Colunas, Colunistas, Colaboradores e outros que nem por isso*
Tenho evitado a abordagem a esta rubrica, mas há dias e há crónicas…
Na imprensa local, são inúmeros os que, habitualmente, colaboram com os diversos periódicos. Entre políticos, profissionais liberais e outros que tais, muitos são os que acedem a escrever, quer seja por obrigatoriedade e dever, por prestígio e notoriedade, por prazer e, entre estes, alguns ainda, porque sim.
Confesso que gosto da escrita e aceitei o convite que me foi endereçado por razões que se prendem com a necessidade de abordar determinados assuntos que, na minha perspectiva, são praticamente ignorados pela imprensa (a saber: cultura, ambiente e media). No entanto, a decisão não foi serena, na medida em que esta colaboração, bem como as restantes, é efectuada de forma graciosa. Acedi, porque sim. E porque tenho necessidade de escrever e converter este exercício num hábito ao qual tento impor relativa disciplina.
Não obstante o que escrevo, dedico diariamente alguns minutos a ler o que outros escrevem nas colunas que preenchem os diários. Analiso e observo atentamente o “local público” que é cedido pelos editores dos jornais aos seus colaboradores mediante regras concretas, que foram estabelecidas a priori entre ambos. Mas, e apesar disso, muitas são as vezes em que alguns limites de idoneidade e de razoabilidade são manifestamente ignorados, sendo que, muitas das vezes, a ética tem muito pouco a ver com o que se acabou de ler.
Derivando desta constatação, permitam-me que pergunte: será legítimo que o colaborador de um determinado título, pelo facto de não ser pago profissionalmente pelo trabalho que envia regularmente, utilize o espaço público que lhe é cedido em benefício próprio ou daqueles a que(m) presta vassalagem!?
* edição de 04/09/07 do AO
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