Tradicionalmente o PS/Açores tinha uma desvantagem comparativa face ao PSD regional: era visto como um partido com reservas face ao aprofundar da autonomia. Com a sua comunicação, Cavaco Silva conseguiu consolidar a inversão de posições relativas – colocou o PSD/Açores na posição muito desconfortável de não poder, ao mesmo tempo, criticar abertamente o Presidente e distanciar-se da defesa do Estatuto tal como aprovado pelo Parlamento Regional. Com um crescimento do PIB bem superior à média nacional, com um conjunto de investimentos públicos, mas, também, privados muito significativos e com ‘superávit’ orçamental, Carlos César preparava-se para ter mais uma vitória nas próximas eleições regionais. Cavaco Silva, ao encostar o PSD/Açores a um dilema insuperável, ofereceu a Carlos César um presente com que o próprio não sonharia: um triunfo muito folgado.
a análise muito precisa de Pedro Adão e Silva, para ler mais aqui.
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