sexta-feira, maio 25

Deram frutos a fé e a firmeza

 

É jovem a nossa autonomia. Consagrada na Constituição Portuguesa de 1976, perfaz 36 primaveras. É antigo porém este viver que faz Açorianidade. Na próxima segunda-feira a Povoação vai engalanar-se e constituir-se cenário das comemorações do Dia da Região. Vão suceder-se os escritos e as palavras botadas sobre o norte e sul do nosso rumo – a Autonomia.
Acredito que toda a palavra - sagrada que seja - é mais ou menos vã consoante o entrosamento que criemos com a sua prática. Autonomia exige relação entre os elementos do povo que sob ela se abrigue. É por isso que neste prólogo ao Dia da Região em 2012 escolho louvar todas as ações – concretas, concretizadas e concretizáveis – que sublimem (sublinhem) nas nossas vidas, no nosso quotidiano, a nossa condição comum. Porque uma ação pode ser porta-bandeira, elejo esta: 114 factos pouco conhecidos referentes ao Açores, recolhidos junto dos docentes e escolas da Região e compilados agora em e-book, disponível aqui.
A fé e a firmeza dão frutos, e este afirmar de factos dos Açores, recolhidos pelo labor daqueles que ensinam as crianças que hão de dirigir o destino da nossa autonomia, é um humilde mas importante exemplo. As consciências comuns, a mobilização em torno de um mesmo ethos, podem precisar de grandes feitos pontuais, mas não vivem sem expressões contínuas ao longo do tempo. Como qualquer relação humana, também a condição comum de Povo precisa de nutrição constante para se aprofundar. O conhecimento orgulhoso de si próprio é bom alimento, seja qual for a forma como entendamos a Autonomia. Nemésio disse-o assim no ano original de 1976:
“Seja qual for a configuração [...] que o povo dos Açores venha a tomar, o que é notável, imediatamente histórico, é o grau de consciência a que chegou da sua singularidade territorial e cívica”.
Assim saibamos viver a Açorianidade. Sem fogos-fátuos mas sempre alimentando a chama(rrita).

4 comentários:

Anónimo disse...

A nossa autonomia é jovem, pura e inocente.
Mas andam por aí alguns e algumas capangas, a soldo da escumalha centralista de Lisboa, que de inocente tem pouco.

A alcadessa, por milagre, vai começar a resolver alguns bicos de obra que ela própria, em articulação com o governo centralista, criou!

Anónimo disse...

Pronto, o fim de semana é grande.

O cabeça de burro do Garganta Funda Chucha já está Bâbede.Bâbede!

Anónimo disse...

O Tribunal de Contas denunciou acordos que não foram apresentados a visto prévio numa estrada transmontana. Valor dos Encargos? 700 milhões de euros.

Segundo o Garganta Milhafrino Chucha, a verdadeira explicação para este fenómeno de boa gestão deve-se à crise internacional - 700 milhões de euros. Uma bagatela, só para esta estrada.

Com os acordos com a Associação Nacional de Farmácias este governo poupa 300 milhões de euros por ano. Significa que o anterior governo gastava mais estes 300 milhões de euros

Segundo o Garganta Chucha, a verdadeira explicação para este fenómeno de boa gestão deve-se à crise internacional - 300 milhões de euros. Uma bagatela, só para medicamentos.

Com as rendas das produtores de energia, o governo vai diminuir em 8 anos 1800 milhões de euros. Significa que o anterior governo ia gastar mais 1800 milhões de euros.

Segundo o Garganta Chucha, a verdadeira explicação para este fenómeno de boa gestão deve-se à crise internacional - 1800 milhões de euros. Uma bagatela, só as rendas.

A Par Pública? Um poço de milhões de euros. Segundo o Garganta Chucha, a verdadeira explicação para este fenómeno de boa gestão deve-se à crise internacional - milhões de euros em novas escolas. Uma bagatela, só para medicamentos.

As empresas fundadas pelo estado para esconder dívida pública? Outros tantos milhões, com edifícios que o estado depois arrendava a si próprio.

Segundo o Garganta Chucha, a verdadeira explicação para este fenómeno de boa gestão deve-se à crise internacional Uma bagatela, só para arrendamentos.

Faltam ainda os muitos milhões para as parcerias público privadas como as scuts.

Qual a explicação que o cabeça de burro dá para todo este monumental desastre e que se traduziu na maior dívida externa portuguesa dos últimos 100 anos?!- A CRISE INTERNACIONAL!

Entretanto, Sócrates ia apresentando superávites dizendo qe a situação estava controlada - com superávites e com afirmações do tipo que a dívida pública estava muito controlada, os chuchialistas concorreram à eleições, sempre tentando convencer, num delírio que quase que significa demência, que a situação estava bem e que qualquer errosito se devia à crise internacional. Para ilustrar tal dmando, apontavam, como prova, que outros países, como a Grécia, a Irlanda, com a loucura bancária e outros também estavam em crise!

Agora,, com um descaramento nunca antes visto, os chuchialistas defendem que há que ir buscar dinheiro ( debaixo do colchão?) para fomentar o emprego e que já, desde que foram postos fora da carroça do poder , há um ano, vêem alertando que é preciso medidas para promover o crescimento.

Depois disto, com um descaramento inqualificável, o CABEÇA DE BURRO, faz um apelo encarecido para qu os açorianos votm nos chuchialistas que nos abrirão paulatinamente as portas do paraíso!

É esta autonomia que os chuchialistas abandonaram- em Outubro é que vamos ver o estado da região!

Anónimo disse...

Cara Liza
Saúdo antes de mais a sua entrada(ou reentrada)no Ilhas com uma nova leitura das temáticas abordadas...
O post é não só oportuno, como incisivo nas questões pertinentes que levanta.
Antes de mais levanta a questão de saber se a Autonomia elevou ao longo das quase 4 décadas a fasquia com que Nemésio analisava o fervor autonomistas dos idos tempos de 76 do Séc. 20.?
Julgo que facilmente(salvaguardadas as adaptações necessárias, mutatis mutandi)somos obrigados a dizer que a realidade actual é muito negra em relação ao esplendor e fervor da análise de Nemésio.
Que mudou entretanto?
Mudou a prática politica, mudou o empenho e a generosidade com que o Povo se envolveu na mudança, num tempo renascido da ditadura e onde as pessoas acreditavam e davam o seu melhor por uma nova sociedade.
A classe politica, engajada não só nas classes dirigentes(económico politicas, locais,mas também Nacionais e internacionais, souberam desmobilizar o Povo, alienando a sua participação politica a troco de "rebuçados" configurados numa sociedade de consumo que rapidamente levou os rendimentos e os sonhos da população.
A autora coloca bem o problema e diz-nos que não basta fazer a festa, embandeirada nuns títulos pomposos, ou em feitos pontuais, ela tem que ser regada como qualquer planta que se quer viçosa.
Infelizmente a nossa Autonomia se afastou do seu objectivo inicial(que era dar corpo à vontade dos Açorianos fazerem melhor do que a governação do "Terreiro do Paço").
Infelizmente nem sempre fizeram melhor, como muitas vezes fizeram com os mesmos tiques e se aproveitando da governação para satisfazer os interesses mesquinhos pessoais ou de partido,quase sempre sem se autonomizarem das decisões Nacionais.
Penso que a autora em linguagem elevada, coloca todas as questões, basta por uma vez por todas não se contentar com a cor da bandeira se as acções sobre esta mesma bandeira são mais a cópia dos erros da governação Nacional e não passam de mesquinhas práticas partidárias contra o Povo quer ele seja administrado em Lisboa,Alentejo ou Açores.
Parabéns, um excelente post para fazer pensar.
Açor