já que nada de estimulante se passa nas ilhas e o que passa é ao largo como navios fantasma rumo ao desmantelamento opto por comentar a entrevista de Antonio Lobo Antunes ao DN.
como leitor voraz e dependente de jornais que sou registo com agrado o destaque dado pelo DN a Lobo Antunes e opto por não ver maldade e até algum oportunismo nesse destaque. é que um observador malicioso podia ver como manobra a opção de um Director nomeado recentemente e muito contestado, pôr um escritor "respeitado", eterno candidato ao Nobel, nas primeiras quatro páginas do Jornal. uma forma subtil de calar determinadas criticas da chamada "esquerda intelectual". também não quero falar sobre a entrevista em si, a qualidade das respostas e a bisbilhotice das perguntas, também não sobre o próprio Lobo Antunes que admiro, apenas. queria só deixar registado que neste pais obcecado pelo efémero, pela espuma, um jornal de grande tiragem decidiu dar as suas primeiras páginas a uma das poucas coisas que dão sentido à vida - a Literatura. só isso já é digno de registo.
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