quinta-feira, julho 4

Altos desafios para os amofinados politólogos

A Direita cada vez mais parecida com a esquerda.
Agora também na liderança bicéfala.

9 comentários:

Anónimo disse...

Caro Carlos Rodrigues
Em primeiro lugar, havia que esclarecer que esquerda é que é comparada.
Em segundo, não me recordo a situação onde se tenha revelado em Portugal uma trapalhada tão grande de qualquer que seja a esquerda considerada.
Em terceiro lugar não é uma questão de formalismo ou de apresentação deficiente que esta em causa nesta trapalhada, o que esta em causa é um falhanço redondo da politica implementada, quer em Portugal, quer na Europa.
É curioso que esta má saída de Portas(para mim teria sido mais hábil que ele tivesse publicado as razões do seu descontentamento e sobre este tivesse exigido a saída da Ministra, sob a condição de apresentar uma moção de censura se não fosse a mesma destituída e não sair ele intempestivamente do Governo, virando contra si a responsabilidade que cabia exclusivamente a Passos Coelho e a Gaspar).
A liderança também não será bicéfala no estilo do bloco de esquerda.
É interessante que Gaspar tenha saído incólume desta trapalhada, quando ele e as condições denunciadas por ele e criadas por Gaspar, Troika e Passos sejam as maiores responsáveis por toda esta
crise.
É interessante que a direita venha a criar uma janela de esperança nesta crise, baralhando e dando de novo um jogo viciado desde o inicio, mas que agora a propaganda do regime, irá tentar aproveitar, dizendo que todos os males existentes são resultado de Portas
e não das politicas de austeridade como se podia retirar da carta de Gaspar que dizia que as politicas falharam.
Açor

Carlos Rodrigues disse...

Caro Açor,

A Esquerda e a Direita são - hoje - uma amálgama de conceitos, discrepâncias e ideologias extemporâneas. Uma massa disforme, cada vez mais unida na suposta defesa do sistema "Centrão", que visa a sustentação das sociedades de acordo com os padrões que conhecemos hoje.

Os bicefalismos na política estão bastante mais próximo do que se julga e nem sempre trazem os melhores resultados quando, e sobretudo, a estratégia montada visa privilegiar a elegibilidade dos contratuais candidatos, enviesando todos os princípios fundadores do nosso sistema político.

Será o grande mal dos nossos políticos o reagir positivamente mas, levianamente ao nosso desatino de querer gerir os destinos do país como quem gere as disponibilidades de curto prazo?

Não conheço a resposta mas, sinto, de facto, uma janela de esperança. No entanto, não me parece que essa janela tenha algo a haver com toda esta trapalhada (parafraseando o meu alto e ilustre amigo). Sente-se um certo arrebitar da sociedade e, consequentemente, das empresas. Muitos falam da sua enorme capacidade de ajustarem a sua estrutura de custos à nova realidade. Outros, mais criativos, não se cansam de encontrar pretextos para continuar a olhar em frente.

Enfim, posturas que se escolhem ou se lamentam mas, que não nos podem deixar indiferentes, sobretudo quando consideramos imprescindível alguém ter que ter uma visão para o "Todo Nacional" e o cuidado de planear estrategicamente o caminho.

Abraço

Anónimo disse...

Caro Carlos Rodrigues
Infelizmente não me foi possível responder atempadamente ao seu contra comentário que como sempre, foi inteligente, atento e actuante na sociedade, seja porque prisma se quiser analisar...
Já tenho dito que existe como que um "autismo" na sociedade em geral e nos blogues em particular, felizmente o Carlos sempre remou contra a maré dos que não entendem o valor da interacção dos e com os comentários.
A voragem das noticias politicas pós demissão do Gaspar, são vertiginosas e nos colocam sempre desactualizados.
Não iria adiantar muito nas considerações que fizesse sobre o momento politico, pois no essencial a minha opinião é constante desde a tomada de posse deste governo, variando no essencial, na questão de grau e de intensidade. Se no inicio colocava a questão do conhecimento(por existência duma auditoria ás contas Nacionais)da verdadeira divida Publica e Privada e seus responsáveis, renegociação da divida e luta por uma diplomacia unificadora dos Países Europeus no encontrar de soluções Europeias contra esta politica estéril de austeridade, agora devido ao agravamento e perda de tempo politico, só encontro lógica num perdão(no mínimo parcial) da divida(para além do aumento dos prazos e diminuição de juros).
Outra realidade(extra relançamento económico)será compreender que a austeridade tem efeitos na realidade económica, por um lado nefastos na contracção que provoca, por outro(mitigados)benéficos no reajustamento de mentalidades e de pro-actividade que promove nos agentes económicos, um pouco na senda da premonição de Salomão nos "sete anos de miséria seguidos de sete anos de fartura", no fundo nos ciclos económicos...
Digo isso, não para concordar no ajustamento automático, mas por não ignorar o esforço que os entes económicos fazem na actividade económica.
No fundo quer economicamente quer politicamente, existe em marcha uma reacção mesmo lenta que seja a esta conjuntura desconforme e desastrosa deste governo e deste PR, tudo demora mais, porque infelizmente não estão reunidas as condições subjectivas para a mudança.
Portanto mais uma vez reconheço o interesse acrescido dos posts e comentários do merecidamente grande Carlos Rodrigues.
Os meus parabéns e saudações
Açor

Anónimo disse...

Juntaram-se os dois à esquina a tocar a concertina...

Anónimo disse...

"Os entes económicos..."

Tai asno!

Anónimo disse...

Atenção Comentadores
Não se esqueçam de perguntar ao "digníssimo" anónimo das 11.47AM(suponho que o Ezequiel)se o termo A ou B, é aceite por sua sumidade, o" Iluminado"( e só depois é que o digam)...
Na minha terra diz-se,"... tá asno, tá asno, mas amanhã estas cá caído"...
Açor

Anónimo disse...

Atenção Comentadores.

Atenção aos "entes económicos."

"Termo A ou B, só depois é que o digam..."

O homem ficou biruta.

Asno, burro e maluco. Combinação perigosa!

Anónimo disse...

A carta do Gaspar...(na integra)

http://downloads.sol.pt/pdf/Cartade01072013.pdf

Anónimo disse...

Não me foi possível responder atempadamente ao seu penetrante, sagaz, inteligente, bonito, belo, lindo, coerente e arguto argumento.



"As condições CRIADAS por Gaspar!!"

MENTIROSO! Gaspar HERDOU as condições criadas por Socrates.

Já TODOS se esqueceram, como que por milagre, dos DEFICITS ORÇAMENTAIS DE 2009 e de 2010...

AS PPP's, responsáveis por 58 dos 78 mil milhões da nossa dívida soberana (original) foram CRIADAS POR GASPAR??????????