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No dia do juízo final sobre o plano e orçamento regional Carlos César confessou que o passivo directo da região é afinal de 1.500 milhões de €uros. Se tivermos em conta o orçamento paralelo das mais de 60 empresas regionais que medraram ao longo destes anos, adicionarmos os custos das parcerias público privadas, e somarmos as dívidas do sector empresarial que à boleia dos avales e subsídios do governo regional sobe ao podium das maiores empresas Açorianas, o valor real e efectivo da factura que está por pagar é provavelmente muito superior.
Certo é que quem vai pagar a factura não será Carlos César, ou qualquer um dos seus discípulos da teoria do "superávit", mas sim as gerações futuras. Essa factura não será, como aliás confessou o próprio Carlos César, para liquidar "no ano que vem". Ilustrando esse legado, muito para lá do ano negro de 2011, os encargos futuros, como "os das SCUT serão pagos ao longo de 30 anos.". São declarações do Presidente do Governo Regional que ficam para memória futura mas que com justiça fazem de Carlos César, e do seu Governo Socialista, o campeão absoluto do despesismo.
Em parceria partidária com José Sócrates juntos conseguiram bater o recorde do nosso endividamento. Ex-aequo têm a infame "camisa amarela" de líderes da maior crise de sempre, pedalam no pelotão da frente dos valores galopantes do défice e ainda estão no topo do ranking do desemprego. Um palmarés de campeões da ruína em "downhill" das contas públicas, e da economia, que os socialistas vão maquilhando e retocando com o glamour de uma festa que, inevitavelmente, vai um dia acabar. Na ressaca da mesma dissipar-se-á a miragem cor-de-rosa do oásis económico-financeiro que nos prometeram quando começarmos a pagar a respectiva factura geracional. Prometerem-nos um "cluster" de sucesso no meio do Atlântico numa rota sem escala para a crise nacional, europeia ou internacional que por aqui, diziam eles, não teria lugar.
Mas a nossa herança estará hipotecada ao gasto perdulário acima das nossas possibilidades e imputável ao modelo socialista de governação.
Afinal a crise em que nos atolaram tem autoria regional e a projecção futura dos seus encargos ficará por conta das próximas gerações. Esta "pegada" económico-financeira poderá implicar um verdadeiro retrocesso geracional e um imprevisível choque social. É a consequência de uma cultura do desperdício que cometeu ainda a façanha de ficar atrás das outras regiões ultraperiféricas congéneres da Europa apesar desta ter investido nos Açores mais do que em qualquer outra região. Nesse esforço de convergência, por exemplo, Madeira e Canárias aproximaram-se do nível médio de rendimento da União Europeia em percentagens acima dos 90 %. Nós por cá, a receber mais do dobro das outras regiões, não conseguimos valores aceitáveis de convergência.
Com toda esta cornucópia de euros da União e com o novo-riquismo da República subimos apenas nos valores que representam um dano social, por exemplo, temos 10 % dos agregados familiares Açorianos sob o fantasma do desemprego. E este valor tem tendência a aumentar já no próximo ano. Infelizmente para estes novos desempregados as “novas oportunidades” serão apenas a perspectiva descendente com a probabilidade de terem alguém na família que seja mais uma unidade nos beneficiários do rendimento social de inserção que, por ora, abrange cerca de 20.000 beneficiários nos Açores. Este modelo económico e social tem exaurido os Açores e as energias dos Açorianos.
Se há uma lição para o futuro a retirar desta factura geracional será percebermos que, eventualmente, teremos que refundar a Autonomia num pacto com os Açorianos que esquecendo o assistencialismo despesista convoque os Açores para "meter mãos à obra" com mais Trabalho e menos Estado.
João Nuno Almeida e Sousa no Açoriano Oriental
www.ilhas.blogspot.com
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No dia do juízo final sobre o plano e orçamento regional Carlos César confessou que o passivo directo da região é afinal de 1.500 milhões de €uros. Se tivermos em conta o orçamento paralelo das mais de 60 empresas regionais que medraram ao longo destes anos, adicionarmos os custos das parcerias público privadas, e somarmos as dívidas do sector empresarial que à boleia dos avales e subsídios do governo regional sobe ao podium das maiores empresas Açorianas, o valor real e efectivo da factura que está por pagar é provavelmente muito superior.
Certo é que quem vai pagar a factura não será Carlos César, ou qualquer um dos seus discípulos da teoria do "superávit", mas sim as gerações futuras. Essa factura não será, como aliás confessou o próprio Carlos César, para liquidar "no ano que vem". Ilustrando esse legado, muito para lá do ano negro de 2011, os encargos futuros, como "os das SCUT serão pagos ao longo de 30 anos.". São declarações do Presidente do Governo Regional que ficam para memória futura mas que com justiça fazem de Carlos César, e do seu Governo Socialista, o campeão absoluto do despesismo.
Em parceria partidária com José Sócrates juntos conseguiram bater o recorde do nosso endividamento. Ex-aequo têm a infame "camisa amarela" de líderes da maior crise de sempre, pedalam no pelotão da frente dos valores galopantes do défice e ainda estão no topo do ranking do desemprego. Um palmarés de campeões da ruína em "downhill" das contas públicas, e da economia, que os socialistas vão maquilhando e retocando com o glamour de uma festa que, inevitavelmente, vai um dia acabar. Na ressaca da mesma dissipar-se-á a miragem cor-de-rosa do oásis económico-financeiro que nos prometeram quando começarmos a pagar a respectiva factura geracional. Prometerem-nos um "cluster" de sucesso no meio do Atlântico numa rota sem escala para a crise nacional, europeia ou internacional que por aqui, diziam eles, não teria lugar.
Mas a nossa herança estará hipotecada ao gasto perdulário acima das nossas possibilidades e imputável ao modelo socialista de governação.
Afinal a crise em que nos atolaram tem autoria regional e a projecção futura dos seus encargos ficará por conta das próximas gerações. Esta "pegada" económico-financeira poderá implicar um verdadeiro retrocesso geracional e um imprevisível choque social. É a consequência de uma cultura do desperdício que cometeu ainda a façanha de ficar atrás das outras regiões ultraperiféricas congéneres da Europa apesar desta ter investido nos Açores mais do que em qualquer outra região. Nesse esforço de convergência, por exemplo, Madeira e Canárias aproximaram-se do nível médio de rendimento da União Europeia em percentagens acima dos 90 %. Nós por cá, a receber mais do dobro das outras regiões, não conseguimos valores aceitáveis de convergência.
Com toda esta cornucópia de euros da União e com o novo-riquismo da República subimos apenas nos valores que representam um dano social, por exemplo, temos 10 % dos agregados familiares Açorianos sob o fantasma do desemprego. E este valor tem tendência a aumentar já no próximo ano. Infelizmente para estes novos desempregados as “novas oportunidades” serão apenas a perspectiva descendente com a probabilidade de terem alguém na família que seja mais uma unidade nos beneficiários do rendimento social de inserção que, por ora, abrange cerca de 20.000 beneficiários nos Açores. Este modelo económico e social tem exaurido os Açores e as energias dos Açorianos.
Se há uma lição para o futuro a retirar desta factura geracional será percebermos que, eventualmente, teremos que refundar a Autonomia num pacto com os Açorianos que esquecendo o assistencialismo despesista convoque os Açores para "meter mãos à obra" com mais Trabalho e menos Estado.
João Nuno Almeida e Sousa no Açoriano Oriental
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