sábado, setembro 22

Fazer parte da decisão, desde (até)quando?



À primeira vista, parece razoável querer fazer parte da decisão. Tanto aqui nos Açores, como no continente. Pese embora as decisões provarem, a este nível, serem grandes encenações do teatro do absurdo.

Fazer parte da decisão, ou melhor, ousar procurar fazer parte da decisão implicaria maturidade, que deveria potenciar análises cuidadas e, sobretudo, desapaixonadas, que deveriam servir para encontrar caminhos que promovessem a caminhada de todos aqueles que nos deveriam querer seguir.

Querer fazer parte da decisão pressupõe juízo, critério, ponderação, equilíbrio, determinação e tenacidade que, apesar de se constituírem como bonitos fonemas num qualquer discurso, correspondem a conceitos bastante profundos e curiosamente caros para nós açorianos, que os devemos levar em boa consideração, sempre que tal se mostre necessário.

Querer fazer parte da decisão parece-me inteligente e até pertinente, sobretudo, para quem, aparentemente a navegar à vista, se mostra incapaz de nos fazer vislumbrar uma réstia de estratégia, ainda que azeda como um iogurte natural.

Não me cheira que este querer fazer parte da decisão signifique querer fazer parte da solução e, mais importante, deixar fazer parte da decisão não pode radicar na mesma leviandade. Pelo menos, para mim não!

Quem decide sou eu. Desta decisão vocês não fazem parte. E isto posso eu garantir!



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