Muito já se escreveu sobre Pedro Santana Lopes e, mais
recentemente, sobre o seu novel partido, que também o é de um número cada vez
maior de pessoas. Da esquerda para a direita (por ser assim que nos ensinaram a
ler), quase todos já lhe vaticinaram o pior desfecho e, passado tão pouco tempo
ainda, já alguns “iluminados” foram obrigados a engolir, se não todo pelo menos
em parte, o seu “esclarecido” discurso.
Pedro Santana Lopes saiu sozinho do PSD e pode não conseguir
fazer perpetuar os seus desígnios (seus e de muitos outros), mas, por esta
altura, já ninguém tem dúvidas que, neste momento e no espectro político-partidário
português, é o homem em torno do qual se gera o mais genuíno apoio. Curioso,
não é?
Podia, mas acho que não devo, escrever muito mais sobre aquele
que considero ser o mais apaixonante tema da atualidade política portuguesa,
mas não posso terminar sem dizer que considero irracional criticar o “estado da
arte” e, ao mesmo tempo, criticar aqueles que, dentro das metodologias
previstas no sistema político em vigor e sem os indesejáveis atropelos de
ideologias travessas de outras geografias, ousam, apesar da sua madura idade,
arriscar o seu capital e desafiar o status
quo.
Por tudo isto e por todo o mais que a distância me impedirá
de conhecer, olho para Pedro Santana Lopes e para os seus múltiplos defeitos
(são sempre os mais fáceis de identificar) e vejo a inspiração para não nos
resignarmos e não desistir da nossa ousadia.
Na Aliança, vejo um grande nome. Inteiro e de declarado compromisso,
só pode procurar fazer refletir um dos mais interessantes desafios da
humanidade dos nossos dias, a colaboração, que devia servir para habilitar a
sociedade a atingir os objetivos que devem ser de todos.