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Tal como a avestruz o cartel de Sócrates julga que metendo a cabeça no buraco não vê a realidade que o rodeia e, por prestidigitação, para a mesma realidade torna-se invisível. Foi esta a estratégia que seguiu para o orçamento do estado pois quando percebeu que estava à beira de ser castigado pela União Europeia meteu a cabeça na areia e depois sacudindo o pó das penas quis seguir a sua marcha como se fosse uma ave rara alheia a toda a infausta calamidade que produziu. Porém, foi com a astúcia da raposa que conseguiu passar a mensagem apócrifa de que este orçamento do estado é também obra do PSD a quem, aliás, chamou ao seu covil para negociar com a reserva mental de quem efectivamente apenas queria o necessário psicodrama do prime-time. Mas, tal como na célebre sátira do "Triunfo dos Porcos", já é tempo de se perceber que os donos desta "quinta" cor-de-rosa há muito que se governam a si próprios, e a prometida prosperidade das "novas oportunidades" é apenas mais um embuste que choca com a realidade de degradação das condições de vida e de quem vive do seu trabalho. Este é o orçamento da ruína a que nos conduziu esta inepta casta dominante. Este é o orçamento que anuncia um tempo de "vacas-magras" sem prejuízo de outras espécies engordarem, luzidia e obscenamente, nas gamelas da economia paralela. Efectivamente, para aqueles que vão viver sob o jugo do orçamento do estado a canga é cada vez mais pesada. Na procura de um bode expiatório o consórcio de Sócrates não resistiu a diabolizar os funcionários públicos. Estes apesar de representarem cerca de 8% de toda a população activa de Portugal serão os mais penalizados nesta colheita de 2011. Serão efectivamente objecto de brutais reduções remuneratórias num claro retrocesso à confiança nas legítimas expectativas que um Estado de Direito consente para que, socialmente, uma geração ambicione viver melhor do que a precedente. Depois disto só por masoquismo, ou empedernida burrice, se prestarão a manter os antolhos fixados na direcção de Sócrates. Enquanto subsistir a esperança só nos resta ambicionar que, tal como o peru, também Sócrates terá o seu natal… até porque já hipotecou o nosso.
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Tal como a avestruz o cartel de Sócrates julga que metendo a cabeça no buraco não vê a realidade que o rodeia e, por prestidigitação, para a mesma realidade torna-se invisível. Foi esta a estratégia que seguiu para o orçamento do estado pois quando percebeu que estava à beira de ser castigado pela União Europeia meteu a cabeça na areia e depois sacudindo o pó das penas quis seguir a sua marcha como se fosse uma ave rara alheia a toda a infausta calamidade que produziu. Porém, foi com a astúcia da raposa que conseguiu passar a mensagem apócrifa de que este orçamento do estado é também obra do PSD a quem, aliás, chamou ao seu covil para negociar com a reserva mental de quem efectivamente apenas queria o necessário psicodrama do prime-time. Mas, tal como na célebre sátira do "Triunfo dos Porcos", já é tempo de se perceber que os donos desta "quinta" cor-de-rosa há muito que se governam a si próprios, e a prometida prosperidade das "novas oportunidades" é apenas mais um embuste que choca com a realidade de degradação das condições de vida e de quem vive do seu trabalho. Este é o orçamento da ruína a que nos conduziu esta inepta casta dominante. Este é o orçamento que anuncia um tempo de "vacas-magras" sem prejuízo de outras espécies engordarem, luzidia e obscenamente, nas gamelas da economia paralela. Efectivamente, para aqueles que vão viver sob o jugo do orçamento do estado a canga é cada vez mais pesada. Na procura de um bode expiatório o consórcio de Sócrates não resistiu a diabolizar os funcionários públicos. Estes apesar de representarem cerca de 8% de toda a população activa de Portugal serão os mais penalizados nesta colheita de 2011. Serão efectivamente objecto de brutais reduções remuneratórias num claro retrocesso à confiança nas legítimas expectativas que um Estado de Direito consente para que, socialmente, uma geração ambicione viver melhor do que a precedente. Depois disto só por masoquismo, ou empedernida burrice, se prestarão a manter os antolhos fixados na direcção de Sócrates. Enquanto subsistir a esperança só nos resta ambicionar que, tal como o peru, também Sócrates terá o seu natal… até porque já hipotecou o nosso.
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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