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...we shall never surrender
Sir Winston Churchill foi um ícone do sec. XX cujo legado para a Liberdade e para a Democracia de rosto Liberal irá perdurar na memória de quem não transige com a tirania. Notável militar e carismático líder político tinha o dom da presciência e, por mais de uma vez, teve razão antes do seu tempo. Desde logo, quando a Europa fingia não escutar o troar das botas cardadas de Hitler, avançando inexoravelmente a passo de ganso sobre a Europa Central, Churchill fazia as vezes de uma Cassandra dos tempos modernos. Mais tarde, com a mesma tenacidade, denunciou o expansionismo comunista, registando num célebre discurso em Zurique, em 1946, que com a Europa de Leste sob o jugo soviético uma "cortina de ferro" tombara sobre a Europa. Politicamente, à data dos primórdios da "guerra-fria", Churchill exortava: "é preciso criar os Estados Unidos da Europa". Paradoxalmente Churchill resguardava a Inglaterra de participar nesta aventura, pois advogava o reforço das teias da CommonWealth esburacadas por Gandhi a quem carinhosamente apelidava de não passar de um "half-naked fakir".
Com a tenacidade de um bulldog, Churchill conduziu a Inglaterra à vitória sobre a ameaça hegemónica de uma "Europa Germânica". O ponto de viragem ocorreu na Batalha de Inglaterra na qual uma Royal Air Force, tecnológica e numericamente inferior, derrotou a poderosa Luftwaffe de Goering. Com propriedade Churchill deixou para memória futura a lembrança: "Never in the field of human conflict was so much owed by so many to so few". Churchill havia superado a promessa feita aos seus cidadãos no início da guerra: "I have nothing to offer but blood, toil, tears, and sweat." Com efeito, oferecera à Inglaterra e ao Mundo a sua enorme quota-parte na derrota do nazismo.
Dono de uma "indomitable fortitude" Churchill foi e ainda é de tal forma popular que, numa sondagem da BBC, efectuada em 2002, foi considerado the greatest-ever Briton .
Da sua vida errante antes da guerra fica ainda um registo de missões executadas em lugares tão díspares como a Índia, o Sudão, Cuba, ou até nas trincheiras de França na I Grande Guerra. Em tempo de paz foi férreo oposicionista à Independência da Índia. Contudo, condescendeu com a criação de um Estado Irlandês livre das peias Britânicas tendo, inclusivamente, como Secretário das Colónias, negociado o tratado de 1922 para a criação de um Irish Free State. Durante sessenta e quatro anos foi distinto membro do mais insigne Parlamento do Mundo, e em 1953 foi distinguido com o Nobel da Literatura.
Pela sua personalidade avessa aos consensos da "realpolitik" e pela sua repulsa às cumplicidades que trocam princípios pela sobrevivência, Churchill seria hoje um homem politicamente incorrecto. Ademais, a sua afeição por bebidas alcoólicas, cujo tirocínio remontava à prática de juntar umas gotas de whisky à água pouco recomendável das colónias por onde passara, seriam hoje motivo bastante para os habituais justiceiros promoverem a respectiva interdição para a causa pública. Nisso seriam por certo coadjuvados pelos tiranetes da saúde que não perdoariam a Churchill o seu fetiche por charutos. Seja como for morreu bem conservado aos 90 anos de idade. Na verdade a sua vida foi uma lição de resistência tantas vezes gravada em memoráveis linhas de oratória épica, e de transcendente dignidade, cuja epítome permanece na imortal declaração de princípios: "We shall defend our island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender."
Este herói dos tempos modernos nasceu em 1874 no dia 30 de Novembro.
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posted by Joao Nuno Almeida e Sousa.
...we shall never surrender
Sir Winston Churchill foi um ícone do sec. XX cujo legado para a Liberdade e para a Democracia de rosto Liberal irá perdurar na memória de quem não transige com a tirania. Notável militar e carismático líder político tinha o dom da presciência e, por mais de uma vez, teve razão antes do seu tempo. Desde logo, quando a Europa fingia não escutar o troar das botas cardadas de Hitler, avançando inexoravelmente a passo de ganso sobre a Europa Central, Churchill fazia as vezes de uma Cassandra dos tempos modernos. Mais tarde, com a mesma tenacidade, denunciou o expansionismo comunista, registando num célebre discurso em Zurique, em 1946, que com a Europa de Leste sob o jugo soviético uma "cortina de ferro" tombara sobre a Europa. Politicamente, à data dos primórdios da "guerra-fria", Churchill exortava: "é preciso criar os Estados Unidos da Europa". Paradoxalmente Churchill resguardava a Inglaterra de participar nesta aventura, pois advogava o reforço das teias da CommonWealth esburacadas por Gandhi a quem carinhosamente apelidava de não passar de um "half-naked fakir".
Com a tenacidade de um bulldog, Churchill conduziu a Inglaterra à vitória sobre a ameaça hegemónica de uma "Europa Germânica". O ponto de viragem ocorreu na Batalha de Inglaterra na qual uma Royal Air Force, tecnológica e numericamente inferior, derrotou a poderosa Luftwaffe de Goering. Com propriedade Churchill deixou para memória futura a lembrança: "Never in the field of human conflict was so much owed by so many to so few". Churchill havia superado a promessa feita aos seus cidadãos no início da guerra: "I have nothing to offer but blood, toil, tears, and sweat." Com efeito, oferecera à Inglaterra e ao Mundo a sua enorme quota-parte na derrota do nazismo.
Dono de uma "indomitable fortitude" Churchill foi e ainda é de tal forma popular que, numa sondagem da BBC, efectuada em 2002, foi considerado the greatest-ever Briton .
Da sua vida errante antes da guerra fica ainda um registo de missões executadas em lugares tão díspares como a Índia, o Sudão, Cuba, ou até nas trincheiras de França na I Grande Guerra. Em tempo de paz foi férreo oposicionista à Independência da Índia. Contudo, condescendeu com a criação de um Estado Irlandês livre das peias Britânicas tendo, inclusivamente, como Secretário das Colónias, negociado o tratado de 1922 para a criação de um Irish Free State. Durante sessenta e quatro anos foi distinto membro do mais insigne Parlamento do Mundo, e em 1953 foi distinguido com o Nobel da Literatura.
Pela sua personalidade avessa aos consensos da "realpolitik" e pela sua repulsa às cumplicidades que trocam princípios pela sobrevivência, Churchill seria hoje um homem politicamente incorrecto. Ademais, a sua afeição por bebidas alcoólicas, cujo tirocínio remontava à prática de juntar umas gotas de whisky à água pouco recomendável das colónias por onde passara, seriam hoje motivo bastante para os habituais justiceiros promoverem a respectiva interdição para a causa pública. Nisso seriam por certo coadjuvados pelos tiranetes da saúde que não perdoariam a Churchill o seu fetiche por charutos. Seja como for morreu bem conservado aos 90 anos de idade. Na verdade a sua vida foi uma lição de resistência tantas vezes gravada em memoráveis linhas de oratória épica, e de transcendente dignidade, cuja epítome permanece na imortal declaração de princípios: "We shall defend our island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender."
Este herói dos tempos modernos nasceu em 1874 no dia 30 de Novembro.
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posted by Joao Nuno Almeida e Sousa.
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