terça-feira, março 15

A paranóia modernista

Eu sei que governar é uma tarefa difícil, cheia de engulhos e outras contrariedades. Eu sei que nunca se consegue agradar a todos, nunca por igual, nunca totalmente, eu sei tudo isso, mas mesmo assim continuo a adorar criticar quem governa e quem me dá de comer, neste caso a CMPD.
O alvo da minha mais recente embirração são os novos bancos da avenida. A própria avenida marginal de Ponta Delgada é já de si uma aberração, feia, desmesurada e estado-novista demais para o meu gosto esquerdalho. Mas estes novos bancos que hoje deram à luz são uma aberração maior.
O importante em quem governa é, como bem disse o Santo Antero, bom senso e bom gosto. O bom senso de preservar o que de bom já existe e o bom gosto de criar com, bom, com gosto. Os velhinhos bancos da avenida, de ripas de madeira verde e ferro, são um pedaço da nossa história comum, obliterá-los é um erro grave, ainda para mais substituindo-os por uma modernice insonsa, desprovida de identidade e sem um pingo de gosto. Já para não falar no gajo que ganhou uma pipa de massa a vender estes excelsos exemplares de design moderno à Câmara Municipal de Ponta Delgada. Falta de gosto, falta de bom gosto.

P.S. Alexandre, quando puderes junta aqui uma foto dos ditos bancos que é para o pessoal ver do que é que eu estou a falar.

P.S.2 vá lá João Nuno, chama-me conservador, que eu gosto.

P.S.3 tudo tem o seu lugar e aquele não é lugar para bancos daqueles.


aqui fica a imagem, a foto é do meu querido amigo e camarada Alexandre.

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