De repente, num domingo - François Truffaut (1983)
Domingo irei para as hortas na pessoa dos outros,
Contente da minha anonimidade.
Domingo serei feliz — eles, eles...
Domingo...
Hoje é quinta-feira da semana que não tem domingo...
Nenhum domingo. —
Nunca domingo. —
Mas sempre haverá alguém nas hortas no domingo que vem.
Assim passa a vida, Sutil para quem sente,
Mais ou menos para quem pensa:
Haverá sempre alguém nas hortas ao domingo,
Não no nosso domingo,
Não no meu domingo,
Não no domingo...
Mas sempre haverá outros nas hortas e ao domingo!
Álvaro de Campos, in "Poemas"
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Na nova vida deste blog cabe-me publicar todos os domingos.
Por decisão exclusivamente pessoal informo os estimados leitores e comentadores deste blog de que apagarei todos os comentários aos meus posts que não digam respeito ao assunto tratado no mesmo.
Obrigado a todos por nos continuarem a acompanhar.
17 comentários:
"...apagarei todos os comentários aos meus posts que não digam respeito ao assunto tratado no mesmo"
Triste ou risível?
Sim é triste ter de tomar esta posição.
Não vale a pena brigar!
Há gente cujo entendimento só se faz à custa da politica, na sua versão mais anogentada.
É por isso que qualquer temática abordada no post tem leitura politica para certas gentes.
Cá por mim estou disposto a discutir as hortas, na sua indiossincrassia mais relevante, em articulação com as tardes amenas de Domingo, propicias a desvaneios.
Havia em Madrid um cinema, frequentado por putedo fino,onde se fazia de tudo lá dentro.
As secções não eram porno, como certas cabeças perversas já estão a pensar. Eram filmes de acção e espionagem, protagonizados por actores rafeiros!!!
Neste Domingo o «Milhafre» foi à Festa do Divino e ainda teve oportunidade de festejar o Dia da Independência de Timor Leste.
A Bandeira do Divino é a Bandeira do Povo e quanto a Timor, festeja-se a Liberdade e a Independência, temas promissores em exibição no Azores Forever, à mão dum click perto de si.
Como aqui já não se pode comer pipocas durante os «filmes», o Azores Forever oferece um pacote jumbo a quem se dirigir à sua «casa de cinema»...
Não temos censura.
Felizmente.
Caro Milhafre, não será censura submeter os comentários a aprovação?
Aqui também não existirá censura. Felizmente.
Caro Vítor Marques
A fotografia é bela e
retrospectiva dum tempo em que o automóvel era identificável como objecto limitado e a conviver pacificamente com a bicicleta...
Domingo não é mais um dia da semana é aquele sobre o qual se pode escrever tudo mesmo este poema de Pessoa.
Quanto à liberdade de excluir os comentários fora do texto, eu já tinha vaticinado, (contra a minha vontade) que qualquer dia era mais que provável esta decisão, face à teimosa estupidez de alguns anónimos.
Seja como for, seria bom que não se toma-se uma atitude "cega" desta atitude, pois há sempre que olhar a diferença entre um comentário amargo(á margem do post)e outro que repara por exemplo num acontecimento fundamental, não postado no blog, como o foram o desaparecimento de alguns personagens, ou de datas como o 1º. de maio.
Mesmo preferindo o comentário livre, sou obrigado a concordar com o autor.
Um post fresco nesta Primavera chuvosa. Parabéns
Açor
Caro Açor, concordo em absoluto com a sua opinião. A cegueira é sentido de que não padeço. Obrigado por continuar a acompanhar-nos.
Caro Vítor Marques
Não é fácil manter vivo um blogue, aberto e livre, que mais não fora por esta "teimosa" aposta e exercício de cidadania, não poderia ter outra atitude do que saudar vivamente o vosso empenho.
Mas mais do que isto, ele é feito com qualidade que os momentos menos conseguidos, não podem diminuir.
Agradeço o seu cuidado na resposta e a sua digníssima participação.
os meus parabéns por engrandecer e manter vivo o espírito do ilhas.
Cortar ou não cortar depende do critério.
Raramente os cegos reconhecem que o são.
Todos afirmam ver muito bem e entendem agir correctamente...
É evidente que vai haver sempre quem pense o contrário.
Daí a perigosidade de certas atitudes.
O que é a literatura?
O estudo do texto literário e da função poética
O que são Géneros Literários?
São as divisões feitas das obras literárias quanto ao conteúdo, estrutura
Que géneros literários há?
Género Lírico - Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Recebeu este nome pois as poesias na Idade Média eram cantadas; pode aparecer com ou sem métrica, estrutura de versos ou rima.
- Gênero Dramático - Drama, em grego, significa "ação". Pode aparecer em prosa ou poesia e compreende as seguintes modalidades: Tragédia, Comédia, Tragicomédia e Farsa.
- Gênero Épico - "Epopeia" vem do grego épos, ‘verso’+ poieô, ‘faço’ e se refere à narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo. (Exemplos: Ilíada, Odisseia, Eneida, Os Lusíadas, Caramuru etc)
- Gênero Narrativo: São também comumente chamadas de narrativas de ficção. São divididos em: Romance, Novela, Conto e Fábula.
Correntes literárias
são classificações de Obras por Estilos e épocas.
Álvaro de Campos é um dos heterónimos de Fernando Pessoa
Considera-se que a grande criação estética de Pessoa foi a invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra. Os heterónimos, diferentemente dos pseudónimos, são personalidades poéticas completas: identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original. Entre os heterónimos, o próprio Fernando Pessoa passou a ser chamado ortónimo, porquanto era a personalidade original. Entretanto, com o amadurecimento de cada uma das outras personalidades, o próprio ortónimo tornou-se apenas mais um heterónimo entre os outros. Os três heterónimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterónimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra literária do século XX. Bernardo é considerado um semi-heterónimo por ter muitas semelhanças com Fernando Pessoa e não possuir uma personalidade muito característica, ao contrário dos três primeiros, que possuem até mesmo data de nascimento e morte (excepção para Ricardo Reis, que não possui data de falecimento). Por essa razão, José Saramago, laureado com o Prémio Nobel, escreveu o livro O ano da morte de Ricardo Reis.”
Embora correndo o risco de ser vítima do afiado «lápis azul» do Sr. Dr. Vitor Marques, a verdade é que fiquei muito impressionado com a nota de rodapé colocada neste post.
Como é que um indivíduo ligado às artes e ao «processo criativo» tenta cercear o exercício de liberdade criativa e de expressão d'outrem?
Será que regressámos ao jdanovismo institucional ilhéu, mais conhecido por «comunismo branco» do Mota Amaral?
Ou o «relvismo» da «rtpum ex-Açores» já está a fazer aqui a sua escola?
E a propósito do post (obrigatoire, noblesse oblige...), aquela senhora da fotografia é a Exma Líder de saída da Câmara ou é uma recreação idílica dos saborosos anos cinquenta?
Tudo inquietações e dúvidas que atormentam o espírito livre e indomável do vosso amigo Garganta.
Antes Morrer Livres Do Que Em Paz Sujeitos!
Caro Garganta, criatividade é coisa que não tenho visto nos teus comentários. Se minimamente o fossem teriam toda a minha aquiescência. Assim corres o risco de seres riscado...
... e Dr. ainda não, antes eterno estudante.
O que o Garganta e seus auxiliares queriam era continuarem na sua diarréia ideológica doentia, a ver se continuam, por mais 20 anos, montados no seu cavalo chucha.
Assim, acho muito bem que se corte tudo o que não tem a ver com os temas!
Todos ao mesmo tempo!
O Victor Marques devia cumprir o que prometeu e cortar todos os comentários até aqui, inclusivamente este
Caro Vitor,
Fizeste muito bem.
Posta-se sobre assunto x e os comentadores desatam a falar de tudo menos do assunto abordado no post. É uma falta de consideração.
Não há post do :ilhas em que isto não aconteça: o omnipresente Garganta e os seus opositores (o binário VC/BC) tratam de politizar tudo e todos, ofuscando os posts, pervertendo os temas etc.
abr
z
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