus abençoe a América do Mito e da Realidade...porquanto a ambas muito deve a Europa !
domingo, julho 4
[euforia]
Esta euforia desmedida é, quanto a mim, justificada e injustificável. Pré e pós-Euro alguns dos protagonistas passaram de Bestas a Bestiais. E os Bestiais a Bestas. Na conjuntura surreal actual, deste país, isso é perfeitamente natural (ou não será!?). É a "Retoma"!? Será uma "vingança"!? Somos o melhor país do Mundo!? Não. É, apenas, um jogo de bola. É pena que outras causas não sejam, também elas, Nacionais.
[escandaloso]
Não resisto a transcrever o seguinte: «Apesar da satisfação, algumas entidades do Pico estão já preocupadas com o futuro da ilha. O provérbio popular que diz que "não há bela sem senão" assenta como uma luva na actual situação da ilha do Pico. Por um lado, a satisfação pela Paisagem da Vinha da ilha do Pico ter sido "homenageada" com a distinção de Património de Interesse Mundial, por outro, as implicações que a manutenção do dito "património" poderão trazer para os dois concelhos abrangidos. Neste momento, o mais preocupado é Jorge Rodrigues, presidente da autarquia da Madalena, por ser o que dos dois concelhos mais área vê abrangida. Apesar de referir que esta "nomeação" é uma porta aberta para o aumento do turismo, aliado aos actuais desenvolvimentos referentes às ligações áreas para a ilha, lembra que é necessário criar condições para receber esses mesmos turistas. Apesar da ilha do Pico ser a segunda maior dos Açores e a que se prepara para receber mais turistas, é no entanto a que menos condições apresenta em termos de alojamento. Mas o que mais preocupa Jorge Rodrigues prende-se, não com a falta de soluções, mas sim com as limitações em termos de construção aplicáveis em toda a área Património. De tal modo que chega mesmo a dizer que em causa poderá estar a evolução da Vila da Madalena. Igual opinião tem Manuel Joaquim, presidente da Câmara de São Roque, que apesar de só ter duas freguesias abrangidas refere que a manutenção da zona Património está em muito dependente da "boa vontade" da população proprietária de terrenos na área. É que, desde há algum tempo a esta parte, à gestão desta área tem sido aplicado um decreto regulamentar, preciso quanto a regras para a construção de novas habitações e recuperação das já existentes, a saber: nas zonas núcleo, por exemplo, as "adegas" devem ser de pedra, com portadas, janelas e portas de madeira, pintadas de verde e branco; as dimensões das áreas cobertas têm de igual modo limites, assim como há normas quanto à cobertura das habitações(...)». Notícia do AO de 04/07/04 assinada por Sandra Cristina Sousa. A questão é simples - merece o Pico esta classificação? Sim. Merecem estes senhores gerir os destinos da segunda maior ilha dos Açores? Não. É mais um paradigma do "desenvolvimento" nos Açores. Os que nos visitam elogiam a paisagem natural e a nossa "preservação ambiental". E os locais!? Estão preocupados, sim, em betonar tudo. Será que por detrás destas "preocupações" estarão contratos ou acordos imobiliários pouco transparentes!? Estas posições são uma vergonha para todos nós. Nesta perspectiva e se todos corroboram estas posições, então - Não Merecemos Políticos Melhores. Temos, sim, os Políticos que Merecemos. O Melhor, enquanto ainda é tempo, será recusar a classificação de Património da Humanidade e transferi-la para outro lado onde "regras" e medidas "proteccionistas" não sejam um "empecilho" ao crescimento e ao progresso...a ignorância é confrangedora, tenho, simplesmente, vergonha.
sexta-feira, julho 2
BRANDO | 1924 - 2004
Um dos verdadeiros icones do cinema moderno morreu. O Padrinho, Apocalypse Now, Superman, O Último Tango em Paris, Bounty, Um Eléctrico Chamado Desejo...e outros muitos outros. Resta-lhe agora a justa homenagem ao último grande actor americano (ou dos últimos)...Bernardo Bertolucci, que o dirigiu em "O Último Tango em Paris", classificou-o assim: "Um anjo como homem, um monstro como actor".
Vinhedos do Pico já são Património Mundial
Sampaio só falará à nação no fim da próxima semana.
No aquário da política nacional, Sampaio quis dar tempo, e muito bem, para ver se os (tu)barões do PPD/PSD devoravam o Santana Lopes (filho do cherne) mas só lhe saíram piranhas na rifa, e poucas.
Dia da Região e das Comunidades Madeirenses, celebrado, desde 1980, no dia 1 de Julho.
...
"Suceda o que suceder, já lá vai o tempo que os colonialistas de Lisboa puderam oprimir o povo madeirense, puderam roubar os nossos dinheiros durante cinco séculos", afirmou ainda.
"Eles, agora, continuam a oprimir as outras províncias do Continente, fora de Lisboa, mas, a nós, aqui, eles não fazem mais farinha e se tentarem fazer, atiramo-los ao mar", finalizou.
Alberto João Jardim, discurso do Dia da Região e das Comunidades Madeirenses, 2004
"Suceda o que suceder, já lá vai o tempo que os colonialistas de Lisboa puderam oprimir o povo madeirense, puderam roubar os nossos dinheiros durante cinco séculos", afirmou ainda.
"Eles, agora, continuam a oprimir as outras províncias do Continente, fora de Lisboa, mas, a nós, aqui, eles não fazem mais farinha e se tentarem fazer, atiramo-los ao mar", finalizou.
Alberto João Jardim, discurso do Dia da Região e das Comunidades Madeirenses, 2004
Ferreira Leite pede desculpa por ter sido excessiva nas críticas
sic transit gloria mundi, ou como diria o Abrupto: Pobre país o nosso.
Eu limito-me a reafirmar, merecíamos políticos melhores!
Eu limito-me a reafirmar, merecíamos políticos melhores!
quinta-feira, julho 1
Dizer cobras e lagartos e engolir sapos, assim é ser da espécia animal parlamentar.
"Verificou-se um apoio unânime, esmagador e em peso à eleição de Santana Lopes para presidente do PSD", declarou Jorge Neto, após a reunião do grupo parlamentar social-democrata, destinada a analisar a situação política.
...
O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, esteve presente na reunião do grupo parlamentar, tendo considerado que a escolha de Santana Lopes para suceder a Durão Barroso na liderança representa "a solução natural", segundo a mesma fonte.
Ausente da reunião esteve o ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Mendes..."
in TSF
...
O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, esteve presente na reunião do grupo parlamentar, tendo considerado que a escolha de Santana Lopes para suceder a Durão Barroso na liderança representa "a solução natural", segundo a mesma fonte.
Ausente da reunião esteve o ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Mendes..."
in TSF
Fico confuso quando tanta gente tem razão (e razões diferentes), se calhar por isso é que não sou Presidente da República
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O compromisso de Durão Barroso com os portugueses não era "soft", era "hard". Era forte e feio e duro. Foi feito numa eleição difícil, ganha à tangente, foi feito pelo risco de uma coligação que tinha e tem os seus problemas. Foi feito numa situação que o primeiro-ministro sempre caracterizou como sendo de emergência nacional, gerada pelas políticas de descalabro do PS. Foi feito para um Governo que ofereceu dificuldades aos portugueses, dizendo-as absolutamente necessárias, patrióticas, e que sempre disse que não governava para eleições. Foi feito sem recuo.
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Sugerido o convite, José Manuel Durão Barroso devia ter dito não. Devia ter pensado no seu azar de estar no local errado (no Governo português), no tempo errado (depois de uma derrota eleitoral, a meio do mandato, sem estabilidade na sucessão), e, com legítima pena e grande sacrifício pessoal, ter dito não. Devia ter dito: "Honra-me muito o vosso convite, mas não tenho condições para aceitar neste momento difícil do meu país." Devia ter pensado: "Os que me têm apoiado nesta tarefa árdua de pôr em ordem o meu país não podem ser abandonados." Devia ter pensado: "Fiz promessas tão claras aos portugueses que não tenho face para agora me ir embora, todos vão pensar que fugi." Devia ter pensado e certamente pensou. Mas "José Barroso" acabou por dizer sim.
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José Pacheco Pereira in Público
O compromisso de Durão Barroso com os portugueses não era "soft", era "hard". Era forte e feio e duro. Foi feito numa eleição difícil, ganha à tangente, foi feito pelo risco de uma coligação que tinha e tem os seus problemas. Foi feito numa situação que o primeiro-ministro sempre caracterizou como sendo de emergência nacional, gerada pelas políticas de descalabro do PS. Foi feito para um Governo que ofereceu dificuldades aos portugueses, dizendo-as absolutamente necessárias, patrióticas, e que sempre disse que não governava para eleições. Foi feito sem recuo.
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Sugerido o convite, José Manuel Durão Barroso devia ter dito não. Devia ter pensado no seu azar de estar no local errado (no Governo português), no tempo errado (depois de uma derrota eleitoral, a meio do mandato, sem estabilidade na sucessão), e, com legítima pena e grande sacrifício pessoal, ter dito não. Devia ter dito: "Honra-me muito o vosso convite, mas não tenho condições para aceitar neste momento difícil do meu país." Devia ter pensado: "Os que me têm apoiado nesta tarefa árdua de pôr em ordem o meu país não podem ser abandonados." Devia ter pensado: "Fiz promessas tão claras aos portugueses que não tenho face para agora me ir embora, todos vão pensar que fugi." Devia ter pensado e certamente pensou. Mas "José Barroso" acabou por dizer sim.
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José Pacheco Pereira in Público
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