terça-feira, outubro 30

É tempo de um novo tempo. Com mais ou menos tempo.

Apesar de, em muitas ocasiões, não abordarmos os assuntos a partir do mesmo ponto de vista, não posso ignorar que partilhamos uma certa postura de rectidão, face aos vários acontecimentos que influenciaram o passado recente de todos os açorianos, dentro e fora da "casca do fruto" que se espera com suficiente vitamina C, para aguentar os tempos dificieis que terá que enfrentar, com quem quer que seja o senhor que se segue.

Por isso, e por mais algumas outras coisas, deixo um excerto do, quanto a mim, excelente artigo de opinião de JNAS, no AO de hoje.
"Este PSD Açores tem ainda que se submeter a uma transfusão de sangue novo, sendo inaceitável que, ao longo de 16 anos de oposição, triture líder atrás de líder, sem que nada mude nos bastidores da “câmara dos lordes”, onde tudo se decide entre corredores a caminho da “câmara comuns” apenas para ratificação do já processado. Mudam os líderes, mas nunca a segunda linha que, por previdência a qualquer cenário, sempre soube cuidar de se alapar ao poder e às suas sinecuras. O PSD Açores tem de quebrar a barreira das suas forças de bloqueio e permitir a participação efetiva de uma nova geração que não sirva apenas para figurante dos figurões do partido. O PSD Açores tem de descer até à juventude, porque a juventude Açoriana não se revê neste partido tal como ele está, e muito menos respeita uma JSD Açores que vê apenas como uma via profissionalizante para o carreirismo"

Corajoso, lúcido e apaixonado e, sem que isso importe ou motive, tem a minha concordância.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Carlos Rodrigues
Que falta faz o JNAS no ilhas, era uma voz comprometida mas suficientemente livre, para se distanciar dos seus compromissos partidários e pensar sobre os assuntos, ousando apresenta-los sem medo da imagem que produzia nas suas hostes, do PSD...
O PSD sofre do pecado que tem inundado os partidos "ditos" democráticos,(mas que de prática democrática têm pouca)e este mal, é entre outros o centralismo que atacavam nos ditos partidos "antidemocráticos" como gostavam de apelidar os partidos da esquerda mais "radical"...
O PSD dos Açores tem que assumir uma prática partidária assente nos seus militantes e no Povo Açoriano que a sua politica visa servir e não ficar amarrado às directivas e aos interesses dos barões sejam eles qual forem...
È na realidade do trabalho militante e nos interesses concretos do Povo Açoriano que o PSD se pode reinventar e assumir um papel pro-activo que o faça sair do atoleiro em que estão amarrados.
Saber se querem ou não ser este partido ou se esta prática se coaduna com o PSD, eis a questão?
Saudações Açor.