sábado, março 31
sexta-feira, março 30
quinta-feira, março 29
quarta-feira, março 28
...Eu hoje deitei-me assim !
...
...
...
Os MIÚDA já têm video para o som revelação de novos talentos da FNAC. Sugerem-me um outro dueto improvável, por exemplo, com o Cântico Negro do José Régio.
Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"...
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"...
terça-feira, março 27
Dia Mundial do Teatro
Em tom de festa e em jeito de espetáculo volante comemoram-se as artes cénicas e os seus fazedores.
Nesta noite, os fazedores são os fantásticos formandos do Atelier de Teatro/Interpretação, que decorre no Teatro Micaelense sob a direção do ator Nelson Cabral. Apresentam ao público o exercício final da sua formação, em contra-cena com os maravilhosos cúmplices, e também fazedores, José Medeiros, Social Software, Grupo de Teatro Anexo da Associação ArtePalco, Teresa Gentil e as Manas Cacau.
A entrada é livre.
Nesta noite, os fazedores são os fantásticos formandos do Atelier de Teatro/Interpretação, que decorre no Teatro Micaelense sob a direção do ator Nelson Cabral. Apresentam ao público o exercício final da sua formação, em contra-cena com os maravilhosos cúmplices, e também fazedores, José Medeiros, Social Software, Grupo de Teatro Anexo da Associação ArtePalco, Teresa Gentil e as Manas Cacau.
A entrada é livre.
domingo, março 25
sexta-feira, março 23
terça-feira, março 20
curiosamente
9 anos
A Cimeira da Guerra fez 9 anos.
Para celebrar a data recupero a capa de um dos melhores números da curta história da :ILHAS.
domingo, março 18
sábado, março 17
...Eu hoje deitei-me assim !
...
Não...nem todos os dias são silenciosamente cinzentos como um domingo pardacento, mas isso também não importa. Sublime é esta performance de Morrissey com este coro público como "sideman" do artista que também se perde, como o comum dos mortais, e no palco do seu ofício, literalmente a meio, se esquece das palavras e confessa : "truly i don't know the words it's incredible". Quantas vezes nos fazemos perder no silêncio ?
sexta-feira, março 16
A não perder
O lançamento do livro Pátria Utópica, de António Barreto, Eurico Figueiredo, José Medeiros Ferreira e Valentim Alexandre esta 6ª feira, pelas 19h00, na Livraria SolMar. A obra será apresentada por Pilar Damião e Mário Mesquita.
quinta-feira, março 15
quarta-feira, março 14
terça-feira, março 13
segunda-feira, março 12
domingo, março 11
A partilhar desde 1999.
(...) a sociedade atingiu um ponto em que a prioridade já não é “como impedir a partilha livre e generalizada sem fins lucrativos de obras protegidas por direitos de autor?”, mas sim “como fazer com que essa partilha contribua financeiramente para a criação artística e cultural e recompense os autores e editores das obras mais meritórias?”.
(...)
para ler no Estudo OberCom: A compensação pela partilha online de obras protegidas por direitos de autor > http://www.obercom.pt/client/?newsId=428&fileName=Policy.pdf
É Tempo de Mudar (para onde?), Renovar (o quê?), com Confiança (em quem?).
Aproximamo-nos, uma vez mais e agora a passos largos, de “Eleições”.
Para muitos, nada mais do que uma das mais bem urdidas falácias da democracia, para outros, nada mais do que um dos poucos e fracos exemplos do exercício da cidadania.
Inegavelmente, iremos eleger aqueles que, supostamente, nos defenderão durante quatro anos – tanto no Governo como na Oposição – defendendo a economia e a sustentação do “pacto societário”, com o seu desejado pensamento estratégico e com as emergentes ideologias políticas.
Onde estará o verdadeiro desafio para os próximos governantes? Que características deverão ser valorizadas nos próximos candidatos? Que estrutura governativa precisam os Açores? Deveriam ser, por ventura, as perguntas a colocar por nós neste período que, até às próximas Eleições Legislativas Regionais, devia ser da mais pura reflexão.
Tantos assuntos nos preocupam neste momento e tememos que nada de melhor possa ser feito por eles. Tantas esperanças depositadas em todos estes Governos e encontramo-nos de pantanas, vítimas da dita “Crise Internacional” que, afinal, também acabou por afectar estas ilhas paradisíacas, fazendo com que tenhamos sérias dúvidas acerca da forma como havemos de as enquadrar geograficamente. No centro do mundo ocidental, entre a Europa e a América? Ou no meio do nada, longe de tudo e de todos.
Não consigo perceber o que têm para nós estes políticos mas, não antevejo também que os Açores possam motivar um punhado de pessoas sérias e empenhadas no bem comum, como Santa Clara.
sábado, março 10
...Despertares !
"One Day"
One day maybe we will dance again
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies
One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
sexta-feira, março 9
quinta-feira, março 8
A partir de hoje
O Teatro Micaelense em 2011 visto através do olhar do Fernando Resendes até 21 de Março no Parque Atlântico.
quarta-feira, março 7
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pela transitoriedade da música pop imagina-se impossível que uma canção possa perdurar e repetir-se na nossa vida como uma manifestação melódica do eterno retorno. Não sei ! Talvez assim o seja. Mas sei que esta, dos Zero 7, replica-se várias vezes na minha banda sonora depois de me ter cruzado com ela na estrada. Quis o acaso, porventura instigado por me ter passado na outra faixa, hoje de manhã no tour da minha leitura cibernética que , de memória, a revisitasse bem cedo. Como uma good tune que é entranhou-se de imediato para o resto do dia e é com a inevitabilidade de uma pulsão para a repetição que a deixo no ar. repito-lhe as notas como marcos de uma autoestrada. Se tivesse facebook e a tivesse visto por lá diria : "Gosto." !
Nuno Costa Santos
Dá corpo e conversa hoje, pelas 18h30, a uma palestra intitulada - A arte de tirar peso ao mundo, integrada no Curso Livre de Literatura e Sociedade: O Humor, organizado pela Universidade dos Açores, em colaboração com o Instituto Cultural de Ponta Delgada.
terça-feira, março 6
segunda-feira, março 5
...Not Now...John !
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Regresso a PDL, via LX, e na playlist "random" no momento em que o trem de aterragem lavra a pista beatificada com nome Papal, os headphones do mp3 anunciam o coro dos "Oasis" com "Dont go Away"...penso no retorno, na extensão da luta pela sobrevivência, e suspiro para dentro : "Fuck ! Not now John !?!".
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Regresso a PDL, via LX, e na playlist "random" no momento em que o trem de aterragem lavra a pista beatificada com nome Papal, os headphones do mp3 anunciam o coro dos "Oasis" com "Dont go Away"...penso no retorno, na extensão da luta pela sobrevivência, e suspiro para dentro : "Fuck ! Not now John !?!".
domingo, março 4
sábado, março 3
sexta-feira, março 2
...Eu hoje deitei-me assim !
"Cada amigo é dono de uma gaveta recôndita do nosso ser, do qual só ele tem a chave, e, ido o amigo, a gaveta fica fechada para sempre. Afastarmo-nos dos amigos é, pois, encerrar uma parte do nosso ser. Eu teria sido diferente se tivesse continuado a frequentar certas amizades da minha juventude. Mas as circunstâncias separaram-nos e continuamos a viajar cada qual pelo seu lado e, por isso mesmo, mutilados. Daí que chegando a certa idade seja difícil fazer novos amigos. Todas as facetas que a nossa personalidade oferecia já foram tomadas, ocupadas e seladas pelas velhas alianças. Não há superfície livre em que a nova amizade se possa enraizar. A não ser que o novo amigo seja extremamente parecido com o anterior e faça uso dessa semelhança para entrar, por arrombamento, no recinto secreto da primeira amizade. Mas por mais afecto que nasça será sempre o imitador, o falsário, aquele que jamais acederá ao compartimento mais precioso. Compartimento irrisório, seguramente, que talvez não contenha mais do que um montículo de pedregulhos, mas que os olhos do amigo, o primeiro, transformavam no que ele queria ver: o insubstituível."
Julio Ramón Ribeyro
quinta-feira, março 1
2 em 1
Hoje, 5ª feira, pelas 20h30, o Nuno Costa Santos apresenta «Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco» na Livraria SolMar.
De seguida, e sem direito a intervalo, o 9500 Cineclube passa, pelas 21h30 (mais coisa, menos coisa), a «Saudade Burra de Fernando Assis Pacheco», um documentário da autoria de Nuno Costa Santos sobre o escritor e jornalista Fernando Assis Pacheco, figura da vida intelectual portuguesa que, prematuramente, nos deixou no dia 1 de Novembro de 1995.
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