quarta-feira, junho 30
Agente Provocador x 3 e na 3
Regresso do Agente às emissões e em estreia nacional na Antena 3 - Açores (site e emissão online por enquanto indisponíveis).
Hoje a bola estará em cima da mesa e poderá ser ouvida, a par com outras preciosidades, nas seguintes frequências:
S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz
Aviso à navegação...
Porque o turismo é muito mais do que uma simples actividade económica e interessa a todos, fica aqui um pequeno (mas importante) registo, de uma deliciosa entrevista dada ao Jornal Terra Nostra, por um dos homens que mais se entregou a esta causa.
"Turismo cultural, de natureza, etc., etc., são componentes que devem fazer partedo todo que constitui a nossa oferta turística. Esta oferta é que deve ser calculada e definida para sabermos, realmente, qual a composição do nosso produto turístico que podemos oferecer e a quem poderá interessar. Ainda estamos a tempo de reparar e melhorar o que está mal. Só é necessário que existam pessoas com muita vontade e verdadeira mentalidade turística. Quem goste verdadeiramente de turismo, saberá dar felicidade aos outros. A felicidade de quem nos visitar, será o verdadeiro êxito do nosso futuro no Turismo."
Luís Filipe Botelho, in Terra Nostra, 18 de Junho de 2010
"Turismo cultural, de natureza, etc., etc., são componentes que devem fazer partedo todo que constitui a nossa oferta turística. Esta oferta é que deve ser calculada e definida para sabermos, realmente, qual a composição do nosso produto turístico que podemos oferecer e a quem poderá interessar. Ainda estamos a tempo de reparar e melhorar o que está mal. Só é necessário que existam pessoas com muita vontade e verdadeira mentalidade turística. Quem goste verdadeiramente de turismo, saberá dar felicidade aos outros. A felicidade de quem nos visitar, será o verdadeiro êxito do nosso futuro no Turismo."
Luís Filipe Botelho, in Terra Nostra, 18 de Junho de 2010
...Eu hoje deitei-me assim
...agora que o "sonho africano" virou pesadelo tuga aqui fica a sugestão para a selecção e para os Ronaldinhos : dediquem-se a outros jogos sem bola ; tipo este double dutch ao passo afro das ebonettes de Malcom Mclaren...se calhar faziam melhor figura.
terça-feira, junho 29
Lançamento
A Fundação Sousa d’Oliveira lança hoje o livro "Antero de Quental - Problemas Filosóficos e Concepções Religiosas".
Conforme notícia publicada ontem, «(...) Trata-se da concretização de um projecto prioritário para aquela instituição e tido como fundamental desde a sua criação, como realça Melo Bento. “Antero de Quental - Problemas Filosóficos e Concepções Religiosas” é nada mais nada menos que a tese de licenciatura de Manuel Sousa d’Oliveira, apresentada em 1942, altura em que foi desafiado a publicá-la pelo seu professor de Filosofia mas que, “por falta de meios e talvez de alguma coragem, nunca o fez”, como diz o actual responsável pela fundação. "Um trabalho lindíssimo, porque mergulha no espírito de Antero, um génio, um poeta de grande primor da escrita e um filósofo de grande intensidade. E Manuel de Sousa d’Oliveira consegue descrever e acompanhar tudo isto", salienta Melo Bento. O livro, cuja sessão de lançamento terá lugar esta terça-feira na Biblioteca da Escola Secundária Antero de Quental, pelas 18h30, inclui ainda diversas notas do autor escritas ao longo da vida. O prefácio é da autoria de Teixeira Dias. Acresce ainda uma pequena introdução e uma biografia do arqueólogo, da autoria de Melo Bento. Na ocasião será proferida uma conferência por Artur Anselmo, da Universidade Nova de Lisboa, subordinada ao tema "Quatro Bibliógrafos Micaelenses - José do Canto, Ernesto do Canto, Eugénio do Canto e Manuel de Sousa Oliveira". A Fundação Doutor Manuel de Sousa d’Oliveira tem como fins a promoção do fomento dos estudos de arqueologia e trabalhos arqueológicos dos Açores, assim como a concessão de bolsas de estudo a estudantes e graduados com carências económicas, a salvaguarda e colocação à disposição dos estudiosos e interessados do espólio arqueológico do seu fundador».
Hora e dia ingratos. Tendo em conta quem vai a jogo.
Conforme notícia publicada ontem, «(...) Trata-se da concretização de um projecto prioritário para aquela instituição e tido como fundamental desde a sua criação, como realça Melo Bento. “Antero de Quental - Problemas Filosóficos e Concepções Religiosas” é nada mais nada menos que a tese de licenciatura de Manuel Sousa d’Oliveira, apresentada em 1942, altura em que foi desafiado a publicá-la pelo seu professor de Filosofia mas que, “por falta de meios e talvez de alguma coragem, nunca o fez”, como diz o actual responsável pela fundação. "Um trabalho lindíssimo, porque mergulha no espírito de Antero, um génio, um poeta de grande primor da escrita e um filósofo de grande intensidade. E Manuel de Sousa d’Oliveira consegue descrever e acompanhar tudo isto", salienta Melo Bento. O livro, cuja sessão de lançamento terá lugar esta terça-feira na Biblioteca da Escola Secundária Antero de Quental, pelas 18h30, inclui ainda diversas notas do autor escritas ao longo da vida. O prefácio é da autoria de Teixeira Dias. Acresce ainda uma pequena introdução e uma biografia do arqueólogo, da autoria de Melo Bento. Na ocasião será proferida uma conferência por Artur Anselmo, da Universidade Nova de Lisboa, subordinada ao tema "Quatro Bibliógrafos Micaelenses - José do Canto, Ernesto do Canto, Eugénio do Canto e Manuel de Sousa Oliveira". A Fundação Doutor Manuel de Sousa d’Oliveira tem como fins a promoção do fomento dos estudos de arqueologia e trabalhos arqueológicos dos Açores, assim como a concessão de bolsas de estudo a estudantes e graduados com carências económicas, a salvaguarda e colocação à disposição dos estudiosos e interessados do espólio arqueológico do seu fundador».
Hora e dia ingratos. Tendo em conta quem vai a jogo.
segunda-feira, junho 28
Legenda para hoje
Este e outros 'Muros de Abrigo' estão visitáveis até 12 Set'10 no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.
domingo, junho 27
...Eu hoje deitei-me assim !
...
...
Álbum de estreia, com o patrocínio dos Midlake, este Queen of Denmark de John Grant é um monumento de classicismo que evoca o melhor do cancioneiro folk da década de 70. Um registo confessional e provocatório no qual John Grant convoca os seus fantasmas para a orquestração de uma colecção de canções originais que irão ficar na memória do best of do ano. Sob escuta brevemente num programa de rádio perto de si ou aqui no myspace do John Grant.
...
Álbum de estreia, com o patrocínio dos Midlake, este Queen of Denmark de John Grant é um monumento de classicismo que evoca o melhor do cancioneiro folk da década de 70. Um registo confessional e provocatório no qual John Grant convoca os seus fantasmas para a orquestração de uma colecção de canções originais que irão ficar na memória do best of do ano. Sob escuta brevemente num programa de rádio perto de si ou aqui no myspace do John Grant.
sábado, junho 26
Um espaço de igualdade
"O AQUI" é referenciado em 6º Lugar nos dez melhores espectáculos de Dança em 2009 (Jornal Público), pela jornalista e crítica de dança Paula Varanda como um espectáculo que “se desenvolve num todo coerente onde sobressaem volumes e imagens atraentes que modificam o espaço, relações de risco e afecto que transpiram uma cumplicidade comovente do elenco”. No caderno “Actual” (Jornal Expresso), a Cia. CIM é destacada pela jornalista e crítica de arte Cláudia Galhós como uma companhia que abraça “corpos ditos socialmente como diferentes” e afirma um “posicionamento simultaneamente artístico e social”.Esta noite em apresentação, depois de uma semana de intenso trabalho, no Teatro Micaelense.
"O Aqui", aposta arrojada e generosa…”
Paula Varanda Ípsilon (Público)
sexta-feira, junho 25
quinta-feira, junho 24
Matraquilhos
...
Já todos sabemos que o desporto rei e as torturantes vuvuzelas do Mundial 2010 vão compondo a banda sonora destes dias. Não sabíamos era que tão popular gosto afectasse as sensibilidades aristocráticas de certa classe política. Vem isto a propósito do coro de vozes que, pela partitura do costume, se indigna com a "ocupação" da praça Gonçalo Velho em Ponta Delgada com o sazonal "Mundialito" para celebração da festa do futebol. Entre prima donnas, com afiadas performances de soprano e tenores de ocasião, que replicam a voz do dono, lá vão compondo um bel canto de supostas "aberrações". O libreto desta opereta parece feito de encomenda para, no gran finale, enfiar mais uma estocada na Câmara Municipal da Dr.ª Berta Cabral. Com efeito, como aliás confessou uma das vozes Socialistas na Assembleia Municipal, a iniciativa - que tem o apoio da câmara municipal - até era boa se tivesse lugar nas "Portas do Mar" ! Nas "Portas da Cidade" - (com a inevitável parceria da câmara municipal) - é que não podia ser por abusiva ocupação do espaço público e abarracamento do mesmo ! Isto tem um nome cuja adjectivação deixo à imaginação do leitor. O certo é que o argumento é sempre o mesmo: a utilização das "Portas da Cidade" para este evento do "Mundialito", ou qualquer outro de cariz popular promovido pela câmara municipal, constitui um "crime" de "lesa património". Paradoxalmente esse mesmo património é convenientemente esquecido quando a congregação política da rosa o toma de empréstimo para campanha política em época de eleições. Por exemplo: A "abusiva ocupação" da respectiva praça deixa de o ser quando, como já o fez o PS, a mesma é objecto da instalação de toda a parafernália audiovisual de propaganda eleitoral, incluindo, o estacionamento de carros de campanha que não são propriamente "utilitários". O mal, como se vê, não está na forma como se utiliza o património, que é de todos, mas sim do ressabiamento de uma iniciativa que, por razões que não importa remexer, não teve lugar nas "Portas do Mar". O mal, como se adivinha, está numa afectação de certa classe política, nada e criada no remanso do ar condicionado dos salões cor-de-rosa e que, na verdade, olha com desdém e sobranceria para toda e qualquer iniciativa que seja popular. Não têm culpa mas fisiologicamente têm alergia a tudo o que cheire a Povo. Fazem-lhe a corte na época de caça ao voto mas em período de defeso repugna-lhes a proximidade física com os seus rituais antropológicos, como essa coisa tribal do futebol. Para essa casta superior da política essas e outras manifestações populares deveriam estar escondidas do espaço público, ou simplesmente nem sequer deveriam ter lugar em praça pública como, por exemplo, há muito vêm defendendo para as Grandes Festas do Espírito Santo em Ponta Delgada que este ano vão já na sua VII edição para agrado de imensos "populares". Quanto ao "Mundialito" não há razão para tanto alarde: ele vai continuar nas "Portas da Cidade" com a participação popular de quem vibra com o desporto das multidões e ignora os jogos de salão. Até Julho por lá vão passar "populares" q.b. para ver as transmissões dos jogos, especialmente da selecção, em ambiente de convívio transversal a todas as idades. Entretanto o espaço será usufruído por escolinhas de formação, equipas de futsal, torneio de empresas e o mais que o "povo" quiser. Poderia este evento ter lugar noutro espaço menos nobre da cidade de Ponta Delgada como as "Portas do Mar"? Poder podia ! Mas não era a mesma coisa. O resto são matraquilhos.
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
Já todos sabemos que o desporto rei e as torturantes vuvuzelas do Mundial 2010 vão compondo a banda sonora destes dias. Não sabíamos era que tão popular gosto afectasse as sensibilidades aristocráticas de certa classe política. Vem isto a propósito do coro de vozes que, pela partitura do costume, se indigna com a "ocupação" da praça Gonçalo Velho em Ponta Delgada com o sazonal "Mundialito" para celebração da festa do futebol. Entre prima donnas, com afiadas performances de soprano e tenores de ocasião, que replicam a voz do dono, lá vão compondo um bel canto de supostas "aberrações". O libreto desta opereta parece feito de encomenda para, no gran finale, enfiar mais uma estocada na Câmara Municipal da Dr.ª Berta Cabral. Com efeito, como aliás confessou uma das vozes Socialistas na Assembleia Municipal, a iniciativa - que tem o apoio da câmara municipal - até era boa se tivesse lugar nas "Portas do Mar" ! Nas "Portas da Cidade" - (com a inevitável parceria da câmara municipal) - é que não podia ser por abusiva ocupação do espaço público e abarracamento do mesmo ! Isto tem um nome cuja adjectivação deixo à imaginação do leitor. O certo é que o argumento é sempre o mesmo: a utilização das "Portas da Cidade" para este evento do "Mundialito", ou qualquer outro de cariz popular promovido pela câmara municipal, constitui um "crime" de "lesa património". Paradoxalmente esse mesmo património é convenientemente esquecido quando a congregação política da rosa o toma de empréstimo para campanha política em época de eleições. Por exemplo: A "abusiva ocupação" da respectiva praça deixa de o ser quando, como já o fez o PS, a mesma é objecto da instalação de toda a parafernália audiovisual de propaganda eleitoral, incluindo, o estacionamento de carros de campanha que não são propriamente "utilitários". O mal, como se vê, não está na forma como se utiliza o património, que é de todos, mas sim do ressabiamento de uma iniciativa que, por razões que não importa remexer, não teve lugar nas "Portas do Mar". O mal, como se adivinha, está numa afectação de certa classe política, nada e criada no remanso do ar condicionado dos salões cor-de-rosa e que, na verdade, olha com desdém e sobranceria para toda e qualquer iniciativa que seja popular. Não têm culpa mas fisiologicamente têm alergia a tudo o que cheire a Povo. Fazem-lhe a corte na época de caça ao voto mas em período de defeso repugna-lhes a proximidade física com os seus rituais antropológicos, como essa coisa tribal do futebol. Para essa casta superior da política essas e outras manifestações populares deveriam estar escondidas do espaço público, ou simplesmente nem sequer deveriam ter lugar em praça pública como, por exemplo, há muito vêm defendendo para as Grandes Festas do Espírito Santo em Ponta Delgada que este ano vão já na sua VII edição para agrado de imensos "populares". Quanto ao "Mundialito" não há razão para tanto alarde: ele vai continuar nas "Portas da Cidade" com a participação popular de quem vibra com o desporto das multidões e ignora os jogos de salão. Até Julho por lá vão passar "populares" q.b. para ver as transmissões dos jogos, especialmente da selecção, em ambiente de convívio transversal a todas as idades. Entretanto o espaço será usufruído por escolinhas de formação, equipas de futsal, torneio de empresas e o mais que o "povo" quiser. Poderia este evento ter lugar noutro espaço menos nobre da cidade de Ponta Delgada como as "Portas do Mar"? Poder podia ! Mas não era a mesma coisa. O resto são matraquilhos.
João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
quarta-feira, junho 23
Vídeo, Performance e Tecnologias
Para ver esta noite no Teatro Micaelense a extensão do Festival InShadow em que serão apresentados os premiados da 1ª edição. A sessão será apresentada pelo director artístico do festival - Pedro Sena Nunes.
Diário de Bordo. Dia 10.
Sim, queremos reviver a intensidade (emocional) do espectáculo de São Miguel em Lisboa. Aqui fica o desafio a todos os que vivem na cidade (açorianos, não açorianos, indonésios, turcos, fãs do Cristiano Ronaldo, leitores de Proust, ouvintes dos Black Eyed Peas) para irem ao Jardim de Inverno do São Luiz num dos dias: amanhã, sexta ou sábado, às 22h. Dez europas (oh, o que são dez euros) é o preço da coisa.
Cultura, catalisador do desenvolvimento local
O Governo dos Açores tem em curso um ambicioso conjunto de investimentos em infra-estruturas, de modo a melhor dotar o arquipélago de múltiplas valências no domínio das artes performativas, na defesa do património móvel e imóvel, no apoio aos criadores e associações, na divulgação interna e externa da produção artística e na promoção da fruição de propostas contemporâneas.
Todas estas acções estão inseridas nos grandes objectivos estratégicos para o médio prazo, nomeadamente, naquele que visa Melhorar as Qualificações e as Competências dos Açorianos, e no qual a Cultura se inscreve como essencial.
Fazer com que a Cultura faça parte da vivência intrínseca das populações pode parecer utópico mas vislumbra-se, cada vez mais, como algo fundamental na formação contínua dos indivíduos. Esta questão deve constituir-se como basilar, deve ser estimulada, deve apelar aos mais novos e, por essa via, cultivar a “contaminação” dos mais velhos.
A fruição dos espaços culturais existentes, e a erigir, tem de ser encarada como uma mais-valia reprodutiva, não só ao nível cognitivo e do intelecto mas, também, como incremento económico no local de implementação.
O Museu e a Biblioteca Pública não podem ser espaços independentes da economia do “local” e devem ser, eles próprios, “o” ou “um” dos seus principais catalisadores económicos, no qual devem coexistir um número significativo de actividades interdependentes, constituindo-se, de forma integrada, como espaços “âncora”.
De modo a consubstanciar esta importância, o impacto do valor da Cultura no desenvolvimento local, realce para o número de entradas verificadas no conjunto dos Museus da região que, desde 2007, tem vindo progressivamente a subir, atingindo em 2009 cerca de 95.000 visitantes, mais 27.000 do que em 2007.
Estes dados são motivo de regozijo mas que podem e devem ser incrementados, na medida em que foram alcançados mesmo e apesar das obras de beneficiação, ampliação e modernização que decorrem em alguns dos nossos Museus. Um aspecto condicionante mas temporário, cuja execução é essencial para o seu bom desempenho e para a missão que lhes é confiada.
Os recursos são, em alguns casos, importa aqui referi-lo, limitados. Pelo que devemos pautar o investimento público para melhoria continuada das condições físicas e de recursos humanos dos organismos oficiais da Direcção Regional da Cultura, como elementos fundamentais na prossecução da política governamental para o sector.
Num país onde a criação está fortemente centralizada, e numa região como os Açores, geograficamente fragmentada, a descentralização cultural é um gesto que se impõe no crescimento e para o desenvolvimento de novos “centros”.
Como cidadãos portugueses, habitemos em Bragança ou em Sta. Cruz da Graciosa, temos o direito de aceder à Cultura e a um serviço público na área da fruição cultural, quer como criadores, participantes ou espectadores. Este é, sem margem para muitas dúvidas, um meio de alcançarmos uma Região, mais equilibrada, mais coesa e mais democrática.
Mas não falo apenas de “recepção” de oferta cultural de qualidade mas, sobretudo, de criação, de crítica e de avaliação, na relação com as diversas manifestações artísticas.
Independentemente do carácter descentralizador há que ter objectivos concretos na política de funcionamento destas infra-estruturas e há que sensibilizar e envolver as autarquias para as suas responsabilidades locais, neste sector, na medida em que são, em muitos casos, os responsáveis pelos equipamentos disponíveis. E, para isso, devem dotar-lhes dos meios e dos mecanismos para funcionar.
Devem todos trabalhar em “rede”, mesmo que não haja formalmente uma Rede.
A Cultura é, perante aquilo que representa e pelo que perspectiva, um sector de importância vital como “factor intangível de desenvolvimento” (in Carlos L. Medeiros, «Cultura, Factor de Criação de Riqueza», UCP, Lisboa, 2008). E a aposta continuada do Governo dos Açores, neste domínio, preconiza esta estratégia, a de vector basilar na formação, valorização e estímulo da sociedade açoriana.
Alexandre Pascoal
Maio 2010
* Adaptação da intervenção na ALRA em Maio’10
** Publicado na edição de 15 Jun'10 do Açoriano Oriental
*** Foto Olhares
Todas estas acções estão inseridas nos grandes objectivos estratégicos para o médio prazo, nomeadamente, naquele que visa Melhorar as Qualificações e as Competências dos Açorianos, e no qual a Cultura se inscreve como essencial.
Fazer com que a Cultura faça parte da vivência intrínseca das populações pode parecer utópico mas vislumbra-se, cada vez mais, como algo fundamental na formação contínua dos indivíduos. Esta questão deve constituir-se como basilar, deve ser estimulada, deve apelar aos mais novos e, por essa via, cultivar a “contaminação” dos mais velhos.
A fruição dos espaços culturais existentes, e a erigir, tem de ser encarada como uma mais-valia reprodutiva, não só ao nível cognitivo e do intelecto mas, também, como incremento económico no local de implementação.
O Museu e a Biblioteca Pública não podem ser espaços independentes da economia do “local” e devem ser, eles próprios, “o” ou “um” dos seus principais catalisadores económicos, no qual devem coexistir um número significativo de actividades interdependentes, constituindo-se, de forma integrada, como espaços “âncora”.
De modo a consubstanciar esta importância, o impacto do valor da Cultura no desenvolvimento local, realce para o número de entradas verificadas no conjunto dos Museus da região que, desde 2007, tem vindo progressivamente a subir, atingindo em 2009 cerca de 95.000 visitantes, mais 27.000 do que em 2007.
Estes dados são motivo de regozijo mas que podem e devem ser incrementados, na medida em que foram alcançados mesmo e apesar das obras de beneficiação, ampliação e modernização que decorrem em alguns dos nossos Museus. Um aspecto condicionante mas temporário, cuja execução é essencial para o seu bom desempenho e para a missão que lhes é confiada.
Os recursos são, em alguns casos, importa aqui referi-lo, limitados. Pelo que devemos pautar o investimento público para melhoria continuada das condições físicas e de recursos humanos dos organismos oficiais da Direcção Regional da Cultura, como elementos fundamentais na prossecução da política governamental para o sector.
Num país onde a criação está fortemente centralizada, e numa região como os Açores, geograficamente fragmentada, a descentralização cultural é um gesto que se impõe no crescimento e para o desenvolvimento de novos “centros”.
Como cidadãos portugueses, habitemos em Bragança ou em Sta. Cruz da Graciosa, temos o direito de aceder à Cultura e a um serviço público na área da fruição cultural, quer como criadores, participantes ou espectadores. Este é, sem margem para muitas dúvidas, um meio de alcançarmos uma Região, mais equilibrada, mais coesa e mais democrática.
Mas não falo apenas de “recepção” de oferta cultural de qualidade mas, sobretudo, de criação, de crítica e de avaliação, na relação com as diversas manifestações artísticas.
Independentemente do carácter descentralizador há que ter objectivos concretos na política de funcionamento destas infra-estruturas e há que sensibilizar e envolver as autarquias para as suas responsabilidades locais, neste sector, na medida em que são, em muitos casos, os responsáveis pelos equipamentos disponíveis. E, para isso, devem dotar-lhes dos meios e dos mecanismos para funcionar.
Devem todos trabalhar em “rede”, mesmo que não haja formalmente uma Rede.
A Cultura é, perante aquilo que representa e pelo que perspectiva, um sector de importância vital como “factor intangível de desenvolvimento” (in Carlos L. Medeiros, «Cultura, Factor de Criação de Riqueza», UCP, Lisboa, 2008). E a aposta continuada do Governo dos Açores, neste domínio, preconiza esta estratégia, a de vector basilar na formação, valorização e estímulo da sociedade açoriana.
Alexandre Pascoal
Maio 2010
* Adaptação da intervenção na ALRA em Maio’10
** Publicado na edição de 15 Jun'10 do Açoriano Oriental
*** Foto Olhares
terça-feira, junho 22
segunda-feira, junho 21
Hoje é dia de Cineclube
Lá em casa quem domina no reino da animação são os Patinhos. Mas o pai, apesar de crescido (!), também não dispensa os seus Macaquins...
Partilho e recomendo a exibição de hoje nos Cinemas Solmar.
domingo, junho 20
sábado, junho 19
sexta-feira, junho 18
Parlamento aprova proposta do PS para criação de Roteiros Culturais
“...Para preservar é necessário educar”, afirmou o deputado do PS/Açores, para quem esta iniciativa legislativa traduz-se, ainda, numa mais-valia turística e uma razão extra para visitar os Açores, à semelhança do que acontece com outras iniciativas..."
Aplaudo de pé.
Até porque na Inglaterra: "o turismo reporta à cultura":
"Culture secretary, Jeremy Hunt, has asked the tourism sector for ideas on how to increase domestic spend."
E não deverão estranhar: eles são ingleses e falam outra língua, que é como quem diz, eles não percebem nada disto! (?)
Ou então é a resposta ao desabafo de Cavaco Silva.
Cinema à mesa
Inserido no Ciclo de Cinema - A Imagem da Europa realiza-se, hoje, na Horta, no Teatro Faialense, uma mesa redonda sobre a temática, às 21h00, contando com a participação de André Bradford, Secretário Regional da Presidência, e de três representantes da crítica nacional de cinema, nomeadamente: Mário Augusto, jornalista da RTP; João Antunes, jornalista do Jornal de Notícias e José Vieira Mendes, Director da Revista Premiére.
quinta-feira, junho 17
Quem cala…
Corria o ano da graça de 2003, ou se quisermos o ano VII da Nova Autonomia, e o Governo PS assinava a escritura do "contrato de concessão do exclusivo de jogos de fortuna ou azar num casino em São Miguel". A sociedade ASTA – Atlântida, representada e detida maioritariamente pelo grupo Martins Mota e Paim, foi o parceiro de negócio desta "joint venture" socialista para a exploração capitalista de um casino. Como contrapartida, designadamente pelos mais de 50 % que o grupo arrecadaria de receitas brutas, os concessionários ficavam obrigados, no prazo de três anos, a construir um casino na ilha de São Miguel, executar um projecto de urbanização para a zona de Pêro de Teive em Ponta Delgada, a beneficiar e adaptar as termas das Furnas, e ainda à "construção nos Açores, no prazo máximo de três anos, de quatro hotéis". O "deadline" há muito que findou em Abril de 2006 e o jogo, de fortuna ou azar, ficará emoldurado no papel do contrato. Quanto às restantes contrapartidas é o que se vê: um amontoado de edificações inacabadas nalguns casos a caminho da ruína, como por exemplo, os "caixotes" para o centro comercial de Pêro de Teive que se prometia, em letra de lei publicitada em jornal oficial de 2000, vir a ser um projecto "urbanístico destinado à cultura e lazer, com espaços de livre circulação, espaços verdes e arborizados (…) imprimindo ao local uma imagem de elevada qualidade e utilidade para a cidade em geral". Algo similar ao "Domínio dos Deuses" do Astérix! Hoje, já nos anos zero do novo milénio, o que lá existe são umas estruturas que evocam o estilo dos escombros do reichstag! Tudo isto sob a sombra monolítica do prometido casino que parece inspirado no melhor estilo da arquitectura soviética sendo que este empreendimento encalhado está embrulhado em entulho e tapumes de obra que se eternizam numa zona nobre da cidade. São obras públicas financiadas com o dinheiro dos contribuintes que correm o risco de precisarem do amparo do governo para a inevitável reabilitação urbana. Mas, sobre estes "monstros" em avançado estado de "decomposição" urbanística não versejam os bardos do regime, nem as poetisas da rosa, com direito a epístola laudatória e semanal a Carlos César. Esquecem convenientemente a autoria moral desses atentados urbanísticos concessionados a particulares com prerrogativas de Estado pois, por via do esquema montado para a concessão, foram ao ponto de concederem aos concessionários privilégios tributários que lhes conferiram isenções fiscais e de licenciamento de obra. Na verdade, os ditos escribas como "soldados da fortuna" que são cumprem profissionalmente o seu dever de apontar baterias para o lado oposto. Entretanto, o certo é que nem com uma obra a custo zero em termos fiscais, e em parceria com amigos da "privada", o governo conseguiu plantar a maravilha urbanística que prometeu. No mínimo espera-se que accione a garantia bancária de cerca de 1 milhão de euros que prestou a empresa concessionária. Não dá para acabar as obras em causa mas ajuda, pelo menos, a reabilitar os equipamentos públicos danificados e a restituir alguma dignidade urbana às zonas em causa transformadas em estaleiro de obras. Sobre estes abortos paisagísticos, e respectivos custos sociais contabilizados em perdas económicas, as pitonisas da nova autonomia, ladeadas pelos seus "jovens turcos", preferem o silêncio. Também aqui à esquerda nada de novo pois já diziam os clássicos "qui tacet, consentire videtur", ou seja, quem cala consente.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
quarta-feira, junho 16
Diário de Bordo. Dia 7.
Ao longo destes últimos meses temos sido uma espécie de banda rock. Fizemos uma viagem (até ao Faial) para investigar no terreno a história que queremos contar. Nalgumas das fotos que hoje posto está o espírito (Breliano, sim) que tem marcado os nossos dias.
O Sérgio Gregório a captar sons do mar faialense.
O disco (oferecido pelo André - Almeida e Sousa - e pela Sofia) que nos tem acompanhado.
O Dinarte imperial.
A band Brel em tournée.
O tempo fantástico que apanhámos no Faial.
A Inês Eva a ajudar o Dinarte a "passar texto".
A máquina na qual o João Prazeres trabalhou o cenário.
Uma dupla oferta para quem vai para cima do palco, representar o gang: umas luvas de boxe e as "Greguerías" de Ramon Gomez de la Serna. O incitamento a um combate poético.
O Sérgio Gregório a captar sons do mar faialense.
O disco (oferecido pelo André - Almeida e Sousa - e pela Sofia) que nos tem acompanhado.
O Dinarte imperial.
A band Brel em tournée.
O tempo fantástico que apanhámos no Faial.
A Inês Eva a ajudar o Dinarte a "passar texto".
A máquina na qual o João Prazeres trabalhou o cenário.
Uma dupla oferta para quem vai para cima do palco, representar o gang: umas luvas de boxe e as "Greguerías" de Ramon Gomez de la Serna. O incitamento a um combate poético.
terça-feira, junho 15
Publicidade Institucional # 11
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O Sound + Vision (evocação de um grande clássico de Bowie) é um blog obrigatório de João Lopes e Nuno Galopim. É indispensável no meu tour diário de blogs ultramarinos*. Agora, com um formato e template remodelado, está bem mais próximo na forma daquilo que é no conteúdo : um magazine de música e cinema sempre com crítica e sugestões muito à frente da imprensa nacional que, de quando em vez, faz eco com muito delay do que aqui se anuncia em primeira escuta ou ante estreia.
(Outros blogs ultramarinos indispensáveis:
Combustões
Jansenista
E Deus criou a mulher
Dragoscópio
O Cachimbo de Magritte
Resistir.)
O Sound + Vision (evocação de um grande clássico de Bowie) é um blog obrigatório de João Lopes e Nuno Galopim. É indispensável no meu tour diário de blogs ultramarinos*. Agora, com um formato e template remodelado, está bem mais próximo na forma daquilo que é no conteúdo : um magazine de música e cinema sempre com crítica e sugestões muito à frente da imprensa nacional que, de quando em vez, faz eco com muito delay do que aqui se anuncia em primeira escuta ou ante estreia.
(Outros blogs ultramarinos indispensáveis:
Combustões
Jansenista
E Deus criou a mulher
Dragoscópio
O Cachimbo de Magritte
Resistir.)
domingo, junho 13
Diário de Bordo. Dia 6.
Ontem à noite ensaiámos pela primeira vez no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, onde estaremos a actuar nos dias 24, 25 e 26 deste mês. Para ver como é que funciona no espaço o cenário, as projecções, o som, etc. Foi bom ver o Dinarte lá em cima, no seu papel de empenhado (por vezes emocionado) mestre de cerimónias. Foi bom perceber que o tom que pretendemos para o espectáculo está lá - e notar que agora o que é preciso é afinar a ligação de todos os elementos. Numa palavra: ensaiar. Repetidas vezes. Até termos uma proposta orgânica, sem ruídos de maior (ruídos, sabemo-lo, haverá sempre, até porque não queremos deixar cair o seu lado impuro de performance, de narração viva de uma história). Daqui a pouco partimos para São Miguel. Vamos todos: o Dinarte, o Paulo, o Sérgio, o Feliciano, a Inês e o João. Hoje será dia de desarrumar as malas. Amanhã pegaremos ao serviço no Teatro Micaelense. Estamos inquietos para o fazer - até porque há muita coisa que vamos experimentar em cima do palco. A luz, por exemplo. Perguntamo-nos todos (apesar das conversas, das trocas de ideias): como é que o Feliciano nos vai iluminar a todos?
Esta semana a Inês Eva, nosso produtora, deu-nos uma óptima notícia: a aprovação por parte das Éditions Jacques Brel (a fundação dirigida pela filha do cantor, France - ela que esteve com o pai nos Açores em 74) do nosso pedido de cedência de direitos de exibição de material audiovisual e sonoro do Grand Jacques. Mandámos para lá uma gravação e eles caribaram. Ficámos muito contentes. Porque nos permite jogar melhor com os ingredientes todos. Passámos a ter à nossa disposição todos os ingredientes em cima da mesa. Agora resta saber quais vão ser escolhidos - e decidir qual a melhor forma de os transformar e cozinhar.
Por falar das Éditions: hoje, através do blogue do Sérgio Paixão, ficámos a saber que já fazem notícia do espectáculo. O que é bom. O que é óptimo. E aumenta (ainda mais) a nossa responsabilidade e o nosso entusiasmo.
sexta-feira, junho 11
quinta-feira, junho 10
Hoje
Inaugura no Museu Carlos Machado a exposição antológica 'Muros de Abrigo' de Ana Vieira.
Uma proposta imperdível e que constitui um dos marcos da agenda cultural do arquipélago para 2010.
“Comendadores” e “Compadres”
Terá o nosso 6 de Junho passado à história ? Creio que não, apesar de muitos quererem remetê-lo à condição de nota de rodapé da história da Autonomia, e de outros tantos se esforçarem em reescrever a história da génese fundacional da mesma conformando-a ao regime político vigente. Essa manipulação política não tem qualquer escrúpulo e despudoradamente até conta com a involuntária cumplicidade de notáveis presos do 6 de Junho agora "reabilitados" com uma comenda entregue pelas mãos daqueles que, nos idos de 75, foram os seus algozes políticos. Os mesmos que rejubilaram com o cativeiro dos presos políticos do 6 de Junho, insultando-os em praça pública com o rótulo de "fascistas", subscrevendo nos mesmos slogans que o seu merecido destino era o "xadrez" ! Sic transit gloria mundi ! A verdade é que "o 6 de Junho foi uma afirmação de um Povo consubstanciada na revolta contra o estrangulamento económico e que desaguou num grito de liberdade colectivo. As consequências políticas estão à vista por mais jogos de rins que a esquerda hipócrita possa fazer, incluindo a entrada oportunista no comboio da Autonomia na mira de lamber prebendas a montante e exibir condecorações a jusante". Com flamejante e impenitente justiça escreveu, e bem, Jorge do Nascimento Cabral, no Correio dos Açores, denunciando a malina estratégia de irmanar nas comendas carcereiros e presos políticos. Ontem foi a vez de Pinto de Magalhães receber a Insígnia Autonómica de Reconhecimento. Hoje a medalha Autonómica de Mérito Cívico foi entregue a Melo Bento. Quem não se esquece da história não poderá deixar de registar a ironia paradoxal de que, para o futuro, ambos, - carcereiro e preso político - , ficarão irmanados na condição de "comendadores" ! Não me espanta que o Dr. Carlos Melo Bento, e outros insignes Açorianos, sejam agraciados com a Comenda de Mérito Cívico merecidamente entregue por Carlos César. Também não me causa assomo a deliberada omissão ao percurso como Açoriano Independentista de alguns dos agraciados. Com efeito, na memória descritiva e justificativa das comendas nem uma linha sequer foi escrita e lida sobre a acção militante e separatista dos novos comendadores em prol da Libertação dos Açores. Também o pusilânime facto de terem sido "presos políticos", apenas porque em consciência defendiam uma ideia para o futuro dos Açores divergente da deriva dos camaradas de Lisboa, foi cirurgicamente amputado da bula comendatícia. Não estranho estas deliberadas omissões pois é também assim que se reescreve a nossa História. Ontem os Independentistas lutavam pelos Açores contra o evangelho de Esquerda que até repudiou a Autonomia. Hoje, os missionários dessa liturgia pós 25 de Abril, e tão do PREC, são mais Autonomistas do que os pais fundadores da Autonomia ! Não me espantará que um dia se arroguem mais Independentistas do que aqueles que deram o corpo e a alma pelos Açores nos idos do Verão Quente de 75. A mim é que não me enganam nem me demovem da convicção de que o 6 de Junho de 1975 está para a Autonomia Açoriana como o 25 de Abril de 74 está para a Democracia Portuguesa. Aliás, este é um aforismo de efeméride que há muito venho defendendo. Em Democracia, especialmente depois de ultrapassados os traumas totalitaristas pós 25 de Abril, apesar de tudo não há inimigos políticos, mas também não nos iludamos: não somos todos "compadres".
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
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*Saudações Açorianas neste dia de Portugal
terça-feira, junho 8
segunda-feira, junho 7
Cultura, investimento continuado
Com o advento do século XXI a Cultura ganhou outra dimensão e deixou de estar circunscrita aos domínios artísticos tradicionais, passando a ser referência na área económica. Nesta medida, "A Cultura é hoje, mais do que um conceito, um factor económico para o qual cada país olha com atenção na perspectiva de obtenção de proveitos financeiros".
O estudo recente sobre o sector cultural e criativo em Portugal, efectuado pela empresa do ex-ministro da Economia Augusto Mateus, revela que em 2006 estas actividades foram responsáveis por 2,8% de toda a riqueza criada no país. Este valor é expressivo e justifica, plenamente, a necessidade de um olhar mais atento sobre o papel da cultura e da criatividade na economia portuguesa e na açoriana, em particular.
A Cultura tem vindo a gizar, com rigor e ambição, uma presença cada vez mais significativa na orientação estratégica para o desenvolvimento dos Açores.
Para 2010 o Governo dos Açores afectou cerca de 22,5 milhões de euros na defesa do Património e no apoio às Actividades Culturais. O que corresponde a cerca de 2,7% do investimento público previsto e a um aumento de 25,8% em relação a 2009.
Este incremento orçamental encontra a sua maior expressão nos inúmeros projectos em obra, contidos no programa de defesa e valorização do património arquitectónico e cultural, dos quais destaco: a construção da nova Biblioteca de Angra do Heroísmo, obra em curso e a bom ritmo de execução; a ampliação do Museu da Graciosa e a reprogramação museológica do núcleo sede; a valorização urbanística e paisagística da área envolvente do Museu da Indústria Baleeira em São Roque do Pico, obra já adjudicada; a construção do Espaço Cultural Multiusos do Corvo, a Temporada Música 2010 e as Comemorações do Centenário da República, cujo início está agendado para o mês de Agosto.
A aposta na formação, na criatividade e a promoção no exterior do tecido cultural insular são prioridades do Governo dos Açores para este ano.
Neste âmbito, destaco o programa de Bolsas de Formação e Criação Artística, para a aposta continuada nas dinâmicas de proximidade pedagógica, casos da Rede de Leitura Pública, da Lira Açoriana, do projecto da Orquestra Francisco de Lacerda e do projecto pioneiro do Museu Móvel, afecto ao Museu Carlos Machado, o qual foi distinguido, em Novembro passado, com um prémio nacional para o melhor serviço de extensão cultural, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.
De igual modo, a Semana de Cultura Açoriana que decorreu entre 2 e 7 de Março, deste ano, em Lisboa, numa co-produção do Teatro Micaelense e do Teatro São Luiz, contou com o empenho e com o alto patrocínio da Região.
Esta foi uma iniciativa pioneira e teve o mérito de durante uma semana ter possibilitado aos criadores açorianos a notoriedade que merecem num dos palcos mais importantes da capital. Algo nunca dantes alcançado.
As repercussões não se fizeram esperar e uma nova edição já se encontra calendarizada e deve, na minha perspectiva, ser ampliada.
Mas 2010 é, sobretudo, o ano que consagra os Açores como Região Europeia’2010.
Este momento revela-se como um canal privilegiado para a promoção do arquipélago através da sua "identidade" e como veículo para "trazer à região a cultura e as vivências europeias".
Um acontecimento que nos enche de orgulho e no qual devemos estar todos, particularmente, empenhados.
Alexandre Pascoal
Maio 2010
* Adaptação da intervenção na ALRA em Maio’10
** Publicado na edição de 03 Jun'10 do Açoriano Oriental
*** Foto Fernando Resendes (Teatro Micaelense)
**** Publicado inicialmente no Reporter X
domingo, junho 6
Desculpe, importa-se de repetir?!
«A pandemia de gripe A nunca existiu»É a conclusão do relatório aprovado ontem pela assembleia parlamentar do Conselho da Europa, que acusa a Organização Mundial de Saúde (OMS) de ter 'sobrestimado o vírus H1N1'.
Será que existem ou podemos chegar a outras conclusões?!
sexta-feira, junho 4
O Pedestal
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Ao melhor estilo autocrático a Secretária Regional da Educação aprendeu a lição da escola socialista que se diz democrática, e aberta ao debate parlamentar, desde que seja para subscrição das suas políticas. Recentemente, a propósito da reforma curricular do Ensino Básico, a dita Secretária, sem hesitar, verbalizou o que pensava afirmando que o Parlamento Regional não estava "à altura" (sic.) de discutir o diploma em causa! Não sabe, porque porventura não lhe ensinaram, que em Democracia, para o bem e para o mal, quem tem a última palavra é o Parlamento que é a forma que se convencionou para a representação soberana do Povo. Coisa de pouca monta para a Senhora Secretária, por sinal correligionária da mesma congregação do seu colega deputado que, ao mesmo nível, afirmou que isso de Povo, no caso Açoriano, não dá pão. Como se vê há pessoas que lamentavelmente não estão à altura do Poder que ocupam. Esse défice é particularmente triste quando estão em causa "competências" - (para usar o léxico da nova pedagogia) - no domínio das mais elementares regras do abecedário da Democracia. O certo é que o episódio parlamentar protagonizado por Lina Mendes é congruente com o seu curriculum que se tem pautado pela indiferença à participação democrática da comunidade escolar nos processos de decisão sobre a gestão da Educação. Essa é matéria que a "tutela" impõe unilateralmente aos agentes da referida comunidade. Com efeito, decretar medidas e políticas educativas à revelia dos órgãos e agentes de quem participa na comunidade educativa não pode deixar de causar a sublevação do sector da Educação. Foi assim com o titubeante processo da avaliação dos docentes, com o processo da reforma curricular e com o mal explicado currículo Regional, com os erros nas PASE´s … and so on. Assim será certamente com as prometidas alterações ao Estatuto do Aluno e aos Regulamentos Internos das Escolas como remendos formais para atenuar a tendência de perda de autoridade da classe docente que é, como se sabe, uma conquista desta governação Socialista a bem não se sabe do quê. Não tarda e terá novo foco de conflitualidade com a gestão da Escola Profissional de Capelas que, aliás, já começou quando a dita "tutela" ignorou a participação democrática na referida Escola e, em vez de uma eleição inter pares para a sua Direcção, optou pelo modelo de nomeação política. Mas, para agitar ainda mais o caldo de latente conflitualidade corporativa, circula a notícia de que a Direcção Regional de Educação e Formação pretende integrar docentes do quadro da Escola Profissional de Capelas nos estabelecimentos escolares da Região, em especial nas de São Miguel, e mais concretamente do concelho de Ponta Delgada, com preterição das regras de equidade com os demais docentes. Estes arriscam-se a serem prejudicados com a mobilidade de colegas com outras "competências" vindos da formação profissional, só porque o Governo decidiu meter a mão na orgânica da Escola Profissional de Capelas! Fará isto sentido com atropelamento das regras de prioridade e permanência no quadro? Haverá justiça na possível afectação ad hoc destes docentes quando muitos outros foram compelidos a anos de permanência em estabelecimentos de ensino, que não desejaram, antes de poderem gozar de mobilidade de quadro ? Estas e outras questões só estão à altura de quem aprendeu o que era a concertação e não tem do lugar que ocupa a perspectiva do pedestal.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
quarta-feira, junho 2
Diário de Bordo. Dia 4.
Continuam as leituras, continuam as passagens do texto, continua o entusiasmo. Aliás, dispara o entusiasmo. Penso que o fogo cresceu no domingo à noite, altura em que fomos até ao atelier onde trabalha o João Prazeres, o homem do cenário, com o objectivo de fazer uma pequena gravação vídeo de um ensaio para enviar para a Fundação Brel (por causa de uma última cedência de direitos de imagem). Houve quem se tivesse emocionado durante a performance do Dinarte. Não vou dizer quem, para não desprestigiar ninguém: não queremos que fiquem a pensar que temos sentimentos e assim. Isso seria desagradável no mundo de hoje.
O texto. Sempre o texto. O território de onde parte o resto - ou que serve de bússula para tudo o resto. Já sofreu muitas alterações desde o início - teve vários tons. Agora encontra importantes âncoras no lirismo breliano - uma poética feita ora de ternura ora de sarcasmo. Já havia uma tradução em português de algumas letras do belga (pela Assírio e Aslvim). Mas em Setembro do ano passado, quando fazia a investigação para o projecto, encontrei um blogue, o Canto do Brel, da autoria de Sérgio Paixão - ou Sérgio Luís, como muitas vezes assina -, que tem traduções muitas vivas e orgânicas (e criativas) das palavras que Brel desenhou em francês. São traduções de um apaixonado de Jacky - e por isso transmitem tão bem as erupções vulcânicas permanentes do coração do bicho. Nunca serão demais os agradecimentos que poderei (que poderemos) fazer ao Sérgio, homem autêntico e generosíssimo que conhecemos em Abril, na ilha do Faial, onde vive há vários anos (é de Belém, aqui em Lisboa, de onde também era o meu avô Raúl, e, tal como este, tornou-se um açoriano convicto e militante). Ele faz parte, e com destaque superior, do nosso team Brel, formado para homenagear uma figura que cada vez mais nos inspira e nos eleva.
A folha de agradecimentos (que está a ser finalizada) é grande. O Sérgio Paixão está no topo, em claríssima posição de destaque. Por tudo. Por me ter tirado tantas dúvidas, por nos ter sugerido material, por nos ter passado várias pérolas (uma delas é um programa da BBC sobre o Brel, feito pelo Marc Almond). Mas há mais gente a quem fazer uma vénia. Pessoas que, por uma ou outra razão, fomos encontrando no mapa que se foi desenhando neste périplo de descoberta. Falarei delas nas próximas entradas deste diário de bordo.
terça-feira, junho 1
E o Mar aqui tão perto...
Praia Sta. Bárbara, S. Miguel
Foto Francisco Botelho
Hoje o dia celebra a Criança, a entrada em vigor das medidas de austeridade, bem como, o início da época balnear. Espero que, para além da abertura às águas, o sol também se sinta convidado.
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