...
Honrar os antepassados. Garantir a eternidade nos filhos cujo futuro se deixa orientado. Dar o seu melhor à Terra que é a nossa Pátria. Essa é a suprema missão de um Homem.
Quem não gostaria de ter as páginas da sua biografia marcadas com essas conquistas ? Victor Cruz, prestando homenagem à etimologia do seu nome, alcançou essas victórias na maratona da vida onde tantos perecem pelo caminho. Mais do que a trilogia banalizada de fazer um filho, escrever um livro, e plantar uma árvore, - (não necessariamente por essa ordem) -, o patamar que Homens como Victor Cruz transcendem é um exemplo cuja glória qualquer um de nós gostaria de replicar.
Victor Cruz personificou e deu voz a um vibrante sentimento popular de Açorianidade, que nunca escondeu um exacerbado patriotismo pela nação Açoriana, onde quer que ela estivesse. Depois do Verão quente de 75, e do ímpeto independentista aguçado pelo 6 de Junho, Victor Cruz manteve a chama do orgulho regionalista Açoriano muito depois de outros a terem trocado, na feira da ladra mais próxima, pela conveniência do colaboracionismo com os verdugos de outrora, por sinal, à data, filiados no mais visceral centralismo.
Essa flamejante alma Açoriana perpassa pelas páginas do recente apontamento biográfico de Victor Cruz editado pela "Publiçor". É uma viagem emocional a um passado dourado com a nostalgia em que o compromisso com a Pátria não tinha meio-termo: "Açores, ama-os ou deixa-os". Era assim, sem transigir, que se defendia a bandeira Açoriana. É também uma memória de uma vivência que já se perdeu nas cidades modernas. Sem a parafernália da aldeia global, em que paradoxalmente vivemos cada vez mais isolados, naqueles tempos, o convívio era uma forma de vida. Era assim, por exemplo, nas tertúlias que "nos Açores em geral, são um dos hábitos mais arreigados, de muitos intelectuais que se juntam em cafés, à hora do pequeno-almoço para porem em dia os enredos políticos, trocarem impressões sobre o que dizem os jornais, os livros que se publicaram",...enfim, o Mundo.
Esse mesmo Mundo para onde partiram tantos Açorianos e que tanto apoio tiveram em Victor Cruz, como emérito profissional do Consulado dos Estados Unidos que, com a sua bonomia e dinamismo, foi seguramente um farol de esperança em dias tão negros. Esse mesmo Mundo que Victor Cruz trouxe aos Açores com os dias da rádio, na banda sonora do Solar da Graça, no Carnaval igualitário do Coliseu, e até no pioneiro e irrepetível show de variedades "Açorianíssimo".
Tudo isto sempre ao serviço dos Açores e do seu Povo como atesta ainda hoje o legado que deixou com o Centro do Emigrante Açoriano, ou na afirmação das Grandes Festas do Senhor Espírito Santo em Ponta Delgada, "como uma marca distintiva e unificadora de todos nós", para remoque de muitos, especialmente após a recuperação desse "Império do Divino Espírito Santo" pela mão da Dr.ª Berta Cabral com a aceitação popular que se conhece.
A biografia de um Açoriano desta estirpe não se arruma em 82 páginas, tantas quantos os anos bem vividos de Victor Cruz mas, ainda assim, é um justo e fraterno reconhecimento de um amigo. Foi o que fez o Dr. Carlos Melo Bento, cuja própria biografia seria um subsídio para a memória de um tempo que ainda vivemos.
João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental.
Honrar os antepassados. Garantir a eternidade nos filhos cujo futuro se deixa orientado. Dar o seu melhor à Terra que é a nossa Pátria. Essa é a suprema missão de um Homem.
Quem não gostaria de ter as páginas da sua biografia marcadas com essas conquistas ? Victor Cruz, prestando homenagem à etimologia do seu nome, alcançou essas victórias na maratona da vida onde tantos perecem pelo caminho. Mais do que a trilogia banalizada de fazer um filho, escrever um livro, e plantar uma árvore, - (não necessariamente por essa ordem) -, o patamar que Homens como Victor Cruz transcendem é um exemplo cuja glória qualquer um de nós gostaria de replicar.
Victor Cruz personificou e deu voz a um vibrante sentimento popular de Açorianidade, que nunca escondeu um exacerbado patriotismo pela nação Açoriana, onde quer que ela estivesse. Depois do Verão quente de 75, e do ímpeto independentista aguçado pelo 6 de Junho, Victor Cruz manteve a chama do orgulho regionalista Açoriano muito depois de outros a terem trocado, na feira da ladra mais próxima, pela conveniência do colaboracionismo com os verdugos de outrora, por sinal, à data, filiados no mais visceral centralismo.
Essa flamejante alma Açoriana perpassa pelas páginas do recente apontamento biográfico de Victor Cruz editado pela "Publiçor". É uma viagem emocional a um passado dourado com a nostalgia em que o compromisso com a Pátria não tinha meio-termo: "Açores, ama-os ou deixa-os". Era assim, sem transigir, que se defendia a bandeira Açoriana. É também uma memória de uma vivência que já se perdeu nas cidades modernas. Sem a parafernália da aldeia global, em que paradoxalmente vivemos cada vez mais isolados, naqueles tempos, o convívio era uma forma de vida. Era assim, por exemplo, nas tertúlias que "nos Açores em geral, são um dos hábitos mais arreigados, de muitos intelectuais que se juntam em cafés, à hora do pequeno-almoço para porem em dia os enredos políticos, trocarem impressões sobre o que dizem os jornais, os livros que se publicaram",...enfim, o Mundo.
Esse mesmo Mundo para onde partiram tantos Açorianos e que tanto apoio tiveram em Victor Cruz, como emérito profissional do Consulado dos Estados Unidos que, com a sua bonomia e dinamismo, foi seguramente um farol de esperança em dias tão negros. Esse mesmo Mundo que Victor Cruz trouxe aos Açores com os dias da rádio, na banda sonora do Solar da Graça, no Carnaval igualitário do Coliseu, e até no pioneiro e irrepetível show de variedades "Açorianíssimo".
Tudo isto sempre ao serviço dos Açores e do seu Povo como atesta ainda hoje o legado que deixou com o Centro do Emigrante Açoriano, ou na afirmação das Grandes Festas do Senhor Espírito Santo em Ponta Delgada, "como uma marca distintiva e unificadora de todos nós", para remoque de muitos, especialmente após a recuperação desse "Império do Divino Espírito Santo" pela mão da Dr.ª Berta Cabral com a aceitação popular que se conhece.
A biografia de um Açoriano desta estirpe não se arruma em 82 páginas, tantas quantos os anos bem vividos de Victor Cruz mas, ainda assim, é um justo e fraterno reconhecimento de um amigo. Foi o que fez o Dr. Carlos Melo Bento, cuja própria biografia seria um subsídio para a memória de um tempo que ainda vivemos.
João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental.
Sem comentários:
Enviar um comentário