...
It seems like yesterday
But it was long ago
She was lovely, she was the queen of my nights
There in the darkness with the radio playlng low
And the secrets that we shared
The mountains that we moved
Caught like a wildfire out of control
Till there was nothing left to burn and nothing left to prove
And I remember what she said to me
How she swore that it never would end
I remember how she held me oh so tight
Wish I didn't know now what I didn't know then
Against the wind
We were runnin' against the wind
We were young and strong, we were runnin'
against the wind
And the years rolled slowly past
And I found myself alone
Surrounded bv strangers I thought were my friends
I found myself further and further from my home
And I guess I lost my way
There were oh so many roads
I was living to run and running to live
Never worried about paying or even how much I owed
Moving eight miles a minute for months at a time
Breaking all of the rules that would bend
I began to find myself searchin'
Searching for shelter again and again
Against the wind
A little something against the wind
I found myself seeking shelter against the wind
Well those drifters days are past me now
I've got so much more to think about
Deadlines and commitments
What to leave in, what to leave out
Against the wind
I'm still runnin' against the wind
Well I'm older now and still
Against the wind
...
Todos nós temos uma, única e irrepetível, banda sonora das nossas vidas. Depois dos 40 a escolha fica facilitada porque estamos a meio da viagem. E o que importa, para um niilista, é a viagem, e não o destino. Para um cinto negro do existencialismo o grau seguinte é o solipsismo, ou seja, o extremo do subjectivismo e do individualismo em que tudo só vale relativamente ao eu individual. Quem me conhece, na intimidade, sabe que nunca serei um solipsista. Mas quem assim me conhece também sabe que na banda sonora da minha vida continuarei, sempre, a correr contra o vento. Cada um tem a banda sonora que merece, que quer, ou que por força das circunstâncias foi registando, ou à qual está preso porque não consegue apagar o passado nem reescrever o futuro. São canções e letras que nos marcam como ferros, como por exemplo esta de Bob Seger & The Silver Bullet Band, que literalmente me acompanha sempre que vou correr. E corro o dia todo ! Recordo, porventura como memória fabricada, que o primeiro disco de vinil, que comprei com escudos, foi "Reggatta de Blanc", dos "The Police", e mais de uma década depois, já com euros, o meu primeiro CD, tenho a certeza, foi "Bossanova" dos "Pixies". A anos luz de ambos, e em formato mp3, regresso a 1980, o ano em que tudo mudou, e recupero, para sempre, este "Against the Wind" que, respectivamente, com "The Bed´s to big without you" dos "Police" e "Ana" dos "Pixies" fazem parte da banda sonora da minha vida. Se algum dia, alguém, compilar a banda sonora do JNAS, que o faça como entender, mas rogo que não coloque no lado B a classe de 80 e o "Against the Wind" porque tem a minha marca registada. Com esta fica selada a crónica anunciada de uma saída destas :Ilhas. Assim, que completar o último número de um seriado de "9 :Ilhas de Evasão"…evado-me, definitivamente, desta minha casa tomada de empréstimo e onde fui, ora cicerone, ora hóspede, como em tudo na vida. Hoje, aqui, é o primeiro dia do resto da minha vida no blog :Ilhas, mas com partida, sine die, ainda encalhada na ilha de Faustine. (entretanto e cada vez mais, por herança genética e gosto adquirido horas infindáveis de Johnny Cash)
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