...
So, so you think you can tell Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell a green field from a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
Running over the same old ground.
What have we found? The same old fears.
Wish you were here.
...
sexta-feira, setembro 30
...Eu hoje deitei-me assim !
Grande sarilho...
"(...) Um estudo elaborado pela consultora Deloitte, a pedido a Confederação do Turismo Português, revela que a reclassificação do IVA no alojamento turístico, restauração e golfe teria por consequência imediata um aumento de receitas que poderia ir até ao máximo de 335 milhões de euros para Estado. Do lado do consumo, a redução estimada pode ir até aos 400 milhões de euros. (...)"
Como é que ficamos?
A senhora na base do ponto de interrogação é a D. Restauração. Encolhida por tamanha aflição
quinta-feira, setembro 29
Uma verdadeira pérola*
Aqui, para os que quiserem perceber o contexto e tirar ilações mais abrangentes
* Por Maria José Silva, CEO da RAVT
quarta-feira, setembro 28
Sempre a tempo, pelo menos, de uma nova bifurcação!
Falando no Dia Mundial do Turismo, David Scowsill, Presidente & CEO do World Travel & Tourism Council, disse:
"Today, on World Tourism Day, we call on governments around the world to recognize the central role that our industry plays in their economies today, as well as its leading role as a driver of global sustainable economic recovery.
"Travel and tourism acts as a universal bridge connecting people, cultures, and communities all over the world. And at the same time, travel and tourism is a world leader in contributing to the global economy by creating jobs, generating wealth, and improving the quality of life of its citizens. Many governments understand this. Unfortunately, many others do not. (...)"
Quero crer que os Açores se encontrarão perante a próxima bifurcação, nesta estrada penosa que temos trilhado, no que concerne ao Turismo.
Espero que desta vez possamos escolher acompanhar o racicínio de David Scowsill e procurar disseminar esta mensagem por todos os quadrantes e todos os sectores da frágil economia açoriana.
Oxalá!
P.S.
E, como para mim se tratava também de um "best kept secret", provei ontem o licor de ananás de Augusto Arruda. Devo dizer, sem reservas, que se trata de um fino néctar, cuja elegância deixa transparecer a genuinidade do fruto rei, tratada com mestria, desde sempre.
...Despertares
...
Guisela Rhein - Rodrigo Calazans - by Mario Testino
John Updike - Brasil
Chico Buarque - Novo Disco em 2011
RIO - MARIO TESTINO livro completo e folha a folha aqui em wishful thinking também de evasão
terça-feira, setembro 27
DOSE DUPLA.
segunda-feira, setembro 26
HOJE HÁ CINEMA.
Presidentes
da Menina Insular
Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
E ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.
E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.
Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.
E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranqüilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém.
...
Natália Correia
...
"Confia. Eu sou romântica. Não falto."
...
...
(Recepção do Presidente da República Portuguesa pela Presidente do Município de Ponta Delgada e Presidente da Junta de Freguesia de Fajã de Baixo - foto Vitor Melo)
…
O Presidente da República Portuguesa visita os Açores e o anfitrião de serviço, enquanto Presidente da Região Autónoma dos Açores, sublinha que não atribui especial relevância à deslocação oficial do Chefe de Estado Português ! Carlos César não pode, nem deve, omitir que não responde apenas por si próprio e pela sua corte mas, nestas circunstâncias, é o Presidente de todos os Açorianos, daqueles que nele votaram, e dos restantes que não merecem esta desdita. Também Cavaco Silva é o Presidente de todos os Portugueses, mesmo daqueles que nele não votaram, e até dos Açorianos que, por ora, integram o mesmo Estado, embora alguns - (como eu) - tenham entregue a sua alma à Pátria Açoriana, pelo que, o desdém institucional com que Carlos César recebe Cavaco Silva envergonha-nos a todos. Não há Açoriano que na sua marca identitária não tenha presente o culto e a honra de bem receber na sua própria casa. Que o digam, aliás, aqueles que aqui escolheram viver e que por essa escolha tantas vezes são tão ou mais Açorianos nos seus costumes, incluindo o bem receber, do que aqueles, como Carlos César, que foram aqui nados e criados.
No mínimo exigia-se do Presidente dos Açores um sorriso de conveniência e circunstância, coisa que é aliás tão simples de fazer que até o próprio reino animal replica. Que o diga o Presidente da República Portuguesa que em meditação bucólica confessou graciosamente, por sinal na Graciosa, que "reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas" (sic !). Com este olhar observador, Cavaco Silva, não deixará por certo de registar na sua visita oficial o "sorriso amarelo" de Carlos César enquanto Presidente do Governo Regional dos Açores, e até a sua ausência na especial homenagem que Cavaco Silva prestará, em São Miguel, à Cultura e à Poetisa Natália Correia com a inauguração do respectivo Centro de Estudos em cuja cerimónia Carlos César ostensivamente faz questão de não estar presente.
Entre a "cultura" e o "betão", entre a lisura institucional e o cascagrossismo, o Presidente da Região Autónoma dos Açores optou por inaugurar um troço de estrada (em bom rigor "de Vila Franca a Vila Franca"). Trata-se de uma manifesta afronta e uma provocação gratuita ao Presidente da República que apelou à coesão nacional, incluindo os Açores, pois, citando-o "estes tempos são de dificuldades e devem ser tempos de coesão, não tempos de divisão ou querelas estéreis".
A esta boa vontade o Presidente da Região Autónoma dos Açores responde com um frete ! Depois não nos podemos admirar da forma como somos olhados de soslaio por Lisboa quando, por dever de ofício, não cumprimos sequer os serviços mínimos da nossa Açorianidade que não dispensa ser-se bom anfitrião a quem aqui aporta. Perante uma oportunidade de em prime-time nacional o Presidente da Região Autónoma dos Açores levar uma imagem de modernidade ao resto do País optou por se demarcar da mesma. Mas, haverá quem assuma esse encargo, não só enquanto Presidente do maior Município dos Açores, mas também como alternativa credível, e por muitos desejada, ao actual Presidente do Governo Regional dos Açores. Além desta simbólica e ostensiva afronta institucional a voluntariosa ausência de Carlos César da inauguração do Centro de Estudos Natália Correia, na freguesia de Fajã de Baixo em Ponta Delgada, representa ainda um desprezo pela Cultura. Estranha-se efectivamente que o Presidente do Governo Regional dos Açores, que tutela directamente a "Cultura Açoriana", troque uma homenagem à intemporalidade da obra de Natália Correia pela transitoriedade de uns quilómetros de asfalto. Logo a Natália Correia que legou o seu espólio à Região Autónoma dos Açores e que a esta deu a letra do seu Hino. Natália Correia, a Açoriana, merecia melhor. Se fosse viva responderia em verso flamejante. Que os vivos, no futuro próximo, respondam a estes, e outros actos que nos indignam, com uma cruz num adequado voto de censura e mudança que tarda em chegar.
…
João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental
domingo, setembro 25
...
I've been lost inside my head
Echoes fall off me
I took the prize last night for complicated mess
Persuading things I didn't mean and don't believe
Believe in me
Believe in nothing
Corner me
And make me something
I've become the hollow man, нave
I become the hollow man I see?
Oh, I see this echoeing
You have placed your trust in me
I went upside down
I emptied out the room in
Thirty seconds flat
I can't believe you held your ground
Believe in me
Believe in nothing
Corner me
And make me something
I've become the hollow man, have
I become the hollow man I see
I'm overwhelmed
I'm on repeat
I'm emptied out
I'm incomplete
You trusted me
I want to show you
I don't want to be the hollow man
Believe in me
Believe in nothing
Corner me
And make me something
I've become the hollow man, have
I become the hollow man I see
I see
sábado, setembro 24
...Eu hoje deitei-me assim !
Desperado, why don't you come to your senses?
You been out ridin' fences for so long now.
Oh, you're a hard one,
But I know that you've got your reasons.
These things that are pleasin' you,
Can hurt you somehow.
Don't you draw the queen of diamonds, boy,
She'll beat you if she's able.
Know the queen of hearts is always your best bet.
Now it seems to me, some fine things,
Have been laid upon your table.
But you only want the things that you can't get.
Desperado, oh, you ain't gettin' no younger:
Your pain and your hunger, they're drivin' you home.
And freedom, oh freedom,
Well, that's just some people talkin'
Your prison is walking,
Through this world all alone.
And don't your feet get cold in the winter time?
The sky won't snow, the sun won't shine
It's hard to tell the night time from the day
You're loosin' all your highs and lows
Ain't it funny how the feeling,
Goes away?
Desperado, why don't you come to your senses?
Come down from your fences, and open the gate
It may be rainin', but there's a rainbow above you,
You better let somebody love you,
You better let somebody love you,
You better let somebody love you,
Before it's too late.
???
sexta-feira, setembro 23
quinta-feira, setembro 22
- Podias deixar-me fazer amor contigo.
- "Fazer amor"...? Que queres dizer?. Nem sabes qual é o meu psicocardiograma. Há séculos que as pessoas só fazem amor na Terra quando há uma convergência perfeita de psicocardiogramas.
- Não sei nada disso. Perguntaste o que podias fazer, e eu disse-te.
- Está bem, mas não sei se vai adiantar. Tens comprimidos?
- Deixa lá, eu tenho.
- O que é isto?
- É um comprimido de transferência de exaltação.
- Não conheço.
- Na Terra, quando os psicocardiogramas coincidem, e queremos "fazer amor", como dizes, tomamos um comprimido, e colocamo-nos assim. Durante um minuto, até a relação terminar.
- Isso não me interessa. Refiro-me a isto, à cama.
- Ninguém faz isso há séculos. Só os muito pobres, que não têm comprimidos, nem psicocardiogramas.
Hoje, no 9500 Cineclube
quarta-feira, setembro 21
PERNAS 35mm
terça-feira, setembro 20
Todos lá caídos
(não estiveram este ano mas quem sabe numa futura edição caso não sejam excomungados)
O Padre Duarte Melo, actual cura de São José é, como todos sabemos, uma personalidade local imaculada, designadamente, isenta do pecado da soberba, por isso quando fala "urbi et orbi" fá-lo, modestamente, por dever de ofício. Afinal, na sua nunciatura de regime é uma espécie de equivalente paroquial, e cor-de-rosa, do "cardeal cerejeira", logo as suas epístolas soam sempre a verbo angelical iluminado pela sarça ardente de uma selectiva missão "cívica", feita por encomenda, ou revelada por alguma epifania de ocasião. Mas o dito prelado desta Autonomia pós-moderna não é terceiro-mundista nem "ancien regime". É antes um humanista e um paradigma do "aggiornamento" da nova Igreja. Integra o culto da geração "multitasking" sendo, por exemplo, e por mera hipótese académica para não levantar "falsos testemunhos", capaz de montar uma sacristia em "instalação" no Museu Carlos Machado, comissionar uma "performance" de missa no Núcleo de Arte Sacra de Santa Bárbara, e de permeio, em "part-time", ir ao confessionário da sua freguesia. É um homem de causas e ao serviço de causas. Assim se compreende que emergindo do adro sua Igreja abrace agora uma causa "secular" para abençoar um "movimento cívico" para um "outro olhar" (sic.) sobre o Campo de São Francisco que, por certo, preferia ver transformado em retiro espiritual do seu rebanho, mas decorado por uma "griffe" internacional ao estilo dos melhores paramentos Italianos. Do seu púlpito o Padre Duarte Melo congrega agora a sua panfletária indignação pelo uso que a CMPD/ANIMA empresta ao Campo de São Francisco com as Noites de Verão a que, num léxico "pouco católico", rotula como "barracada". Fê-lo recentemente, legítima e publicamente, na imprensa local Vamos pois a factos, que gostos não se discutem: lamentam-se. Citando o próprio Padre Duarte Melo, noutros tempos, "a cultura é uma plataforma fundamental para combater a exclusão e para o desenvolvimento local." Ora, tem sido precisamente esse o objectivo da animação que a ANIMA/Cultura empresta localmente, nomeadamente, através das Noites de Verão. "Cultura" não é apenas arte sacra, assim como "desenvolvimento local" não se esgota no recolhimento beato…como aliás podem asseverar ao pregador de Melo duas "irmãs", de congregação religiosa que certamente identificaram os mais "católicos", que regularmente frequentaram o Campo nos serões das Noites de Verão. Neste evento sazonal, este ano, a média diária foi de 2.000 pessoas, num total de cerca de 150.000 pessoas que terão passado pelo Campo de São Francisco. Promoveram-se artistas locais desde o folclore - (apre) – até à world music. Cartaz diversificado e apostando, em tempos de crise, em artistas de São Miguel, mas também de outras ilhas que procuram o ANIMA/Cultura com gosto de participarem nas Noites de Verão. Soberbos concertos de abertura com "Os Golpes", e de encerramento com "Orelha Negra" que, muito longe do registo bafiento de qualquer requiem, são a vanguarda da nova música Portuguesa e que se afiança terem sido muito bem recebidos pelos "fiéis" que estavam presentes, e com essa filantropia, levam o nosso nome a outras comunidades. Todos os empresários que se associaram às Noites de Verão foram, como sempre, zelosamente fiscalizados por tudo o que era entidade fiscalizadora. Além dos Serviços de Higiene e Limpeza da CMPD, que no "day after" sempre procediam à limpeza do lixo gerado por quem, por falta de civismo, não usou os recipientes adequados para o efeito, também os Bombeiros, por mais de uma vez, colaboraram na limpeza, e serviços de desinfestação, como sempre, foram adjudicados. Quanto à segurança e não só a Polícia, especialmente a Municipal, esteve sempre presente cumprindo discreta e diligentemente a sua missão. Duas notas finais e factuais. Por um lado, estranha-se que este alarde do Padre Duarte Melo, impulsionado por um sentido de missão cívica, contraste com o seu silêncio em tantas outras causas cívicas. Por outro lado, a sua eclesiástica sugestão de um "movimento de voluntariado" para o Campo de São Francisco é bem vinda. Aliás, poderia para o efeito aproveitar a solidariedade de muitos dos empresários que foram parceiros das Noites de Verão e que discreta e voluntariamente ajudaram muitos dos desvalidos do Campo de São Francisco. Fizeram-no não com "bebida", mas sim com "comida" e "dinheiro na mão" para ajudar. Uma lição a aprender pois a benemerência não se exibe como uma comenda dourada de salão, nem requer o jet-set local para movimentos de voluntariado, faz-se por dever de humanidade sem esperar nada em troca, muito menos palco de exibição mediática. Quanto às Noites de Verão do ANIMA/CMPD faço votos que regressem para o ano de 2012 e nestes tempos de crise só me ocorre registar que elas são como a RTP-Açores, tudo o que é "intelligentsia" bem pensante do burgo fala mal, mas depois estão todos lá caídos…só não está quem não faz falta.
João Nuno Almeida e Sousa na edição de 19 Setembro do Açoriano Oriental
segunda-feira, setembro 19
...Eu hoje deitei-me assim !
...
(Fred dos Orelha Negra na memória de um outro campo.
foto : Vera Marmelo photoblog
...
Não vivo sem o teu amor
Contigo eu conto viver
E se tu tens amor p'ra dar
Estou pronto a receber
Tipo moeda de troca
Mas não te troco
Por moedas nem notas
Mesmo que eu viva com uns trocos
Eu só não vivo é de costas voltadas
Com respostas mal dadas
Quando te mostras fechada
E se eu estou vivo
É porque te mostras amada
Quanto de encostas cansada
Juntos na nossa almofada
E o tempo
Estou só à espera que nos junte
Há muito tenho a resposta guardada
Só à espera que me perguntes
Se eu te amo
E quero
Passam os anos
E espero
Desespero
P'ra que eu possa dizer
Que estamos juntos a sério
Fazes-me re-abrir a esperança
Voltar a sentir criança
E a sentir em segurança
Que sinto só contigo
E sinto que só consigo
Deixar de me sentir só
Quando 'tou a sós contigo
...
Eu tento mais uma vez
Mais outra vez
E outra
Entre tu e a outra vez
Nunca é a vez da outra
Que és só tu que me aqueces
Quando te beijo na boca
E és só te que me enlouqueces
Quando te vejo louca
...
Tento Uma, Duas, Três
Contigo eu corro
E fujo
Das duas uma
Ou consigo ou morro
Tudo sem ti é nada
Nunca senti nada igual
Por ninguém
E se menti não foi por mal
Foi por bem
Se o arrependimento matasse
E se o tempo voltasse, pa' trás
Se tu me aceitasses
E se ao menos escutasses, não vás
Se tu ficasses
Eu ficava
Se tu me amasses
Eu amava-te
Mas se não,
Eu amava-te na mesma
Há sentimentos
São pesados
Mas o que eu trago é puro
E mesmo que apague o passado
Eu nao apago o futuro
E eu pago
O tempo
Que perdemos
Eu pago juro
E um dia
Se tu quiseres
Eu até pago juros
...
domingo, setembro 18
...Eu hoje "não" me deitei assim !
...
It seems like yesterday
But it was long ago
She was lovely, she was the queen of my nights
There in the darkness with the radio playlng low
And the secrets that we shared
The mountains that we moved
Caught like a wildfire out of control
Till there was nothing left to burn and nothing left to prove
And I remember what she said to me
How she swore that it never would end
I remember how she held me oh so tight
Wish I didn't know now what I didn't know then
Against the wind
We were runnin' against the wind
We were young and strong, we were runnin'
against the wind
And the years rolled slowly past
And I found myself alone
Surrounded bv strangers I thought were my friends
I found myself further and further from my home
And I guess I lost my way
There were oh so many roads
I was living to run and running to live
Never worried about paying or even how much I owed
Moving eight miles a minute for months at a time
Breaking all of the rules that would bend
I began to find myself searchin'
Searching for shelter again and again
Against the wind
A little something against the wind
I found myself seeking shelter against the wind
Well those drifters days are past me now
I've got so much more to think about
Deadlines and commitments
What to leave in, what to leave out
Against the wind
I'm still runnin' against the wind
Well I'm older now and still
Against the wind
...
sábado, setembro 17
MR9. Como o IKEA? Desenhado para todos.
"O «Movimento Regional 9 Ilhas», abreviadamente designado por MR9, é uma resposta dos açorianos, incluindo residentes fora da Região e radicados nas comunidades da diáspora, através de um amplo espaço cívico onde, de modo livre, responsável e descomprometido, todos quantos querem bem-fazer às nossas ilhas possam reunir-se, promovendo uma reflexão serena, um debate vivo e uma actuação credível sobre a realidade autonómica e o modelo vigente, com vista a mobilizar as populações insulares para as mudanças necessárias à viabilização dos Açores enquanto Região Autónoma, e também assim reforçar os laços de coesão nacional.
(...)
No que depende dos açorianos, particularmente daqueles que estão em idade activa e têm maiores responsabilidades para com as gerações vindouras, torna-se urgente, em definitivo, criar riqueza nas ilhas, redistribuindo-a criteriosamente, até atingirmos patamares máximos de crescimento, tornando-nos, desse modo, menos dependentes e efectivamente mais autónomos, em vez de nos limitarmos a barafustar, ou então resignarmo-nos ao destino de variáveis externas, soluções económicas artificiais e engenharias financeiras duvidosas. Não podemos, de todo, arriscar continuar à mercê de terceiros, subvenções vitalícias e endividamentos crónicos, isto, caso queiramos, de facto, afastar o espectro do atraso, do empobrecimento e da miséria. Esta é a «Razão de ser» do MR9."
...Despertares
...
Vontade de partir, de largar tudo,
de acordar amanhã num hotel em Veneza,
de esquecer o passado, o futuro, o mundo
e baralhar as cartas expostas na mesa.
Vontade de zarpar, de abandonar
as mínimas coisas algum dia amadas
e procurar no mapa das estradas
o que teima em faltar.
Vontade de abalar sem um aceno
sequer de despedida
e de um modo expedito mas sereno
recomeçar a vida.
...
(Torquato da Luz)
...
Curta pausa para uma Curta
The Facts in the Case of Mister Hollow - Rodrigo Gudiño e Vincent Marcone (2009)
quinta-feira, setembro 15
ESTE MÊS MUITO CINEMA PORTUGUÊS
9871
Hoje, com três quartos de caminho andado,
aguardo a vinda dos amigos. Varri o alpendre.
Junquei de alecrim o chão da casa.
Aqueci o fogo. Cozi o pão.
Galgaram picos, treparam nuvens,
antes que aqui chegassem puros.
Libamos o vinho. Saudamos as palavras.
A vida concede-nos esta liberdade serena.
Vasco Pereira da Costa, "O Fogo Oculto", Calendário de Letras, 2011
quarta-feira, setembro 14
...Eu hoje deitei-me assim !
com expressa autorização de copyright
...
iconográfica no instantâneo de Pedro Sá da Bandeira
...
Ever away from seeing more than life
The morning lies miles away from the night
No man ever could steal her heart
But With bright gold coins I’ll take my shot
And all it takes to fall
All it takes to fall
What a quiet world after all
Of the things that you guessed will come
What a moment it was after all
...
Afinal o que é que nós queremos disto?
"Se uma Sociedade dos Povos razoavelmente justa, na qual os seus membros submeteram o seu poder a objectivos razoáveis, não for possível, e se os seres humanos se mantiverem largamente amorais, quando não irremediavelmente cínicos e centrados sobre os seu próprios interesses, podemos perguntar, como Kant, se vale a pena os seres humanos continuarem a viver à superfície da Terra". John Rawls
terça-feira, setembro 13
NO MEU AMBIENTE DE TRABALHO
segunda-feira, setembro 12
Hipocrisias
O Mundo mudou ontem a 11 de Setembro. Uma década depois, do declínio e queda da relação do Ocidente com o resto do Mundo, ainda olhamos, em directo, para a memória do soçobrar do WTC...como se fosse ontem. Mas, por enquanto, sobre os escombros do aviltante fanatismo muçulmano a Liberdade acabou por prevalecer sobre a tirania. O choque de civilizações passou da teoria à prática e afinal o eixo do mal era mesmo real. Mas, mesmo na teoria, essa clivagem sempre existiu na sua fonte quando, de um lado, temos o Islão cuja raiz se define como "submissão" e do outro lado do Mundo existe o Ocidente. Pretender carrear do Ocidente para o Islão um modelo civilizacional que está nos antípodas da subjugação do indivíduo, e da sociedade ao "Além", é a verdadeira "quadratura do círculo". Porém, o "mundo árabe" também está em mudança. Falta é ainda fazer a festa da Liberdade em tantas capitais sob a bandeira da teocracia e do despotismo. Mas que "festa" é essa ? O que se assiste em Tripoli, e na Líbia em geral, não é uma espécie de Revolução dos Cravos nem o regime de Kadhafi se compara ao Estado Novo. Dizer-se que a sublevação popular na Líbia, ou em qualquer outro território tribal, com pretensões de ser um Estado, é "uma espécie de 25 de Abril", é um enorme erro de casting. Na Líbia, como em qualquer outro torrão de terra queimada pelo Islão e dominado pela lei do Corão, as mais elementares Liberdades cívicas são inexistentes, e mundanidades tão vulgares, como por exemplo ir à praia, chegam a ser motivo de proibição como sucedia na coutada de Kadhafi. Mas por via do "multiculturalismo", imposto pelo politicamente correcto, qualquer crítica ou censura Ocidental sobre a intolerância e a utopia de Democracia no Islão é logo banida do debate público como se de uma "boutade" se tratasse. Ao invés, com despudor, mais ligeiramente se afirma que estas erupções no mundo árabe e muçulmano são uma espécie de 25 de Abril! A única analogia possível é o risco que correm, agora os Líbios, de substituírem o Antigo Regime pelo talibanismo barbudo, como nós em Portugal, com a queda do Estado Novo, corremos o sério risco de resvalar para uma ditadura terceiro-mundista de barbudos marxistas. Estes, aliás, sempre foram cúmplices da Liga Árabe e Irmandade Muçulmana pela simples e pragmática razão de serem inimigos da Liberdade que Israel sempre simbolizou como excepção possível. Mas, o Mundo efectivamente mudou, e no meio da arruaça de Tripoli, longe já do ódio ao Ocidente que tantas vezes instilou manifestações de alegria pelos atentados de 11 de Setembro, na juventude há ténues sinais de esperança. São novas gerações que ambicionam a globalização por oposição ao orientalismo e que gritam às câmaras do mundo, como se viu numa anónima jovem Líbia em celebração da sua Liberdade, que jamais querem viver debaixo do chão mas sim à superfície. A questão é saber se na era da globalização serão capazes de importar a cidadania livre que Péricles, antes de Cristo, e muito antes de Maomé, definiu como a prática da "liberdade e tolerância na vida privada e a obediência à lei nos assuntos públicos". Uma lei igual para todos, e na respectiva proporção, capaz de levar ao banco dos réus do Tribunal Penal Internacional o inominável "cão raivoso" Líbio, mas também todos os "cães" de raça e pedigree ocidental, alguns deles lusitanos, que sem asco pelo sangue alheio quiseram sempre meter a mão nos negócios oleosos com Kadhafi. Mas essa é outra utopia para uma "festa" que nunca se fará e mais rapidamente os cúmplices do passado serão já amanhã as testemunhas de acusação de um criminoso congénito que incensaram enquanto teve poder. É uma boa parábola para a hipocrisia das relações políticas ainda que à escala da diplomacia internacional.
João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental
sábado, setembro 10
stay local, act local but, please, THINK GLOBAL (!)
Muitos não se recordarão de ver o anúncio do restaurante "O Corisco", muitas vezes colocado no Açoriano Oriental. E muitos mais nunca se terão apercebido do apelo que, todas as vezes, foi feito aos "players" (como está na moda dizer-se) do sector, para que se unissem na defesa dos seus interesses.
Apesar de tudo e de todos os esforços, são poucos os que se unem, e menos ainda os que o fazem verdadeiramente, não sendo de estranhar, por isso, o título de uma das notícias de hoje do AO:
“Crise deve levar ao fecho de “muitos restaurantes”
O aumento de impostos e o agravamento dos custos pode originar o encerramento de “muitos restaurantes” nos próximos meses nos Açores, alertou Luís Duarte, representante na região da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). “Estamos completamente estrangulados, não aguentamos mais impostos, não conseguimos aguentar mais custos”, afirmou, admitindo que “os próximos seis meses vão ser a machadada final para muitos restaurantes” nos Açores. O representante da AHRESP salientou que o sector está a passar momentos difíceis em todas as ilhas, frisando que o “medo tem dominado o negócio”. Luís Duarte referiu que a conjuntura económica está a levar muitos açorianos a voltar “ao tempo das marmitas”, com impacto negativo nos restaurantes. • LUSA
No entanto, a grande questão é, em minha opinião, a falta de visão global - própria das coisas que se encontram em processo de amadurecimento - que elege o(s) particular(es) em vez do todo.
Na verdade, a crise não será só dos restaurantes (nem dos hotéis, como há muita gente empenhada em fazer acreditar). A crise estender-se-á a muitos dos sectores da economia açoriana e, entre os vários estratos sociais, as diferenças caminharão - muito rapidamente - para uma fenda abrupta e praticamente instransponível, onde o desemprego e a incapacidade do estado em cobrar impostos serão alguns dos muitos problemas.
Contudo, estamos impávidos e serenos (havemos de sobreviver, é que a maioria de nós pensa). Mas, o que não conseguimos medir é a dificuldade com que isto será eventualmente possível e não nos podemos esquecer que na arca de Noé (não o actual Secretário Regional da Agricultura e Florestas), toda a fauna do planeta escapou ao dilúvio com apenas um casal de cada espécie.
Não tomemos juízo e os Açores (fecundos que são), sem uma economia saudável, acabarão por se tornar no pasto das vacas dos outros.
Algo que não só os políticos conscientes deviam ler
"(...) Adopted yesterday in Parliament, the new tax will finally affect all hotels with prices over € 200. Instead of being taxed at 5.5%, rooms – excluding breakfast - will now be taxed at the new rate of 7.5%. And as a bad surprise for travelers, it will enter into application from November 1, 2011. Unfortunately, the French government does what most governments think about tourism around the world: it is easier to tax visitors as they do not represent a potential voter’s force."
...mixtape
...
para ouvir integralmente aqui na antena 3
...
Depois dos Golpes em Junho no campo das Noites de Verão e em gig da 3
...
...
...
Regressa o melhor som de Lisboa a Ponta Delgada, agora com os Orelha Negra, mais logo para as noites finais de verão no Campo de São Francisco
...
Ouvi dizer que é muito bom, mas não assisti.*
sexta-feira, setembro 9
Um café para dois...
Trabalha aqui a Internacional e há já um movimento dos seus três mil operários; é o que me alegra e oxalá que se incendeie isto tudo depressa. Já não há cura para esta gangrena senão petróleo.
..."madrugar"
...
"E-Bow The Letter"
Look up, what do you see?
all of you and all of me
florescent and starry
some of them, they surprise
the bus ride, I went to write this, 4:00 a.m.
this letter
fields of poppies, little pearls
all the boys and all the girls sweet-toothed
each and every one a little scary
I said your name
I wore it like a badge of teenage film stars
hash bars, cherry mash and tinfoil tiaras
dreaming of Maria Callas
whoever she is
this fame thing, I don't get it
I wrap my hand in plastic to try to look through it
Maybelline eyes and girl-as-boy moves
I can take you far
this star thing, I don't get it
I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminum, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over
will you live to 83?
will you ever welcome me?
will you show me something that nobody else has seen?
smoke it, drink
here comes the flood
anything to thin the blood
these corrosives do their magic slowly and sweet
phone, eat it, drink
just another chink
cuts and dents, they catch the light
aluminum, the weakest link
I don't want to disappoint you
I'm not here to anoint you
I would lick your feet
but is that the sickest move?
I wear my own crown and sadness and sorrow
and who'd have thought tomorrow could be so strange?
my loss, and here we go again
I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminum, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over
look up, what do you see?
all of you and all of me
florescent and starry
some of them, they surprise
I can't look it in the eyes
seconal, Spanish fly, absinthe, kerosene
cherry-flavored neck and collar
I can smell the sorrow on your breath
the sweat, the victory and sorrow
the smell of fear, I got it
I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminum, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over
pulls us near
tastes like fear...
nearer, nearer
over, over, over, over
yeah, look over
I'll take you there, oh, yeah
I'll take you there
oh, over
I'll take you there
over, let me
I'll take you there...
there, there, baby, yeah
...
"New Adventures in Hi-Fi" 10º album dos REM com Michael Stipe + Patti Smith lançado a 9 de Setembro...de 96
Pausas de um longo dia de trabalho
Mama Afrika
Já rolam por aqui os seus dois últimos trabalhos com o cinema como mote: "CAFE CINEMA - Songs for an imaginary movie" (2008) e "Road Movie"(2011) de onde saiu este Mama Afrika.
quinta-feira, setembro 8
quarta-feira, setembro 7
Silent Cinema Vamps
Man of Aran
Visionamento recente de um histórico e interessante de seguir - pelas boas imagens e pela montagem ágil - documentário de Robert J. Flaherty, "Man of Aran", gravado nos anos 30 numas ilhas irlandesas. A edição do DVD vale muito a pena porque traz uma pequena reportagem com o reeencontro nos anos 70 com alguns dos "personagens" do filme. A mulher que foi a protagonista continua anos depois a espreitar o mar por uma pequena janela enquanto entoa cantorias antigas.
Às tantas podemos cair na tentação de dizer que estamos numas ilhas irlandesas mas podíamos bem estar nos Açores. Em vez da caça à baleia, aqui a caça era ao tubarão. E há aspectos comuns como a brava atitude dos homens do mar perante as explosões de espuma e outros ameaços oceânicos.
...
Paul Valéry