quarta-feira, novembro 13

Por vezes rio mas, choro muito também.

Esta manhã, a bordo do avião da TAP que ligava Lisboa a Ponta Delgada, a fazer lembrar outros tempos, descobri Constantin Brancusi. Fiquei um pouco arreliado com a minha ignorância. Como era possível não o conhecer? Nunca ter ouvido dele falar? Se era assim tão importante figura (central do movimento moderno e um dos pioneiros da abstração). Para além de ter passado a valorizar um pouco mais as revistas de bordo dos aviões (esta bastante mais "gorda" do que a da SATA mas, de design muito "ruidoso"), fiquei contente por me sentir ignorante "in the grand scheme of things", por assim dizer. Afinal, o romeno Constantin Brancusi é o autor d'O Beijo e consta que foi de sua casa em Hobitza a pé para Paris, onde veio a falecer em 1957. Não sei porquê esta "ralação" mas, certo é que não fiquei indiferente. Talvez por cada um de nós ter, a dada altura, que fazer a sua caminhada e, não poucas vezes, por percursos sinuosos que nos fazem perder de vista os nossos horizontes. Celebremos, então, Constantin Brancusi com a sua intimidante simplicidade aqui esculpida para maldição dos pérfidos perfeccionistas, algo no qual tenho medo de me tornar.
                 
"O Beijo", aqui fotografada por autor desconhecido, foi realizada em 1907, tem 28cm de altura e pode ser apreciada no Museu de Arte na cidade romena de Craiova.

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