Em tempos pensei e escrevi que, por mais anos de vida tivesse
e por mais bem sucedida fosse a minha carreira profissional, a vida teria
dificuldade de me colocar perante outro desafio e outro projeto tão importantes como foi para mim o reposicionamento do Terra Nostra.
Não me podia ter enganado mais!
Não me podia ter enganado mais!
Como nem sempre fui esta pessoa sociável que muitos conhecem, com
a força inabalável de tudo fazer para, à minha passagem, procurar deixar o mundo um
pouco melhor, é importante referir que costumo, e com verdade, atribuir ao Primitivo Marques (a
quem fiquei sempre grato) um papel muito importante naquela que considero ter
sido uma mudança radical, sobretudo, no que diz respeito ao entendimento do
conceito de “comercial”, fazendo com que a desajeitada larva que eu era se
tivesse transformado numa ágil borboleta.
Mas o que me enche de alegria e me faz sentir honrado é o
facto de muitas pessoas, sobretudo aquelas que melhor conheceram o Rodrigues
Carroça, meu pai, dizerem que dele herdei a arte de fazer as pessoas
sentirem-se especiais na sua presença. Quando eu era ainda uma criança, vivia
(sem saber) fascinado com a gentileza com que o meu pai se dirigia a todas as
pessoas com quem ele se cruzava. Era, pois, habitual eu e ele nos perdermos em
conversas sobre como iríamos construir, quando eu crescesse, uma organização
que teria como único objetivo ajudar todas aquelas pessoas que tivessem dificuldades
(fosse no que fosse!), uma espécie de agência de resolução do infortúnio dos
amargurados que não sabiam como desenvencilhar-se por entre o mar burocrático
que promove o naufrágio dos mais fracos e desprotegidos.
Estive imerso em trabalho árduo durante todo o ano de 2016 e
apresentei a nova imagem da Açoreana DMC na BTL, no passado dia 16: um estrondo com réplicas que se fazem sentir por muitos lugares e, julgo que por muito tempo ainda. Foi então
que percebi que a minha sensação de realização não se encontra em fazer coisas
grandes. Afinal, a minha realização, tanto profissional como pessoal, está em fazer
pessoas felizes, algo que quase nunca é tarefa fácil.
Com um agradecimento especial a todos aqueles que ajudaram a dar forma a esta pequena maravilha, fiquem com o filme que mostra como se recria uma marca
inspirada numa grande equipa, com pessoas agora mais felizes.
Mais projetos não tardam. Fiquem atentos ao TREMOR e façam o
favor de dar largas à vossa imaginação.
P.S. Não podia fazer melhor homenagem ao meu pai. Todos os
dias!