Este banco vai ter assento no
próximo livro de Almeida Maia. Sei-o porque passei as últimas horas a navegar
prazerosamente nas palavras escritas de Bom
Tempo no Canal.
Posto assim, dir-se-ia que
aludimos a um escritor de letras bem creditadas na cena literária. A seu tempo
será. Para já, trata-se do Pedro Maia, do Pedro Filipe, do Filipe, do Pedro
Almeida. Que escolheu assinar com esta combinação deliciosa de nomes – Almeida,
Maia – a primeira das sua obras, um trabalho que, nas palavras do autor, venera
a obra maior de Vitorino Nemésio.
O meu enamoramento por este Bom Tempo no Canal – A Conspiração da
Energia começou na sexta-feira passada, na Biblioteca Regional e Arquivo de
Ponta Delgada, local escolhido pelo autor para ser cenário de uma das tramas do
enredo e também para o lançamento desta sua primeira obra.
Que lufada de ar fresco!
Eis que me vi testemunha de um
lançamento muito bem arquitetado, interessante, apelativo, profissional. Saí de
livro na mão e com a muito presente noção de estar perante uma potencial sensação. Se me
cruzar com alguém na algarvia Praia da Falésia neste Agosto, corpo estendido ao
sol e Bom Tempo no Canal a encimar os joelhos fletidos de leitor veraneante,
não me surpreenderia nada.
Porque o que o Pedro Almeida Maia
conseguiu, parece-me ser o primeiro livro das letras modernas escrito por um
ilhéu açoriano, mas capaz de conquistar estes 9 mundos e seguir caminho,
conquistando continentais, diáspora… e o mais que a tradução alcance.
Não me parece que Bom Tempo no
Canal estaque perante o mar que nos envolve. Vejo-o perfeitamente a ser
apresentado na Fnac do Colombo e a lançar uma açórica mania entre os nossos
compatriotas continentais. Não faço ideia sobre se uma escala técnica na Fnac
está ou não nos planos do autor, mas calculo, pela ousadia de escrever um thriller açoriano que pisca olhos a
Nemésio e a Dan Brown, que há de estar isso mesmo ou algo equivalente.
Quanto ao conteúdo – zero informação.
Quero mesmo que saiam, que o vão comprar e que descubram o que têm em
comum a lagoa verde das Sete Cidades e o
banco celebrizado por Antero de Quental.
[Almeida Maia, Bom Tempo no Canal – A Conspiração
da Energia, 1º Edição, Junho, 2012, Letras Lavadas edições]
[Foto Jorge Rebêlo, 2009]
2 comentários:
Que palavras bonitas... Muito, muito obrigado!
um thriller açoriano que pisca os olhos a nemésio e a dan brown!!
o que seria tal coisa????
estou para lá de menente!!
NEMÉSIO era um GÉNIO.
Dan Brown é um expert na arte da collage.
Estragar a genialidade com a collage é uma péssima ideia.
http://www.youtube.com/watch?v=aUcOfMkaPk4
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