"All things must end" era um teaser da melhor série de televisão de sempre : "Six Feet Under". É agora tempo de passar da negação à aceitação e, serenamente, transigir que as coisas são como são, em virtude de serem assim mesmo. Dito de outro modo : o meu tempo no : Ilhas terminou ! Resolução já tomada, como a crónica de um decesso já anunciado, mas sempre procrastinada sine die. Subitamente, num clique, eis que aqui chego, a um ponto sem retorno, motivado também pelo visceral asco a tudo o que é digital !
"You are not your job, you're not how much money you have in the bank, you're not the car you drive, you're not the contents of your wallet". Este é outro mantra que sempre me picou a escrever...mas eu também não sou apenas o JNAS do Ilhas ! De igual modo sempre esteve presente na retina da minha memória o "Fight Club" que até à data é o filme da minha vida...no sentido de que é o meu filme favorito. De certa forma é uma metáfora para a luta constante que é a vida e acho que isso acaba por justificar a minha deriva para a veneração e prática de "desportos de combate" (in casu, Judo, no qual sou um modesto 1º kyu). Eles são uma "extensão do domínio da luta", mas de forma civilizada, e até espiritualizada, o que é gratificante para um certo niilismo de quem perdeu a fé pelo caminho. Obviamente "Homo sum; humani nil a me alienum puto" e, como tal, humanamente continuarei a escrever noutros formatos, nem que seja para o meu "caderno", para o "fundo da gaveta", ou para colocar entre aspas para guardar, e revisitar de quando em vez, outras palavras que ouça enquanto leitor...condição da minha humanidade pois creio que "real man read".
Adiante : a escrita aqui, nos jornais, ou num simples mural, e quando pretende ter leitores não deve ser um acto onanista e estéril. Sempre fiz por respeitar o Leitor e acrescentar algo ao seu dia. Entretanto, o mundo mudou, e os blogues foram substituídos pelo imediatismo das redes sociais, e até as pessoas que considerava inteligentes e interessantes estupidificam e vegetam no facebook. Como defesa, fechei a guarda, e na minha concha achei que devia escrever menos e ler mais. Dei por mim de regresso apaixonado ao papel e ao êxtase dos livros e dos alfarrabistas. Cada vez menos vou à net...apesar de passar o meu dia enclausurado numa forma "desmaterializada" de trabalhar...isn´t that fucking ironic ? O tour diário dos blogs favoritos foi cada vez menor e hoje guardo apenas devoção a alguns que glorifico mas, que por respeito aos demais, não vou aqui arrolar. Entretanto a televisão anestesia as massas e eu não consigo ver, os blogues deixaram de campear ideias e passaram a ser uma horta de vulgaridades, e todos passam o dia na realidade alternativa do facebook que, como disse, abomino. Odeio mesmo para não faltar à verdade. Porquê ? Pela devassa da vida privada, pela partilha de fotos, de uns e de outros num gang bang despudorado, pela lupanar vulgaridade, pela incapacidade de comungar ideias que não sejam mais do que um suspiro, um arroto ou um peido em forma de post ! Depois é a exposição pública de uma espécie de feira de vaidades que vai desde o "cabriozinho" comprado na Alemanha, e candongado para Portugal, à "exibiçãozinha" da mulher troféu com tantas horas de "corporación dermoestética" que tresanda a plástico, e tudo isso me enoja até às tripas. Mas é o que o "povo" gosta ! Gosta dessa promiscuidade e dessa vulgaridade que chega ao cúmulo de ser incapaz de verdadeira e corporal amizade com uma única pessoa, mas alardeia-se mais de mil "amigos" para trocar boçalidades absolutamente inanes no facebook...e o mais surpreendente é que o fazem pessoas muito mais inteligentes, cultas, e cosmopolitas do que eu ! Devo seguir-lhes os passos ? De todo ! Embora seja um "rapaz" pouco Católico sempre retive que esse putativo Deus que nos observa deu-nos o "livre arbítrio" e embora nenhum de nós seja, verdadeiramente independente, há sempre lugar para uma reserva do nosso "eu essencial". E o meu "eu essencial" grita por sair daqui !
Não o faço com egoísmo e bem sabem os leitores o muito que dei a este blog. Creio que o mesmo ficou ferido de morte com a saída do Pedro Arruda e de lá para cá arrasta-se o melhor que pode. Recentemente transformou-se num suporte de publicidade institucional, agenda cultural de ocasião, e durante muito tempo sobreviveu à minha custa e do Alexandre Pascoal. Era como se tivéssemos, eu e o Alexandre, um "casamento de conveniência"...ora se há casamentos de conveniência que custa a desfazer, ou que nunca se rompem, este, por mim, não será um deles ! Sou livre de fazer as minhas escolhas e muitas há que lamento não ter feito radicalmente. Será a melhor escolha ? Nunca o podemos saber afinal tudo se vive uma única vez ! "Nunca se pode saber o que se deve querer porque só se tem uma vida que não pode ser comparada com vidas anteriores nem rectificada em vidas posteriores.Não há forma nenhuma de se verificar qual das decisões é melhor porque não há comparação possível. Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado.Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida ?(...) einmal ist Keinmal (Prov. Alemão) : UMA VEZ NÃO CONTA, UMA VEZ É NUNCA.Não poder viver senão uma vida é pura e simplesmente como não viver. ". Disse-o pesada e acertadamente Milan Kundera na "Insustentável Leveza do Ser"
Sei bem que o anúncio repetido e recorrente de que "ia sair", mas depois voltava sempre, era lido , porventura, como um acto pueril de um miúdo indeciso, uma cobardia de quem cogita muito e age pouco em conformidade, um padrão de um homem sem energia para se evadir e até uma expressão de um ser acomodado até nas coisas mais simples da vida. É uma leitura respeitável, mas eu tenho a minha. Seja como for até pode ser que assim seja, até ao dia...em que a inteligência emocional já não se conforma e o dique cede ao desejo de ruptura. Este não é irracional. Tem peso e um lastro que vou arrastar durante um tempo que não consigo cronometrar...mas como há quem diga que "tudo passa" até aceito que esse peso se transforme em leveza sustentável. A verdade é que o : Ilhas é hoje uma sombra do que já foi e eu não quero contribuir para essa "nuvem negra" e, se não consigo fazer melhor, resta-me dignamente sair antes que me expulsem. De certa forma sinto na pele que o JNAS do : Ilhas já morreu ; mas o seu cadáver tresanda por aí insepulto. Como não gosto de deixar o trabalho sujo para outros, e como "sou mais de fazer" do que "mandar fazer", eu próprio cuidarei de lhe dar aqui o eterno descanso. Faço-o com um largo sorriso e esta antecipada eutanásia nada tem de dramático...é natural e só peca por tardia. Como antecede não vou migrar para facebooks e quejandos, que mais não são do que "Hi5" para adultos, e para esse peditório nunca dei.
Duas notas finais : Nunca escondi ou repudiei as minhas mais veementes opiniões ! Um Homem que castra a sua consciência é um eunuco, e disso ninguém me pode acusar. Sempre assinei o que pensava, mesmo para desagrado da minha família, do meu clube, da minha congregação, ou fosse do que fosse. Nunca fui, e nunca serei, um ser gregário, mas também nunca vendi, ou sequer aluguei, a minha consciência. O que aqui escrevi, e nos jornais onde publiquei palavras, sempre o fiz sopesando as minhas responsabilidades e consciente das mesmas quando assinava por baixo, até enquanto jurista de formação. Por isso sempre me espantou o modo soez, torpe, e vil, como algumas pessoas vestiam a máscara do anonimato para atacar outras pessoas. Quantas vezes isso aconteceu neste blog ? Tantas quantas os posts aqui publicados. Mas, nunca me vitimizei dessa atitude pois não conhecendo o fácies - (ou não as querendo desmascarar) - dessas invertebradas criaturas não me poderia por elas sentir sequer beliscado. A segunda, e derradeira nota, vai para as Leitoras e Leitores deste Vosso JNAS. Embora nunca os tenha contabilizado, designadamente via "ip´s e sitemeters," sei que foram muitos e a todos estou grato. No final uma nota de reconhecimento e gratidão ao Pedro Arruda, fundador e entusiasta deste blog, que, por razões que desconheço me convidou a ser editor do mesmo. Creio que, entretanto, já se arrependeu várias vezes ! Eu só lamento que o Pedro nunca tenha separado o fosso político, partidário, e ideológico que existe entre nós, porquanto, no restante sempre tive por ele apreço pessoal e admiração pelo seu empenho nos seus projectos culturais e não só. Como ele sabe bem...sempre convivi com urbanidade com a diferença desde que a "diferença" dos outros nunca me fosse imposta. Ao Pedro Arruda sempre estarei grato por ter tido a presciência de julgar que eu poderia ter valor acrescentado para a extinta revista : Ilhas e para o Blog. Aos meus colegas de blog um longo e extensivo agradecimento pela V. indulgência, com nota reforçada ao Alexandre Pascoal, cujo respeito mútuo se consolidou, e até originou cerca de 5 anos de emissão radiofónica de "Agente Provocador" com o Herberto Quaresma, na Antena 1 e depois na malograda Antena 3 Açores. Mas,como tudo o que sai da mediania e da mediocridade nesta terra, lá cuidaram também de "fazer a folha" ao "Agente" e à "Antena 3 Açores" ... mas essa é outra história.
Não esqueço o entusiasmo e a participação do Carlos Guilherme Riley, um Senhor, que convidei para participar neste blog e que por aqui andou. Não omito tantos outros colegas de blog com quem cruzei duelos, picardias, provocações e tantos dislates, e ainda memoráveis debates, como o António José Almeida, o Ezequiel Moreira da Silva, o André Bradford, o Vitor Marques, o Carlos Rodrigues ou o Nuno Costa Santos. A todos os meus agradecimentos pelo Vosso tempo. Fora deste blog sempre tive ainda sanguínea motivação e amparo do melhor de todos os meus primos...ou, pelo menos, do meu favorito : o Nuno Barata Almeida e Sousa do foguetabraze. Bem sei que sempre privilegiou outras companhias, e idolatrou outros escribas, mas não é por isso que não lhe estarei sempre grato pelo verbo acutilante e pela leitura atenta do que escrevi. Aos demais, que aqui não cabem na lista de encómios as minhas desculpas ; aos que daqui retiram um prazerzinho pessoal que saibam que o mesmo não me é indiferente pois, sei bem quem são, e em bom rigor, faço votos que ides todos para a puta que vos pariu. Reservo-me o direito de regressar aos blogues noutra : Ilha. Até um dia noutras coordenadas. Entretanto vou passar a escrever num "caderninho de leituras" em vez de o fazer numa página electrónica. E só levo de remorso não ter finalizado o seriado "ironic" e iniciado o "ilhas de evasão"...é assim na vida : não podemos ter tudo.
"You are not your job, you're not how much money you have in the bank, you're not the car you drive, you're not the contents of your wallet". Este é outro mantra que sempre me picou a escrever...mas eu também não sou apenas o JNAS do Ilhas ! De igual modo sempre esteve presente na retina da minha memória o "Fight Club" que até à data é o filme da minha vida...no sentido de que é o meu filme favorito. De certa forma é uma metáfora para a luta constante que é a vida e acho que isso acaba por justificar a minha deriva para a veneração e prática de "desportos de combate" (in casu, Judo, no qual sou um modesto 1º kyu). Eles são uma "extensão do domínio da luta", mas de forma civilizada, e até espiritualizada, o que é gratificante para um certo niilismo de quem perdeu a fé pelo caminho. Obviamente "Homo sum; humani nil a me alienum puto" e, como tal, humanamente continuarei a escrever noutros formatos, nem que seja para o meu "caderno", para o "fundo da gaveta", ou para colocar entre aspas para guardar, e revisitar de quando em vez, outras palavras que ouça enquanto leitor...condição da minha humanidade pois creio que "real man read".
Adiante : a escrita aqui, nos jornais, ou num simples mural, e quando pretende ter leitores não deve ser um acto onanista e estéril. Sempre fiz por respeitar o Leitor e acrescentar algo ao seu dia. Entretanto, o mundo mudou, e os blogues foram substituídos pelo imediatismo das redes sociais, e até as pessoas que considerava inteligentes e interessantes estupidificam e vegetam no facebook. Como defesa, fechei a guarda, e na minha concha achei que devia escrever menos e ler mais. Dei por mim de regresso apaixonado ao papel e ao êxtase dos livros e dos alfarrabistas. Cada vez menos vou à net...apesar de passar o meu dia enclausurado numa forma "desmaterializada" de trabalhar...isn´t that fucking ironic ? O tour diário dos blogs favoritos foi cada vez menor e hoje guardo apenas devoção a alguns que glorifico mas, que por respeito aos demais, não vou aqui arrolar. Entretanto a televisão anestesia as massas e eu não consigo ver, os blogues deixaram de campear ideias e passaram a ser uma horta de vulgaridades, e todos passam o dia na realidade alternativa do facebook que, como disse, abomino. Odeio mesmo para não faltar à verdade. Porquê ? Pela devassa da vida privada, pela partilha de fotos, de uns e de outros num gang bang despudorado, pela lupanar vulgaridade, pela incapacidade de comungar ideias que não sejam mais do que um suspiro, um arroto ou um peido em forma de post ! Depois é a exposição pública de uma espécie de feira de vaidades que vai desde o "cabriozinho" comprado na Alemanha, e candongado para Portugal, à "exibiçãozinha" da mulher troféu com tantas horas de "corporación dermoestética" que tresanda a plástico, e tudo isso me enoja até às tripas. Mas é o que o "povo" gosta ! Gosta dessa promiscuidade e dessa vulgaridade que chega ao cúmulo de ser incapaz de verdadeira e corporal amizade com uma única pessoa, mas alardeia-se mais de mil "amigos" para trocar boçalidades absolutamente inanes no facebook...e o mais surpreendente é que o fazem pessoas muito mais inteligentes, cultas, e cosmopolitas do que eu ! Devo seguir-lhes os passos ? De todo ! Embora seja um "rapaz" pouco Católico sempre retive que esse putativo Deus que nos observa deu-nos o "livre arbítrio" e embora nenhum de nós seja, verdadeiramente independente, há sempre lugar para uma reserva do nosso "eu essencial". E o meu "eu essencial" grita por sair daqui !
Não o faço com egoísmo e bem sabem os leitores o muito que dei a este blog. Creio que o mesmo ficou ferido de morte com a saída do Pedro Arruda e de lá para cá arrasta-se o melhor que pode. Recentemente transformou-se num suporte de publicidade institucional, agenda cultural de ocasião, e durante muito tempo sobreviveu à minha custa e do Alexandre Pascoal. Era como se tivéssemos, eu e o Alexandre, um "casamento de conveniência"...ora se há casamentos de conveniência que custa a desfazer, ou que nunca se rompem, este, por mim, não será um deles ! Sou livre de fazer as minhas escolhas e muitas há que lamento não ter feito radicalmente. Será a melhor escolha ? Nunca o podemos saber afinal tudo se vive uma única vez ! "Nunca se pode saber o que se deve querer porque só se tem uma vida que não pode ser comparada com vidas anteriores nem rectificada em vidas posteriores.Não há forma nenhuma de se verificar qual das decisões é melhor porque não há comparação possível. Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado.Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida ?(...) einmal ist Keinmal (Prov. Alemão) : UMA VEZ NÃO CONTA, UMA VEZ É NUNCA.Não poder viver senão uma vida é pura e simplesmente como não viver. ". Disse-o pesada e acertadamente Milan Kundera na "Insustentável Leveza do Ser"
Sei bem que o anúncio repetido e recorrente de que "ia sair", mas depois voltava sempre, era lido , porventura, como um acto pueril de um miúdo indeciso, uma cobardia de quem cogita muito e age pouco em conformidade, um padrão de um homem sem energia para se evadir e até uma expressão de um ser acomodado até nas coisas mais simples da vida. É uma leitura respeitável, mas eu tenho a minha. Seja como for até pode ser que assim seja, até ao dia...em que a inteligência emocional já não se conforma e o dique cede ao desejo de ruptura. Este não é irracional. Tem peso e um lastro que vou arrastar durante um tempo que não consigo cronometrar...mas como há quem diga que "tudo passa" até aceito que esse peso se transforme em leveza sustentável. A verdade é que o : Ilhas é hoje uma sombra do que já foi e eu não quero contribuir para essa "nuvem negra" e, se não consigo fazer melhor, resta-me dignamente sair antes que me expulsem. De certa forma sinto na pele que o JNAS do : Ilhas já morreu ; mas o seu cadáver tresanda por aí insepulto. Como não gosto de deixar o trabalho sujo para outros, e como "sou mais de fazer" do que "mandar fazer", eu próprio cuidarei de lhe dar aqui o eterno descanso. Faço-o com um largo sorriso e esta antecipada eutanásia nada tem de dramático...é natural e só peca por tardia. Como antecede não vou migrar para facebooks e quejandos, que mais não são do que "Hi5" para adultos, e para esse peditório nunca dei.
Duas notas finais : Nunca escondi ou repudiei as minhas mais veementes opiniões ! Um Homem que castra a sua consciência é um eunuco, e disso ninguém me pode acusar. Sempre assinei o que pensava, mesmo para desagrado da minha família, do meu clube, da minha congregação, ou fosse do que fosse. Nunca fui, e nunca serei, um ser gregário, mas também nunca vendi, ou sequer aluguei, a minha consciência. O que aqui escrevi, e nos jornais onde publiquei palavras, sempre o fiz sopesando as minhas responsabilidades e consciente das mesmas quando assinava por baixo, até enquanto jurista de formação. Por isso sempre me espantou o modo soez, torpe, e vil, como algumas pessoas vestiam a máscara do anonimato para atacar outras pessoas. Quantas vezes isso aconteceu neste blog ? Tantas quantas os posts aqui publicados. Mas, nunca me vitimizei dessa atitude pois não conhecendo o fácies - (ou não as querendo desmascarar) - dessas invertebradas criaturas não me poderia por elas sentir sequer beliscado. A segunda, e derradeira nota, vai para as Leitoras e Leitores deste Vosso JNAS. Embora nunca os tenha contabilizado, designadamente via "ip´s e sitemeters," sei que foram muitos e a todos estou grato. No final uma nota de reconhecimento e gratidão ao Pedro Arruda, fundador e entusiasta deste blog, que, por razões que desconheço me convidou a ser editor do mesmo. Creio que, entretanto, já se arrependeu várias vezes ! Eu só lamento que o Pedro nunca tenha separado o fosso político, partidário, e ideológico que existe entre nós, porquanto, no restante sempre tive por ele apreço pessoal e admiração pelo seu empenho nos seus projectos culturais e não só. Como ele sabe bem...sempre convivi com urbanidade com a diferença desde que a "diferença" dos outros nunca me fosse imposta. Ao Pedro Arruda sempre estarei grato por ter tido a presciência de julgar que eu poderia ter valor acrescentado para a extinta revista : Ilhas e para o Blog. Aos meus colegas de blog um longo e extensivo agradecimento pela V. indulgência, com nota reforçada ao Alexandre Pascoal, cujo respeito mútuo se consolidou, e até originou cerca de 5 anos de emissão radiofónica de "Agente Provocador" com o Herberto Quaresma, na Antena 1 e depois na malograda Antena 3 Açores. Mas,como tudo o que sai da mediania e da mediocridade nesta terra, lá cuidaram também de "fazer a folha" ao "Agente" e à "Antena 3 Açores" ... mas essa é outra história.
Não esqueço o entusiasmo e a participação do Carlos Guilherme Riley, um Senhor, que convidei para participar neste blog e que por aqui andou. Não omito tantos outros colegas de blog com quem cruzei duelos, picardias, provocações e tantos dislates, e ainda memoráveis debates, como o António José Almeida, o Ezequiel Moreira da Silva, o André Bradford, o Vitor Marques, o Carlos Rodrigues ou o Nuno Costa Santos. A todos os meus agradecimentos pelo Vosso tempo. Fora deste blog sempre tive ainda sanguínea motivação e amparo do melhor de todos os meus primos...ou, pelo menos, do meu favorito : o Nuno Barata Almeida e Sousa do foguetabraze. Bem sei que sempre privilegiou outras companhias, e idolatrou outros escribas, mas não é por isso que não lhe estarei sempre grato pelo verbo acutilante e pela leitura atenta do que escrevi. Aos demais, que aqui não cabem na lista de encómios as minhas desculpas ; aos que daqui retiram um prazerzinho pessoal que saibam que o mesmo não me é indiferente pois, sei bem quem são, e em bom rigor, faço votos que ides todos para a puta que vos pariu. Reservo-me o direito de regressar aos blogues noutra : Ilha. Até um dia noutras coordenadas. Entretanto vou passar a escrever num "caderninho de leituras" em vez de o fazer numa página electrónica. E só levo de remorso não ter finalizado o seriado "ironic" e iniciado o "ilhas de evasão"...é assim na vida : não podemos ter tudo.
JNAS do : ILHAS
22 de Janeiro de 2003 - 11 de Maio de 2012
22 de Janeiro de 2003 - 11 de Maio de 2012
11 comentários:
"Aos demais que aqui não cabem na lista de encómios as minhas desculpas"... Isto é a sua escrita mas a mim não sei se aceito as suas desculpas desde que quase me causaram uma saída prematura da minha escrita que, graças a Deus, continua. "Águas passadas não movem moinhos" e os ventos continuam soprando escritos diversos e dispersos para quem quiser ler. Quem não quiser fuja com os olhares.
"Good for you leaving the Ilha's Blog" e ainda bem que não gosta do FB (facebook)...
Ora ai está uma triste noticia. Sempre considerei como o com melhor escrita de entre os meus vizinhos - e olha que são muitos.
Um forte abraço e se nos cruzarmos nas festas, faço questão de pagar-te um fino. Senão, uma caipirinha no campo (que está quase a abrir) ou se algum dia passares pelo quartel apita!
Epá, não...
JNAS, continuo sem perceber a tua posição, nem tenho que perceber, a forma de o anunciares e muitas coisas mais, esta tua saída irá dar lugar a uma entrada minha...em tempo oportuno.
Adeus.
pelo menos informa os teus leitores onde poderão encontrar os teus escritos (na net)
eu tb não passo + por aqui.
sem ti, isto n tem muita piada.
congratulo-te pela tua ilustre carreira cibernética.
os melhores escritos divulgados neste blog foram, inquestionavelmente, da tua autoria.
desejos de saude e boa sorte!!
abraço
z
Fica só mais duas semanas!
Caro JNAS
Já tinha feito as minhas despedidas, pelo menos uma vez, agora como antes(não procedo como as gentes da aldeia, no caso do "Pedro e o Lobo"...
Continuo a pensar com tristeza esta despedida, mas em certa medida, já a esperava e até sentia, quando por mim instigado o JNAS, não se "manifestava",com a sua escrita mordaz e acutilante, face à degenerescência, com que o ilhas, navegava, nestes últimos tempos.
Quanto a mim tive diálogos, interessantes e certamente sem a finura, que encontrava na sua, mas com a mesma frontalidade e dignidade que mesmo em barreiras diferentes, sendo aprendi a respeitar e a considerar que muitas vezes a ideologia cede ao carácter e há honestidade intelectual, e quando, não somos mais um, até sobre o anonimato, respeitamos o outro.
Longa vida,saúde e felicidade, neste abraço virtual de quem se conhece pelo traço das ideias carregadas na escrita.
Saudações Açorianas de e para um Homem de Carácter.
Açor
convido-vos a passarem pelo meu blog.
http://telos.blogs.sapo.pt/
É melhor fecharem a tasca. Se o Carlos Rodrigues fizer abanar a barraca ficam pelo "nada cultural"... e sem leitores.
Obrigado, JNAS, pela isenção e bom senso.
leitora assídua das crónicas, quase sempre brilhantes, de Jnas lamento profundamente a saída.
onde ler agora ideias inteligentes, inteligentemente escritas?
a blogosfera fica mais pobre...
por aqui, diria mesmo, vazia
Lúcia Couto
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