terça-feira, março 1

quatro bombeiros que morreram

Eu nunca quis ser bombeiro. Nunca passei por essa fase da infância em que sonhamos ser astronautas, policias, futebolistas, e outras vagas formas de heroísmo como por exemplo ser bombeiro. Em criança, que me lembre, queria ser arqueólogo, espécie de encontro entre Indiana Jones e Howard Carter e descobrir o túmulo de Cleópatra. É claro que nessa altura não sabia ainda nada de arqueologia, a mais repetitiva, minuciosa e monótona das aventuras. Nessa altura não sabia também que o heroísmo não é um estatuto que se ganhe junto com uma farda ou com a execução de uma determinada tarefa. Mas hoje, que sei que o ser-se herói é dar a nossa vida pela sobrevivência de outros deixo aqui essa palavra - heróis - por quatro homens que morreram como bombeiros. Heróis como outros que todos os dias, todas as horas, dão das suas vidas pelas nossas.

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