domingo, julho 1

Bom Tempo no Canal



Este banco vai ter assento no próximo livro de Almeida Maia. Sei-o porque passei as últimas horas a navegar prazerosamente nas palavras escritas de Bom Tempo no Canal.

Posto assim, dir-se-ia que aludimos a um escritor de letras bem creditadas na cena literária. A seu tempo será. Para já, trata-se do Pedro Maia, do Pedro Filipe, do Filipe, do Pedro Almeida. Que escolheu assinar com esta combinação deliciosa de nomes – Almeida, Maia – a primeira das sua obras, um trabalho que, nas palavras do autor, venera a obra maior de Vitorino Nemésio.

O meu enamoramento por este Bom Tempo no Canal – A Conspiração da Energia começou na sexta-feira passada, na Biblioteca Regional e Arquivo de Ponta Delgada, local escolhido pelo autor para ser cenário de uma das tramas do enredo e também para o lançamento desta sua primeira obra.

Que lufada de ar fresco!

Eis que me vi testemunha de um lançamento muito bem arquitetado, interessante, apelativo, profissional. Saí de livro na mão e com a muito presente noção de estar perante uma potencial sensação. Se me cruzar com alguém na algarvia Praia da Falésia neste Agosto, corpo estendido ao sol e Bom Tempo no Canal a encimar os joelhos fletidos de leitor veraneante, não me surpreenderia nada.

Porque o que o Pedro Almeida Maia conseguiu, parece-me ser o primeiro livro das letras modernas escrito por um ilhéu açoriano, mas capaz de conquistar estes 9 mundos e seguir caminho, conquistando continentais, diáspora… e o mais que a tradução alcance.

Não me parece que Bom Tempo no Canal estaque perante o mar que nos envolve. Vejo-o perfeitamente a ser apresentado na Fnac do Colombo e a lançar uma açórica mania entre os nossos compatriotas continentais. Não faço ideia sobre se uma escala técnica na Fnac está ou não nos planos do autor, mas calculo, pela ousadia de escrever um thriller açoriano que pisca olhos a Nemésio e a Dan Brown, que há de estar isso mesmo ou algo equivalente.

Quanto ao conteúdo – zero informação. Quero mesmo que saiam, que o vão comprar e que descubram o que têm em comum  a lagoa verde das Sete Cidades e o banco celebrizado por Antero de Quental.

[Almeida Maia, Bom Tempo no Canal – A Conspiração da Energia, 1º Edição, Junho, 2012, Letras Lavadas edições]

[Foto Jorge Rebêlo, 2009]



2 comentários:

Pedro Almeida Maia disse...

Que palavras bonitas... Muito, muito obrigado!

Anónimo disse...

um thriller açoriano que pisca os olhos a nemésio e a dan brown!!

o que seria tal coisa????

estou para lá de menente!!

NEMÉSIO era um GÉNIO.

Dan Brown é um expert na arte da collage.

Estragar a genialidade com a collage é uma péssima ideia.

http://www.youtube.com/watch?v=aUcOfMkaPk4