terça-feira, fevereiro 1

‘Improvement’(?). E o megalómano sou eu?

É coisa para perguntar à SRE se esta é a “receita” para evitar que o joio se misture com o trigo. Extemporâneo, talvez se possa acrescentar, uma vez que o trigo já ardeu ou está a arder.

Apesar de pecar por tardia, por ser muito ambiciosa e desfocada em termos de hierarquização na resposta à massa crítica, aplaudo a iniciativa e felicito a AHRESP, e o seu delegado, pelo "achievement".



"Projecto percorre ilhas para melhorar sector da restauração

A Secretaria Regional da Economia, através da Direcção do Turismo, e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) vão levar a cabo um projecto conjunto para avaliar a qualidade da restauração açoriana, com vista a melhorar a oferta nesta área turística. O projecto, que deverá arrancar em breve, irá desenvolver-se ao longo de três anos desde Santa Maria ao Corvo, privilegiando a formação de recursos humanos, incluindo o domínio de línguas, higiene, qualidade gastronómica e de serviço prestado. Além do aspecto do ‘improvement’, a iniciativa propõe-se fazer o levantamento da melhor gastronomia existente nos Açores e sensibilizar para a importância da inovação e da utilização de produtos regionais. Como evidencia o delegado regional da AHRESP, Luís Duarte, dono de um restaurante em Ponta Delgada, este projecto tenta mostrar que “se a gastronomia e restauração tiverem boa qualidade, com certeza que o cliente sairá sempre muito mais satisfeito e com vontade de voltar, porque já temos beleza e a animação está a melhorar de dia para dia”. Numa primeira fase, a acção começará com a realização de um projecto-piloto na Terceira. Na prática, será feita uma auditoria ao restaurante para se identificar as falhas, as mais-valias, formas de inovação, tornando-o apelativo e proporcionando-lhe uma boa gestão. “Não se trata de chegar às ilhas e fazer um concurso gastronómico. Temos uma boa gastronomia, agora precisamos é de a usar melhor e é neste sentido que se enquadra o projecto”. Luís Duarte lembrou que “não pode haver turismo se não houver restauração”. O delegado regional da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal lembrou, por isso, que há que aproveitar o facto dos Açores terem sido considerados o segundo melhor destino turístico a nível mundial. “Temos de aproveitar todas essas vantagens e julgo que a gastronomia é uma peça fundamental. O Governo já percebeu isso - até porque está por trás do projecto que percorrerá os estabelecimentos de restauração das nove ilhas - e agora é uma questão de acertos”, enfatizou. Apesar de reconhecer que existem “problemas” e que a Região precisa de ter “restauração melhor”, Luís Duarte entende que este sector é o parente pobre do turismo, sobretudo na comparação com a hotelaria e agências de viagens. “Temos problemas, mas ‘bater’ sempre na restauração é mau. Quando os transportes aéreos não funcionam não se diz nada ou diz-se pouco; quando o hotel não funciona não se diz nada ou diz-se pouco. Depois, quando vêm os estudos, a restauração é que está mal (...) e os empresários do ramo sentem-se amachucados na sua dignidade”. Razão para dizer que “merecemos ser um bocadinho melhor tratados”, mesmo porque, em seu entender, o consumidor “é muito mais castigado noutras áreas e nem sequer refila”. Uma das grandes preocupações da AHRESP é a formação de empregados e de empresários na restauração e hotelaria."
PAULO FAUSTINO

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