domingo, setembro 9
Sinais dos tempos
Comecei por preparar este post a pensar que não há pior do que estar sempre a levar na cabeça pelas coisas que vamos fazendo. Pois, mentira! É muito pior levar na cabeça por fazer coisa nenhuma;
Nos tempos que correm, é importante afirmar que quem não tem ideias discute pessoas. E não se esqueçam que independentes são os tipos que se mantêm do lado de fora, mesmo que para isso tenham que ser encarcerados;
Pergunta-se se um “Conselho de Ilha” teria pernas para andar ou, se seriam os seus pés de barro, como os de alguns gigantes? Sim, porque ninguém se lembraria de perguntar para que serviria tal coisa;
Será que o mundo entrou numa fase de superlativa criação? Se calhar sim. Toca de cercear a produção artística dos dotados locais;
Serão os festivais só para jovens? Há alguns que não mas, a juventude destes dias tem um Director como há muito não aparecia. Esperamos que o futuro nos traga bom resultado de tanta criatividade estimulada;
Ninguém se atreve a dizer que a nossa frágil economia precisa do máximo de turistas que se puder arrebanhar. Oxalá as quotas leiteiras não nos deixem apeados. Estaremos aqui para registar os sucedâneos;
O associativismo solidário está pela hora da morte, embora reanimado com as IPSS’s. Oxalá os próximos tempos não nos venham dizer que foi a visita da saúde;
Saúde que nos dá cabo da “mona”, não me admirando que, no Médio Oriente, os conflitos se agravem motivados por um significativo aumento da densidade populacional do “Egipto”;
Todos os políticos no poder sugerem, à beira das eleições, que a estabilidade por aqueles domínios é o grande garante do clima de confiança que a economia precisa para prosperar. Quase sempre, nos mandatos compridos, sozinhos e sem alternância, dão cabo dela. Sempre que tal aconteça, sugere-se que elaborem um pacto de regime consigo próprios;
Dizem que os aviões são açorianos e públicos (por enquanto) e alguém sugeria – há pouco tempo – que se deviam manter fiéis aos princípios que os viram nascer. Como somos parte integrante de um país que vive a olhar para o mar - embora sem saber o que fazer com ele – deixamos de achar importante sugerir às pessoas “Fly Azores”, para lhes chamarmos a atenção para a dita fixação. Pode ser uma… estratégia? Puro acto de comunismo, diria aquele senhor madeirense;
Só no Teatro, as viagens são cuidadosamente repostas para que ninguém perca o fio à meada e no Coliseu marcam os gladiadores que, se a crise se agrava, poderão ser facilmente substituídos pelo Mad Max;
Os passos pesados podem vir a mudar de nome, pois, o senhor que emagreceu para não ficar barrigudo não lhes está a facilitar a vida. Por outro lado, o senhor dos passos diz que, por este andar, Portugal não chega lá e o “What’s Up Doc” já não cola. Tudo indica que os próximos passos vão conduzir o coelho a um enxerto de cenourada;
Se tudo isto acontecesse nos tempos autonómicos da velha senhora, nada justificaria perder o sono porque já é dia do senhor. E, daqui a pouco, sempre podemos ir bater nos peitos, para não ter que os dar às balas.
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1 comentário:
Caro Carlos Rodrigues
A mensagem está lá(no Post) de desassossego, quem quiser pensa, quem não pensa descansa a mente sem nenhum gozo intelectual...
Estamos num tempo de idiossincrasias várias, se intervimos,aí jesus que chatice, que quer este inoportuno?
se não comentámos, há isto está muito morto, será que não deram conta do meu belo texto?
Fomos levados pela necessidade dum bom estatuto e para isso é necessário fazer concepções,não fazer ondas, dizer sempre que sim, até que surja a oportunidade de substituir o outro que bajulamos e nos abriu as portas para cavalgarmos os seus erros e fazermos da traição ás nossas mais (vis), mas proveitosas armas....
Ser parte ou ser independente é não uma escolha livre, mas um ardil do pensamento, para sobrevivermos a este mundo minado, ou pela inclusão oportunista ou pela exclusão prudente ...
É este mundo e esta visão que ainda são poder, mas necessitam urgentemente de serem varridos da nossa sociedade, ficar a esperar pode ser o mais sensato, mas certamente não é de sensatez que se necessita em tempos de viragem, é de rasgar vícios, marasmo e hábitos...
Dentro da minha desordem saí8aparentemente) do alinhamento do texto, mas no fundo continuei o seu discurso, não tão clarividente, mas claramente a concordar com o autor que é necessário mudar muito à realidade, mesmo que para isso se pregue um sermão que poucos entendem, mas que no fundo diz que está tudo em causa, desde a economia, até à relação entre as pessoas, passando pelos princípios e pela salvaguarda da Natureza e que apesar de parecer tarefa impossível, há que ter engenho e arte para tamanha obra.
Parabéns ao brilhantismo do texto e há intenção do autor.
saudações Açor.
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