sexta-feira, setembro 13

"SACA-ROLHAS” Taberna

Para gáudio dos convivas, Fernando rapava o “tacho”. Um dia, raparam-no a ele.
O “tacho” desapareceu e, com ele, Fernando também. Contudo, uma trémula chama, substituiu o  lume outrora forte e a comida não deixou de se fazer. É que há pessoas que encontram energia onde pensamos já não existir e, passado não muito tempo, (h)eis que aparecem para nos surpreender.
Fui ao “Saca Rolhas” pela primeira vez pela mão de um amigo (na realidade fui de carro mas, isto agora não vem para o caso) e fiquei agradavelmente surpreendido com a simplicidade do produto, com a natureza gastronómica e, não posso esconder, com o acentuado ar de bonacheirão do nosso anfitrião.
Senti que, naquele despretensioso restaurante, havia uma certa genuinidade no ar e que pisávamos solo açoriano. Dei por mim, dias mais tarde, assomado por uma coragem pouco habitual, a recomendá-lo a um casal amigo (ela de Lisboa e ele de uma qualquer parte solarenga de Espanha) e o feedback, positivo por sinal, não se fez esperar, ficando eu feliz por ter proporcionado a um casal - ansioso por se deixar impregnar pelos Açores - uma experiência sensorial memorável, muito para além daquilo que o palato teve ocasião de experimentar.
Curioso e incrédulo quanto à desejada constância do negócio – doença da qual enferma a maioria dos nossos “restauradores” – ensaiei, guloso, um encore malicioso para ver o quão certo se encontrava o vaticínio e dei de caras com um anguloso restaurante. Percebi que a vida também nos brinda com circunstâncias nas quais nos sentimos perfeitamente arrebatados e estupefactos perante a firmeza subtil que nos atinge o ego inflamado e decidi voltar com a família, como se o processo de validação tivesse culminado ali, naquele instante.
Agora, ao jeito de qualquer crítico ou do seu alter-ego, podia dizer-vos o que comemos e quanto pagamos. Ao invés, vou manter a observação ao nível platónico (como o amor de muitos pela cristalização do sabor) e focar-me na atmosfera acolhedora que, pontuada por quatro paredes que contam histórias, a história do espaço e as histórias dos muitos que por ali passaram, coroa a belíssima viagem em direcção ao pôr-do-sol, que calmamente se faz até lá se chegar.

E se tiverem a sorte do Fernando vos contar uma das suas histórias... Bem!
SACA-ROLHAS
Rua da Corujeira, n.º 3 Relva
telf; 296716747 tlm: 967178973 e-mail restaurantesacarolhas@gmail.com

9 comentários:

Anónimo disse...

Eis.

O Sr. Carlos Fofinho Pomparucho aprendeu a escrever onde?

No cazaquistão?

Anónimo disse...

Era uma vez...slop slop slop...

Cala-te e baza pa cozinha! lol

Carlos Rodrigues disse...

Agradeço o alerta. Agora está corrigida a insuficiência.

Anónimo disse...

Corrigida a "insuficiência"!!

Corrigido o erro seria much too simple.

Nada como uma boa dose de barroco...

Deixo aqui um exemplo de simplicidade.

Listen. A simplicidade é muito mais elegante e muito mais en vogue do que pensas. Be kool, be simple! :)

http://www.youtube.com/watch?v=OmsJvJunOWA

O Tweed é simples.

Bye bye...:)






Anónimo disse...

o tweed é simples

mas o twat não...

LOL :)

I feel so extraordinary...a certain sense of liberty...

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=OmsJvJunOWA

I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
I don't care 'cause I'm not there
And I don't care if I'm here tomorrow
Again and again I've taken too much
Of the things that cost you too much
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...

When I was a very small boy,
Very small boys talked to me
Now that we've grown up together
(They are taking drugs with me)
They're afraid of what they see
That's the price that we all pay
Our valued destiny comes to nothing
I can't tell you where we're going
I guess there was just no way of knowing
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...

I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
The chances are we've gone too far
You took my time and you took my money
Now I fear you've left me standing
In a world that's so demanding
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...

Anónimo disse...

Que o anó(rmal)nimo habitual aqui do ILHAS faça os seus comentários da treta ainda vá agora publicar músicas dos New Order já é demais...baza oh anó(rmal)nimo!

Miguel

Anónimo disse...

Caro Miguel

As inscrições para a quarta classe ainda estão abertas na Relva, localidade onde ensino a língua de Camões.
Estou pedagogicamente preparada para leccionar pessoas com as mais diversas "insuficiências."
No meu entender, anórmila seria mais fixe.O seu
"anó(rmal)nimo" padece de uma certa falta de imaginação literária.Faça um esforço!

Anónimo disse...

Gostei da expressão "comentários da treta" e criei um blogue com este nome.Só para informar outras/os anormais que possam sentir a necessidade de sentir o calor humano de outras/os anormais. Anormais, uni-vos!!!!!!