A Cultura é de e para Todos * Assistimos no final da semana que passou a uma intensa agenda cultural em São Miguel; senão, vejamos: Exposição aTRItos na Fonseca Macedo, a Exposição bioArte de Marta Menezes na Academia das Artes, Lloyd Cole no Teatro Micaelense, a Companhia de Marionetas de Jordi Bertran na Biblioteca Pública, Concerto de Cravo na Igreja do Carmo, o Curso de Introdução à Arte do séc. XX em Portugal promovido pelo Serviço Educativo do Museu Carlos Machado, entre outros eventos.
Existe um clima de unanimidade quanto à melhoria qualitativa e quantitativa da oferta cultural. Se, por um lado, antes havia um deficit, hoje há quem azede devido ao excesso. No entanto, apenas na contraposição de diferentes ofertas, se poderá revelar se estas pecam pelo excesso ou nem por isso. Daí que houvesse, actualmente, a necessidade da existência de uma entidade reguladora que efectuasse a coordenação dos demais eventos públicos/associativos e privados, governamentais ou camarários para que, desta forma, o público, esse sim deficitário, tenha acesso (e agenda) sem sobreposições desnecessárias (e a evitar). Caberá esse papel à Direcção Regional da Cultura?!
As vozes dissonantes ao mapa cultural açoriano, em acentuada mutação nos últimos anos, acontecem na sua maior parte por desconhecimento ao funcionamento das intrínsecas redes culturais. E reflectem, muito provavelmente, a ignorância do meio e a falta de hábitos de frequência cultural no quotidiano e conotados erroneamente com um círculo restrito de pessoas - que é apenas restrito, porque são de facto poucos os que cultivam e produzem cultura nestas ilhas. Já foram menos. São felizmente cada vez mais.
* na edição de 28/11/06 do AO
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