sexta-feira, janeiro 16

"dura" nostalgia do...

Nuno...ao qual "dedico" estes,

Jardins Proibidos*

Quando amanheces, logo no ar,
Se agita a luz, sem querer,
E mesmo o dia, vem devagar,
Para te ver.

E, já rendido, vê-te chegar,
Desse outro mundo, só teu,
Onde eu queria entrar um dia,
P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem
Fim,
Por minha cruz, jóia de luz,
Entre as mulheres.

Quebra-se o tempo, em teu olhar,
Nesse gesto, sem pudor,
Rasga-se o céu, e lá vou eu,
P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem
Fim,
Por minha cruz, jóia de luz.

* de Paulo Gonzo & Pedro Malaquias

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