terça-feira, janeiro 4
A todos os revolucionários
Nem todas as revoluções prestam, nem todas elas são desejáveis e nem todas produzem os resultados esperados.
No entanto, quando as revoluções nos libertam do jugo, da maledicência, do compadrio e da incompetência, mesmo que tudo isto se encontre dissimulado e branqueado por uma presumível democracia, elas são muito bem-vindas.
Contudo, não me venham com tretas. A revolução faz-se com os fortes e a partir do novo, fruto da inquietude (!). Não se agarra a nada e deve procurar contribuir para a evolução, de forma desprendida, despreocupada mas responsável, e procurando fazer melhor a cada passo.
Isto pode não passar de um pensamento ingénuo; isto pode não sobreviver na selva da política – onde quem não come é comido; isto pode exigir muito de quem possa vir a preconizar uma revolução mas, por estes dias e tristemente, isto assume uma importância crucial para os que sofrem ao serem injustamente e irresponsavelmente considerados o joio e, por isso, separados do “trigo amigo” ficam, com as suas vidas em stand-by, a olharem o vazio provocado por um conjunto de mentes iluminadas que, ao invés de criarem riqueza, tudo a todos (a quase todos) sugam,
Daqui por nada, o nosso mote poderá passar a ser: “Venham! Venham todos! Venham todos ver-nos pastar, nestas ilhas de valor”. Ilhas trampolim para alguns, a caminho de um lugar ao sol, num offshore qualquer.
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