Há descobertas que embora tardias nunca deixam de ser oportunas. Esta que hoje foi entregue em mão própria pelo Amigo Pedro Arruda é, literalmente, música para os meus ouvidos. «Yoshimi Battles the Pink Robots», dos The Flaming Lips, é um objecto sonoro bizarro na concepção e no conteúdo mas, deixa logo agarrado qualquer melómano, em especial se pertencer à faixa etária da Geração X.
«Yoshimi Battles the Pink Robots», não sendo um álbum conceptual, tem o arrojo de seguir um libreto marcado por sonoridades sinfónicas em espaços que nos fazem lembrar, por exemplo, o melhor dos Camel! Quando mudamos de faixa parece-nos que mudamos também de quarto já que o ambiente cruza laivos de psicadelismo com uma colocação de voz a lembrar Neil Young... Com um nome destes trago logo à colação Rui Coutinho (a.k.a. Maracujá, comentador assíduo e mordaz destes blogs, que num demasiadamente distante e sumido serão musical em Coimbra, enquanto viajávamos pela colecção de vinil - (à data os Cd's ainda estavam em fase de protótipo!) - de um amigo comum sempre que se lhe deparava alguma novidade não evitava suspirar, dizendo que em matéria de musica nada de novo havia mas tudo surge reinventado. Ora, «Yoshimi Battles the Pink Robots» prova à exaustão este axioma mas, é um belíssimo disco que nos embala na magia da música intemporal. A propósito aqui fica a letra de «In The Morning of the Magicians» uma das pérolas deste CD...
In the morning I'd awake and couldn't remember
What is love and what is hate - the calculations error
Oh-oh-oh-what is love and what is hate
And why does it matter - is to love just a waste
Why does it matter - oh - oh - ooh -???
As the dawn began to break - I had to surrender
The universe will have its way - to powerful to master
Oh-oh-oh-what is love and what is hate
And why does it matter - is to love just a waste
Why does it matter - oh - oh - ooh -???
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