sexta-feira, maio 1

Lunáticos (!)


Esta semana, à crença de que «a necessidade aguça o engenho», somo a compreensão de que ela, a necessidade, numa feliz expressão atribuída ao génio que foi Platão, é também «a mãe de todas as invenções», sendo que o plural é da minha responsabilidade, por questões que não importa agora aprofundar.

A (im)preparação, ante a surpresa, atrasa a humanidade, mas não a detém(!) e, não sei se bem ou se mal, lá nos vamos conseguindo reinventar, umas vezes pior e, sobretudo, outras vezes melhor.

Aflige-me, no entanto, a ideia de que, tal como o escorpião picou a rã numa conhecida fábula, também esteja na nossa natureza darmos cabo do planeta, nosso hospedeiro, ao mesmo tempo que damos largas aos instintos de sobrevivência da espécie, seja lá o que «sobrevivência da espécie» represente para uma ou outra estirpe.

Para os »marretas« que nunca se rendem ao vírus, a qualquer que seja, venham eles de onde vierem, deixo a recomendação de leitura do livro Lunáticos, de Safi Bahcall.

Não obstante uma determinada sensação de uma vivência sequencial da humanidade, a vida também acontece nas faixas paralelas. São elas que, nas nossas autoestradas, permitem as viragens à direita ou à esquerda e, quando necessário, as inversões de sentido de marcha também.



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