segunda-feira, novembro 30
domingo, novembro 29
"As Praias de Agnès" integra a lista dos candidatos a uma nomeação para o Óscar de Melhor Documentário
Visto na passada 3ª feira nas noites programadas pelo CineClube da Horta para o Teatro Faialense. Éramos poucos mas absolutamente rendidos à jovialidade, criatividade, longevidade e humor da realizadora. Imperdível e memorável!
Alimente esta ideia
Campanha de Recolha de Alimentos durante este fim-de-semana em supermercados e superfícies comerciais da ilha de São Miguel.
sábado, novembro 28
Convite
José Rodrigues dos Santos apresenta "Fúria Divina" hoje, 28 de Novembro, pelas 22h00 na Livraria Bertrand no Parque Atlântico, em Ponta Delgada.
Recital de piano e violino
Programa
I Parte
Ludwig van Beethoven
Sonata para violino e piano No. 7, Opus 30 No. 2, em Dó menor
Allegro con brio
Adagio cantabile
Scherzo-Allegro
Finale-Allegro
Johann Sebastian Bach
Chaconne da Partita para violino solo No. 2, BWV 1004, em Ré menor
Intervalo
II Parte
Piotr Ilitch Tchaikovski
Méditation das Três Peças para violino e piano, Opus 42, «Souvenir d'un lieu cher»
Sergei Prokofiev
Sonata para violino e piano No. 2, Opus 94a, em Ré Maior
Moderato
Scherzo-Presto
Andante
Allegro con brio
sexta-feira, novembro 27
quinta-feira, novembro 26
quarta-feira, novembro 25
Comida e muito mais...
Parafraseando o nosso vizinho Candilhes: “É bom ter vizinhos destes”.
e, para animar a malta, "O sonho do mundo contado à portuguesa. É a banda sonora de uma vida em contra mão..."
e, para animar a malta, "O sonho do mundo contado à portuguesa. É a banda sonora de uma vida em contra mão..."
Mostra Açores
A partir de hoje, no Teatro Micaelense, acontece a "Mostra Açores: Inovação, Empreendedorismo e Criatividade", evento que se enquadra na comemoração do Ano Europeu da Criatividade e que se realiza por iniciativa do Gabinete do Secretário Regional da Presidência
terça-feira, novembro 24
Trabalhos parlamentares
Horta, Out'09
No anfiteatro natural da Horta, com o Pico em fundo, semana de trabalhos parlamentares tendo na ordem de trabalhos o Plano e Orçamento para 2010. Emissão em directo aqui.
segunda-feira, novembro 23
Coral Lab
Destaque na RTP/A ao trabalho científico pioneiro efectuado no DOP, aqui, em particular, ao desenvolvido pela investigadora Marina Carreiro e Silva. Os meus sinceros parabéns!
domingo, novembro 22
Parafraseando
"Um porto. O meu reino por um porto"
Por estes dias são muitos os que precisam encontrar um porto. Um porto seguro que teima em não aparecer. Os queixumes sucedem-se e as horas de desespero aumentam.
O farol está lá. De si emana a luz providencial mas, alguns chegam cedo demais, outros jamais chegarão.
Na Lagoa, sem Costa, muitos ficarão como o "S. GABRIEL": encalhado no “Baixio do Oiro”.
Por estes dias são muitos os que precisam encontrar um porto. Um porto seguro que teima em não aparecer. Os queixumes sucedem-se e as horas de desespero aumentam.
O farol está lá. De si emana a luz providencial mas, alguns chegam cedo demais, outros jamais chegarão.
Na Lagoa, sem Costa, muitos ficarão como o "S. GABRIEL": encalhado no “Baixio do Oiro”.
sábado, novembro 21
Estreia absoluta em Ponta Delgada
sexta-feira, novembro 20
Inauguração
A Academia das Artes dos Açores inaugura "Procura-me" de Cristina Guise, hoje, 20 de Novembro, a partir das 18h30.
Feira do Livro da Tabacaria
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A partir de hoje, parafraseando outro escriba cá da loja, todos os caminhos levam à Feira do Livro da Tabacaria Açoriana do José Carlos Pacheco. Um must para quem tem a paixão da leitura. Este ano com uma boa colecção de BD e algumas raridades interessantes de estilo alfarrabista. Muita e boa ficção actual, alguma a preço de feira, e uma boa secção de ciência política onde ainda constam algumas edições de livros há muito já esgotados, nomeadamente, do Professor Jaime Nogueira Pinto. Também há literatura vermelha desde o clássico livro vermelho de Mao até aos panfletos do Noam Chomsky que patrocina este livro que aqui fica de teaser.
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A partir de hoje, parafraseando outro escriba cá da loja, todos os caminhos levam à Feira do Livro da Tabacaria Açoriana do José Carlos Pacheco. Um must para quem tem a paixão da leitura. Este ano com uma boa colecção de BD e algumas raridades interessantes de estilo alfarrabista. Muita e boa ficção actual, alguma a preço de feira, e uma boa secção de ciência política onde ainda constam algumas edições de livros há muito já esgotados, nomeadamente, do Professor Jaime Nogueira Pinto. Também há literatura vermelha desde o clássico livro vermelho de Mao até aos panfletos do Noam Chomsky que patrocina este livro que aqui fica de teaser.
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Eficiência energética
Foto Francisco Botelho
Na recente visita governamental ao Grupo Ocidental ficámos a saber, por revelação do Secretário Regional do Ambiente, Álamo Menezes, que, em Outubro deste ano, a ilha das Flores esteve 12 dias a funcionar exclusivamente com recurso a energias renováveis, numa situação inédita a nível nacional e que nos deixa a todos, acredito, orgulhosos. As Flores, a par com São Miguel, são as ilhas dos Açores onde a taxa de penetração das renováveis tem, neste momento, maior incidência, se bem que existam características endógenas favoráveis para que, a curto prazo, a contribuição das energias renováveis na produção de energia eléctrica no arquipélago passe de 28% para 75%, até 2018.
A estratégia governamental visa alcançar uma maior eficiência energética nas ilhas e maximizar o aproveitamento das energias renováveis na produção de electricidade, quer por intermédio da certificação energética dos imóveis e equipamentos, que passa a ser obrigatória já em 2010 nos Açores, quer por intermédio da introdução da tarifa bi-horária e de contadores inteligentes. Nesta medida, deu recentemente entrada no Parlamento Regional a revisão do PROENERGIA, cujo incentivo aos investidores passa agora pela redução do limite do investimento mínimo exigido aos particulares e às empresas, na alteração do limite máximo do apoio e pela criação recente do sistema de registo de microgeração, que vem permitir que o cliente da EDA possa, simultaneamente, produzir para auto-consumo e por via do seu excedente energético alimentar a rede pública.
Os Açores são precursores no plano nacional e o Governo Regional está ciente da importância que se nos coloca, sobretudo, ao nível da procura de uma maior competitividade económica, através da redução da factura energética. Este é um “desafio global” e os Açores estão bem posicionados para o alcançar.
Isto apesar de anteontem e na “véspera” da próxima conferência climática da ONU, marcada para Dezembro, em Copenhaga, Barack Obama e outros líderes mundiais terem manifestado a intenção de atrasar até 2010, ou até para mais tarde, a concretização de um acordo vinculativo sólido com vista à negociação do sucessor para o Protocolo de Quioto. Será que o planeta pode dar-se ao luxo de ficar “em espera”?
* Publicado na edição de 17/11/09 do AO
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quinta-feira, novembro 19
quarta-feira, novembro 18
O fastio
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Creio que tudo começou em Camarate. A morte de uma reforma de Direita, prometida para Portugal pela Aliança Democrática, gerou também a putrefacção do Estado Português. Este é hoje um despojo insalubre cuja face oculta se vai maquilhando e remendando até ao dia em que a única higiene possível seja, a bem das aparências, embalsamar o que resta. Na verdade, foi com o processo de Camarate que os Portugueses se acostumaram ao descrédito das instituições cuja missão é investigar e apurar a "verdade material", designadamente, dos sindicatos mafiosos que prosperam na nossa economia paralela e que vegetam no obscuro mundo dos parasitas que sugam do Estado as receitas que este conseguiu amealhar de todos nós com a eficácia selectiva da sua máquina fiscal. Efectivamente, depois de uma floresta de inquéritos e comissões, procuradores e "procuradeiras", a que conclusão se chegou sobre o caso de Camarate? A pergunta é retórica como bem sabe o leitor. Também sabe que nesta Pátria a Justiça é eficaz a deter e punir, de modo draconiano, a criminalidade bagatelar, mas quando se trata de perseguir "caça grossa" raramente se leva a "presa" ao cativeiro. O rol de casos que se arrastam como pendentes, e de outros tantos cuja gravidade foi branqueada, ocupa a nossa triste galeria de troféus de arquivamentos e prescrições de uma democracia que se compraz em justificações formais para ocultar as suas fraquezas. Uma dessas fraquezas é a corrupção que ameaça propagar-se ao ritmo de uma pandemia. O PSD e o CDS/PP colocaram na sua agenda política medidas de combate a este cancro, como por exemplo, a criminalização do enriquecimento ilícito. Esta e outras medidas foram travadas, chumbadas e sempre inviabilizadas pelo PS. Importa retomar e ponderar como, e em que instância, se vai fiscalizar o enriquecimento ilícito cujos sinais exteriores de riqueza passam à vista desarmada de todos nós. Sem prejuízo das garantias Constitucionais, designadamente assegurando a não inversão do ónus de prova, conforme aliás defende o PSD, importa que o Estado censure o locupletamento da república para benefício privado. Esta é uma matéria que, por razões óbvias, o PS tem vindo a menorizar e a recusar debater. Tanto assim é que, Mário Soares, decano dos Socialistas e espécie de consciência moral do PS veio dizer que o caso "Face Oculta" é "um problema comezinho que a comunicação social quer transformar num caso máximo da Justiça". Haja mas é Justiça para todos pois desta longa dieta de "freeports", "casas pias", e "faces ocultas" estão já os Portugueses enfartados. Já não resistem a mais seriados telenovelescos na comunicação social e enfastiados fazem zapping para anestesiantes folhetins brasileiros e concursos estupidificantes. Com este fastio estamos muito próximos da ruptura insanável do "contrato social" entre os Portugueses e as suas instituições políticas.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Creio que tudo começou em Camarate. A morte de uma reforma de Direita, prometida para Portugal pela Aliança Democrática, gerou também a putrefacção do Estado Português. Este é hoje um despojo insalubre cuja face oculta se vai maquilhando e remendando até ao dia em que a única higiene possível seja, a bem das aparências, embalsamar o que resta. Na verdade, foi com o processo de Camarate que os Portugueses se acostumaram ao descrédito das instituições cuja missão é investigar e apurar a "verdade material", designadamente, dos sindicatos mafiosos que prosperam na nossa economia paralela e que vegetam no obscuro mundo dos parasitas que sugam do Estado as receitas que este conseguiu amealhar de todos nós com a eficácia selectiva da sua máquina fiscal. Efectivamente, depois de uma floresta de inquéritos e comissões, procuradores e "procuradeiras", a que conclusão se chegou sobre o caso de Camarate? A pergunta é retórica como bem sabe o leitor. Também sabe que nesta Pátria a Justiça é eficaz a deter e punir, de modo draconiano, a criminalidade bagatelar, mas quando se trata de perseguir "caça grossa" raramente se leva a "presa" ao cativeiro. O rol de casos que se arrastam como pendentes, e de outros tantos cuja gravidade foi branqueada, ocupa a nossa triste galeria de troféus de arquivamentos e prescrições de uma democracia que se compraz em justificações formais para ocultar as suas fraquezas. Uma dessas fraquezas é a corrupção que ameaça propagar-se ao ritmo de uma pandemia. O PSD e o CDS/PP colocaram na sua agenda política medidas de combate a este cancro, como por exemplo, a criminalização do enriquecimento ilícito. Esta e outras medidas foram travadas, chumbadas e sempre inviabilizadas pelo PS. Importa retomar e ponderar como, e em que instância, se vai fiscalizar o enriquecimento ilícito cujos sinais exteriores de riqueza passam à vista desarmada de todos nós. Sem prejuízo das garantias Constitucionais, designadamente assegurando a não inversão do ónus de prova, conforme aliás defende o PSD, importa que o Estado censure o locupletamento da república para benefício privado. Esta é uma matéria que, por razões óbvias, o PS tem vindo a menorizar e a recusar debater. Tanto assim é que, Mário Soares, decano dos Socialistas e espécie de consciência moral do PS veio dizer que o caso "Face Oculta" é "um problema comezinho que a comunicação social quer transformar num caso máximo da Justiça". Haja mas é Justiça para todos pois desta longa dieta de "freeports", "casas pias", e "faces ocultas" estão já os Portugueses enfartados. Já não resistem a mais seriados telenovelescos na comunicação social e enfastiados fazem zapping para anestesiantes folhetins brasileiros e concursos estupidificantes. Com este fastio estamos muito próximos da ruptura insanável do "contrato social" entre os Portugueses e as suas instituições políticas.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Agente Provocador
Arte Lisboa'09 » 18 a 23 Nov
Os Açores estão representados através da Galeria Fonseca Macedo, com os seguintes artistas:
* Catarina Botelho
* Catarina Castelo Branco
* Cristina Ataíde
* João Decq
* Maria José Cavaco
* Pedro Cabrita Reis
* Pedro Proença
* Sandra Rocha
* Sofia de Medeiros
* Victor Almeida
terça-feira, novembro 17
Surpreendente
Belle de Jour blogger unmasks herself as 'big mouth ex-boyfriend' loomsUma história que vem comprovar que nem tudo o que é anónimo é mau.
O blog Belle de Jour faz parte da blogroll do :ILHAS.
Coisas Realmente Importantes
«O Presidente dos Estados Unidos e outros líderes mundiais manifestaram hoje o seu apoio à ideia de atrasar até 2010, ou mais tarde ainda, a elaboração de um acordo vinculativo para reduzir as alterações climáticas, desde que se chegue a um compromisso nesse sentido na próxima conferência climática da ONU, marcada para Dezembro, em Copenhaga. (...)»Um mau prenúncio que se avizinha.
Actualização Afinal Obama diz o acordo em Copenhaga pode ser outro.
segunda-feira, novembro 16
A ler
«Então, deveriam os governos começar a cortar no investimento público? Penso que a União Europeia está a tomar medidas muito duras e a dizer: se ajudarem os bancos que estão com problemas, estes terão de se ver livres de vários negócios, são muito duros em permitir esses subsídios apenas para um período determinado de tempo e seguindo ordens claras da União Europeia. Acho muito importante que se distinga muito bem entre proteger e assistir e por outro lado, ter a certeza de que aqueles que cometeram erros não os irão repetir no futuro e que de certeza não irá apoiar companhias que não são competitivas, porque seria uma perda de dinheiro e um dia mais tarde essas empresas iriam desaparecer. (...)»A entrevista ao presidente da The Boston Consulting Group no Público.
domingo, novembro 15
Colecção Privada
Artistas e singles que fazem parte do meu ideário romântico. Seriado fortemente inspirado nesta audição.
O destaque nesta primeira entrada vai para Morrisey e este Everyday is like Sunday
sábado, novembro 14
Musicatlântico
A Korzo Produtions, da Holanda, vai apresentar este mês três espectáculos de bailado contemporâneo nas ilhas de S. Miguel (dia 14), Faial (16) e Terceira (18).
Integrado no programa da Temporada MusicAtlântico 2009, uma iniciativa promovida pela Presidência do Governo dos Açores através da Direcção Regional da Cultura, estes espectáculos terão lugar nos Teatros Micaelense, Fayalense e Angrense, sempre pelas 21h30 horas.
O espectáculo é composto por dois momentos, ‘Butterfly Hips’ e ‘As of when I used to tell all my secrets to my dog’, ambos dirigidos por Pedro Goucha Gomes.
‘Butterfly Hips’ é o resultado de uma co-produção entre dois grandes festivais de Haia (CaDance, um festival bianual de dança contemporânea e o Crossing Border, um festival anual de música e literatura). Bianca Boer, jovem escritora holandesa, foi a escolhida pelo Crossing Border Festival para trabalhar com Pedro Goucha Gomes, coreógrafo do espectáculo que escreveu uma pequena história sobre abusos sexuais.
Por sua vez, ‘As of when I used to tell all my secrets to my dog’ foi originalmente coreografado para a Oficina Coreográfica do Nederlands Dans Theater, de Haia, em 2006.
A coreografia inicia-se com um homem vestido com vestes barrocas caminhando em direcção ao fim da sua vida. À medida que avança, vai despindo as três jaquetas que leva vestidas, como que se desfazendo das memórias do seu passado. Ao mesmo tempo, do lado oposto do palco emergindo da penumbra, um vulto vai surgindo. O dueto termina com o homem retomando o seu caminho, mas obstinadamente carregando consigo o amor que a sua morte tornará eterno.
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1972, Pedro Goucha Gomes iniciou aos 9 anos os seus estudos de dança no Centro de Formação de Bailarinos da Companhia Nacional de Bailado e aos 15 anos foi convidado pelo professor romeno Sergiu Stefanchi a completar a sua formação na National Ballet School, em Toronto, Canadá, onde permaneceu 3 anos com uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura.
De regresso à Europa, dançou como solista e primeiro bailarino no Ballet da Ópera de Estugarda, Ballet da Ópera de Berlim, Companhia Nacional de Danza (Madrid) e no Nederlands Dans Theater da Holanda. Nestas companhias desempenhou um vasto repertório clássico, neo-clássico e contemporâneo (Petipa, Balanchine, Bejart, MacMillan, Van Manen, Naharin e Forsythe) e trabalhou com coreógrafos como Jiri Kylian, Nacho Duato e Meryl Tankard entre outros.
Nos últimos 15 anos, tem participado em importantes festivais de dança nos cinco continentes, tendo vindo a apresentar-se em teatros como o Palácio Garnier em Paris, o Lincoln Centre de Nova York, o Herodus Atticus da Acrópole de Atenas ou no Liceu de Barcelona.
Em 2006 decide dedicar-se à coreografia e é convidado pelas Korzo Produtions a realizar a coreografia (Medium Rare) para o festival CaDance. Desde então coreografou vários trabalhos e instalações para o Teatro Korzo, entre as quais Butterfly Hips (2008). Ainda em 2007 participou como coreógrafo e bailarino, no filme ‘Fados’, de Carlos Saura (co-produção luso-espanhola) e coreografa, para a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, a peça ‘Zullia’, sendo convidado por Vasco Wellenkamp para a Direcção Artística desta companhia, cargo que ocupou até ao final do mesmo ano.
Paralelamente à sua carreira de bailarino e coreógrafo, lecciona em várias companhias de dança da Europa e Estados Unidos e estuda História da Arte na Universidade Aberta Inglesa.
GaCS
sexta-feira, novembro 13
quinta-feira, novembro 12
"Can We ?"
O mito é hoje cada vez mais uma realidade decepcionante.
Antes da eleição global do 44º presidente norte-americano formulei estas dúvidas retóricas que, à data, não escondiam o cepticismo que me merecia a histeria do fenómeno "yes we can". Um ano depois da vitória de Obama, sem que o sonho se tenha concretizado, os Americanos interrogam-se: "Can We?". Barack Obama colocou de novo os Estados Unidos na rota do crescimento económico mas à custa de um investimento público colossal. Uma política "socialista" de subvenção à economia teve como consequência animar Wall Street, salvar a General Motors, e enterrar um bilião de dólares em "ajudas à economia". O resultado no campo dos danos colaterais não é positivo com a derrapagem das contas públicas. Ao contrário do acervo histórico de um orçamento de Estado com excedente no fim do respectivo exercício, os Estados Unidos vão terminar o ano de 2009 com um défice de 10 %. O mesmo valor percentual da taxa de desemprego ! Com estes fantasmas a ensombrarem o sorriso de Obama o futuro do sonho americano ameaça transformar-se num pesadelo. Certamente que as grandes corporações vão subsistir, nem que seja com o amparo do Estado, como aliás sucedeu com os 20 mil milhões de dólares que Obama injectou na nacionalização da General Motors ; mas a questão que hoje se coloca é quem vai amparar o "working class hero" americano cujo horizonte perspectiva taxas galopantes de desemprego, défice e inflação ? Perante estes desafios Obama coloca a fasquia ainda mais elevada e sonha com o "Obamacare", um sistema nacional de saúde universal e gratuito, e idealiza uma economia verde com recurso a energias limpas e renováveis. Tudo desígnios nobres e de um magnetismo arrebatador para qualquer sensibilidade mais romântica. Porém, a realidade é que os USA estão hoje bem colocados no pelotão do défice e do desemprego. Neste cenário o Nobel da Paz é triste prémio de consolação para um "Salvador do Mundo" que prometeu a paz do multilateralismo mas foi incapaz, por exemplo, no seu próprio quintal, de encerrar a prisão de Guantánamo como tinha, aliás, prometido na época venatória da caça ao voto. Com "santos" destes não se fazem milagres.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Antes da eleição global do 44º presidente norte-americano formulei estas dúvidas retóricas que, à data, não escondiam o cepticismo que me merecia a histeria do fenómeno "yes we can". Um ano depois da vitória de Obama, sem que o sonho se tenha concretizado, os Americanos interrogam-se: "Can We?". Barack Obama colocou de novo os Estados Unidos na rota do crescimento económico mas à custa de um investimento público colossal. Uma política "socialista" de subvenção à economia teve como consequência animar Wall Street, salvar a General Motors, e enterrar um bilião de dólares em "ajudas à economia". O resultado no campo dos danos colaterais não é positivo com a derrapagem das contas públicas. Ao contrário do acervo histórico de um orçamento de Estado com excedente no fim do respectivo exercício, os Estados Unidos vão terminar o ano de 2009 com um défice de 10 %. O mesmo valor percentual da taxa de desemprego ! Com estes fantasmas a ensombrarem o sorriso de Obama o futuro do sonho americano ameaça transformar-se num pesadelo. Certamente que as grandes corporações vão subsistir, nem que seja com o amparo do Estado, como aliás sucedeu com os 20 mil milhões de dólares que Obama injectou na nacionalização da General Motors ; mas a questão que hoje se coloca é quem vai amparar o "working class hero" americano cujo horizonte perspectiva taxas galopantes de desemprego, défice e inflação ? Perante estes desafios Obama coloca a fasquia ainda mais elevada e sonha com o "Obamacare", um sistema nacional de saúde universal e gratuito, e idealiza uma economia verde com recurso a energias limpas e renováveis. Tudo desígnios nobres e de um magnetismo arrebatador para qualquer sensibilidade mais romântica. Porém, a realidade é que os USA estão hoje bem colocados no pelotão do défice e do desemprego. Neste cenário o Nobel da Paz é triste prémio de consolação para um "Salvador do Mundo" que prometeu a paz do multilateralismo mas foi incapaz, por exemplo, no seu próprio quintal, de encerrar a prisão de Guantánamo como tinha, aliás, prometido na época venatória da caça ao voto. Com "santos" destes não se fazem milagres.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
quarta-feira, novembro 11
terça-feira, novembro 10
Ciclo de Cinema
Oportunidade rara para ver cinema num amplo ecrã e sem pipoca.
Uma produção do Teatro Micaelense e da Cinemateca Portuguesa. A partir de hoje e até 5ª feira. Sempre às 21h30.
Aviso à navegação
Para quem não ande atento e ainda não tenha dado conta da existência de uma jukebox (um pouco mais abaixo do lado direito) no :ILHAS - a administração informa - que a mesma foi actualizada com os novos discos de Kings of Convenience, Air, The XX, Zero 7 e Julian Casablancas.
Bons companheiros para o ambiente de trabalho. E ouçam sempre boa música! (nas palavras de um outro companheiro da luta)
segunda-feira, novembro 9
Museu de Arte, mais ou menos contemporânea.
Artes e artistas à parte, um projecto desta ordem de grandeza, e com a assinatura de um vulto como Niemeyer, ajudaria - muito - à consolidação dos Açores, em termos de notoriedade e no capítulo internacional.
Mais arte, menos arte. Mais artista, menos artista. Mais projecto, menos projecto. Mais promotor, menos promotor. O melhor era mesmo colocar estes ovos noutro cesto e caminhar para a descentralização, que não é fácil(?). Nem mesmo em ilhas pequenas como as nossas. Por isso, bom mesmo(!) era um museu, «cheio de mania», num sitio onde tal instalação se mostrasse estruturante e contribuísse para um «desenvolvimento de facto».
E se vier com outra assinatura, a Dr.ª Berta Cabral marcou a fasquia: que venha mais alta!
Se desejarem valorizar outras «Dimensões», perguntem ao Bernardo. Pode ser que ele esteja disponível.
Um herói "Português"
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Na conta corrente da História de Portugal há uma longa e honrosa lista de heróis Açorianos. Adolfo Coutinho é um desses Açorianos com ímpeto cosmopolita e alma Lusitana. Voluntário contra a maléfica causa da "germanização da humanidade" este jovem foi a primeira baixa Portuguesa na Grande Guerra. Morreu no front a 9 de Novembro de 1914. Nado e criado na Ribeira Grande fez a sua formação adulta na Suíça, tomou o tirocínio além-mar no Brasil e na Argentina, e assentou praça em Paris. Por um ideal voluntariou-se para uma causa que foi também a de Portugal e dos Aliados. Adolfo Coutinho é um nome perdido no nevoeiro da nossa memória colectiva. Uma personagem real cuja biografia noutras latitudes seria motivo de evocação. Infelizmente a memória é culto em desuso e as personagens que a nossa ficção engendra perdem-se nos lugares comuns da bruma.
…
O POSTAL foi retirado da obra "O Açoreano na Grande Guerra" – memórias de Carlos d´Ornelas – Ed. De 1931 – (o exemplar do qual retirei a imagem foi adquirido num alfarrabista em Lisboa mas há um disponível para consulta na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
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Na conta corrente da História de Portugal há uma longa e honrosa lista de heróis Açorianos. Adolfo Coutinho é um desses Açorianos com ímpeto cosmopolita e alma Lusitana. Voluntário contra a maléfica causa da "germanização da humanidade" este jovem foi a primeira baixa Portuguesa na Grande Guerra. Morreu no front a 9 de Novembro de 1914. Nado e criado na Ribeira Grande fez a sua formação adulta na Suíça, tomou o tirocínio além-mar no Brasil e na Argentina, e assentou praça em Paris. Por um ideal voluntariou-se para uma causa que foi também a de Portugal e dos Aliados. Adolfo Coutinho é um nome perdido no nevoeiro da nossa memória colectiva. Uma personagem real cuja biografia noutras latitudes seria motivo de evocação. Infelizmente a memória é culto em desuso e as personagens que a nossa ficção engendra perdem-se nos lugares comuns da bruma.
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O POSTAL foi retirado da obra "O Açoreano na Grande Guerra" – memórias de Carlos d´Ornelas – Ed. De 1931 – (o exemplar do qual retirei a imagem foi adquirido num alfarrabista em Lisboa mas há um disponível para consulta na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
E os vencedores do FFF'09 são_
1 abraço particular ao André Laranjinha pelo engenho e pelo Melhor Filme Açoriano. Todos o palmarés aqui.
O fim de uma era
Arena
A curta-metragem ARENA do jovem realizador de 25 anos João Salaviza é o primeiro filme português a ser contemplado com uma Palma de Ouro no Festival de Cannes, neste caso, a Palma de Ouro de Curta-Metragem 2009. O filme, com a duração de 15 minutos, será projectado no seu suporte original de 35mm no Cine Solmar hoje, dia 9 de Novembro pelas 21h30. O realizador estará presente e disponível para conversar com os presentes sobre o seu filme que aborda a situação de um condenado com pulseira electrónica num bairro social de Lisboa.
A entrada é gratuita e será, provavelmente, a única oportunidade de ver este filme em Ponta Delgada.
[Informação veiculada por mail e feita post]
domingo, novembro 8
O Arrear da Bandeira - Farol da Ferraria
Hoje, 8-11-2009, o Farol da Ferraria celebrou o seu 108º aniversário.
Como manda a tradição, desde 1901, o Arrear da Bandeira, aqui, a 2 minutos de distância.
Óbvio, será também, o Hastear da Bandeira, amanhã, logo pelos primeiros raios de Sol.
Enquanto a noite passa, suspenso fica este mundo e, com ele, as muitas pessoas que aguardam pelo raiar de uma nova aurora.
Da história destes baluartes da navegação, e das gentes que os operou, se faz a nossa história.
A história a que me refiro, a estas tintas do final do século XIX muito deve a sua perpetuação. Muita outra história está para ser escrita mas, nem toda por aquela tinta.
Como manda a tradição, desde 1901, o Arrear da Bandeira, aqui, a 2 minutos de distância.
Óbvio, será também, o Hastear da Bandeira, amanhã, logo pelos primeiros raios de Sol.
Enquanto a noite passa, suspenso fica este mundo e, com ele, as muitas pessoas que aguardam pelo raiar de uma nova aurora.
Da história destes baluartes da navegação, e das gentes que os operou, se faz a nossa história.
A história a que me refiro, a estas tintas do final do século XIX muito deve a sua perpetuação. Muita outra história está para ser escrita mas, nem toda por aquela tinta.
sexta-feira, novembro 6
"Sistema" da SATA deixa em terra doente com AVC !
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(via zirigunfo)
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A SATA, empresa de serviço público e subsidiada para o mesmo por todos nós, é incapaz de transportar um doente em estado grave das Flores para São Miguel! Consta que se esqueceram da maca e do o2 no Aeroporto da Horta. Alegadamente uma falha "no sistema interno de comunicação da SATA" (e-mail, messenger ou pombo-correio?) terá sido a causa de tal "falha". A culpa é sempre do "sistema" e nunca do "factor humano". Apesar do voo ter partido do Aeroporto de PDL levando a bordo os equipamentos necessários ao transporte de emergência requerido nas Flores os mesmos foram descarregados no Aeroporto da Horta. Falha do "sistema", claro está. Então e a tripulação do "mini bus" da SATA não sabia do manifesto de carga que transportava, qual o seu destino e missão? Consequentemente, mais de 24 horas depois do acidente e pedido de apoio foi necessário um transporte de urgência com recurso à Força Aérea Portuguesa ! Extraordinário: os serviços do Estado central a substituírem uma empresa regional com obrigações de serviço público mas incapaz de cumprir os mínimos numa situação de emergência. Porventura, dir-se-á que se trata de exagero, ficção ou má fé contra o "sistema de comunicação interno da SATA", mas o mínimo que deveriam fazer era pedir desculpas à família do "accionista" (ou "stakeholder" se quiserem ser modernaços) que ficou à espera dos serviços de bandeira da SATA mas foi evacuado nas asas da Força Aérea de Portugal. Assim vai a nossa Autonomia, e assim definham os nossos Açores, quando somos capazes de transportar Suecos de Estocolmo, para virem gastar umas coroas na Região, mas somos incapazes, a bem da coesão, de assistir um Açoriano, – um de nós – que apenas precisava de ser transportado, de urgência, de uma ilha para a outra a bordo de uma aeronave de serviço público Regional. Em caso de emergência chamem as Forças Armadas – presumivelmente melhor dotada de um "sistema interno de comunicações" eficaz - que pelos vistos apelar à SATA constitui um risco para a saúde !
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Mais AQUI
(via zirigunfo)
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A SATA, empresa de serviço público e subsidiada para o mesmo por todos nós, é incapaz de transportar um doente em estado grave das Flores para São Miguel! Consta que se esqueceram da maca e do o2 no Aeroporto da Horta. Alegadamente uma falha "no sistema interno de comunicação da SATA" (e-mail, messenger ou pombo-correio?) terá sido a causa de tal "falha". A culpa é sempre do "sistema" e nunca do "factor humano". Apesar do voo ter partido do Aeroporto de PDL levando a bordo os equipamentos necessários ao transporte de emergência requerido nas Flores os mesmos foram descarregados no Aeroporto da Horta. Falha do "sistema", claro está. Então e a tripulação do "mini bus" da SATA não sabia do manifesto de carga que transportava, qual o seu destino e missão? Consequentemente, mais de 24 horas depois do acidente e pedido de apoio foi necessário um transporte de urgência com recurso à Força Aérea Portuguesa ! Extraordinário: os serviços do Estado central a substituírem uma empresa regional com obrigações de serviço público mas incapaz de cumprir os mínimos numa situação de emergência. Porventura, dir-se-á que se trata de exagero, ficção ou má fé contra o "sistema de comunicação interno da SATA", mas o mínimo que deveriam fazer era pedir desculpas à família do "accionista" (ou "stakeholder" se quiserem ser modernaços) que ficou à espera dos serviços de bandeira da SATA mas foi evacuado nas asas da Força Aérea de Portugal. Assim vai a nossa Autonomia, e assim definham os nossos Açores, quando somos capazes de transportar Suecos de Estocolmo, para virem gastar umas coroas na Região, mas somos incapazes, a bem da coesão, de assistir um Açoriano, – um de nós – que apenas precisava de ser transportado, de urgência, de uma ilha para a outra a bordo de uma aeronave de serviço público Regional. Em caso de emergência chamem as Forças Armadas – presumivelmente melhor dotada de um "sistema interno de comunicações" eficaz - que pelos vistos apelar à SATA constitui um risco para a saúde !
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Múltiplos desafios
José Nuno da Câmara Pereira Colectiva 2009
Quando todos vaticinavam uma ida de Ricardo Rodrigues para o XVIII Governo Constitucional eis que algo verdadeiramente surpreendente aconteceu - Gabriela Canavilhas, a dinâmica Directora Regional da Cultura, foi nomeada Ministra da Cultura no governo de José Sócrates. Só quem por desdém ou desconhecimento pode minorar as capacidades da nova titular, quer inclusive, pelo trabalho empreendido ao longo de 5 anos à frente dos destinos da Orquestra Metropolitana de Lisboa ou nestes últimos 11 meses a dirigir a Direcção Regional da Cultura.
Foram muitos os projectos e medidas implementadas na vigência de Gabriela Canavilhas, mas um no qual trabalhou afincadamente, e que visa fomentar o "desenvolvimento de projectos individuais de criação e de pesquisa de linguagens nas áreas artísticas", é o Programa de Bolsas para a Criação Artística, já publicado em Jornal Oficial. Esta medida pretende constituir-se como um incentivo ao incremento de "condições materiais" para que artistas e profissionais residentes nos Açores possam "criar", bem como, no fomento à produção e à difusão das Artes, entre nós. Está prevista a concessão de 2 bolsas por categoria, num total de 14 bolsas anuais, com um valor de € 10.000 (dez mil euros), com a seguinte abrangência: Artes Visuais, Criação Literária, Dança (Coreografia), Dramaturgia, Fotografia e Música.
A política cultural seguida nos Açores é distintamente de esquerda, quer pelo carácter actual e cosmopolita, quer pela "protecção" dos seus Arquivos (e tradições), quer ainda pela abertura à investigação, a par da sua contextualizada difusão. Não obstante, devemos promover o conhecimento, de forma mais ou menos lúdica, bem como, estabelecer uma relação mais estreita com a ciência e as novas formas de tecnologia, de modo a que se estabeleçam cumplicidades e a transferência de conhecimento entre áreas distintas (inspirado parcialmente em António Pinto Ribeiro, "À Procura da Escala", Ed. Cotovia, 2009).
Este será um dos múltiplos desafios legados com que Jorge Paulus Bruno - o novo inquilino do Palacete Silveira e Paulo - será confrontado, cujo conhecimento da realidade cultural da região resultará, esperamos todos, em claros benefícios em prol da política cultural posta em prática pelo actual elenco governativo. A "herança" é, neste caso, frutuosa.
* Publicado na edição de 03/11/09 do AO
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quinta-feira, novembro 5
quarta-feira, novembro 4
A "hipótese académica".
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Debater a nossa Autonomia é um dever de cidadania. Em salutar abertura à polis a Universidade dos Açores promoveu o colóquio "Das Autonomias à Autonomia e à Independência: o Atlântico político entre os séculos XV e XXI" com um saldo manifestamente positivo de participação e parceria com várias entidades. Paradoxalmente, por vezes, do outro lado do Atlântico há quem evidencie uma perspectiva mais liberal da nossa Região do que os próprios Açorianos. Entre estes destaque para um dos nossos deputados à Assembleia da República, Dr. Ricardo Rodrigues, autor moral e material do aforismo: "povo Açoriano, isso não dá pão"! Resumir nesta perspectiva utilitarista o "povo Açoriano" e expurgar sem pruridos a sua referência do articulado do Estatuto Político Administrativo é uma questão de gosto que se lamenta. Argumentar que se trata de um conceito jurídico é redutor. O Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores é a nossa "constituição" e como tal é o habitat natural onde podem e devem conviver normas programáticas de natureza política e não estritamente jurídica. Trilhar outro caminho é diminuir o nosso Estatuto à dimensão vulgar dos pactos societários. Argumentar, como também se fez, que o conceito de Povo Açoriano é equivalente ao de Povo de Vila Franca, e in fine, ao de Povo lá da minha rua, é ainda mais redutor. O conceito de Povo Açoriano pressupõe uma identidade, uma cultura, um território, e um acervo histórico que não prescinde de uma dimensão específica e singular das representações religiosas. Basta evocar o conceito de Açorianidade de Vitorino Nemésio para que ganhe corpo e alma o conceito de Povo Açoriano. Contudo, como isso, para alguns "não dá pão", nem sequer para o espírito, lá se expurgou sem remorso o dito povo da Lei estatutária que o rege. O que dá pão é efectivamente discutir o lado da gestão corrente e da distribuição de prebendas e sinecuras da Autonomia. Também dá pão para a boca de certa clientela os retorcidos e elaborados pareceres jurídicos sobre um quinto mandato de César. Contudo, gratuita e desinteressadamente, um dos mais qualificados Constitucionalistas disse o óbvio em termos de ética política: atento "o espírito da lei na limitação de mandatos, que é um princípio democrático de impedir a sucessão indefinida de mandatos pela mesma pessoa, considero que (Carlos César) não deverá ser designado para um quinto mandato consecutivo". Resumindo: a excepção da lei, prevista aliás na norma transitória, esgotava-se num quarto mandato e se este é o "espírito da lei", logo, "já se atingiu o máximo", pelo que, um quinto mandato não passa de um truque de prestidigitação com a manipulação das técnicas da aplicação da lei no tempo. Seja como for ficou prometido que o tabu persistirá até que o próprio legislador, neste caso Carlos César, decida revelar a sua intenção! Tudo isto à imagem e semelhança dos exemplos que nos chegam dos trópicos cujos caudilhos são useiros e vezeiros em moldar as regras do jogo a favor da conveniência das estações. Depois admiram-se de nos dizerem que já temos autonomia que chegue e que os nossos próprios Açorianos digam que a causa de um povo Açoriano não dá pão. Tanto dá que até há quem defenda, no limite, a independência dos Açores e que o próprio Professor Jorge Miranda tenha condescendido com a legitimidade da realização de um referendo para o efeito cujo resultado respeitaria com espírito democrático. Talvez por ter a certeza de que, tal como o conceito de "povo Açoriano", tal referendo não passa de uma mera "hipótese académica".
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Debater a nossa Autonomia é um dever de cidadania. Em salutar abertura à polis a Universidade dos Açores promoveu o colóquio "Das Autonomias à Autonomia e à Independência: o Atlântico político entre os séculos XV e XXI" com um saldo manifestamente positivo de participação e parceria com várias entidades. Paradoxalmente, por vezes, do outro lado do Atlântico há quem evidencie uma perspectiva mais liberal da nossa Região do que os próprios Açorianos. Entre estes destaque para um dos nossos deputados à Assembleia da República, Dr. Ricardo Rodrigues, autor moral e material do aforismo: "povo Açoriano, isso não dá pão"! Resumir nesta perspectiva utilitarista o "povo Açoriano" e expurgar sem pruridos a sua referência do articulado do Estatuto Político Administrativo é uma questão de gosto que se lamenta. Argumentar que se trata de um conceito jurídico é redutor. O Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores é a nossa "constituição" e como tal é o habitat natural onde podem e devem conviver normas programáticas de natureza política e não estritamente jurídica. Trilhar outro caminho é diminuir o nosso Estatuto à dimensão vulgar dos pactos societários. Argumentar, como também se fez, que o conceito de Povo Açoriano é equivalente ao de Povo de Vila Franca, e in fine, ao de Povo lá da minha rua, é ainda mais redutor. O conceito de Povo Açoriano pressupõe uma identidade, uma cultura, um território, e um acervo histórico que não prescinde de uma dimensão específica e singular das representações religiosas. Basta evocar o conceito de Açorianidade de Vitorino Nemésio para que ganhe corpo e alma o conceito de Povo Açoriano. Contudo, como isso, para alguns "não dá pão", nem sequer para o espírito, lá se expurgou sem remorso o dito povo da Lei estatutária que o rege. O que dá pão é efectivamente discutir o lado da gestão corrente e da distribuição de prebendas e sinecuras da Autonomia. Também dá pão para a boca de certa clientela os retorcidos e elaborados pareceres jurídicos sobre um quinto mandato de César. Contudo, gratuita e desinteressadamente, um dos mais qualificados Constitucionalistas disse o óbvio em termos de ética política: atento "o espírito da lei na limitação de mandatos, que é um princípio democrático de impedir a sucessão indefinida de mandatos pela mesma pessoa, considero que (Carlos César) não deverá ser designado para um quinto mandato consecutivo". Resumindo: a excepção da lei, prevista aliás na norma transitória, esgotava-se num quarto mandato e se este é o "espírito da lei", logo, "já se atingiu o máximo", pelo que, um quinto mandato não passa de um truque de prestidigitação com a manipulação das técnicas da aplicação da lei no tempo. Seja como for ficou prometido que o tabu persistirá até que o próprio legislador, neste caso Carlos César, decida revelar a sua intenção! Tudo isto à imagem e semelhança dos exemplos que nos chegam dos trópicos cujos caudilhos são useiros e vezeiros em moldar as regras do jogo a favor da conveniência das estações. Depois admiram-se de nos dizerem que já temos autonomia que chegue e que os nossos próprios Açorianos digam que a causa de um povo Açoriano não dá pão. Tanto dá que até há quem defenda, no limite, a independência dos Açores e que o próprio Professor Jorge Miranda tenha condescendido com a legitimidade da realização de um referendo para o efeito cujo resultado respeitaria com espírito democrático. Talvez por ter a certeza de que, tal como o conceito de "povo Açoriano", tal referendo não passa de uma mera "hipótese académica".
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
Agenda para esta 4ª feira
18h30
Teatro Micaelense
Insomnia
Exposição de Fotografia
Carlos Medeiros
20h30
Livraria Solmar
Lançamento do livro As Ilhas Desconhecidas de Raul Brandão
Prefácio e apresentação do Prof. Doutor António Machado Pires
21h30
Citizen Kane de Orson Welles
Apresentação de Ana Cristina Gil
Auditório da BPARPDL
Evento integrado na Semana no 4º Poder
...Eu hoje deitei-me assim !
Em 1978, quase uma década depois da sua "morte aparente", Jim Morrisson edita além-túmulo uma pérola negra de blues, poesia,"spoken word" e música que se junta num poço de recordações de uma alma Americana. Numa "feast of friends" reuniram-se Ray Manzarek, Robby Krieger e John Densmore gravando e sobrepondo música dos Doors sobre poesia de Jim Morrisson e convocando o espírito deste para um evangelho herege e Americano. Amado e odiado em partes iguais "An American Prayer" não é um "disco" dos Doors mas uma peça de arte contemporânea e intemporal que já conheceu vários suportes, desde a cassete pirata até ao digital, sem esquecer várias edições em vinil ao ponto deste álbum póstumo alcançar certificação de disco de platina. Perdi a cassete, tenho algures o vinil e hoje recuperei-o em suporte mp3. Afinal o seu retorno é inevitável como um fado : "We're trying for something that's already found us". Não há volta a dar nem escapatória à memory lane.Recomenda-se o seu consumo ; mas com moderação q.b.
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AN AMERICAN PRAYER
Do you know the warm progress under the stars?
Do you know we exist?
Have you forgotten the keys to the Kingdom?
Have you been born yet & are you alive?
Let's reinvent the gods, all the myths of the ages
Celebrate symbols from deep elder forests
Have you forgotten the lessons of the ancient war
We need great golden copulations
The fathers are cackling in trees of the forest
Our mother is dead in the sea
Do you know we are being led to slaughters by placid admirals
& that fat slow generals are getting obscene on young blood
Do you know we are ruled by T.V. ?
The moon is a dry blood beast
Guerilla bands are rolling numbers in the next block of green vine
amassing for warfare on innocent herdsmen who are just dying
O great creator of being grant us one more hour to perform our art & perfect our lives
The moths & atheists are doubly divine & dying
We live, we die & death not ends it
Journey we more into the Nightmare
Cling to life our passion'd flower
Cling to cunts & cocks of despair
We got our final vision by clap
Columbus' groin got filled w/ green death
(I touched her thigh & death smiled)
We have assembled inside this ancient & insane theatre
To propagate our lust for life & flee the swarming wisdom of the streets
The barns are stormed
The windows kept & only one of all the rest
To dance & save us
W/ the divine mockery of words
Music inflames temperament
(When the true King's murderers are allowed to roam free a 1000 magicians arise in the land)
Where are the feasts
we were promised
Where is the wine
The New Wine
Dying on the vine
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mais em http://www.alwaysontherun.net/
terça-feira, novembro 3
Aviso à navegação
Os últimos headers :Ilhas foram alimentados com fotos de Filipe Franco e OpenFotoSubGraciosa. A administração agradece a benevolência.
segunda-feira, novembro 2
domingo, novembro 1
Golden Days
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(Praia do Pópulo década de 70 ?)
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Paul Valéry resumiu a ansiedade do tempo que passa num aforismo "o problema com o nosso tempo é que o futuro já não é o que era". Com a nostalgia de um "futuro" que não se concretizou a partir de um imaginário colectivo do passado restam, hoje, as memórias dessas ruínas ou de territórios já profanados pela modernidade. Neste dia outonal aqui ficam dois postais solarengos imortalizados no kodachrome e hoje replicados em formato digital no mundo virtual.
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(Piscina de São Pedro, década de 80 ?)
(Praia do Pópulo década de 70 ?)
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Paul Valéry resumiu a ansiedade do tempo que passa num aforismo "o problema com o nosso tempo é que o futuro já não é o que era". Com a nostalgia de um "futuro" que não se concretizou a partir de um imaginário colectivo do passado restam, hoje, as memórias dessas ruínas ou de territórios já profanados pela modernidade. Neste dia outonal aqui ficam dois postais solarengos imortalizados no kodachrome e hoje replicados em formato digital no mundo virtual.
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(Piscina de São Pedro, década de 80 ?)
Turismo nos Açores, futuro garantido?
"Muitos empresários e cidadãos queixam-se do preço exorbitante das tarifas aéreas para a Região. É este o calcanhar de Aquiles do turismo açoriano?
Antes de mais, julgo estar a referir-se às tarifas praticadas no mercado nacional. Essa classificação de exorbitante não é correcta. A situação passa pelo facto da estratégia desenvolvida neste mercado estar alicerçada nos tour operadores. Neste contexto, a Região tem vindo a apresentar preços muito competitivos ao nível dos programas disponíveis para quem nos visita. Em termos de vendas directas, as recentes tarifas promocionais disponibilizadas pela transportadora aérea regional também são um passo no sentido de transformar, cada vez mais, os Açores, num destino acessível, pelo que não é correcto referir um suposto “calcanhar de Aquiles” no nosso turismo. O que aconteceu é que os Açores ao longo da última década conheceram taxas de crescimento verdadeiramente excepcionais e que não se podiam manter acima dos dois dígitos de forma permanente. O que a actual crise tem demonstrado é que os Açores têm conseguido resistir às dificuldades levantadas pela difícil conjuntura internacional."
Reconheço que o tema é tentador e é fácil dar largas à síndrome nacional, da qual o Dr. Medina Carreira se arrisca a ser o expoente máximo.
No entanto, e se quisermos fazer uma abordagem honesta e responsável, é possível identificar muitos outros factores que estão a condicionar negativamente o desenvolvimento turístico dos Açores.
Neste momento, tendo já sido inventariados alguns dos vectores que necessitam de um significativo melhoramento, órgãos de governo, empresários (do sector e não só) e população em geral têm de concertar esforços, no sentido de se conseguir acrescentar valor ao nosso produto.
No entanto, não nos enganemos. Por estes dias de crise global, preço conta. E conta muito! Os turistas têm veiculado informação bastante positiva sobre o nosso destino (natureza, hospitalidade, sustentabilidade, etc.) mas, quando chega ao “valor por dinheiro”, conferem-lhe uma apreciação muito baixa, considerando que a relação qualidade/preço está muito desequilibrada.
Assim sendo, numa altura em que o negócio não liberta margem para reinvestimentos, muitos advogam que o caminho é baixar preços. No entanto, o risco que se corre é o da degradação do produto, contribuindo também para uma maior dificuldade de atrair turistas que consigam provocar um gasto médio tão elevado quanto desejado.
Há muito caminho por escolher. Muitos modelos para serem observados e analisados: diferenciação e “clusters” são factores a levar em consideração, bem como o recurso a especialistas credenciados também.
Para bem do nosso futuro, devemos encarar a fase que agora se atravessa como um tipo de purgatório e não deixar que alguém, tal como o Dr. Ernâni Lopes, possa, daqui a algum tempo, fazer o mesmo tipo de comentário.
Por isso: mãos à obra!
Antes de mais, julgo estar a referir-se às tarifas praticadas no mercado nacional. Essa classificação de exorbitante não é correcta. A situação passa pelo facto da estratégia desenvolvida neste mercado estar alicerçada nos tour operadores. Neste contexto, a Região tem vindo a apresentar preços muito competitivos ao nível dos programas disponíveis para quem nos visita. Em termos de vendas directas, as recentes tarifas promocionais disponibilizadas pela transportadora aérea regional também são um passo no sentido de transformar, cada vez mais, os Açores, num destino acessível, pelo que não é correcto referir um suposto “calcanhar de Aquiles” no nosso turismo. O que aconteceu é que os Açores ao longo da última década conheceram taxas de crescimento verdadeiramente excepcionais e que não se podiam manter acima dos dois dígitos de forma permanente. O que a actual crise tem demonstrado é que os Açores têm conseguido resistir às dificuldades levantadas pela difícil conjuntura internacional."
Reconheço que o tema é tentador e é fácil dar largas à síndrome nacional, da qual o Dr. Medina Carreira se arrisca a ser o expoente máximo.
No entanto, e se quisermos fazer uma abordagem honesta e responsável, é possível identificar muitos outros factores que estão a condicionar negativamente o desenvolvimento turístico dos Açores.
Neste momento, tendo já sido inventariados alguns dos vectores que necessitam de um significativo melhoramento, órgãos de governo, empresários (do sector e não só) e população em geral têm de concertar esforços, no sentido de se conseguir acrescentar valor ao nosso produto.
No entanto, não nos enganemos. Por estes dias de crise global, preço conta. E conta muito! Os turistas têm veiculado informação bastante positiva sobre o nosso destino (natureza, hospitalidade, sustentabilidade, etc.) mas, quando chega ao “valor por dinheiro”, conferem-lhe uma apreciação muito baixa, considerando que a relação qualidade/preço está muito desequilibrada.
Assim sendo, numa altura em que o negócio não liberta margem para reinvestimentos, muitos advogam que o caminho é baixar preços. No entanto, o risco que se corre é o da degradação do produto, contribuindo também para uma maior dificuldade de atrair turistas que consigam provocar um gasto médio tão elevado quanto desejado.
Há muito caminho por escolher. Muitos modelos para serem observados e analisados: diferenciação e “clusters” são factores a levar em consideração, bem como o recurso a especialistas credenciados também.
Para bem do nosso futuro, devemos encarar a fase que agora se atravessa como um tipo de purgatório e não deixar que alguém, tal como o Dr. Ernâni Lopes, possa, daqui a algum tempo, fazer o mesmo tipo de comentário.
Por isso: mãos à obra!
R.I.P.
Foto Rita Carmo
Morreu António SérgioUm dia já de si triste com mais este motivo acrescido e agravado. Nome grande da rádio que aprendi a ouvir na Xfm e mais recentemente na Radar. Há quem o chame o "John Peel português" e, em parte, era-o, de facto. A rádio ficou mais pobre. E com a sua partida - a música em Portugal, também.
JAZZORES'09 - o outro lado
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