domingo, novembro 30

Um estranho "Parentesco"

Na folha mais lida da comunicação social regional (um facto que a ser verdade é um ou "o" sinal sintomático da triste realidade que povoa os media regionais), era dada atenção a um grau de parentesco, de todo improvável, e revelador da precariedade cultural e da pequenez do meio, a referida argolada referia o seguinte: Parentescos - O Argolas tem um concorrente. É verdade. Aquela que deve ser um das páginas mais lidas da comunicação social açoriana (esta) deve ter servido de exemplo para um caderno (engraçadíssimo) que o jornal Público tem vindo a editar de há uns tempos para cá... Ou, se calhar, as "carolas" por detrás do "Inimigo Público" ainda são uns primos afastados cá do Argolas...

Amigos, que estais longe desta profusa actividade jornalística e tendo por alvo o vosso trabalho, não queria privar-vos deste grande momento. Será este o "parentesco" que faltava na genealogia das "carolas"!?...

"Argoladas" às 6ªs no Semanário Expresso das Nove
"O Inimigo Público" às 6ªs com o Público

> A coincidência da saída de ambos os “primos”, à 6ªfeira, não será de todo...coincidente e, tal facto, deverá ser considerado um acto puramente especulativo!

sábado, novembro 29

A parte mais feia da política.

Sai hoje de manhã em busca de coisas boas, que não encontrei, em vez disso vejo, estupefacto, uns cartazes e faixas espalhados pela periferia de Ponta Delgada e, não consigo evitar uma profunda sensação de desespero. A JS achou boa política espalhar pela via pública frases de Paulo Gusmão. As ditas frases são alarvidades boçais próprias de quem não tem um pingo de cultura, muito menos de decência. Mas os disparates de Paulo Gusmão só a ele dizem respeito. Eu não morro de simpatia por Paulo Gusmão, como aqui já demonstrei, mas as nossas opiniões pessoais sobre quem quer que seja são para ser esgrimidas no plano pessoal. Aquilo que dizemos numa roda de amigos numa mesa de café, ou que escrevemos no fórum livre dos blogs não deve, nem pode, ser levado para o plano do debate político. Fulanizar a política não é fazer política, é cair no golpe da pior direita que gosta de humilhar os adversários. O senhor Mário Tomé, recém eleito líder da JS deu um valente tiro nos pés mas, é assim, quando os adolescentes se apanham sozinhos em casa, com os pais no Brasil, fazem disparates destes. Vou-me repetir: nós todos merecíamos políticos melhores, em ambos os lados.

Os politicos que temos

Do pouco que sei, sei que na vida há caminhos difíceis de percorrer. Os que de nós tem ideais carregam a cruz de os tentar defender e, mais do que isso, de os tentar implementar. Os ideais são planos de vida, são arquitecturas para um mundo melhor, engenharia para sociedades que pretendem aproximar-se da perfeição. A política devia ser a mais nobre das tarefas que cada um de nós poderia cumprir. Infelizmente, hoje, não o é.
Olho para o discurso de Victor Cruz na abertura do 14º congresso do PSD/Açores, cenário cuidado, écran gigante, mesa reduzida para realçar o púlpito, pose na diagonal para reforçar a naturalidade e o à vontade, poucos gestos, ritmo pausado, ênfase. Pela negativa, algum excesso no olhar, na tentativa de interagir com a plateia.
Ouço o discurso.
Ninguém, com um palmo de testa nos Açores, nega que somos uma região pobre, atrasada, inculta e, mais grave de tudo, fechada sobre si mesma. Tanto Victor Cruz como todos os 400 congressistas sabem, uns de uma maneira outros doutra, desta dura realidade. Nada do que foi dito neste discurso aponta no sentido de mudar esta realidade.
O estado da região, como em certa medida o estado do país, requer, ou melhor, necessita urgentemente, mais do que alternativas de governação, de modelos alternativos de cidadania. Participação plena de todos nós, em tudo o que nos seja possível, na organização e desenvolvimento do espaço físico e social onde estamos inseridos. Ao reduzir o futuro dos Açores a uma luta entre o socialismo e os açorianos, ao reduzir o futuro dos Açores a uma luta bipolar entre este governo ou o seu governo, ao apelar a uma incondicional união de ideologias, que à partida são incompatíveis, ao não apresentar ideias ou propostas concretas de mudança para além dos customeiros clichés demagógicos de apelo ao voto cego, Victor Cruz transmitiu uma imagem de um lider que quer conquistar o poder a todo o custo. Quem ficou a perder com isso foram os Açores.
Os Açores necessitam, tal como o país, de uma discussão preocupado e coerente dos seus problemas. A luta política deveria ser essa discussão. Desde a eleição para a Junta de Freguesia até à eleição do Presidente do Governo ou da República as alternativas de governação deveriam ser o ponto principal dos discursos e do debate político. O que assistimos da parte de Victor Cruz foi o reduzir do debate político a um maniqueismo patético entre direitas e esquerdas que, vistas desse prisma, não significam absolutamente nada.
Ter ideais não é o mesmo que ter ideias e algumas pessoas ainda se lembram da incompatibilidade entre PSD e CDS. Tempos houve em que o próprio Victor Cruz esteve na primeira linha de oposição a tal aliança! Esquecer estes factos apenas porque é preciso destituir a esquerda é o pior e o mais baixo dos argumentos.
Mas para mim e, porque a critica já vai longa, a constatação mais triste que tiro do discurso de abertura do congresso de Victor Cruz é esta: Carlos Cesar fugiu para o Brasil e, pura e simplesmente abdicou do debate de ideias, já para não falar do debate entre ideologias.
Nós todos merecíamos políticos melhores.

quinta-feira, novembro 27

MACAQUINS - últimas sessões



SESSÃO - WALLACE AND GROMIT (do realizador d' A Fuga das Galinhas)
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada

28/11 às 21h30 e 29/11 às 17h00 (entrada livre)

3 filmes de Nick Park: A GRAND DAY OUT/THE WRONG TROUSERS/A CLOSE SHAVE

29/11 - sábado - às 18h00
CONFERÊNCIA/DEBATE com os realizadores ABI FEIJÓ e FERNANDO GALRITO

dia 30/11 - domingo - SESSÃO DE ENCERRAMENTO - ARTE E ANIMAÇÃO
CINE SOLMAR às 21H30





Europa à Leão



Bem, alguém se esqueceu de dizer aos Turcos que ao Sporting bastaria 1 empate para passar à eliminatória seguinte...e o estádio quase cheio e a "happy hour" antes do jogo...+ 1 grande noite europeia à Sporting...temos Leão!

> para adepto sofredor, o caso deste vosso amigo, consultar a "pátria" em
Sporting CP

Noticias Tristes

É já noite quando vou pegar nos jornais que gostava de ter lido de manhã. Há dias em que apesar do meu ritual de Tabacaria todas, ou quase todas, as manhãs só consigo parar para folhear os jornais quando o dia já vai anoitecendo. Hoje foi um desses dias e no Diário de Noticias vejo uma pequena noticia que me entristece e que me fez vir aqui desabafar.
A Zero em Comportamento, um dos projectos culturais mais interessantes existentes em Portugal vai cessar funções. Uma hibernação forçada pelas circunstancias próprias de um país pequeno, atrasado, desajustado e fora do tempo.
A Zero em Comportamento oferecia à capital do país uma relação fiel e regular com algum do melhor cinema que se faz no mundo, que isso acabe é para mim motivo de pesar.

Vou abrir aqui um parêntesis pessoal (fui, em tempos, Amigo da Cinemateca, n.º 129, vivi na velha sala da Barata Salgueiro momentos incríveis de descoberta e de fruição do melhor cinema, guardo preciosamente as memórias dos momentos em que após os filmes, sai-a da sala e descia a Av. da Liberdade até ao elevador da Gloria para subir para o Bairro Alto para umas cervejas no Estádio e ao lado do elevador da Gloria o Cine 222).

O início da actividade da Zero em Comportamento está muito próximo do meu abandonar de Lisboa, por isso foram poucas as sessões programadas por eles que eu presenciei mas, na imprensa, fui acompanhando o seu percurso, as apostas arrojadas, os desafios que eles lançarão ao publico amante de cinema, os riscos que correrão e isso fez-me sentir próximo desse projecto tão diferente. É por isso que estou triste, por isso e, também, porque chegamos na MUU a pensar e a falar com a Zero em Comportamento para estabelecer parcerias, como forma de trazer alguns desses filmes aos Açores. Se eles, que estavam em Lisboa se virão obrigados a parar chego a pensar que o mesmo pode nos acontecer a nós, à MUU, que estamos tão longe de Lisboa.

Deixo aqui um apelo: todas as pessoas que alguma vez foram tocadas pela beleza de uma experiência cultural – um poema, uma sequência de um filme, um tema musical, um quadro, uma fala de um actor, um desenho de um arquitecto, uma frase de um romance... – não deixemos que o futuro seja só Big Brother’s.

PROCURO

Produto eficaz para limpar as minhas janelas de oportunidade.
Não consigo ver nada.

VM

Sophia



É só para saudar a reedição dos 7 primeiros livros de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Leitura obrigatória nos liceus deste País.

quarta-feira, novembro 26

Make up.

Como os repetentes vão certamente reparar fizemos algumas, pequenas, alterações ao "look" do Ilhas. Houve quem não se sentisse totalmente à vontade com o cor de laranja que estava, até agora, a ser utilizado. Optamos por uma cor mais próxima da terra. (Lembrei-me que Cascalho é um bom nome para um blog, se alguém quiser utilizar e, até, fica bem com esta cor.) Também juntamos mais uns Blogs, alguns deles de açorianos, e mais uns pontos de vista....

P.S. Meu caro Vitor o teu nome já cá está, agora toca a postar, faz bem ao coração!

A Taça America........

A Espanha tem um Rei. A nós fica-nos o vento.........

terça-feira, novembro 25

Cinema Alternativo

Detesto a designação de algo que, em concreto, não quer dizer nada apenas é "diferente"...do gosto da maioria, da ditadura da Cola e da Pipoca com Caramelo...por isso é lhe chamam alternativo!? Na grande metrópole que é Ponta Delgada passamos a ter - Cinema Alternativo -, regular, nos Cinemas Castelo Lopes mas apenas às 3ªs feiras...hoje passou Embriagado de Mulheres e de Pintura, de Kwon-taek Im, soube tarde e a más horas, a divulgação ainda é escassa e deficitária, apenas disponível a quem se desloca aos CCLopes...de qq modo é dia de anos do meu primo Pedro...e por falar nisso já estou atrasado.

Solidariedade

No final de + 1 dia de "luta"...a Helena Dias contou-me a história de 2 crianças de Moçambique que querem estudar português mas não têm como. Outra situação caricata é a de que em Moçambique, país do 3º Mundo e dos + pobres do globo (graças tb a quem!?), é exigido aos alunos uniforme para assistir às aulas, que custa +/- €13, os quais o Vicente e o Eugénio não dispõem para poder ir à escola. Daí o envio de 1 carta à amiga Helena...que me fez chegar esta informação... A realidade distante de um mundo que também existe aqui tão próximo...Requere-se, portanto, a colaboração solidária de que quer e pode contribuir com: livros e manuais escolares, cadernos de apontamentos, lápis, esferográficas, dicionários, mapas, atlas...e se possível t-shirts e ténis 39 e 41. Pf enviar para:

Eugénio Fabião e Vicente Francisco
Correio da Ilha de Inhaca nº 07300
Inhaca - Moçambique
África
nº telf. 258 1760007


Fica o registo.

O Vicio

Onde estão os restantes blogistas:ILHAS?

Este + parece o blog posted by Pedro...
Amigo...agora percebo a tua "indisponibilidade", na minha consulta, de final dia, percebo onde estivestes...totally addicted...ao Blog! Já não bastava o "gLORIOSO"!...

A imagem do dia



Será isto uma metáfora para o estado do País.

Os intrépidos gauleses tinham medo apenas de uma coisa, que o céu desabasse sobre eles. Aos portugueses, é o chão que nos foge debaixo dos pés.

A noticia está aqui

O que faz a História, são os homems ou as datas?

Fenómeno curioso este de a esfera dos Blog's ter dado muito mais atenção ao aniversário do 25 de Novembro do que a esfera dos jornais. Logo de manhã registei os comentários (todos eles navegando no mesmo sentido, diga-se) do Fogotabrase, do Dicionário e do Barnabé. Mas, surpresa, a meio do dia quando vou passar os olhos pelos jornais nada. De 25 de Novembro só mesmo a data nos cabeçalhos. Não acredito que esta ausência seja um lapso, também não vejo que se trate de uma cabala (que palavra esta...) da esquerda radical para fazer esquecer a data a favor do outro 25. Mas confesso que fiquei surpreendido com o "esquecimento". A explicação está, a meu ver, na crescente mediocridade dos media, sempre mais interessados no efémero do que na História.

Ora como é de História que se trata, aqui fica a minha pequena nota de rodapé.

A revolução portuguesa foi singular em inúmeros aspectos. O 25 de Novembro é um deles. É extraordinário constatar que no momento mais quente e bipolar dos acontecimentos os militares, cansados de sangue e de guerras, conseguirão conservar o sangue frio e evitar que a populaça descambasse para uma guerra civil fratricida e de consequências imprevisíveis. Em abono da verdade e de um certo rigor histórico, creio que na hora o mérito deste desmobilizar pacifico a que se assistiu no 25 de Novembro deve ser dado a ambas as partes. Mesmo Otello Saraiva de Carvalho terá percebido o que seria melhor para o país nesse momento, quanto ao resto da personalidade da personagem acho que o desenrolar da história já se encarregou de dizer tudo sobre ela.
Porem, eu sou daqueles que se recusa a ver o 25 de Novembro isolado do de Abril, em História não existem singularidades e se um momento fechou a porta a um determinado período revolucionário e deu início ao Portugal de hoje, creio que não nos podemos, nem devemos, esquecer ou menosprezar, estejam as nossas ideologias onde estiverem, do outro momento que abriu a porta a essa revolução que nos deu a Liberdade. E, se é preciso destacar figuras proeminentes nessa revolução e no 25 de Novembro, em particular, o meu voto vai, também, para Ernesto Melo Antunes (que para mim passa não só por ser uma figura histórica digna de admiração mas, também, pai de uma amiga minha. Lembro-me sempre de uma vez numa festa em casa da Joana, o Zé Bernardo e eu em total enlevo a olhar para os livros do pai dela.). Melo Antunes que vejo como, junto com Mário Soares e outros, descendente directo de Norton de Matos e Humberto Delgado, e, aquilo a que me atrevo a chamar um dos "founding fathers" da Democracia que temos.

A Causa Deles

É anunciado pelos nossos amigos do Desejo Casar como sendo um dos acontecimentos mais importantes das últimas vinte e quatro horas da Blogolandia. Curioso vou investigar a Causa Nossa. Primeira impressão: os famosos não aguentam ver uma festa e não serem parte dela. Segunda impressão: estão como eu, se não consegues vence-los junta-te a eles e toca a blogar. Terceira impressão: a lista de colunáveis é impressionante mas, será que se vão entender entre eles. Esperemos para ver. De qualquer modo aqui fica uma mensagem de apoio de alguém que também é recente a estas andanças, bem vindos e vão ver que isto é um vicio.

segunda-feira, novembro 24

O folclore da Nelly

Devo confessar que não sou um fã da Nelly Furtado. Isto apesar de gostar muito do Nick Hornby e de este ter posto o tema “i’m like a bird” no “31 Songs”. Mas, é claro que não devemos acreditar em tudo o que os nossos escritores favoritos dizem ou seguir o que eles fazem. Se assim fosse eu neste momento estaria nas dunas do Saara traficando armas entre beduínos e já tinha a minha obra completa toda publicada.... perdi-me.

Voltando à Nelly Furtado. A Nelly é extraordinariamente bonita, talentosa e dona de uma voz realmente incrível. Os seus temas estão meio caminho entre o hip-hop e o pop, com referências urbanas e, de quando em vez, referências nostálgicas a um passado ilhéu que, julgo, ela própria não deve conhecer muito bem. Não interessa, a música da Nelly não é má e faz-se muita música má hoje em dia pelo mundo fora. Por isso e, voltando ao Nick Hornby, o facto de a Nelly existir e de fazer bons temas pop é em si mesmo tão importante que não devemos ter vergonha de bater o pé ao ritmo de “i’m like a bird”.

Tudo isto para dizer que a Nelly vai lançar um novo disco que se chama “Folklore” e que, tenho a certeza, não será folclórico.

domingo, novembro 23

Balanço do Fim de Semana

A entrevista de Costa Neves a Carmo Rodeia no Açoriano Oriental de hoje e a cada vez mais provável AD açorica nas eleições de outubro. Quanto desespero para que a direita se una e, desgraça das desgraças, será que vão deixar o Paulo Gusmão ter um cargo num futuro governo de coligação PPD-PSD/CDS-PP? (mas, também, depois de José Contente tudo é possível).

Os dez anos do Fórum Açoriano, ou de como a reflexão política, social e cultural por parte de cidadãos activos e empenhados no futuro de uma região devia ser um pilar fundamental do desenvolvimento dos Açores, mas não é.

A noticia do Expresso de que a Melo Abreu vai ser vendida a um consorcio de capitais açorianos. Porque eu gosto de cerveja e em particular da Especial e é confrangedor ver ao que chegou a marca e o liquido.

As noticias da Felicia Cabrita no Expresso, alguém tire a carteira de jornalista a essa senhora ou então ponham-na a escrever no Diabo ou n’O Crime. Para que é que eu quero saber se a esposa do ex-isto e aquilo António Saleiro teve ou não teve depressões e se foi ou não foi promovida.

A continuação da novela presidencial do Dr. Santana Lopes. Como se a Câmara de Lisboa fosse a antecâmara de Belém. Se isso acontecer eu imigro.

A situação na Geórgia, ou de como a União Europeia é para o Leste como os EUA são para a América Latina mas sem a CIA, é claro. Choca-me ouvir as expressões “revolução de veludo”, “muito pacifica”, “muito democrática e europeia” proferidas por personagens que ainda nem conseguirão explicar muito bem o que são.

A possível descoberta de um medicamento para destruir o colesterol acumulado nos vasos sanguíneos.

O nascimento de uma nova estrela do desporto mundial, Jonny Wilkinson, médio de abertura do quinze da rosa, campeões do mundo de Rugby.

O golo do Roger.

A entrevista de Souto Moura ao Mil Folhas.

Last but not least: a sopa de carne da Cascata para aquecer as tardes frias de vento de inverno que vem desde a Islândia até São Miguel.

sábado, novembro 22

Rebeldia a quanto obrigas...

Conheço os intervenientes mas não consegui disfarçar o sorriso com que li a noticia - "Rebeldes" reaparecem com uma sonoridade bem identificável, (...) pretendem voltar ao activo, através da gravação dos seus antigos temas e produção de novos trabalhos". Após a leitura da noticia continuei sem perceber a "sonoridade"... gosto particularmente dos títulos dos temas - "Quando a Chuva Cai", "Cirrose", "New York", "Cargueiro Espacial", "Furacão" e "Açores". Ainda segundo o Diário dos Açores - "o grupo está a negociar com editoras nacionais a edição definitiva dos temas antigos do grupo, algo que era há muito reclamado por inúmeras pessoas do meio pontadelgadense", gostaria de perguntar - que Pessoas serão essas? Rebeldes ou não isso pouco me importa. O que chateia o âmago é o jornalismo ou a cobertura do que é a "noticia". Vou dar-vos conta da minha "rebeldia" - Manuel Moniz escrevia a semana passada no mesmo jornal, do qual é o sub-Director e o vocalista dos "Rebeldes", que a "cultura" fica toda na Terceira e nenhuma em S.Miguel, o interno bairrismo mas no sentido inverso e a professia de uma certa geração de micaelenses, e que por esse "fatalismo" tinhamos que nos contentar com os MACAQUINS...(esta última referência irritou-me o que é coisa rara, já foi +...), tendo em conta o MMoniz - homem de cultura - e o tratamento "parcial" que o DA tem dedicado ao evento, em causa, e cuja presença não vislumbrei em nenhuma das sesssões, pelo menos até à data...ainda bem que os tipos na Terceira se unem e divulgam aquilo que organizam... ao passo que em S.Miguel o comodismo e a ignorância ficam quase sempre em casa... bebam lá as vossas cervejas e editem o disco da vossa vida! Mas pf não venham apregoar a "vossa" cultura e deixar passar despercebida a "outra" cultura, aquela que pelos vistos não sabem ver, perceber e muito menos divulgar...

sexta-feira, novembro 21

Stand-Up Tragedy

Estreia Hoje no Teatro Maria Matos, em Lisboa, a peça do Nuno e do Luis Felipe, a estes desejo sorte e que corra tudo bem e muitos aplausos, ao corajoso Tiago votos de muita merda, ou como se diz na lingua do gajo que escreveu o Rei Lear "break a leg". Talvez a MUU possa trazer a peça aqui às Ilhas!?

exercício de reescrita

Para que se perceba que não foi intencional e, também, que não foi obra de algum independentista ferrenho, aqui fica o essencial do meu, falecido, post sobre O Pauleta

Primeiro: não é minha intenção entrar em grandes polémicas, algumas são úteis outras nem tanto.
Segundo: no jogo Portugal vs Kuwait assistimos a um festival de golos e a um fraco jogo de futebol. O Pedro "Pauleta" foi sem sombra de dúvida a figura do jogo e por mais uma razão que os 4 golos que marcou.
As razão é a que se segue: o Pauleta foi substituido a meio da segunda parte, aplauso e ovação generalizados, correu a escadaria da bancada e foi oferecer a sua camisola e dar um forte abraço a João Bosco Mota Amaral, seu amigo, seu conterrâneo e Presidente da Assembleia da República de Portugal. Este foi um gesto carregado de simbolismos, o abraço entre dois amigos, a demonstração pública de afecto entre o mais alto representante do Estado presente no estádio e o jogador mais eficaz da partida, o relacionamento pessoal entre o futebolista e o politico, a demonstração de uma profunda açorianidade. Acredito na sinceridade do afecto de Pauleta, não o conheço pessoalmente, mas pelo que vejo da sua postura e do desenrolar da sua carreira, julgo que aquele abraço foi um gesto puro, do coração, de um amigo para outro amigo, é aliás o caracter honesto, simples e descomprometido do Pauleta que faz dele o melhor embaixador que os Açores podiam ter. Visto de fora pode ainda ser visto como uma extraordinária maneira de representar o tal "bonding" entre a selecção e os adeptos que todos lamentavam não existir, a mais alta figura do estado representando os adeptos e o melhor jogador da partida representando a selecção. Mas, de certeza que o Pauleta não é ingénuo e Mota Amaral muito menos, há uma leitura politica do gesto que não se pode deixar passar. Mota Amaral é um politico assaz inteligente e ambicioso e a camisola 9 de Pauleta pode valer muito em futuras eleições. Pergunto eu: se o jogo fosse nos Açores e na bancada estivesse Carlos Cesar? (deixo só a pergunta, não quero responder até porque não sei.) Depois há a questão da açorianidade. Tratou-se de uma demontração publica de afecto entre dois grandes açorianos que chegaram aos mais altos patamares das suas carreiras e quando isso acontece há sempre uma certa facção independentista que gosta de lançar voo sobre a grandeza dos Açores e dos açorianos. Eu adoro o sítio onde vivo e considero-me açoriano tanto por ascendencia como por escolha (o meu BI diz natural de São Domingos de Benfica e residente na Fajã de Baixo) mas acho que ali, naquele abraço, aquela camisola 9, foi do Pauleta jogador da selecção nacional de Portugal e Mota Amaral Presidente da Assembleia da República de Portugal, a região esteve lá representada mas o País foi mais importante.

P.S. Acho que era isto o essencial do que penso sobre o assunto e prometo nunca mais tentar corrigir os meus post, os erros ortograficos são parte da minha assinatura e deixo a outros as correcções, aliás o importante é o conteudo

...azelhices

enquanto tentava corrigir o meu último post, sobre o Pauleta e o abraço ao Mota Amaral, acabei por o apagar e não sei como o pôr de volta online. peço desculpa

quinta-feira, novembro 20

Carta Aberta

Meu Querido Amigo

A vida é mesmo assim, feita de encontros e desencontros, ou, para acentuar o cliché, como os interruptores, umas vezes para baixo outras vezes para cima. E, por vezes, os que estão mais próximos são os que menos encontramos. Ultimamente esse é o nosso caso. Espero que esta carta posso reduzir um pouco a distância. Não é minha intenção fazer um elogio do optimismo e do bola p'rá frente, as vezes é mesmo preciso ser pessimista, parar e pensar sobre as coisas. Mas, o que me parece é que, estás a ser pessimista em demasia. Na vida não existem problemas insolúveis. O unico problema ainda insolúvel é a morte e essa está para lá da vida. Correndo o risco de ser um pouco demagógico, deixa que te diga que a nossa realidade é duzentas vezes melhor do que a de muitos outros. Bem sei que os males dos outros não fazem o nosso bem mas, numa visão mais católica da coisa temos a obrigação de perceber isso, que não somos ilhas, que os outros estão aqui ao lado precisando de ajuda e também prontos a ajudar, só é preciso pedir, estender a mão. Não há que ter receio das coisas nem das situações que a vida nos apresenta, há que aprender e seguir em frente. O resto são escolhas que se fazem. Como diz um amigo meu, de outra geração que não a nossa, o essencial é ter o vento.

Meu querido amigo, vamos mas é por esse interruptor outra vez para cima e seguir em frente. Temos um revista para editar.

Um grande abraço

Pedro

P.S. Então e esse jantar?!

quarta-feira, novembro 19

Ansiedade

A claustrofobia da ilha vs. reflexo do espírito

inquietação

incerteza aflitiva

opressão

angústia

...e será que no final vale a pena?



terça-feira, novembro 18

Modern life is rubbish

When the Cows Come Home*

Good morning
Wake up

Wake up with purpose and polite efficiency
Stuff vitamin pills down your health guarantee
A kiss and cuddle with a lucky girl
You get fed and watered
Makes your hair curl

And when the day draws in
You put on a record
Put on something gentle
And wait for the cows to come home

Wake up a little voice says
To you eagerly
You mustn't let yourself sink financially
Don't listen to the accusation that you're tight
You could be the first man on your street to get it right

And when the day draws in
You going to go into waltz time
For once it was a good time
Wait for the cows to come home
All your life

Ha da de da da
Ha da de da da
Ha da da de da
Ha da de da da da

Wake up with purpose and polite efficiency
So you get fed and watered with good company
And when the day draws in
You go into waltz time
For once it's a good time
Wait for the cows to come home
All your life

* Blur - Modern life is Rubbish (Food/1993)

...nessa coisa dos filmes, a mim calhou este...

CWINDOWSDesktopPirates.JPG
Pirates of the Caribbean!


What movie Do you Belong in?(many different outcomes!)
brought to you by Quizilla

jornais e Literatura

já que nada de estimulante se passa nas ilhas e o que passa é ao largo como navios fantasma rumo ao desmantelamento opto por comentar a entrevista de Antonio Lobo Antunes ao DN.

como leitor voraz e dependente de jornais que sou registo com agrado o destaque dado pelo DN a Lobo Antunes e opto por não ver maldade e até algum oportunismo nesse destaque. é que um observador malicioso podia ver como manobra a opção de um Director nomeado recentemente e muito contestado, pôr um escritor "respeitado", eterno candidato ao Nobel, nas primeiras quatro páginas do Jornal. uma forma subtil de calar determinadas criticas da chamada "esquerda intelectual". também não quero falar sobre a entrevista em si, a qualidade das respostas e a bisbilhotice das perguntas, também não sobre o próprio Lobo Antunes que admiro, apenas. queria só deixar registado que neste pais obcecado pelo efémero, pela espuma, um jornal de grande tiragem decidiu dar as suas primeiras páginas a uma das poucas coisas que dão sentido à vida - a Literatura. só isso já é digno de registo.

segunda-feira, novembro 17

a gripe

uma já esperada gripe deixou-me prisioneiro do meu corpo nestes dois últimos dias. sem sair a porta de casa entre o meu quarto e a sala, entre livros, revistas, jornais, televisões e internet entretenho os espirros com desinteresse e spleen. nada do que recebo do mundo me estimula, antes alimenta ainda mais o tedio e o virus. de vez em quando uma mensagem de telemovel desperta-me para a possibilidade de ondas, mas isso ainda mais me desespera. entre comprimidos tento por em dia tarefas adiadas pelas rotinas da vida, escrevo, leio, deixo livros a meio, navego por sites em busca de reencontros com as coisas de que gosto. vou-me arrastando à espera que o virus me abandone.

Nos últimos dias, no torpor próprio da doença, resignado resisto. só

sexta-feira, novembro 14

É tudo uma questão de tetas

O ciclo do leite continua.

Raposa vai abanar as mamas grandes para Sheffield

Samantha Raposa das mamas grandes em Ponta Delgada!
Como sempre os nossos politicos apostam na quantidade e não na qualidade.
A mamuda esta' gasta e não sabe cantar (nunca soube), essa de relançar a carreira…
Tretas que nem a bexiga, mais cheia que esteja, pode suportar!

quinta-feira, novembro 13

revisionismos

perceberam que eu estive a ler o que tinha postado...

ainda sobre a samantha...

o que eu queria dizer antes era que nem no Burkina Fasso, só mesmo nas docas de Liverpool e nas Portas da Cidade de Ponta Delgada.

F***

Assunto do dia?
Samantha F*** em Ponta Delgada a 31/12/03.
A Montanha pariu 1 rato!
Será que ninguém pára com este saudosismo 80's?
Fonte próxima da CMPD afirmou que a "artista" está a relançar a sua carreira (!) Aonde?...nas portas da Cidade?
Alguém se está a rir...e muito!
Pior que a escolha é a cobertura jornalística dos media regionais...1ªs páginas...com muitas fotos de arquivo...local onde a dita F***...devia permanecer!
Pior, mil vezes pior, só uns cretinos que editam 1 blog e como assunto debitam o stress diário, e hoje foi particularmente stressante, com 1 bifa de metro e meio e com + meio de sabe-se lá o quê...basta de dar importância ao que não interessa...

quarta-feira, novembro 12

blogando

Bom, aqui vai mais uma tentativa de blogar. Desta vez com tema e, vou tentar, sem erros.

Passagens de anus

Foi ontem anunciado, em cerimónia pública oficial, pelo executivo camarario da cidade de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores, grupo oriental, as actividades ludico-culturais para os meses de Novembro e Dezembro, época natalicia. Destas destaca-se as iluminações de natal que dão um extraordinario colorido as ruas desertas da cidade durante a noite, o sistema de colunas de som espalhadas por todo o centro da cidade debitando "musica" das nove às seis indiscriminadamente para quem quer e para quem não quer ouvir tal coisa, jovens desempregados vestidos de "pai natal" oferecendo balões aos incautos (esta ultima iniciativa, diga-se em abono da verdade, é culpa de outra Câmara, a do comércio), entre muitos outros eventos como mega discotecas, fernandos alvins, dançarinas, e outros festivais de pimbalhada...

Mas a cereja em cima do bolo é, sem sombra de duvida, o concerto de final de ano. Nem mais nem menos do que um expectacular concerto dessa extraordinaria artista britanica que dá pelo nome de Samantha Fox. Sim, essa mesmo, Samantha "t-shirt molhada" Fox. Samantha "touche me, touche me now" Fox. Samantha "aquela gaja que só podia sair de inglaterrra e que ficou conhecida por ser loura, cantar mal e ter umas mamas que vou ali e perco-me nelas" Fox. É caso para dizer: volta Elba Ramalho, estás perdoada.

Agora pergunto; Qual é a mensagem que a Câmara Municipal de Ponta Delgada pretende transmitir a quem cá vive e a quem nos visita com este evento? Alguém sabe responder?

Os unicos sitios onde a Samantha Fox ainda dá concertos são as docas de Liverpool, o Burkina Fasso, e as Portas da Cidade de Ponta Delgada, que raio de imagem é que isto transmite de nós.

Samantha Fox!? Eu não me conformo.

Alguém ponha neurónios em quem nos governa. Please.

estamos no início

isto ainda está tudo muito atabalhoado e mal-amanhado, falta de jeito. Falta de pachorra, também. E eu que era contra os blog por os achar demasiado masturbatorios, eu que adoro a masturbação, mas isso são contas de outro blogario. a verdade é esta estamos a começar um blog.