sábado, outubro 8

Vais por aqui. Estás a ver D. Sebastião? Não tem nada a haver!


E pronto!
Afinal, foi a ética que prevaleceu. Contudo, o homem, molecular talvez, resignado e contido também.

A voz quase trémula e o desejo pela escaramuça praticamente aniquilado, este não era, hoje (ontem), o animal político ao qual nos habituamos, durante quase 32 anos.

Hoje (ontem), homem de palavra mas, das palavras, o homem de sempre. Das palavras que parecem ir e vir, construindo a circunstância de todos os outros, dos quais, agora, alguns almejam o dictaphone e treinam habilidades várias, para o circo que se aproxima da cidade.

Coitadas das agências de rating: indispuseram o mundo, fizeram a América espirrar e constiparam a Europa. Dão, portanto, ao homem, a oportunidade de dar o peito às balas pelo seu Povo (Povo à beira de um ataque de nervos, na procura de soluções para evitar o colapso económico-financeiro destas frágeis ilhas, que não se resumem às finanças públicas) e, no entanto, nem a crise o salva, nem ele nos salva da crise.

Aprecio a coragem e valorizo quem pelo couro chora em bica.
Levanto-me por aquilo e ergo-lhe o braço: Eis o verdadeiro estadista! – digo. Que... usa o seu elevado sentido de estado para... recuar? E ficar... a gozar os rendimentos? – pergunto-me, triste.
Enfim, não me preocupo – há de gozar os que a crise lhe permitir.

Insistiram comigo pá e eu estive quase mas, ainda assim: I have to step down. O Kennedy dá-me aqui um jeitão bestial e, ainda fecundo, desacelero o passo. Afinal, I’m no longer a young boy. Deixai, por isso, vir a mim as criancinhas, pois, é delas o reino dos Açores.

Reino do qual republicanamente se retira, como um brigadeiro estelar na reserva mas, moral. Um certo guru da ética, ao qual poderão recorrer todos aqueles que, no exercício das tarefas que lhes forem superiormente distribuídas, virem as suas mãos sujas, como aquelas às quais se referiu, há dias, D. José Policarpo.

Espera lá!
Não sei porque me perdi com estes pensamentos. É que, sem saber bem dentro do que cabem elas, estas são questões internas, com as quais nós não nos devíamos preocupar. Tanto tempo, tanta ansiedade e, afinal, nada disto parece ter a menor importância.

Estarei enganado? Será isto uma ratoeira?
E se há tramoia? Escondida por detrás de tanta moral e bons costumes.

Essa agora, que disparate!
Ele nunca nos trocou as voltas... são as brumas.
Claro! Agora que penso melhor sobre isto... nós temos a rota, temos o mapa e o timoneiro. Ele, na nossa agenda, deixará de marcar e nunca mais nos condicionará.

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