quinta-feira, julho 30

Estrada para nenhures (!)



Por estes dias, tenho encontrado um estranho reconforto nesta interpretação magistral, pelos Nouvelle Vague, de um original dos Talking Heads.

Sabe-me a uma simpática e pacífica deriva..., muito ao contrário da sensação de fuga para a frente, «led by David Byrne».

obrigado Aida, a mulher mais mimada dos Açores

Mer d'ici, Mer de la, achei que isto dava outro post. Aqui fica!

Zeke,
Peço desculpa por só agora ter tomado consciência da tua pergunta na caixa de comentários do meu post anterior: "achas, sinceramente, que o funcionamento eficaz e democrático de um sistema político depende essencialmente da bondade ou maldade (ou virtude) das pessoas por ele dominados ou que nele participam bla bla??? pensas mesmo isto?"
Estou – agora – longe de estar preocupado em ter a resposta para as coisas (talvez seja da idade). Já me cansei de procurar vitórias nas discussões e não me sinto nada incomodado se os meus interlocutores mas ganharem. Tal postura garante-me a abertura de espírito necessária para mastigar outras concepções da realidade assimilá-las ou, então, qual chiclet, deitá-las fora. Sem demora!
No caso presente, estou convencido que não discordamos sobre o modo de funcionamento do sistema político, no entanto, eu julgo que o personalismo (não o ideológico), é inevitável (até na Escandinávia e na Alemanha) e, como tal, não pode ser ignorado. Nas comunidades – podíamos até dizer nas civilizações – as pessoas gerem e são geridas e a complexidade desta relação, ambígua e absolutamente mutável, assenta na visão egocêntrica que cada pessoa desenvolve daquilo a que chama de realidade, alimentada pelas suas limitações espaço-temporais, traduzindo-se na constituição de “verdades” altamente improváveis de se auto susterem.
Ainda assim, estaremos nós condenados a viver de acordo com a podridão instalada?
Isn’t there any other fuckin’ way? What is it that it takes? Abster-se, está claro. Não?
carlos rodrigues | 07.30.09 - 2:13 am | #

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Caro ilustre desconhecido, que dá pelo nome de K 7,

A ideia subjacente à sua segunda pergunta não responde correctamente à sua primeira.
Na realidade, conheço o Miguel Brilhante relativamente bem (que é quase o mesmo que dizer conheço-o relativamente mal). Como tal, o mesmo jamais poderia ser o visado do meu post e tampouco o é o Professor Carlos Amaral (para quem não resistir fazer a analogia, uma vez que são ambos questionados pelo mesmo jornal, sobre o mesmo tema).
O que procuro afirmar é que o “povo” (lembro-me sempre de Santana Lopes quando utilizo esta palavra e não sei bem por quê, o que é uma maçada) devia poder contar com os “encartados” para a prática da política activa, em vez daqueles (são mais que muitos, não sendo justa a sua inusitada insinuação) se ficarem pelo fácil comentário à política activa dos outros que, indo muitas vezes de peito aberto, vão pouca vezes com tino.
carlos rodrigues | 07.30.09 - 2:37 am | #

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Finalmente (hoje) e respondendo ao Rui Rebelo Gamboa, moço que me conhece mas, parece desconhecer o que está na génese desta minha preocupação, fica a nota de que não me seria possível, até porque não tenho categoria para o fazer, apresentar "as soluções" para tais problemas. Estaria apenas a correr o risco de me contrariar na minha análise.
Contudo, estou certo, nesta minha postura, encontrará V.Exa, ainda, motivo para me desancar.
Recomendo, no entanto, que preste mais atenção às figuras tutelares. Não basta apenas ter "verve"...
carlos rodrigues | 07.30.09 - 2:51 am | #

quarta-feira, julho 29

PENSAR A LAGOA - plataforma de discussão

E porque é que me meti em mais este sarilho?
Porque todos nós (presunção e água benta...) somos como Fernando Pessoa e seus heterónimos.

"É dificil pensar a Lagoa?
Pela falta de contribuições, é legítimo afirmar-se que sim!"



Poventura, a imagem daquilo que faz falta neste emblemático sítio.

Agente Provocador



Última emissão antes de um curto período de férias para o balanço musical da 1ª metade de 2009. Pedro Arruda é o convidado de serviço à emissão, desta 4ª feira, do Agente Provocador na Antena 1- Açores. Em directo a partir das 22h10 (hora dos Açores).

Haydn 2009



O Quarteto Lacerda, um dos mais prestigiados quartetos de cordas portugueses, toca esta noite no Teatro Micaelense nas comemorações do bicentenário da morte de Haydn, numa produção da Antena 2. Estranho a ausência noticiosa nos diários desta cidade...que se diz e quer cosmopolita.

Aviso à navegação

Embora não pareça o Verão anda por aí. Nesse sentido, o tempo convida a um header estival cuja foto de base foi subtraída daqui. A administração agradece.

terça-feira, julho 28

Dia Nacional da Conservação da Natureza

[foto] Grupo de Fotografia dos Amigos dos Açores.

O carácter simbólico associado a estes dias deve ser catalizador no reafirmar da importância para a sensibilização e para as boas práticas ambientais. Assim como, deve ser um propósito para reivindicar a contínua monitorização das áreas protegidas e a implementação das medidas de gestão territorial, por forma a consubstanciarmos uma acção sustentável e eficaz em torno dos nossos ecossistemas. Estas são, naturalmente, preocupações que temos - todos - de ter em linha de conta.

Jazz no Colégio



Na 3ª Sessão do Ciclo de Cinema - Jazz no Colégio é exibido Bird de Clint Eastwood com apresentação do blogger residente João Nuno Almeida e Sousa.

Mas, alguém tem dúvidas que, nos partidos, o que importa são as pessoas?

Hoje, os partidos, os seus aparelhos, os seus caciques e os seus seguidores (alguns encapuçados dentro e fora de instituições e coisas como a blogosfera quais “Ku Klux Klan no face followers”) estão, na sua grande maioria, esvaziados de ideologia.

E - parafraseando alguém - porquê Mestre? Perguntarão muitos.
Porque – digo eu – os programas escolares ensinam filosofia e coíbem-se de a relacionar com a política, remetendo para o patamar universitário esse passo considerado de somenos importância. Uma vez lá, só interiorizam tal relação os marrões que, contagiados pela vertente académica, perdem a relação com a sociedade e ostracizam-se. De tal modo que, em vez de aplicarem os seus conhecimentos em prol da sociedade, dedicam os seus míseros dias a analisarem os comportamentos dos políticos e a digladiarem-se com outros académicos na defesa das suas brilhantes teses.

Os gajos que até querem fazer qualquer coisa pelo “povo” ou por si – que também são do povo – mas, não foram às aulas de ciência política ou de filosofia na faculdade, acabam por ter que recorrer a uma série de estratagemas (muitas vezes ao arrepio das doutrinas políticas pelas quais, supostamente, perfila o partido onde militam) para se manter no poder e, quase sempre, contra a vontade de quem dizem querer defender.

Venham lá dizer-me que as pessoas não importam.
E venham também pessoas – professores universitários e sociólogos – dizer que o problema da abstenção tem a haver com o berço e com a educação que recebem em casa. Sim, porque anos e anos de brilhantes estudos mostram que as pessoas são indiferentes ao que os políticos fazem porque os seus pais, ainda no tempo da velha senhora, se desinteressaram pela política, desacreditando o sistema. BRAVO! BRILHANTE!

Análises destas até eu consigo fazer. Agora, analisar os políticos, as suas ambições, as suas propostas e relacionar isso tudo com os resultados práticos que daí tira a sociedade – dita civil – é o que faz falta. Tentar perceber a lógica da – HOJE – tão desejada renovação intra partidária, da tão bonita “faladura” – na altura da sucessão dos líderes, mais ou menos carismáticos – e relacionar tudo isto com o jogo de interesses e projecções de cariz individual e colectivo também não dá jeito fazer. Pode dizer-se o que não se deve. Pode-se ser castigado pelo que não se podia dizer, enfim.

A malta tem memória curta e quem está hoje com o poder (dentro e fora do governo, entenda-se) tem que ser hábil no jogo do equilíbrio entre as partes. Hábil também na distribuição dos tachos – mesmo daqueles que não há para distribuir, por agora, entenda-se –, pois, há que garantir que amanhã ainda cá se esteja. Sempre a bem do “povo” claro. Mesmo como CEO nas empresas privilegiadas durante anos e anos a fio pelas políticas e jeitos, concedidas ao arrepio do estado geral da Nação.

Sim, É uma verdade inegável! Os políticos de hoje estão a reforçar a fronteira entre Estado e Nação. Consciente ou inconscientemente, não importa. Ambas são sinal claro e inequívoco da sua alienação relativamente aos seus eleitores. O mesmo é dizer que a malta não vota porque não se interessa pela podridão que, entretanto, se instalou no métier.

Métier sim, porque os políticos (alguns, quase todos) são uns grandes profissionais liberais, na melhor actividade profissional do mundo: a definição dos eixos de desenvolvimento com o investimento dos outros. Sem a responsabilidade nem a perspectiva da algibeira, eles nunca sentem na pele os malefícios daquilo que preconizam. E, quando perdem ou ganham eleições, o director de campanha não prestava ou, no segundo caso, era um tipo muito bom que soube mostrar o candidato como era necessário, atendo à conjuntura de então.

BRILHANTE! Assim se faz Portugal. Assim se vem fazendo o Mundo e, no entanto, TANTO À DIREITA (centro também) COMO À ESQUERDA, as pessoas não são aquilo que interessa.

Até quando? Pergunto eu agora.

domingo, julho 26

Cultura, género maior


[foto] "Anagrama", 2009 | Daniel Oliveira

O índice de actividade cultural dita “erudita”, entre nós, tem estado “elevado”. Esse facto, graças à actividade programática, sobretudo, de privados e das instituições tuteladas pelo Governo Regional, faz com que Ponta Delgada se posicione a um nível equivalente ao de algumas cidades nacionais de média dimensão. Se por um lado é verdade que a actividade tem sido mais intensa, por outro, não é menos verdade que não é fácil ser-se actor, mesmo que secundário, neste filme.

As dificuldades financeiras inerentes ao sector, fruto das suas idiossincrasias e, sobretudo, da “escala” e dos “números” torna difícil a sustentabilidade de alguns projectos e iniciativas. Não obstante todas estas questões, o facto é que o apelo à criatividade e à dinamização cultural, por parte da Direcção Regional da Cultura, tem sido contínuo e sofreu, inclusive, um aumento orçamental. Em 2009 esse valor é superior em 2,6% relativamente a 2008, sendo que a Cultura nos Açores detém 2.03% do orçamento regional. O que não deixa de se constituir como um dado muito importante e que atesta o empenho governamental na promoção da Cultura dos Açores no Mundo (alguns exemplos desta dinâmica: representação na Arco, em Madrid; pavilhão na Feira do Livro de Lisboa e a representação da Azores Film Commission, no Festival de Cannes). Não posso, igualmente, deixar de referenciar algumas iniciativas recentes, de enorme relevância cultural, como o programa Câmara Clara dedicado aos Açores (emitido a 12.07.09 pela RTP2); o Ciclo de Cinema - Jazz no Colégio, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada; a exposição “Peças Soltas” de Ana Vieira, na Galeria Fonseca Macedo e o concerto magistral de Philippe Jaroussky, inserido na temporada MusicAtlântico, na Igreja do Colégio, ao qual ninguém ficou indiferente.

A “cultura erudita” pode, de facto, “acontecer em qualquer parte”, como referiu depreciativamente a presidente do município de Ponta Delgada, mas o facto “dela” acontecer entre nós, é algo que não deve, nem pode ser menosprezado, na medida em que a Cultura se consubstancia como um factor capital do nosso desenvolvimento. E talvez, por isso, este “género” seja considerado “menor”, por alguma oposição, sendo que é, muitas das vezes, omitido e minorado. Esse, felizmente, não é o entendimento da maioria.


* Edição de 21/07/09 do AO
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sábado, julho 25

Persépolis



Persépolis é uma BD de culto transposta para película e que foi candidata ao Óscar de melhor longa de animação e prémio do Júri em Cannes. A liberdade não é quando um homem quiser ou a procura do self tanto pode acontecer em Teerão, Viena ou Paris... Um magnifico exercício de animação cujo olhar lúcido e adulto deixa transparecer momentos de humor plenos de significado...em particular aqueles em que a inteligente e destemida, Marjane, desafia, em plena Revolução Islâmica no Irão, as "guardas sociais" e descobre o punk, ouve Bee Gees e os Iron Maiden... Recomendo vivamente (+++ extras edição especial).

sexta-feira, julho 24

Por mim, o DIAGNÓSTICO está feito...


Enquanto pessoas há que estão preocupadas com a sensibilização "lá fora" e "cá dentro", outras há que não têm respeito nenhum pelo investimento na qualidade do produto.
Pergunta-se o que acham que podem e devem fazer, neste capítulo, as autoridades em concelhos supostamente “felizes” e que “valem a pena”.

Obviamente que, quando chamadas à atenção, qualquer uma destas pessoas dirá o que é obvio: não há promoção sem destino e não há destino sem produto! Vai dai, é um tal convidar os empresários a investir – com qualidade, não se esqueçam – no novo pilar da economia e, depois, é isto que se vê.

Tal como as empresas são obrigadas a ter a sua situação contributiva regularizada perante o estado, para beneficiar das famosas ajudas anti crise, dos programas de apoio ao investimento e afins, todas as autoridades e organismos, para serem realmente oficiais e respeitadas como tal, deviam ser obrigadas a ter a sua relação com o tecido empresarial e demais contribuintes regularizada também.
É aqui, exactamente aqui, que esta "gasta democracia" falha!

24 de Julho

Uma data histórica num reminder atento do Bicho Carpinteiro.

quarta-feira, julho 22

Agente Provocador



Paulo Simões é o convidado desta 4ª feira do Agente Provocador para uma conversa em torno da Açoriano Oriental Yacht Race, da silly season, de música e, claro, de uma das suas paixões - a Rádio. Mais logo, em directo a partir das 22h10.

segunda-feira, julho 20

Na Lagoa, Martins Mota melhor colocado


(em resposta ao K2ou3)

A placa toponímica, em homenagem ao Eng. Martins Mota - ex presidente da Câmara Municipal de Lagoa-, encontra-se agora livre de perigo, depois de ter sido abalroada por um dos muitos fittipaldi, que por ali circulam em excesso de velocidade.

Aos serviços municipais de Lagoa fica ainda o agradecimento por terem tapado o buraco, entretanto, deixado aberto.

40 anos...



Um pequeno passo que não passou disso mesmo. Com o esfriar da Guerra Fria terminou a luta pela “conquista” do Espaço... E, actualmente, perante a perspectiva de quezílias territoriais (e de recursos) eminentes será, de facto, esta, uma prioridade?! A nossa imagética ficcional sobrepõe-se à realidade?! E até onde será possível ir(mos)?! Acho que vou rever o Tintim...

Tarde? Perguntarão. Tarde é o que nunca chega! Digo eu.


Depois de muita discussão sobre se a reciclagem dos trabalhadores da lavoura regional seria viável para os integrar no, então, filão do novo ciclo da economia dos Açores (quem não se lembra do lavrador que, na rádio, perguntava, depois de toda uma vida na lavoura, como é que ia aprender a pegar numa travessa?), eis que a nova Direcção Regional de Turismo tenta fazer algo verdadeiramente estruturante: Procura sensibilizar a população para o facto do Turismo não ser só para os profissionais (que se querem agora mais simpáticos e afáveis), é para todos nós que, aliás, só temos a ganhar.
Criemos todos, então, saudades! Não saudades dos turistas que estão cada vez mais escassos, mas sim saudades nos turistas para que, queremos nós, regressem um dia e tragam mais amigos.

Recomendo vivamente...


... até porque há muito boa gente que o já devia ter lido.

domingo, julho 19

...Day After

...


...
O inferno desceu ontem na Vinha d’Areia em Vila Franca do Campo. Guru Josh Project foi o sacerdote de serviço para uma noite de embrutecimento colectivo e tribal. 5 Euritos eram o preço do castigo fustigado com prazer pelos dj´s de serviço. Era o meu turno como chauffeur de serviço por conta das minhas obrigações parentais. Consequentemente, toda a provação desta representação terrena das terras do demo foi passada a laranjada e inteiramente sóbrio. Nem uma gota de álcool, numa circunstância em que o mesmo seria como água no deserto. Com a praia ali ao lado a metáfora morrer na praia (de sede) ocorreu-me num dos escassos intervalos do martírio. Não sou um puritano ! Mas aquilo foi um festival típico de um ajuntamento da idade da pedra lascada. No lugar dos tambores tínhamos linhas de baixos electrizantes que moviam os quadris das fêmeas, em torno das quais os moçoilos, da vila e também de outras paragens, meneavam os habituais ritos da corte. Uma lástima! Sinais dos tempos com os quais temos que nos contemporizar? Certamentente que sim! Porém, não havia necessidade de complementar a banda sonora da noite com um ou outro arraial de pancadaria, com direito a sangue e a trapos rasgados. Nem havia sequer necessidade para o cortejo recorrente de pré-adolescentes, sem distinção de género, em estágio de coma alcoólico ou enroscados no vómito do excesso de caldeados empinados durante a noite. Com efeito, nos barracões da Especial da Melo Abreu das "torneiras" da tabernagem, além da cerveja, jorrava a rodos vodka preta (!), cachaça do Brasil, pisang ambon, sabe-se lá de onde, e red bull para lavar a tripa e recomeçar de novo. Que raio de malta é esta que não sabe curtir ? No resto ficou também o registo assinalável do espírito empreendedor dos indígenas. À míngua de sanitários, e proibidos que estavam de ir à praia para responder aos apelos da natureza, fizeram uso colectivo dos balneários onde se urinou, defecou e vomitou nos duches e nos lavatórios. Porventura as estrumeiras para o efeito já estariam entupidas quanto baste. Tudo isto no nobre passadiço circundante do AquaParque cujo espaço presumo tenha sido lavado à pressão de água e lixívia pelos Bombeiros Locais no Day After. Nota máxima para a organização, incluindo Bombeiros e Polícia Marítima, que impediram o acesso à Praia das Francesas e fizeram figura de corpo presente sempre prontos para a retirada estratégica de uma ou outra baixa, por sinal todas elas com sinais morfológicos de menoridade, civil e mental, para o centro de saúde mais próximo. Eu recolhi a casa, são e salvo, mas crente de que tinha escapado incólume de um pesadelo. Se esta é a bandeira dos Açores que as novas gerações querem para o futuro a hipoteca do mesmo não vale sequer um "fino" da Especial ou de qualquer outra congénere do "continente".

Isto, contado, ninguém acredita(!)...

... o GACS é, em algumas publicações, oferecido aos leitores no rol dos "colaboradores".

Será isto suficiente para apelidar esses jornais de colaboracionistas?

E isto? Demarcação ou mágoa? Demarcação com certeza!

sábado, julho 18

Maria Emanuel n'A Lota.



"Um registo pela amizade
e por acreditar no valor das coisas sinceras e belas
Permitam-me acreditar. Permitam-me não ter que explicar porque acredito quando o que se vê já está aflorado à volta dos olhos, quando a pintura se recompõe em função do belo, do sensível, do espontâneo.
É assim que percebo o trabalho da Emanuel, onde a forma se digladia na escolha de outras formas, resultando arbitrárias, na ausência ou infinitude da última forma.
Reconheço a massa que ganha o vislumbre duma paisagem, dum abraço, do sangue que flui à beira dum sorriso, porque são tantas as coisas que reconheço na Emanuel, que tudo ganha a dimensão duma nuvem quando só nos apetece olhar para o céu.
A sua experiência prossegue calmamente, num confronto e inquietação tão próprio de quem se duplicou para se expor, e acredito que essa e esta exposição é o início de um acordar para o que ela sempre foi.
É, portanto, nessa massa potencial e primordial que as sensações se mostram reconhecíveis e que o simples prazer de pintar se aproxima do que é universal e intrínseco em todos nós…
Obrigado pela oportunidade do vislumbre"
Paulo Damião

sexta-feira, julho 17

Por estes dias, "os Deuses devem estar loucos" (!)

Pois que venha então o Rodrigo, rei da selva...

Musicatlântico



Galardoando com vários primeiros prémios internacionais, o contratenor sopranista francês Philippe Jaroussky é exímio na técnica virtuosística de coloratura, destacando-se na interpretação da música barroca. Estudou com Nicole Fallien e possui o seu próprio ensemble, Artaserse Ensemble. Canta hoje em Ponta Delgada, pelas 21h30, na Igreja do Colégio e no domingo, pelas 18h00, na Igreja Nossa Sra. da Guia, em Angra. Imperdível.

quinta-feira, julho 16

Controleiros

...
Por via do Twitter a ALRAA contribuiu com mais uma picaresca entrada no anedotário político nacional. Com efeito, o pueril incidente dos "bilhetinhos" electrónicos entre deputados digitais deveria ter merecido apenas uma nota de rodapé no diário das sessões. Porém, pela mão do Presidente da ALRAA, o assunto passou a dominar a agenda do parlamento e a cobertura mediática do mesmo. Ficou o Povo a saber que, por iniciativa da Presidência da ALRAA, seria convocada uma conferência de líderes para "arranjar" um manual de boas práticas de convivência na sociedade da informação! Imagino que, a nível nacional, um episódio deste calibre seria inspirador para uma demolidora sátira dos "Contemporâneos". Nós por cá, com absoluta escassez de humor, tomamos a sério esta guerrilha parlamentar do Twitter, e até os mais sensatos cronistas da praça assinam editoriais exigindo o bloqueio ao uso indevido dos "brinquedos" comunicacionais disponíveis na net ! Que diriam se a ALRAA bloqueasse o acesso electrónico pelos senhores deputados a jornais de referência como, por exemplo, o Açoriano Oriental ? Será que reeditaríamos o exemplo ridículo do passado em que se copiavam os jornais em formato de in folio A5, para que os senhores deputados pudessem ler tranquilamente notícias do seu país sem que alguém desse nota de que o faziam no plenário ? Creio que não! Contudo em pleno Sec. XXI ainda subsistem e germinam discípulos de Torquemada que, no lugar de queimarem a liberdade de consciência na inquisitorial fogueira, sugerem a regulação da mesma. Alega-se pois que há uso excessivo e indevido dos computadores durante os debates parlamentares. Contudo, há um administrador da rede da Assembleia que tem como tarefa garantir a segurança da rede e se formos além disso entramos no domínio do Big Brother informático. Sem hipocrisias a Assembleia não pode regredir a um tempo anterior à "sociedade da informação", nem viver numa "bolha" isolada de comunicação digital com o resto do mundo gerindo os seus trabalhos em circuito fechado. No resto recordo que um filósofo já fora de moda, Stuart Mill, ensinava que sobre si o indivíduo é soberano, com o limite do princípio do dano, social ou pessoal, causado aos seus semelhantes. Para mediar esses danos existem os tribunais e as tribunas parlamentares. Usem e abusem desses meios com a maturidade que o Povo exige sem reduzir a casa da democracia Açoriana a uma réplica tumultuosa do parlamentarismo terceiro-mundista. No fim retomamos o princípio, recordando que quem premiu o gatilho deste duelo foi o deputado "independente" Alexandre Pascoal. Não deixa de ser paradoxal que ele próprio, bem como os seus apoiantes, clamem pela mais ampla liberdade de expressão para o episódio em causa quando, noutras circunstâncias, não hesitam em impor moderação à mesma liberdade ! Com efeito, Alexandre Pascoal escrevia no Açoriano Oriental que : "as novas tecnologias acarretam vantagens e desvantagens, é certo. Pressupor que a "solução" para determinados "abusos" reside na sua "delimitação" ou "controle" é algo que refuto liminarmente e com o qual não posso estar de acordo". Subscrevo integralmente esta declaração de princípios e lamento que esta doutrina não seja perfilhada pelo Alexandre Pascoal no blog : Ilhas no qual sempre defendeu a "moderação" (o.s. a censura) dos comentadores de um blog que sempre se quis livre e sem controleiros.
...
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

quarta-feira, julho 15

Agente Provocador



O convidado desta semana do Agente é João Pacheco de Melo que para quem não conhece é, segundo o próprio, um micro, micro empresário da área do turismo em espaço rural; é, igualmente, embora não admita, um impetuoso adepto do CDSC e da freguesia de Santa Clara; e o autor de um best-seller. Para ouvir mais logo na Antena 1 a partir das 22h10 (emissão disponível online).

Alerta



Esta semana o índice de cultura erudita em Ponta Delgada é Alto. Aconselham-se medidas preventivas e de abnegação a todos os cépticos residentes.

terça-feira, julho 14

14 Jul » 18 Ago'09


Para colocar na agenda deste Verão. Mais info em 2010.

Rigor

[foto] Rita Dourado

O apoio à cultura deve ser tido como algo legitimado e não como se de uma esmola se tratasse, como que a esconder uma posição de subserviência, perante a qual o destinatário da “oferenda” tem de retribuir através de uma “participação cívica”, que se revele descontextualizada e, sobretudo, forçada.

Vem isto a propósito dos apoios atribuídos pela CMPD aos agentes culturais do concelho, num total de 23, entre grupos folclóricos e bandas filarmónicas, no montante de 1.3 milhões de euros atribuídos ao longo dos últimos oito anos, o que é, verdade seja dita, muito pouco. Isto se comparado com os apoios executados anualmente pela Presidência do Governo/Direcção Regional da Cultura, num investimento de mais de 4 milhões de euros, numa aposta continuada a várias centenas de agentes culturais independentes e associativos nos Açores, dando, por essa via, lugar a uma estratégia fundamental para o enriquecimento cultural da Região e para a valorização do tecido social açoriano e aos quais é exigido o bom cumprimento dos objectivos a que se propõem.

A justificação camarária de que “sem o contributo dos agentes culturais Ponta Delgada não seria a mesma” é a prova flagrante da ineficácia do município. Isto porque parte significativa dos eventos promovidos pela gestão camarária peca por nivelar por baixo e reduzir-se a factores meramente populistas, sem um olhar qualitativo ou inovador.

Quando a assessoria camarária refere “falta de vontade e inércia” da Direcção Regional da Cultura e questiona em concreto o “papel social” do Museu Carlos Machado ignora, claramente, o facto de este ser uma instituição ímpar na cidade e o único museu da cidade (o que talvez não acontecesse caso fizesse parte da “tutela” camarária), cuja administração recente tem revelado um trabalho notável, quer seja na procura de novas formas de aproximação ao público, quer também na tentativa de conquista do mesmo. É disso exemplo o projecto Museu Móvel – símbolo do encontro que o Museu tem promovido com as populações da ilha, saindo dos muros do Convento que lhe servem de guarda. A demora das obras de requalificação, que decorrem a bom ritmo, não pode servir de argumento de laxismo. Sendo, ao contrário do que se pensa, sinónimo de rigor e de exigência.

PS: como nota de utilidade pública deixo aqui 2 horários de funcionamento que atestam a verdade que se impõe: Museu Carlos Machado 3ª a 6ª das 10h00/12h30 - 14h00/17h30 e sábados e domingos das 14h00/17h30 (encerra 2ªs e feriados) Centro Municipal de Cultura 2ª a 6ª das 08h30/12h30-13h30/16h30 (encerra sábados, domingos e feriados, informação obtida telefonicamente)


* Edição de 07/07/09 do AO
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segunda-feira, julho 13

LAGOA - 1º festival gastronómico na restauração

Restaurantes de Lagoa Juntam-se para corporizar festival de gastronomia.


A apresentação será feita mais logo, pelas 17:00, nas piscinas municipais.

restaurantes aderentes:
A LOTA, A TRAINEIRA, BORDA D'ÁGUA, JOSÉ DO REGO, MONTEMIRA, O ALAMBIQUE, O CARLOS, O FORNO, O MANDARINA, O RABAÇA, ONDAS DO MAR, PARAÍSO DO MILÉNIO e VILA CHIANTI

domingo, julho 12

Câmara Clara



A revista National Geographic elegeu os Açores como o segundo melhor destino insular do planeta. A concurso estavam 111 arquipélagos do mundo inteiro e o júri foi composto por mais de 500 peritos em turismo sustentável. Numa emissão especial, o Câmara Clara vai até aos Açores conversar com a nova responsável pela Cultura do Governo Regional, Gabriela Canavilhas, com António Machado Pires, que foi assistente de Vitorino Nemésio e reitor da Universidade dos Açores, e com Rogério Sousa, presidente de uma associação cultural local de apoio aos novos criadores açorianos. Cultura-ambiente-turismo, esta trilogia está assumida como prioritária no programa do Governo Regional: estão as decisões políticas efectivas a corresponder a esta prometida estratégia? Da cultura tradicional açoriana, popular e erudita, aos novos investimentos na produção contemporânea, esta é uma emissão que viaja um pouco por todo o arquipélago, um paraíso em muitos aspectos ainda misterioso. Hoje a partir das 21h30 (hora dos Açores) na :2.

quinta-feira, julho 9

Pandemia

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Ligo e perscruto nos noticiários que passam notícias do meu país. A alienação de massas cala a desgraça deste mundo e a televisão nada me diz! Assim vai a glória do mundo que se embriaga na cultura circense e popular. O absurdo e a alienação chegaram também a Portugal e aos seus canais de serviço público. Recentemente, o canal 1 da RTP colocou no top do seu alinhamento a apresentação do galáctico Ronaldo nos palcos do Real Madrid. Uma procissão de adolescentes histéricas enchia o ecrã, desejavam tocar no ídolo, arrancar-lhe uma relíquia para mais tarde idolatrarem, e tudo isto era notícia de abertura. A repórter de serviço formulava perguntas dignas do nível etário do ensino básico, e as devotas de Cristiano afirmavam para o microfone que ele era "muy guapo" ! Tudo isto não se passou num qualquer telejornal travestido de serviço noticioso, mas no canal de serviço público da RTP que é financiada com os tostões dos contribuintes, e não com os milhões dos Ronaldinhos deste mundo. Como a peça jornalística se transformou num "lençol" infindável restou-me desligar a TV fazendo votos que algum telespectador, mais militante do que eu, se queixasse ao Provedor de tal insensatez o que, em resposta, mereceria por certo uma recomendação entalada na programação nocturna. Na esperança de tomar o pulso ao Estado da Nação ainda corri outros canais mas encalhei sempre no absurdo e em intermináveis mesas redondas que perpetuavam a sua discussão. Assim foi, por exemplo, com a "corrida à Portuguesa" em que se transformou a Assembleia da República após o Ministro da Economia ter envergado um par de cornos dirigidos à oposição, e a todos nós, pois a câmara de televisão executou em directo a pega do "toiro" como o faria qualquer forcado de cara. O gesto e as suas consequências óbvias foram motivo de intermináveis debates, entre politólogos e outros "gurus" das ciências sociais, numa inanidade superior a qualquer novela da TVI. Assim vai a saúde do parlamento Nacional enquanto por cá, na nossa réplica Regional, à falta de "sorte de varas" o tema do momento passa pelo alegado uso indevido do twitter no decurso do plenário ! À escala planetária o ensandecimento também parece fazer parte de uma conspiração de estupidificação colectiva. Com efeito, depois de uma "overdose" de Michael Jackson, tivemos ainda direito a um bónus com um funeral dourado do malogrado artista. Assisti com náusea ao evento e não resisti ao vómito quando um dos "líderes" da "comunidade" a que pertencia o Rei da Pop fez do elogio fúnebre um manifesto hagiográfico do defunto que, noutras circunstâncias, seria censurado pelo tom racista que foi usado. Efectivamente, a homilia do Reverendo Al Sharpton foi sintomática do mais tenebroso fascismo afro-americano que tem passado incólume à conta da dívida interminável que a humanidade tem para com as supostas "minorias". Assim vamos nos entretendo com esta cultura de massas, que anestesia as meninges, e faz de todos nós figurantes numa Democracia de pacotilha em que nada de substancial se discute, como por exemplo, o branqueamento do relatório da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN, a supervisão lassa do Banco de Portugal, as ziguezagueantes performances de Constâncio e até o injustificável e escandaloso prémio de 10 milhões de Euros pagos a Cadilhe para gerir o BPN durante seis meses! Como se vê a crise não é só de "deve e haver". É bem mais funda. É de regime e parece ter a dimensão de uma pandemia.

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

quarta-feira, julho 8

segunda-feira, julho 6

Carências



Em trabalhos parlamentares na Horta até 6ªfeira...

...Eu hoje deitei-me assim !

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ao som de "Rainiest day of Summer", uma das muitas pérolas desta elegante estreia de Elizabeth & the catapult. "Taller Children" é o colar que sustenta uma colecção de canções para a colecção deste Verão proposta por estes jovens criadores. A descobrir no myspace de mais uma banda com epicentro em Brooklyn – New York

sábado, julho 4

Saturday Night Fever

Zdb » 15 anos



1ª noite de festejos do 15º aniversário da ZDB - umas da mais interessantes estruturas alternativas da capital -, espaço no qual assisti a muitas propostas ousadas. Faz falta um artes em partes em Pdl...

sexta-feira, julho 3

1 ano



Este fim-de-semana as Portas do Mar comemoram o 1º aniversário da sua inauguração com a promoção de um programa diversificado. Um projecto como este é dinâmico e nunca poderá ser dito como algo acabado. É necessário que seja afinado o que requer afinação. Mas independentemente do espaço per si não podemos ocultar o facto da cidade ter beneficiado, com esta infra-estrutura, de uma nova amplitude e modernidade. O Mundo também passa por aqui.

Desculpe, importa-se de repetir?!

«(...) só hoje é que percebi alguns contornos (...) que me passaram completamente ao lado»
Dias Loureiro confirma que é arguido.

...Eu hoje deitei-me assim !

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Assim vai o estado da Nação ! Note-se que a eloquência ministerial é de tal calibre que até dispensa a tradução em linguagem gestual.

quinta-feira, julho 2

Daniel Oliveira hoje na Academia das Artes

Sem sentido

Santana quer novo túnel em Lisboa e pede “ajuda” a Deus
A lata dura, dura e dura...

Aviso à navegação

A vaca que orgulhosamente ostentamos no :ILHAS provém da colheita do fotoblog de FF. O nosso Obrigado...

Neda

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Numa época sem História, infectada pelo entorpecimento do "politicamente correcto", Neda Agha-Soltan simboliza a Voz da Liberdade. Com ironia divina Neda, em "Farsi", é o mesmo que a Voz. Uma voz que se calou abatida a tiro nas ruas de Teerão. A voz de uma imagem replicada mundo fora pelos labirintos da internet que a teocracia Iraniana não domina. Neda profetiza para muitos o fim de um modelo de Estado teocrático com o qual o Ocidente tem contemporizado com o pragmatismo oportunista que tudo relativiza. Não foi o "beato" Obama que sentenciou que não se poderá impor a Democracia a determinadas Nações? O Irão é seguramente um desses exemplos. Um ninho de vespas que os Americanos não querem agitar. Porém, paradoxalmente há quem no próprio ninho queira libertar-se das peias da tirania que os oprime. Querem tão simplesmente ter uma voz e a liberdade para fazer uso dela mesmo que tal ousadia democrática seja uma heresia para os ayatollahs deste mundo. Neda é não só o ícone e a agonia dessa voz, como a sua morte, às mãos da repressão, faz dela uma mártir executada pelos torcionários do seu país. Esta é uma dimensão nova numa forma de governo que tem glorificado o martírio em nome de Alá, tantas vezes invocado em vão para a roda de justificações obscenas que apenas servem para alimentar o eixo do mal em que se torturam as liberdades básicas. Neda é ainda um símbolo perene do poder das mulheres numa sociedade que as menoriza em todas as dimensões quotidianas da vida comunitária. Uma jovem abatida a tiro numa manifestação de rua pró-democracia é hoje o rosto martirizado de um Povo que afinal de contas quer a Democracia. Não o deseja por imposição externa do amigo Americano do momento, mas está disposta a dar vida por uma revolução popular que ponha termo a qualquer forma de governo "em nome de Deus". "Eles mataram Neda mas não a sua Voz", foi um slogan que correu que nem pólvora nas plataformas electrónicas que relataram o prólogo de uma revolução que tarda. É sem dúvida a melhor legenda e homenagem a uma mulher que é hoje a imagem da esperança na Liberdade que redimirá a sua morte.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com