sábado, junho 2

Mau sinal



Ciberdúvidas antecipou interrupção de férias
«sem certezas de voltar» 

Lisboa, 01 jun (Lusa) - O Ciberdúvidas, plataforma digital cuja principal tarefa é a resposta a dúvidas de Língua Portuguesa,antecipou a habitual interrupção de férias, «mas sem certezas de voltar», disse à Lusa o jornalista José Mário Costa, impulsionador do projeto.
«Antecipámos o habitual período de férias, por dificuldades de manutenção, e sem certezas de regressar, face a dificuldades financeiras», disse José Mário Costa à agência Lusa.
O jornalista disse que apenas se mantém o apoio [financeiro] da Fundação Vodafone ao Ciberdúvidas, não tendo conseguido captar apoios de grupos empresariais portugueses, nomeadamente os ligados à lusofonia.
Fica assim suspensa a «atualização diária, incluindo o consultório» do sítio na Internet.
A «interrupção de férias» antecipada do Ciberdúvidas verifica-se no ano em que a plataforma celebrou 15 anos de atividade, passados no dia 15 de janeiro.
Na altura, José Mário Costa, em declarações à Lusa, mostrava-se otimista com os resultados, mas já apreensivo quanto ao futuro da plataforma, sobretudo pela insegurança de apoios, nomeadamente do Governo que, através do Ministério da Educação, «apenas [nomeara no ano passado] dois professores» [um dos quais dedicado apenas à Ciberescola da Língua Portuguesa, projeto da iniciativa do Ciberdúvidas, de ensino a distância de apoio a professore e alunos dos ensinos básico e secudário de Portugal, e que não obteve o prometido apoio do Ministério da Educação].

Ficamos a perder um importante recurso da língua portuguesa, caso o Ciberdúvidas não volte. Perdem os portugueses, perde a lusofonia e perde o Ministério da Educação, para quem daqui envio dois macacos e um pente de pentear. 


3 comentários:

Anónimo disse...

uma tragédia burguesa!!

já não se vendem dicionários baratos, da porto editora???

Anónimo disse...

um pente de pentear...sim senhora!

nem o ciberdúvidas lhe poderá ajudar com esta tautologia

Lóri disse...

Usar o adjetivo "burguês" de forma depreciativa a título de acusação caiu de moda faz anos. Isso é mais velho que o muro de Berlim.

Mais três coisinhas:
1) Os dicionários, baratos ou caros, não têm a propriedade de emitir opiniões e esclarecer dúvidas como o faz o site em questão;

2)É sempre uma tragédia que abundem tantos sites e páginas de qualidade mais que duvidosa na rede e que páginas e sites de qualidade indiscutível deixem de receber o apoio material necessário para continuarem a tentar - às vezes, em vão, a julgar pelo primeiro comentário anônimo desde post - aprimorar o conhecimento e uso da nossa língua e diminuir a ignorância que assola o mundo.

3) Por que será que para ser sarcástico é preciso guardar o anonimato?