terça-feira, agosto 21

Feios, Porcos e Maus *

(...) Tarantino é um "ser cheio de referências mas muito pouco 'culto'" (...) O filme parece de grande actualidade, isto deve-se talvez ao facto de este cinema ter saltado para o exterior da "cultura" (onde Bergman e Antonioni eram nomes decisivos) e viver nesse espaço "pós-cultural" em que uns vêem um deplorável declínio e outros vislumbram a consagração de outros valores (em que o valor do não-valor pode ser ainda uma realidade perturbante).
Eduardo Prado Coelho
n' O Fio do Horizonte in Público de 09.08.07

Já não faço grandes noitadas
frase de Pedro Santana Lopes ao Correio da Manhã nas Frases de ontem do Público de 09.08.07

(...) A televisão mainstream de hoje - e isso é visível numa TVI cujos intervalos de noticiários duram em média 15 minutos - pode estar virada para 15 minutos de reportagens sobre o caso Madeleine, outros cinco sobre o diferendo entre o FCP e a TAP, mas não Miguel Sousa Tavares a dissertar durante 15 minutos (...). Essa necessidade do soundbite intercalado pelos pivots reduz MST a uma posição de "convidado especial" que não tem tempo para dizer mais do que duas ou três evidências e aflorar ao de leve as questões (...). Ora, se é para não o deixar falar, então para que é que se tem Miguel Sousa Tavares?
Jorge Mourinha
em Comentar por aí in Público de 09.08.07

Uma ilha deprimida!?
Segundo os valores actuais, uma tourada à corda pode custar actualmente entre 750 e 3.500 euros, dependendo do número e da qualidade dos animais, acrescida das licenças que atingem os 500/600 euros nas tradicionais e as não tradicionais chegam aos mil euros. Nos Açores, ainda que existam algumas touradas à corda nas diferentes ilhas do arquipélago, é na ilha Terceira que atingem a sua maior expressão com a realização de cerca de 300 espectáculos anuais deste género, entre 1 de Maio e 15 de Outubro. (...)
in Açoriano Oriental de 15.08.07

O gigante Serralves na cidade Lilliput A polémica estalou em finais de Abril e, à primeira vista, até pode parecer estranho o "timing", a ocasião: logo ali, no lançamento de um livro da Colecção de Arte Contemporânea Público Serralves, "Propostas da Arte Portuguesa. Posição: 2007", dedicado à recém-chegada criação artística portuguesa, que inclui vários artistas da cena independente portuense. Isabel Carvalho foi convidada a falar (havia um debate, sobre "o que significa ser artista hoje em Portugal") e, apesar de estar em Serralves, não poupou críticas ao anfitrião. Segundo João Fernandes, director daquele museu, Isabel Carvalho proclamou que "Serralves é uma instituição que ignora deliberadamente os artistas locais". "Eu reagi assumindo o facto de na verdade não me interessar um artista pelo facto de ser local", diz o director, "de esse não ser um critério de selecção ou confronto ou avaliação de uma obra. O que não significa que não tenha curiosidade, não tenha obrigação de conhecer, etc. Mas não me sinto obrigado a apresentar um artista só pelo facto de ele viver ou trabalhar na cidade onde eu trabalho e vivo.
in ÍPSILON/Público de 17.08.07 (a entrevista com João Fernandes pode ser lida, na íntegra, aqui)


* o lado B do Vox Populi

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